Arthur e Molly



-Mais pra direita. Menos, menos! Mais pra cima. Cima! Agora pra direita de novo! Direita, Arthur, não esquerda! – Molly falava impaciente enquanto o marido colocava enfeites de natal no topo da árvore.


-Venha você e faça então, Molly! – o homem retrucou.


-Você sabe que eu estou muito velha pra isso – Molly falou.


-E eu não?


-Pare de reclamar Arthur, só faltam mais alguns.


Era 23 de dezembro de 2013. Molly e Arthur estavam arrumando a casa para o natal. Como já vinham fazendo há anos, todos os Weasley viriam comemorar a véspera de natal na Toca. E como sempre, Molly estava muito animada.


-Pronto! Acabei – Arthur falou descendo as escadas.


-Agora vamos arrumar essa bagunça e ir comprar papel de presente para embrulharmos todos os presentes.


-O que é esse ano? Suéter, gorro, cachecol ou luva?


-Nenhum deles.


-Finalmente resolveu mudar a tradição! O que é então?


-São pijamas para usarem na manhã de natal.


-O quê, Molly?


-É isso mesmo. Costurei um macacão para cada criança usar na manhã de natal.


-E para os seus filhos?


-Fiz lindas almofadas para sofá.


-De que horas o Charlie chega?


-Não sei, só sei que temos muito tempo. Agora vamos logo antes que a loja feche!


Molly e Arthur saíram para uma loja trouxa onde compraram papel de embrulhe e quando voltaram embrulharam todos os 19 presentes. Estavam escrevendo o nome da cada pessoa em cada presente quando alguém bateu na porta.


-Charlie! Rápido, Arthur, coloque os presentes embaixo da árvore enquanto eu atendo a porta – Molly falou correndo para porta sabendo quem estava lá.


Mas quando ela abriu a porta, teve uma surpresa.


-Ron? O que está fazendo aqui? – Molly perguntou.


-Briguei com a Hermione.


-De novo?


-O quê?


-Nada não. Venha, entre, me conte o que aconteceu – Molly falou levando Ron para o sofá.


-Oi, filho. Tudo bem? – Arthur falou.


-Tudo bem, pai. – Ron falou não parecendo nada bem.


-Você não parece bem.


-É que eu briguei com a Hermione.


-De novo?


-O quê? – Ron arregalou os olhos de novo enquanto seus pais se entreolhavam a Molly piscava para Arthur.


-Nada não, filho.


-Tem alguma coisa sim. Vocês se entreolharam e você piscou, mamãe. O que foi?


-É que... todo mês você vem aqui em casa depois de uma briga com a Hermione.


-Mas é que dessa vez foi sério mesmo – o filho retrucou.


-Você diz isso toda vez, Ron – Arthur falou.


-Esqueçam! Vou falar com o Harry, aposto que ele vai me ajudar – Ron falou se levantando.


-Ron, espera – Molly falou – o que eu e seu pai queremos dizer é que essas brigas são por besteira e vocês sabem se resolver. Você não precisa vir aqui toda vez e deixa-la esperando.


-É só dizer que ela tá certa – Arthur falou.


-Mas dessa vez eu estava certo – Ron falou convencido.


-Não importa, filho. O que quer que seja, ela está sempre certa – Arthur falou – entendeu? Ela certa, você errado. A mulher está sempre certa não é meu amor?


-Não sei no seu caso, Ron, mas eu estou sempre certa. Seu pai só fica pensando besteiras por aí – Molly falou.


-Vou pra casa me resolver então – Ron falou levantando-se – você não tem nenhuma comida pronta aí não, mãe? O motivo da briga é a Hermione sempre ter que fazer o jantar e eu queria dar uma ajudinha.


-Você já viu essa casa faltar comida alguma vez? – Molly falou andando em direção à cozinha e abrindo a geladeira – tome o resto do jantar de ontem e de anteontem. Rose e Hugo estão em fase de crescimento e precisam se alimentar bem. Agora vá embora que ainda temos muito que preparar para o jantar amanhã.


-Tá certo. Tchau, pai,  tchau mãe – Ron falou – AHHHH!!! – ele levou um susto quando abriu a porta e se deparou com o irmão mais velho, Charlie.


-E aí irmãozinho? – Charlie falou dando um abraço em Ron.


-Há quanto tempo! Como foi a viagem? – Ron perguntou.


-Foi ótima. Você tá aqui na toca também?


-Não, não, eu só vim aqui pegar umas coisas. Já tô indo embora – Ron falou.


-Ainda não sabe cozinhar né?


-A Hermione é a cozinheira – Ron falou e depois gritou para mãe – mãe, vem ver quem tá aqui! – e no caminho de saída sussurrou pra Charlie – boa sorte.


-Charlie! – Molly falou abraçando o filho como se não o tivesse visto a anos.


-Calma, mãe. Eu não vou embora, pode me soltar.


-Eu não vou soltar nunca. Por que você se mudou pra Romênia, filho, por quê? Eu preciso dos meus bebês sempre perto de mim.


-Não vai soltar nem pra eu dar um abraço? – Arthur falou.


-Tudo bem, mas só um pouquinho – Molly falou soltando o filho.


-E aí, filho, tudo em ordem? – Arthur perguntou ao pai.


-Tudo certo – Charlie respondeu.


-Você deve estar morto de cansado. Suba logo, tome um banho e descanse. Eu limpei e arrumei o seu quarto ontem. Tá com lençóis novos e bordei o seu nome em uma toalha nova e já a deixei no banheiro. Vá logo que o jantar daqui a pouco tá pronto – Molly falou quase que empurrando o filho escada acima.

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