Capitulo 38- Dezenove Anos Dep

Capitulo 38- Dezenove Anos Dep







P.O.V. Teddy.


Todos estavam aliviados pelo fim do livro e eu também, apesar de saber muito bem o que acontece no final.


Dezenove Anos Depois...


O outono pareceu chegar de repente naquele ano. A manhã de 1º de setembro estava fresca como uma maçã, e a pequena família se agitava pela ruidosa rua rumo à grande estação coberta de fuligem, a fumaça do escapamento dos carros e a respiração dos pedestres reluziam como teias de aranha no ar frio. Duas grandes gaiolas se agitavam com ruído no topo dos carrinhos carregados de bagagem que os pais empurravam; as corujas dentro delas piavam indignadas, e a menina ruiva andava lentamente e de modo tímido atrás de seus irmãos, segurando o braço de seu pai.

"Não demora muito, e logo será sua vez de ir," Harry disse a ela.

"Dois anos," fungou Lílian. "Eu quero ir agora!"


– Que dó! - Brincou James apertando as bochechas da irmã.

Os transeuntes fitavam as corujas com curiosidade, assim que a família seguia seu caminho em direção à barreira entre as plataformas nove e dez, a voz de Albus soou às costas de Harry, sobre a barulheira do lugar; seus filhos retomaram o debate que começaram no carro.

"Eu não vou! Eu não vou ser um sonserino!”


– É claro que não... - Disse Scorp.


– Ah, vai se catar! - Respondeu Al.


– Eu, pelo menos, não dei escândalo quando o chapéu me mandou pra Sonserina, né? - O loiro disse e Al ficou vermelho.



"James, dá um descanso!", disse Gina.

"Eu só disse que ele poderia ser,” disse James, sorrindo maliciosamente para o irmão mais novo. “Não há nada de errado com isso. Ele poderia ficar na Sonserina.”


Todos já estavam gargalhando. 

Mas James silenciou ao receber o olhar de sua mãe. Os cinco Potter se aproximaram da barreira. Com um olhar levemente arrogante


– Levemente? - Questionou Lily.


sobre o ombro para seu irmão mais novo, James tomou o carrinho das mãos de sua mãe e avançou correndo. Um momento depois, ele desaparecera.

"Você vai me escrever, não vai?", Albus perguntou aos pais imediatamente, aproveitando a ausência momentânea de seu irmão.

"Todo dia, se você quiser," respondeu Gina.

"Não todo dia," disse Alvo depressa, "James disse que a maioria das pessoas só recebe cartas de casa mais ou menos uma vez por mês.”

"Nós escrevemos a James três vezes por semana no último ano," disse Gina.


– Não acredito que vocês contaram isso! - James reclamou.

"E você não quer acreditar em tudo o que ele lhe conta sobre Hogwarts," acrescentou Harry. "Ele gosta de rir, o seu irmão." 
Lado a lado, eles empurraram adiante o segundo carrinho, ganhando velocidade. Assim que eles se aproximaram da barreira, Alvo estremeceu, mas não houve colisão. Então, a família apareceu na plataforma nove-e-meia, que estava enevoada pelo espesso vapor que saía do escarlate Expresso Hogwarts. Figuras indistintas fervilhavam na névoa, entre as quais James já desaparecera.

"Onde eles estão?" perguntou Alvo ansioso, observando atentamente as formas enevoadas enquanto eles passavam, dirigindo-se à plataforma.
"Nós os encontraremos," disse Gina de modo tranquilizador.

Mas o vapor estava denso, e foi difícil distinguir a face de alguém. Destacadas de seus donos, as vozes soavam anormalmente altas, Harry pensou ter ouvido Percy discursar em voz alta sobre os regulamentos do uso de vassouras, e ficou muito satisfeito da desculpa para não parar e dizer olá...

"Eu acho que aqueles são eles, Al," disse Gina de repente.

Um grupo de quatro pessoas surgiu da névoa, em pé ao lado do último vagão. Suas faces só entraram em foco quando Harry, Gina, Lílian e Alvo chegaram bem perto deles.

"Oi," disse Alvo, soando imensamente aliviado.

Rose, que já usava suas vestes de Hogwarts novinhas em folha, sorriu radiante para ele.


– Cof... Mini-Hermione... Cof! - Brincou Hugo.

"Estacionou direitinho, então?" Rony perguntou a Harry. "Eu sim. Hermione não acredita que eu pude passar no teste de direção trouxa, você acredita? Ela pensou que eu tive de Confundir o instrutor."

"Não, eu não pensei," disse Hermione, "Eu tenho completa confiança em você."

"Na prática, eu o Confundi sim," Rony cochichou para Harry, enquanto juntos, eles erguiam o baú de Alvo e a coruja para o embarcarem no trem. "Eu só esqueci de olhar no espelho retrovisor, e cá entre nós, eu posso usar um Feitiço Supersensor para isso."


Hermione olhou de modo reprovador para Rony, que se encolheu.

De volta à plataforma, eles encontraram Lílian e Hugo, irmão mais novo de Rose, tinham uma discussão animada sobre para qual Casa eles seriam sorteados, quando finalmente fossem para Hogwarts.



"Se você não for para a Grifinória, nós vamos deserdar você," disse Rony, "mas sem pressão."

– Se eu, que sou sobrinho dele, quase fui morto por ir pra Sonserina, imagina o que ele faria comum dos filhos! - Estremeceu Al.

"Rony!"

Lílian e Hugo riram, mas Alvo e Rose ficaram sérios.

"Ele não quis dizer isso," disse Hermione e Gina, mas Rony não estava prestando muita atenção. Recebendo um olhar de Harry, ele acenou discretamente para um ponto uns quinze metros dali. A neblina havia diminuído por um momento, e três pessoas se encontravam em um agudo contraste junto à inconstante névoa.

"Olhe quem é."

Lá estava Draco Malfoy, com sua mulher e o filho, uma capa preta abotoada até a garganta. Seu cabelo recuava um pouco, o que acentuava seu queixo pontudo. O novo menino lembrava Draco, assim como Alvo lembrava Harry. Draco percebeu que Harry, Rony, Hermione e Gina o fitavam, acenou com a cabeça brevemente, e virou-se de novo.

"Então lá está o escorpiãozinho," disse Rony em voz baixa. "Certifique-se de superá-lo em cada teste, Rosinha. Graças a Deus, você herdou o cérebro de sua mãe."


O queixo de Scorpius se abriu.


– Bem, tio, acho que seu tiro saiu pela culatra... Só acho... - Ironizou Lily acenando para Rose e Scorpius.



"Rony, pelo amor de Deus," disse Hermione, meio áspera, meio divertida. "Não tente deixá-los um contra o outro antes mesmo de ter começado a escola!"

"Você está certa, desculpe," disse Rony, mas incapaz de se segurar, ele acrescentou, "Não seja muito amigável com ele, então, Rosinha. O vovô Weasley nunca perdoaria você por se casar com um sangue-puro."


Novamente o queixo de Scorp caiu.


– Bem, esse tiro já está quase saindo pela culatra. - Afirmei, deixando Rose e Scorp vermelhos.



"Ei!"

James reapareceu; ele se livrara de seu baú, da coruja e do carrinho de bagagem por conta própria, e estava, evidentemente, cheio de novidades.


"Teddy está lá trás," ele disse sem fôlego, apontando acima do ombro para trás, para dentro de uma massa de névoa. "Acabei de vê-lo! E adivinhem o que ele está fazendo? Ele e Victoire estavam se beijando!"

– É esse tiro definitivamente saiu pela culatra! Já que você foi amigável com ela e casou com a mesma. - Gargalhou James, me deixando corado.

Ele encarou os adultos, evidentemente desapontado pela falta de reação.

"Nosso Teddy! Teddy Lupin! Ele e Victoire se beijando! Nossa prima! E eu perguntei ao Teddy o que ele estava fazendo..."


"Você os interrompeu?" perguntou Gina. "Você é tão parecido com Rony..."



"...e ele disse que veio para se despedir dela! E então, mandou-me ir embora. Eles estão se beijando!" James acrescentou, preocupado que não estivesse sendo claro. 

– Fofoqueiro! - Resmunguei para James.

"Oh, seria fascinante se eles se casassem!"


– Ele com certeza achou o mesmo. - Disse Draco se referindo a mim.


sussurrou Lílian em êxtase. "Então Teddy seria realmente parte da família!"

"Ele já aparece para jantar quase quatro vezes por semana," disse Harry "Por que apenas não o convidamos para viver conosco, e terminamos logo com isso?"


Todos riram.

"É!" disso James entusiasmado. "E não me importo de dividir o quarto com Al... Teddy poderia ficar com meu quarto!" 

"Não," disse Harry resoluto, "você e Al só dividirão o quarto quando eu quiser demolir a casa.”


– Então você não deveria ter deixado Rose e Scorp sobre o mesmo tempo nas últimas férias, eles quase colocaram Hogwarts abaixo! - Disse Al.


Ele checou o velho relógio de pulso que já fora de Fabian Prewett’s. 

"São quase onze, é melhor vocês embarcarem."

"Não esqueça de dar um abraço em Neville!" Gina disse a James enquanto o abraçava.

"Mamãe! Eu não posso dar um abraço a um professor!"

"Mas o Neville, você sabe..."

James girou os olhos.

"Fora da escola, sim, mas dentro, ele é o Professor Longbottom, não é? Eu não posso entrar na aula de Herbologia e dar-lhe um abraço..."

Balançando a cabeça pela tolice de sua mãe, ele desabafou o que sentia mirando um pontapé em Alvo.

"Até mais,Al. Cuidado com os testrálios. "

"Eu pensei que eles fossem invisíveis? Você disse que eles eram invisíveis!" mas James apenas riu, permitiu que sua mãe o beijasse, deu um abraço rápido em seu pai, e então, saltou rápido para dentro do trem. Eles o viram acenar, e depois correr a toda velocidade pelo corredor para encontrar os amigos.

"Testrálios não são algo com que se preocupar," Harry disse a Albus. "Eles são dóceis, não há por que se assustar com eles. De qualquer jeito, você não irá para a escola nas carruagens, mas sim nos botes."

Gina deu um beijo de despedida em Albus.


"Vejo você no natal." 
"Tchau, Al," disse Harry enquanto o abraçava. "Não esqueça que Hagrid convidou você para o chá na próxima sexta-feira. Não faça bagunça com Peeves. Não duele com ninguém até que você tenha aprendido como. E não deixe James enrolar você."

"O que faço se eu for para a Sonserina?"


– Faça um amigo lindo como eu! - Disse Scorpius para Al.


– Infelizmente eu não consegui achar ninguém mais feio... - Al respondeu irônico.

O sussurro foi apenas para o pai, e Harry sabia que somente o momento da partida forçaria Albus a revelar quão grande e sincero esse seu medo era. Harry se agachou e a face de Albus ficou só levemente acima da sua. Dos três filhos de Harry, Albus foi o único a herdar os olhos da avó, Lílian.

"Albus Severus Potter," Harry disse calmamente, de modo que ninguém além de Gina pudesse ouvir, e ela foi delicada o bastante para fingir acenos para Rose, que estava à bordo do trem agora. "você recebeu o nome de dois diretores de Hogwarts. Um deles foi sonserino, e o outro, provavelmente o homem mais magnífico que já conheci."

"Mas apenas diz..."

"...então, a Sonserina ganharia um excelente aluno, não? Não importa para nós, Al. Mas se importa para você, você será capaz de escolher entre Grifinória ou Sonserina. O Chapéu Seletor considerará sua escolha."



"Sério?"

"Foi assim comigo," disse Harry.

Ele nunca contara algo do tipo a nenhum de seus filhos antes, e ele viu a admiração no rosto de Albus quando o contou. Mas como as portas estavam batendo ao longo de todo o trem escarlate, e os contornos obscuros dos pais se aglomerando adiante pelos beijos de despedida e últimas recomendações, Albus subiu ao vagão e Gina fechou a porta logo após ele. Os alunos se dependuravam às janelas mais próximas. Um grande número de rostos, tanto no trem como fora dele, pareciam se voltarem para Harry.

"Por que todos eles estão olhando?" perguntou Abus enquanto ele e Rose estendiam os pescoços para olhar os outros alunos.

"Não se preocupe com isso," disse Rony. "Sou eu, eu sou extremamente famoso."


– E modesto. Não se esqueça que é modesto. - Ironizou Hermione.

Albus, Rose, Hugo e Lílian riram. O trem começou a se mover, e Harry andava ao longo dele, observando o rosto magro de seu filho, já inflamado de excitação. 
Harry permaneceu sorrindo e acenando, mesmo sendo uma pequena perda e por pouco tempo, observando seu filho deslizar para longe dele...

O último rastro de névoa evaporou no ar do outono. O trem dobrou a esquina. A mão de Harry ainda levantada num gesto de adeus.

"Ele ficará bem," murmurou Gina.

Harry olhou para Gina e, então, ele baixou sua mão distraidamente e tocou a cicatriz em formato de raio em sua testa.

"Eu sei que ficará."

A cicatriz não doía há dezenove anos. Tudo estava bem.


– É acabou. - Eu constatei.


– Por Merlin, senhor Potter já é noite! Está muito tarde! - Monstro disse.


– Bom, o que acham de irmos até a sala e comer alguma coisa? Já está tarde mesmo. - Disse tio Harry.


– Por mim tudo bem. - Disse Teddy. - Depois explico para a Vic.


Todos assentiram.


– Então, vamos. - O moreno disse e todos se levantaram.


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.