Silhouettes



Passávamos por momentos difíceis, tempos escuros e sombrios. Todo o Ministérios da Magia estava sendo tomado por aliados do Lorde das Trevas. Trouxas e bruxos estavam cada vez mais desaparecendo e não havia nada que pudéssemos fazer.


A alegria de ter Harry na Toca depois de tudo que havia acontecido no ano anterior era reconfortante, assim como o casamento de Gui e Fleur que seria realizado nessa noite.


Quando estava escurecendo, as pessoas começaram a chegar. Mamãe havia me colocado para ajudar a receber a maioria dos convidados. Não via Harry desde que o ministro chegou. Geralmente eu não sabia muito o que acontecia entre ele, meu irmão e Hermione, mas com certeza, eles haviam problemas maiores do que indicar mesas.


No meio de tanta gente que se alegrava ao redor de Fleur, avistei Harry do lado oposto ao meu, conversando com algumas pessoas sentado em uma mesa.


– Você não se incomoda de ele sempre parecer ocupado tentando não arrumar problemas, querida? - uma senhora me perguntou. Não tinha muita certeza de onde ela havia saido.


– Na verdade, não. Sem Harry provavelmente estaríamos todos mortos. - sorri. Ela me olhou em desaprovação.


Tudo estava bem, até que alguma coisa apareceu. Um patrono. Um aviso.


O ministério caiu. Scrimgeour está morto. Eles estão vindo.”


Os comensais apareceram, destruindo tudo que estavam encontrando em suas frentes. Haviam convidados aparatavam a todo instante. Harry corria na minha direção com Rony e Hermione, pronto para me puxar e me levar para onde quer que fosse, gritando o meu nome, com intuito de me proteger. Lupin o impediu de ir até mim e então ele se foi. Sem despedida. No pior momento possível, no meio de uma bagunça tão grande que todos estávamos lá arriscando nossas vidas, ou melhor, eu estava lá tentando não morrer e haviam mais pessoas fazendo o mesmo por mim.


Semanas se passaram e meus dias continuaram tão vazios quanto no dia que ele foi embora. Não tínhamos notícias de nenhum dos três desde então. Minha mãe esperava não ouvir más notícias, porém as boas também não chegaram. Os desaparecimentos continuavam e por um minuto pensei que não voltaria para Hogwarts em setembro mas finalmente a convenci que esse seria o melhor lugar para se estar, apesar de Snape ter tomado a frente como novo diretor. Poderíamos esperar grandes coisas desse ano.


Em nossa estadia em Hogwarts, procuramos um lugar onde poderíamos nos reunir sem se preocupar se iriam nos castigar por isso. A Sala Precisa estava sendo extremamente útil quando precisávamos fugir, escutar as notícias e nos comunicar com quem estava fora. Por meses esperei notícias do meu irmão, querendo também saber a todo instante se Harry estava bem e graças a Merlin, algo me dizia que estavam.


– Você sabe que ele não pode nos enviar nada. Ele não pode arriscar ser pego. - dizia Neville.


– Eu poderia estar com ele. - respondi.


– Não podemos arriscar perder mais ninguém. - Luna sempre falava. Mas eu, eu precisava de mais. Era como se um pedaço estivesse faltando em mim e ele sempre estaria vazio e preenchido com uma angustia sem fim.


A maioria das pessoas diziam que quando se queria muito algo, ela acabava acontecendo. Algo relacionado com uma energia gerada por pensamentos bons.


Em uma noite, depois de muito tempo dormindo na Sala Precisa, quando decidi voltar ao dormitório da Grifinória, uma coruja batia na janela com um pergaminho pequeno enrolado na perna, que só pude ver quando deixei-a entrar.


Tirei-o de sua perna o mais rápido que consegui e as coisas não poderiam estar melhores:


“Estou vivo. Continue em Hogwarts, não arrume problemas, não pense em sair. Estarei de volta em breve.


Sinto sua falta.


H.”

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