Começando a história



N/A: Todos sabem que Harry Potter não me pertence, infelizmente, mas faço o Disclaimer ainda assim.
Disclaimer: Todos os personagens/feitiços/cenários não são de minha autoria. Os direitos autourais de Harry Potter (e relacionados) pertencem à J.K. Rowling e Warner Bros Studios. A mim cabe apenas o direito autoral do enredo e diálogos desta fanfic. Essa história não possui fins lucrativos e possui como único objetivo divertir o leitor utilizando o universo ficcional de HP. 
Obrigação feita, então, sem mais enrolações aí está a fic.
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Capítulo 1


- Por favor, professora. Eu preciso de um parceiro!


 A menina choramingava no escritório, parecia desolada.  Seus longos cabelos ruivos amarrados cuidadosamente em um coque apertado no topo da cabeça, o corpo delgado vestindo o collant de malha negra, a fina saia cor-de-rosa, amarrada na cintura, alcançava um palmo e meio acima de seu joelho, calçava a meia calça rosa bebê e os pés estavam usando sapatilhas de meia ponta já sujas e gastas. 


A mulher a frente da ruiva retirou os óculos e passou a mão por cima dos olhos, esfregando-os fatigadamente. Respirou profundamente e apoiou o queixo sobre a mão, permaneceu com os olhos fechados por um tempo, antes de abri-los e encarar a menina ruiva, que tinha os olhos cor de esmeralda, úmidos.


- Veja bem, Lily, eu quero te dar um parceiro para a dança. Quero mesmo, mas, de todos os homens que testei até agora, nenhum me pareceu digno de representar a academia.


 - Não está procurando direito! –Teimou Lily.


- Estou, estou sim, Lily, mas não se fazem bons bailarinos da noite para o dia. São necessários anos de treino! Por que acha que escolhi você para representar nossa escola? Você tem 15 anos de dança! 15, Lily, 15! Hoje em dia, é raro ver alguém tão esforçado e, mesmo com tantos anos de prática, tenho muito receio de você não estar na altura das meninas do Festival. – Continuou a mestre, amarrando seus cabelos loiros em um coque, como o de Lily


- Está brincando? Eu treino minha coreografia há meses, mas não dá mais para continuar sem um bailarino!


- Eu sei! E a admiro por treinar, mas que fique claro, Lily, que se eu não encontrar um parceiro para você até sexta, desista do Festival de dança. Temos duas semanas até a viagem, se o bailarino não treinar, por melhor que ele seja, não vai haver resultado que preste. Então ponha na cabeça que tem possibilidade de você não ir dançar.


A menina deixou duas lágrimas correrem por seus olhos.


- Eu passei uma semana compondo a coreografia e minha prima, ela compôs uma música só para mim, só para eu usar no Festival. Eu quero ir e eu vou! Teste outros bailarinos, eu vou procurar pessoas descentes, mas, por favor, faça sua parte, professora. – Faiscou a ruiva, decidida. A outra limitou-se a sorrir e acenar positivamente com a cabeça.


-Com licença agora, professora, mas preciso voltar para a aula. – Saiu do escritório graciosamente, girando na ponta dos dedos e encostando a porta com delicadeza.


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Algumas horas depois, Lily chegou em casa com a mãe.


- E como foi o ensaio? Já arranjou um parceiro?


- Não! Mas Srta. Morel me prometeu que vai testar mais alguns bailarinos até sexta. – Explicou Lily


- Viu Marlene hoje? – Questionou a mãe.


- Muito rapidamente, quando cheguei para a aula ela estava se trocando. Disse-me que tinha um estágio extra do curso de ortopedia. Prometeu ligar mais tarde para saber as novidades do que ela chama de “caso do bailarino escolhido”.


A mãe de Lily riu enquanto servia o jantar.


- Chame Petúnia e Ro para mim, querida?


- Tá.


Lily subiu correndo as escadas rumo ao segundo piso da casa onde morava com sua mãe, Lavínia, e suas irmãs, Petúnia e Rose. Lavínia tinha os cabelos cor de mel e os olhos azul-esverdeados, baixinha, mas elegante. Petúnia, a primogênita, era quase idêntica a mãe, embora tivesse o rosto ossudo e fosse muito mais alta. Cursava moda em uma universidade local e sentia prazer em infernizar sua irmã mais nova, Lily. Rose era a caçula, no auge de seus 8 anos, sentia um carinho imenso por Lily e a via como modelo, afirmava que seria uma bailarina tão boa quanto a irmã, era ruiva e tinha os olhos castanhos como os de seu pai, que falecera há seis meses.


- Rooose!! Mamãe chamou para jantar! – Disse Lily do alto da escada. – Petúniaaaa. Vem logo!!


Rose logo saiu do quarto e veio pulando até a irmã.


- Lily! Como foi o ballet hoje!


- Bem, amorzinho, bem! Desce lá na cozinha que eu vou chamar Petúnia.


- Pet tá chata! Gritou comigo porque eu entrei no quarto dela. – Resmungou a mais nova.


- Não vai mais acontecer. – Prometeu a outra ruiva.


Rose desceu as escadas de dois em dois degraus, Lily riu e foi até o quarto de Petúnia. Odiava entrar lá, principalmente porque a irmã a tratava com descaso e presunção. Bateu na porta branca e esperou, nada. Bateu outra vez, nenhuma resposta.


- Petúnia, mamãe chamou para jantar. – Não houve resposta. – Pet, eu vou entrar.


A ruiva entrou no quarto e viu a irmã com os headphones branco e azul, totalmente desligada do mundo ao seu redor, só importava aquela telinha miúda do netbook  e a música que ressoava alto em seus tímpanos.


Lily, irritadiça com a ignorância da irmã, arrancou os fones do ouvido de Petúnia com um violento puxão.


- Que é, sua estranha?


- Mamãe chamou para jantar! Estou gritando para você há horas! – E saiu deixando a porta aberta.


Desceu a escadas saboreou uma deliciosa sopa de abóbora com a mãe e a pequena Rose. Falou um pouco sobre as primeiras aulas do curso de fisioterapia que ela fazia na mesma universidade que Marlene e ouviu a outra ruiva falar sobre sua aula fantástica no laboratório de ciências do ensino fundamental.


Subiu para seu quarto e quando passou pelo quarto de Petúnia, pode ver a porta aberta, do jeito que ela deixara e a irmã sentada de frente para o computador com os fones outra vez dentro dos ouvidos. Entrou em seu aposento de descanso.


Deixou a mochila de ballet sobre a cômoda de madeira clara ao lado da porta. O quarto da menina era grande e espaçoso, todo mobiliado com madeira de cor clara. Havia uma escrivaninha em frente a janela, na parede oposta à porta. A estante projetada ficava na parede ao lado à janela e opostamente havia a cama da menina, larga e com muitas almofadas. Uma porta próxima a cama revelava o closet e o banheiro da suíte. As paredes do quarto eram de um tom pastel, creme-envernizado.


A jovem ruiva sentou-se na cadeira da escrivaninha e abriu o caderno de escola, correu o olhar por todas as disciplinas que cursara pela manhã e verificou, feliz, que não tinha nenhum dever para fazer. Deixou de lado os papeis e abriu seu computador para adiantar as pesquisas sobre lesões musculares, que devia entregar dali á cinco dias. Terminou suas obrigações escolares quase onze da noite, dirigiu-se ao banheiro para tirar o uniforme de ensaio e tomar uma ducha quente e relaxante, por um pijama macio e, quem sabe, adormecer rapidamente.


Já deitada, relendo pela quinta vez seu livro de poesias favorito, sentiu o celular vibrar à seu lado. Atendeu. Era a menina Marlene.


- Acordada?


- Não, Lene. Dormindo! – Devolveu a ruiva.


- Engraçada! Escute, como vai o caso...


- do bailarino escolhido? – Ambas riram – Mal. De mal a pior. Tenho dois dias para achar um bom dançarino. – Ouviu a outra suspirar pelo telefone


- Coitada de você. Vai conseguir, não se preocupe. –Houve silêncio na linha. – Sirius me pediu em namoro.


- O QUÊ? – Berrou Lily, sentando-se na cama com um pulo. – Como assim, Marlene? Quando pretendia me contar?


- Foi hoje!! Desculpe, achei que não era importante. – Ouviu uma exclamação impaciente da amiga. – Eu estava saindo da aula, quando cheguei ao ponto para esperar o ônibus, ele parou o carro e desceu o vidro, perguntando se eu queria carona, você sabe como o Six é... Viemos conversando o caminho inteiro, ai quando ele parou aqui em casa, fui me despedir e agradecer, mas ele me impediu de ir, na hora e... E me disse coisas tão lindas... – Suspirou. – Lily, ele disse que me ama e que quer ficar comigo para sempre!


- WONT!! Que fofo!!! E você?


- O que mais faria? Disse que sim!


- Yes!! É isso aí, Lene. – A outra riu pela linha telefônica. –E eu comemoraria muito mais, mas eu tô exausta, sério! Peguei três horas, direto, de ensaio e fiquei para o fim da aula da Swire, sinto dores até na alma.


- Descanse, fofa! Te vejo amanhã?


- Não tem aula de tarde, Lene? – Marlene negou.


- Só no matutino e até as 14h.


- Beleza, almoçamos juntas no campus e depois, ballet. Até mais, Le...


- Até, Lils.


Desligou o telefone, alegre pela amiga. Virou-se na cama para desligar o abajur e viu a foto “dele”. Um rapaz moreno de olhos castanho-esverdeados, óculos e um ar baderneiro, abraçava Lily pela cintura e beijava os cabelos dela. Ela ria feliz, as orbes esmeralda brilhando.


Lily sorriu melancólica e passou a mão pela moldura do retrato, suspirou e desligou a luz. Deitou-se outra vez.


- Por quê?  Por que terminou assim?


Virou-se na cama, dessa vez para o lado da estante e olhou uma foto lá colada. Seu pai a abraçava. Ao seu lado estavam, Rose e Petúnia, em um parque de diversões, algumas semanas antes de o Sr. Evans, pai dela, falecer. Quis chorar.


- Desculpe, papai. Hoje eu não consigo evitar sentir que tudo está dando errado. – Fechou os olhos e deixou as lágrimas virem. Não percebeu quando dormiu.
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N/A: Gente... Tenho muito especatativa nessa fanfic, tenho dois capítulos prontos e espero que estejam bons.
Essa é a minha primeira UA que não seja song (para quem ainda não leu, também é de minha autoria a "Amor Tímido", song para o Remo!!!).
Se interessar a algum leitor saber como é o quarto da Lily, o link é esse...
 http://www.infohoje.com.br/wp-content/uploads/2013/02/quartos2decoracao13-11-300x248.jpg 
De uma autora esperançosa, 
Morgana Pontas Potter
P.S: Comentários são bem vindos!!! 

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