Memórias de Gina Weasley



 Já havia se passado cinco horas desde que Harry Potter e Gina Weasley embarcavam seus filhos James Sirius e Alvo Severo no expresso de Hogwarts. Era o primeiro ano de Alvo, que por sua vez estava muito empolgado, porém assustado. As histórias que seu irmão mais velho o contara sobre a Sonserina, os fantasmas e monstros que habitavam a escola o deixara curiosamente perturbado. A saudade dos filhos já apertavam o peito de ambos. Gina Weasley, que sempre demonstrou see muito bravia e simplesmente confiante, estava incrivelmente feliz e despreocupada, tentando consolar o marido diante de suas preocupações.
  Harry estava extremamente preocupado, sem mesmo entender o motivo de tanta preocupação. Afinal, ele não se sentira da mesma forma quando embarcou James Sirius em seu primeiro ano.
 - Você está se preocupando à toa Harry, eles vão ficar bem. - Resmungou Gina. - Alvo só estava nervoso por causa das histórias que James contou à ele. Você sabe, ele nunca gostou de fantasmas, e as histórias sobre os bruxos da Sonserina o assustam...
 - Não estou preocupado. - Mentiu Harry. - Sei exatamente como ele se sente... Tive muito medo de ir para a Sonserina também, mas sei que rudo vai correr bem...
 Mas não fora exatamente isso que perturbara Harry... Fora sua cicatriz. Sim, a mesma causada por uma maldição da morte mal-sucedida, a mesma que queimava e latejava quando o perigo se aproximava, a mesma causada por Lord Voldemort... Não, não poderia ser... Não depois de destruir as 7 horcruxes... Não depois de todas aquelas mortes na batalha de Hogwarts... Não depois de 19 anos... Harry não queria acreditar no que estava sentindo... Ele não podia...
 - Não pode ser - Murmurou Harry esfregando a cicatriz disfarçadamente.
 - O que é que não pode ser Harry? - Perguntou Gina com seus olhos esbugalhados olhando fixamente para o marido. - Fale logo Harry!
 - Não é nada Gina, eu só estava pensando alto... - Disse Harry, desviando o olhar de sua esposa.
 - Tudo bem então, se você não quer me contar...
 Seu tom de voz parecia bastante calmo e compreensivo. Mas Harry a conhecia... Gina estava intrigada, e não sossegaria até descobrir a verdade. Harry tentou disfarçar, e mais do que depressa tentou mudar de assunto, mas nenhum assunto parecia concreto o bastante...
 Harry teria feito de tudo para fugir do assunto, e teria agradecido muito à interrupção de Lily Luna, se não fosse soar tão estranho.
 - Pai, mãe, olha o que a Penny acabou de entregar!
 Eram cartas. Cartas vindas de Hogwarts. Todos pareciam muito animados e curiosos. Harry pegou as cartas com extrema rapidez, e, logo abriu a primeora, a carta de Alvo, que dizia:
"Olá mamãe, papai e Lily!
Escrevi essa carta assim que pude, estou muito contente, Hogwarts é fantástica, nem mesmo vocês puderam descrever tamanha alegria que é estar aqui. Estou simplesmente maravilhado!
 Confesso que eu estava muito preocupado com a seleção. Mas eu me saí muito bem! Fui selecionado para a Corvinal, junto de Rose!
 É claro que eu gostaria de estar na Grofinória junto ao meu irmão, maa vai me fazer bem ficar um pouco afastado de James, ele me irrita extremamente..."
 Apesar do amor e da afeição que Alvo sentia por James, não havia como evitar certos desentendimentos... James é um garoto corajoso, leal e amável. Porém, seu maior prazer era caçoar de seu irmão. É um garoto denochado, lembra muito seu tio Fred, que morrera há 19 anos atrás na batalha de Hogwarts.
 "...Estou me divertindo muito com Rose, nós nunca estivemos tão próximos, ela é incrível, é a garota mais legal da escola..."
 Nesse momento, Harry e Gina se entreolharam e trocaram sorrisos.
 "...Bom, estou sendo muito bem recebido pelos corvinos, esrou fazendo muitas amizades por aqui. Só sinto por vocês não estarem aqui comigo.
 Eu amo muito todos vocês.
                                                                                Com amor, Alvo Severo Potter" 
  
As lágrimas foram inevitáveis. Gina abraçou Harry enquanto ele abria a segunda carta, que dizia:
 "Boa noite à todos
 Finalmente eu consegui escrever à vocês, essa escola está pior a cada ano... Notaram a demora? Pois então...
 Enfim, acredito eu que Alvinho já deve ter os contado que foi selecionado para a Corvinal... O que é uma pena, eu adoraria que ele viesse para a Grifinória, eu adoraria pregar algumas peças nele... Tio George me deu alguns produtos incríveis, e eu realmente preciso testar em alguém. E eu gostaria que esse alguém fosse o Alvinho...
 As lágrimas de Harry e Gina sumiram de repente, e o riso tomou conta da mansão dos bruxos. Lily estava adorando a rebeldia do irmão.
 "...Eu já estava começando a ficar triste, mas a minha tristeza se transformou em alegria quando o chapéu selecionou Scorpius Malfoy para a Grifinória... Eu acho que nunca me senti tão feliz em toda minha vida...
 Ah pai, eu sei que você não aprova isso, mas o Tio Rony me contou coisas terríveis que o pai deles fez com vocês e a tia Mione. E ele me apoia...
 Não fique zangado, não irei pra Azkaban por isso!
 Já estou com saudades,
                                                                        Com amor, Sirius James Potter"
 - Me lembre de falar com o Rony sobre isso. - Disse Harry enquanto dobrava a carta ao meio.
 -
 Relaxa Harry, ele é só um garoto! - Disse Gina com um tom de deboche.
 - Ele não é só um garoto! Ele é meu filho. Não vou permitir que ele saia por aí maltratando as pessoas e violando as regras! - Retrucou Harry, um tanto alterado .
 -
 Olha Harry, eu não me lembro de você respeitando as regras no tempo em que estudou lá! Você conta tudo à eles, ele só está se espelhando em você. Você já teve a idade dele, e não era nenhum sant...
 - JÁ CHEGA GINA! - Interrompeu-a Harry. - ESTOU CANSADO DE OUVIR ISSO! EU SOU SEMPRE O ERRADO... TODAS AS VEZES QUE ELES ERRAM, A CULPA É MINHA!!!
 Percebendo o estresse dos pais, Lily, chorando, saiu correndo e se trancou em seu quarto.
 - CLARO QUE A CULPA É SUA! - Retrucou Gina. - EU NÃO ME LEMBRO DE TER CONTADO MINHAS "AVENTURAS" PARA ELES...
 -AH, É, CLARO... NÃO CONTA POR VERGONHA! IMAGINA SÓ O ORGULHO QUE ELES SENTIRIAM SE SOUBESSEM QUE A MÃE DELES JÁ PASSOU DE MÃO EM MÃO POR TODOS OS GRIFINÓRIOS DA ÉPOCA, E SABE-SE LÁ QUEM MAIS... IMAGINA SÓ QUE LINDO EXEMPLO PARA A NOSSA FILHA!
 Gina ficou em silêncio pelo que pareceram vários minutos... Estava muito magoada ao ouvir aquelas palavras... O que mais doeu, era saber que não eram totalmente mentiras. Mas ela era jovem...
 Ela então, chorosa, andou vagarosamente até o quarto do casal, onde se atirou na cama. Foi quando rios de lágrimas escorreram pelo seu rosto pálido.
 A verdade era que o relacionamento deles ia de mal à pior. Não era de hoje. A cada dia que passava, o amor ia se desgastando mais, e mais. Se é que ainda existia algum amor...
 Memórias diversas se passavam pela cabeça de Gina, um deles foi recordado com maior riqueza de detalhes:
 Uma noite calma, poucos dias depois do casamento, e lá estavam Rony e Hermione. Sentados em uma lanchonete de trouxas à alguns quilômetros de casa. Notavelmente apaixonados. Harry ainda não havia chegado. Tivera im compromisso no Ministério da Magia e chegaria um ppuco mais tarde.
 Gina se sentia jogada de lado. Afinal, Rony só tinha olhos para Hermione, e Hermione só tinha olhos para Rony. Era como se Gina não esrivesse presente. Foi quando a ruiva virou e notou que Neville estava na meaa ao lado. Só.
 - Volto já! - Disse Gina ao casal, que pareceu nem ter notado.
 Andando lentamente até a mesa de Neville, Gina notou que, havia um ourro rapaz vindo na direção da mesa. Ela se sentou rapidamente quando percebeu quem era o tal rapaz. Alto, moreno, bonito e intimidadoramente atraente...
 - Gina! Quanto tempo! O que faz por aqui? - Perguntou Dino Thomas.
 - Comemorando a gravidez de Hermione! Ér... Vocês estão bem? - Perguntou Gina aos rapazes, com uma leve dose de nervosismo.
 - Bem Neville, acho que somos os únicos ex- grifinórios solteiros que sobraram! - Disse Dino, enquanto Neville assentia timidamente com a cabeça.
 Nesse momento, Gina sentiu uma alegria imensa em saber que Dino ainda estava solteiro. Mas isso não fazia sentido algum.
 - Falando nisso, onde está o Harry? - Perguntou Dino.
 Até aquele momento, Gina havia até esquecido o que estava fazendo ali, esquecera até que tinha um marido, simplesmente esqueceu. puff!
 - Ah, Éh, Harry! Sim ele... Ele se atrasou porque teve um compromisso no ministério e...
 - Imagino, vida de Auror não deve ser nada fácil, me impressioma muito, sabe? Harry e Rony terem escolhido essa profissão... Depois de rudo o que eles passaram, eu teria optado por algo mais tranquilo...
 - Olha, eu já vou indo, Harry já deve estar chegando e... Bom, tchau. - Disse a Gina se preparando para a despedida.
 Foi quando Neville falou pela primeira vez:
 - Gina, fique, você acabou de chegar, preciso contar como estou me saindo como professor!
 Gina resolveu ficar, afinal Harry não havia chegado... Conversaram por, pelo que pareceu a Gina, mais ou menos, meia hora, quando Dino olhou-a nos olhos fixamente.
 - Sabe Gina... Eu errei com você, eu admito. E me arrependo até hoje. Eu te amei muito, ah, como amei! E devo admitir que ainda a amo. - Disse Dino.
 Gina se sentiu estranhamente feliz ao ouvir aquilo... Teve a vontade de agarrá-lo e beijá-lo ali mesmo. Dino fora seu namorado por alguns meses, e o sentimento de Gina por ele, não haviam à deixado. Não completamente.
 E quando percebeu que Gina estava corando, suas bochechas tão vermelhas quanto seus cabelos, Dino se inclinou e beijou-a como nunca a beijara antes. Foi algo intenso e duradouro. Gina adoraria dizer que não gostou, mas estaria mentindo para si própria. Ela poderia ter o parado. Mas ao invés disso, retribuiu o beijo ainda mais intensamente, deixando Neville boquiaberto.
 Foi quando ela abriu os olhos e notou que Neville estava olhando para trás dela, espantado. Ela já imaginava o que veria se olhasse para trás, estava com medo de que seu palpite estivesse certo. Então aguardou alguns segundos antes de olhar para trás. Retomando o fôlego, a ruiva olhou por cima do ombro e deu de cara com um Harry Potter nitidamente enraivecido.
  

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