Novos problemas




**** JURO SOLENEMENTE NÃO FAZER NADA DE BOM****


Fui atrás de Luna, que mesmo não correndo propriamente era mais rápida que eu. Quando consegui alcança-la, estava ofegando e cansado, mas isso não ia me impedir de consertar as coisas. Respirei e fiquei olhando alimentar aqueles animais que levavam as carruagens de Hogwarts, lembro dela ter mencionado o nome deles, só não me recordo qual é. Enfim, pelo menos um assunto para tentar aliviar a tensão.


– Qual o nome deles mesmo? – perguntei


Ela me analisou por um momento, abriu um pequeno sorriso e resolveu me responder. – São Testrálios. – e voltou a acariciar um deles, com aquele lindo olhar sonhador continuou a falar sobre eles, pois viu que eu estava curioso - São uma raça de cavalos alados que só podem ser vistos por pessoas que viram a morte de perto, dizem que por isso, são criaturas relacionadas diretamente com o outro lado do véu. Por isso as pessoas não gostam nunca e nem tem vontade de conhece-las. – ela me olhou após sua descrição sobre eles e vi que ela estava triste.


– Luna quem você viu morrer de perto? – perguntei meio receoso


– Minha mãe. Eu vi minha mãe morrer na minha frente após um experimento mal sucedido quando era pequena. Desde que entrei aqui eu os vejo. – ela me respondeu olhando em meus olhos, não sei explicar mas me deu uma vontade tão grande de cuidar dela nesse momento, protege-la. Nisso vi que uma lágrima descia por seu rosto, me aproximei e toquei sua lágrima limpando e fazendo um breve carinho em seu rosto, depois a abracei, ela retribuiu mas do nada me afastou. – Harry, acho melhor ir. Não seria bom as pessoas o verem comigo. – me disse e se afastou.


– O que quer dizer com isso Luna? – perguntei um pouco rude, mas não pude evitar, eu queria cuidar dela e ela esta me expulsando, expulsando o único que quer ser seu amigo. – Luna me diga!


– Harry, eu sei tudo que esta passando. As pessoas não acreditam em você e andando comigo só vai piorar sua situação. Entenda, é para seu bem. Você é o escolhido e eu acredito nisso e eu sou a Di-lua. – me disse sem nem me olhar e nisso voltou para o colégio correndo.


“Fiquei sem reação por um momento, avaliando suas palavras, o que ela queria dizer com isso? Ela era apenas a Luna, eu podia ser o escolhido, mas nem por isso posso ter uma amiga? Di-lua? Ela sabe que a chamam assim? Até aonde sabe o que falam por ai dela? Ou será que foi.... não, ela não faria isso! Não faria! Faria?” – fiquei tanto tempo perdido ali parado que só acordei quando um testrálio procurou em mim algo para se alimentar. Ainda não acredito que Hermione tenha sido tão má a esse ponto, falar essas coisas para uma pessoa tão pura como a Luna.


Voltei para o castelo e estava na hora do jantar, entrei no salão e todos já estavam la sentados, mas pararam o que estavam fazendo quando me viram entrar e assim como sempre o inicio das conversinhas paralelas, nesse momento isso é o que menos importa para mim. Enquanto andava para a mesa da grifinória, eu estava procurando uma cabeça loira no meio da mesa da Corvinal, mas ela não estava la. Não tinha ido jantar, tenho certeza e já imagino o motivo. Me sentei na mesa o mais longe possível de todos e quando digo todos, incluo Hermione e Rony, pois agora sim tenho certeza que ela tinha tido “uma conversa” com Luna, o que a deixou muito triste pelo que percebi. E a culpa?? Não, não é só da Hermione, é minha também. Não devia ter me tornado amigo da Luna, se isso não tivesse acontecido ela ainda estaria feliz e saltitando por ai.


– Harry? Esta tudo bem? – me perguntou Gina, que só agora notei, não estava sentada com os irmãos.


– Oww, sim Gina. Porque a pergunta? – respondi, mas antes de dizer qualquer coisa a vi limpando uma lágrima. E era uma minha, que caia pelo meu rosto. Não notei que estava chorando, não notei nada a minha volta quando voltei, só pensei nela e isso foi o dia inteiro. – Isso, não é nada Gina, eu acho que caiu um cisco no meu olhou e nem notei, as vezes essas coisas acontecem ainda mais pra mim que vive com problema nos olhos. – Lhe respondi, fingindo um sorriso. Acho que ela acreditou, pois mudou de assunto ou não quis comentar.


Jantei e esperei Rony e Hermione para irmos a sala do diretor, pois veríamos Sirius – “mais essa!” – pensei. Hermione tentou uma conversa agradável pelo caminho, mas não estava muito interessado, então deixei apenas eles conversando. Quando estávamos perto da sala, Rony me parou para conversar.


– Harry. O que houve? Você esta muito quieto hoje! – me perguntou preocupado. Acho realmente que ele não sabe o que Mione fez.


– Não há nada Rony. Estou cansado, resolvi muitas coisas hoje. Minha cabeça esta doendo. – não foi uma mentira completa, mas ele não precisa saber. Ainda mais com Hermione ouvindo tudo.


– Então vamos meninos. Já devem estar nos esperando. – Hermione disse.


Mas assim que me virei para a entrada da sala do diretor, vi Luna descer com o mesmo conversando e pelo que vi ele estava a acalmando por algo. Fiquei preocupado, queria saber o que era. Bom como hoje não sei bem o que ando fazendo, só notei que estava parado na frente dos dois quando o diretor me chamou, perguntando se eu queria dizer algo, mas estava concentrado demais olhando aqueles lindos olhos azuis.


– Ahhh, não professor. Nada. Luna você esta bem? Posso ajudar? – perguntei preocupado


– Não Potter, não se preocupe. Esta tudo bem. – ela disse e saiu de cabeça baixa ao passar por Hermione mal a olhou. Sim, agora tenho certeza que Hermione disse tudo aquilo para ela. E sim, minha vontade é gritar e brigar muito com Hermione por isso. Mas no momento, tenho outro assunto a tratar.


– Vamos Harry. - Hermione me chamou impaciente, assim que Luna estava contornando o corredor e eu a seguia com o olhar. Ela me chamou por meu sobrenome, foi a primeira vez, isso me doeu mais do que imaginaria.


– Vamos logo com isso. – disse nervoso. Olhei Dumbledore e ele tinha um pequeno sorriso e ao me olhar piscou para mim, ele sabia de algo e algo importante. Tinha que conversar com ele a sós.


Entramos na sala e Sirius estava la nos esperando. Tivemos uma reunião rápida, ele nos contou que a Ordem estava escondendo algo entre eles mesmo e não contariam para o resto, e isso inclui a ele e o trio de ouro, junto a Dumbledore e Lupin, mas o diretor sempre sabia de tudo, ele não contava. Disse que o Ministério estava investigando se realmente Voldemort havia retornado, mas claro, nenhum sinal, ele sabia se esconder bem. Terminada a reunião Sirius pediu para que eu não me afastasse dos amigos, pois seria perigoso ficar sozinho. Nisso ele aparatou, ficando só eu, Hermione e Rony com o diretor.


Hermione havia tentado mandar com que fossemos todos juntos para o salão comunal da grifinória, claro que exitei necessitava de uma conversa particular com o diretor e ele sabia bem. Ela não queria aceitar, alegando que precisávamos ficar juntos, que eu tinha recebido o conselho de Sirius e assim seria bom eu o seguir, ficando perto como ela mesmo disse dos “amigos” nossos. Sério, ela esta me irritando. Acho que Dumbledore notou que o clima estava ficando tenso e resolveu que ele mesmo me deixaria no salão, já que era para a minha segurança, assim ela não contestou e se foi com Rony.


– Diretor, o que houve com a Luna? – perguntei, ele sabia que essa era minha pergunta.


– Acho que o senhor sabe, senhor Potter. – ele me respondeu


– Mas professor, quero saber o que ela lhe disse e porque veio atras do senhor. – perguntei, claro que sabia o porque dela estar triste.


– Ela veio me pedir para ser transferida de escola. O pai dela autorizou. – ele me disse, nisso parei e o fitei, não podia ser verdade, ela não podia me deixar. – Acalme-se senhor Potter, ela não vai mais sair daqui. A convenci a ficar e mostrar que ela é capaz de várias coisas. Luna é especial e mostrei a ela isso.


– Sim ela é. – apenas o respondi. Estava triste, ela queria ir embora por minha culpa e estava triste também, tudo isso me machuca. – Senhor é minha culpa não é? – perguntei temendo a resposta.


– Não Potter, não é. Não brigue com seus amigos por isso, eles apenas estão querendo cuidar de você. Mesmo que seja da maneira errada e bom se quer mesmo ser, digamos amigo, da senhorita Lovengood, creio que deverá mostrar a ela e insistir nisso. Pois vejo que fazem bem um ao outro. Agora vamos, devo lhe deixar no seu salão comunal. – me disse sorrindo.


Caminhamos em silêncio, estava absorto em pensamentos, queria saber como mostrar a ela que quero estar com ela, cuidar dela, ser seu amigo. Mas não sei como. Ao pararmos na frente da mulher gorda, Dumbledore se despediu e apenas disse: “O senhor saberá quando a hora chegar!” . As vezes penso que ele lê mentes, pois só pode ser isso.


Subi para meu quarto que compartilho com Rony, dessa vez nada de Hermione no caminho para conversar, pois imagino que ela pense que seu trabalho de me separar da Luna esta feito. Não ela vai ver que não vai ser tão fácil assim. Me arrumei, escovei os dentes e voltei para a cama, fiquei pensando se era normal notar tantas características perfeitas numa amiga, pois Luna era uma amiga, mas senti que essa amizade seria especial e o jeito como o diretor especulou sobre nossa amizade. Gosto dela, gosto muito, mas como amiga. Não passa disso.


"Amiga.. Certo?! arghhhh, acalme-se Harry."


Pensando na minha AMIGA loirinha dormi tranquilamente, mesmo sabendo que terei que enfrentei mais problemas pela frente.


**** MALFEITO, FEITO****




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