Sonhos da Infância



 


– Está tão frio, realmente é muito bom tomar chocolate quente perto da lareira, não é meu anjinho? – diz uma estranha mulher de cabelo preto longo com um sorriso simples em seu rosto dando uma xícara de chocolate quente para uma menina de cabelos enrolados e castanhos e de olhos ambos da mesma cor, essa é Hermione quando tinha apenas 10 anos. E pequena castanha corara pegando a xícara sorrindo para aquela mulher, sua mãe biológica.


– Obrigada mamãe, adoro seus chocolates quentes, a senhora faz de um jeito que ninguém consegue. – diz Hermione levando a xícara com cuidado aos lábios por está quente.


– Faço especialmente para você meu pequeno anjo dos cabelos enrolados, sabia filha que anjos usam os cabelos assim, são iguais aos seus, você é o anjinho dessa casa. – diz a mulher de cabelos negros passando sua mão na bochecha rosada de Hermione que lhe sorrir com sinceridade e simplicidade deixando a xícara no chão para abraçar a mãe.


Mas isso era somente um sonho, uma lembrança antiga que vive dentro do interior de Hermione Granger, que acordara com a quentura da lareira de seu apartamento, a mesma havia deitado para dormir por está na época mais fria do ano em Nova York.


– Mamãe? – balbucia Hermione acordando atônita olhando para as chamas da lareira que estava alguns centímetros a sua frente.


– Miau! – ecoa perto de Hermione o meado de sua gatinha Sunny que logo se enrosca em Hermione que a pega no colo se sentando ainda olhando para as chamas da lareira.


– Oi Sunny, sabe, tive um longo dia hoje, a quem estou querendo enganar, sinto muito a falta da minha mãe Sunny, muito mesmo, mas é melhor esquecemos isso e voltamos a dormir não é? – diz a castanha conversando com sua gatinha como se fosse sua melhor amiga deixando a mesma no chão voltando a se deitar sobre um pano macio perto da lareira.


– Está tão frio... – balbucia Hermione lentamente fechando seus olhos...


Uma semana se passou, Finalmente hoje é sexta feira, hoje eu estaria dentro de um avião a caminho de Paris, mas até as férias, Lucius cancelou, estou sentindo um cansaço enorme, minhas narinas estão inflamadas assim como minha garganta, sinto um ardor muito forte, acabei pegando uma gripe leve, sempre fico vulnerável no inverno, mas isso não me impede de ir trabalhar, que humilhante, hoje terei que olhar durante 11 horas para a cara do Malfoy, hoje vou sofrer, se já não bastasse a gripe, agora terei que aturar o Malfoy , sinceramente estou com preguiça até de pensar...


– Granger, você está horrível! – diz Draco irônico olhando para Hermione que acabara de adentrar a sala do loiro para seu primeiro dia de emprego como secretária.


– Percebeu foi? – de um modo estranho Hermione enfatiza calma, mas ainda irônica sentando a sua mesa do outro lado da sala de frente para Draco que continuava com o sorriso canalhamente lindo, Hermione não o encarou desde quando entrou na sala, evitando o contato visual com Draco, a castanha começara a organizar os papeis em sua mesa ignorando a presença de Draco totalmente que ainda a olhava incrédulo.


– Você é mesmo a Granger? Porque estou estranhando seu jeito calmo. – diz o loiro arqueando sua sobrancelha.


– Olha Malfoy, tenho mais o que fazer do que ficar perdendo meu tempo com você, e estou sem humor para gracinhas e brigas, está bem? – diz Hermione finalmente levantando os olhos a altura dos de Draco o encarando com uma expressão cansada.


– Uhuh voltou a “Madame Revoltada”, mas deixando isso de lado, você realmente está estranha.


– E desde quando você se importa com os outros? Ah Por favor Malfoy, deixe de hipocrisia e faça seu trabalho e me deixe em paz. – retruca Hermione novamente desviando o olhar de Draco para seus papeis.


– Até quando sou legal com você, ainda continua a me dar coices, quer saber? Dane-se Granger. – retruca o loiro revirando os olhos dando de ombros começando a organizar novamente a papelada de sua mesa.


– Ótimo, e dane-se você! – diz a castanha em um tom baixo cortando a conversa.


Por horas o silencio se alastra pela sala, Hermione e Draco estavam focados em seus trabalhos, Hermione mesmo doente é uma determinada mulher, as horas passam e quando Hermione olha para o relógio pendurado na parede, ver o ponteiro menor aponta para as 12:00 horas, hora de almoço, a mesma olha com uma careta de nojo voltando a fazer seu trabalho sem ligar para a hora do almoço, sem notar a presença de Draco levantando-se da cadeira dele indo em direção para porta, mas o loiro para e olha para Hermione.


– Granger, é a hora do almoço agora, deixe isso e vá almoçar.


– Deu para mandar em mim agora Malfoy? E outra, não estou com fome, e já disse pra parar com a hipocrisia.


– Tecnicamente eu mando em você Granger, afinal, sou seu chefe agora, e se você não vier agora para almoçar, irei constatar ao meu pai que você não está cumprindo com acordo, então “bye bye” carreira de advogada! – diz o loiro convencido dando um sorriso sarcástico.


– Você realmente sabe como conseguir inimigos, se você fizer isso te jogo da escadaria do fórum seu desgraçado. – diz Hermione levantando a voz.


– Antes de você fazer isso, você não será mais advogada Granger, e vamos logo que estou perdendo a paciência.


Realmente joguei pedra na cruz, fatos que provam isso, Primeiro fato: Conheci Draco Malfoy, Segundo fato: Fui Rebaixada para Secretária, Terceiro fato: Perdi minhas amadas férias, Quarto Fato: Terei que aturar os abusos do Malfoy até não sei quando, Quinto e Ultimo fato: Tive que pedir desculpas publicamente ao Malfoy, destruindo os restos que ainda havia sobrado do meu orgulho, esqueci de mais alguma coisa? Minha vida é uma grande *****, percebeu que a maioria dos fatos se resume ao Malfoy? Ele é desgraça da minha vida.


– Está bem Malfoy, se eu não conseguir agüentar a comida no meu estomago, irei vomitar na sua cara, quando eu voltar do almoço. – diz Hermione pegando sua bolsinha preta se levantando furiosa da mesa.


– Pare de fala merda Granger, vamos almoçar porque a hora está passando.


– E quem disse que vou almoçar com você? Nem morta! – retruca Hermione passando por Draco que a puxa pelo braço.


– Já disse que agora eu mando em você Granger! Então iremos almoçar juntos, você está estranha, vai que você morre por ai? Irei levar a culpa, meu pai vai achar que te matei para me livrar do “contrato”, e então estarei ferrado!


– Ah Por favor Malfoy, não tem desculpa melhor não? Vai se catar e larga meu braço! – diz Hermione debochada tentando soltar seu braço, mas acaba falhando nisso, a mão grande e grossa de Draco encaixa quase perfeitamente no braço da castanha.


– Quer ir de livre espontânea vontade ou quer ser arrastada daqui até a Lanchonete? você escolhe Granger! – diz o loiro em deboche sem soltar a mão do braço fino e delicado de Hermione que o olhava com desprezo.


– Não estou em condições de ser arrastada, agora solte meu braço Malfoy! - diz a castanha com a voz um pouco enfraquecida.


– Está bem, mas o que você... – de repente a expressão no rosto de Draco muda para uma preocupada olhando apreensivo para Hermione repreendendo a pergunta que iria fazer novamente, perguntando como porque a castanha estará nesse estado.


– Vamos logo. – diz Hermione andando e Draco começará a seguir a castanha, ambos indo para a lanchonete de Luna.


Draco e Hermione atravessam a rua e entra na Lanchonete de Luna, Hermione fica boquiaberta quando ver seu amigo Harry e Luna aos beijos atrás do balcão da lanchonete, ambos se assustam com o barulho da porta de vidro se abrindo e rapidamente param de se beijar olhando atônitos para Draco e Hermione.


– Harry? – enfatiza a castanha ainda boquiaberta, sentando em uma cadeira junto de Draco.


– Melhor eu ir. – diz o moreno levemente corado saindo rapidamente pela porta, Luna também ficara envergonhada pegando o cardápio deixando sobre a mesa de Draco e Hermione.


– Podem escolher qualquer coisa, é somente me chamar quando se decidirem. – balbucia sem graça a loira saindo rapidamente entrando para a cozinha.


– Quem diria, Harry e Luna, ultimamente estou tendo muitas surpresas. – diz Hermione ainda impressionada pegando o cardápio começando a ver os pratos da hora de almoço na Lanchonete de Luna.


– Seu amigo tem péssimo gosto. – diz Draco debochado pegando o outro cardápio, olhando alguns pratos, Draco faz sua escolha e chama Luna que vem rapidamente.


– Se ele tem péssimo gosto ou não, acho que isso não é da sua conta Malfoy. – diz a castanha irônica sem olhar para Draco continuando a ver os pratos oferecidos no cardápio.


 – Vou querer duas galinhas ao molho, acompanhada com arroz temperado com saladas. – diz Draco pegando o cardápio da mão de Hermione, dando-os para Luna


– Porque escolheu por mim? Sabia que tenho língua para fazer meu próprio pedido? – retruca Hermione aborrecida.


– Opa, foi sem querer Granger, foi mal. – debocha o loiro.


– Ah cala boca imbecil! – diz Hermione com um tom de voz arfado espremendo os olhos olhando para a rua.


 Hermione distraída não percebe que Draco se levanta de sua cadeira e senta ao seu lado colocando a mão sobre a testa dela, que se assusta olhando para o loiro que permanecia com a mão.


– O que está fazendo? Já disse para não me tocar! – diz Hermione em um tom rude empurrando a mão de Draco.


– Você está febril Hermione, vamos ao médico agora! – diz Draco serio.


– Olha aqui Malfoy, já cansei dessa palhaçada, pode parar com o seu teatro, não sei por que estou aqui e agora não preciso de sua ajuda para nada, ainda mais a sua falsa ajuda então ver se não me aborrece mais! – diz Hermione irritada se levantando da cadeira indo embora da lanchonete.


– Porra, cansei disso tudo, estou cansada. – resmuga Hermione indo para o estacionamento do fórum, parando em frente ao seu carro a castanha começa senti-se mal e acaba desmaiando.


Enquanto isso, Draco ainda estava na lanchonete...


– Tome. – diz Draco para Luna pagando o seu almoço, logo depois o loiro se retira da Lanchonete voltando para o fórum novamente, indo diretamente para sua sala, ver se Hermione tinha voltado para lá.


– Aquela teimosa e idiota da Granger, ela é muito irritante. – retruca o loiro adentrando em sua sala, e o mesmo percebe que Hermione não estará lá e ver que as coisas de Hermione ainda estavam por lá.


– Ela não está aqui, mas suas coisas estão aqui ainda, então ela apenas não voltou para cá. – diz Draco novamente saindo da sua sala, começando a procurar por Hermione por todo o fórum e perguntando a cada pessoa que visse se a virá em algum lugar, mas ninguém viu Hermione no fórum.


– Puta merda, como a Granger é irresponsável, se acontecer algo com ela, vou me sentir culpado, afinal deixei-a ir embora sozinha da lanchonete, irei ao estacionamento ver se o carro dela está lá, que saco! – diz Draco impaciente descendo pelo elevador descendo as escadas principais do fórum saindo pelo portal de vidro indo para o estacionamento.


– Se o carro dela não estiver é porque foi embora para sua casa. – diz Draco passando por vários carros e o rapaz para em frente à Mercedes preta de Hermione e avista a castanha desmaiada no chão frio do estacionamento.


– HERMIONE! – diz Draco preocupado chamando-a pela primeira vez pelo seu primeiro nome rapidamente pegando-a no colo. – Sua mão está gelada, mas seu corpo está fervendo em febre. – diz Draco em um tom preocupado levando-a consigo para o hospital...


**


Hermione abre novamente seus olhos, deparando-se com a luz intensa do sol sobre seu rosto e com sua mãe sentada na beira da cama a sacudindo dizendo com uma voz melodiosa...


– Filha, acorde, parece que hoje você está melhor da gripe, então acorde, tome um banho e coloque o uniforme, vou servir seu café da manhã enquanto isso, estou feliz porque você está melhor meu anjinho. – diz a mãe de Hermione beijando a testa de Hermione saindo pela porta do quarto da mesma, que a olhava sorrindo levantando-se rapidamente fazendo tudo que a mãe havia lhe pedido.


Hermione desce as escadas de sua singela residência, indo para a cozinha ao encontro da sua mãe que estava na beira do fogão fritando bacons e ovos.


– Pronto, mamãe, isso está com um cheiro muito bom, o que tem para o café? – pergunta a castanha animada sentando-se na mesa servindo seu café em um xícara de porcelana preta e branca.


– Bacons e ovos filha, mas tem algo especial para você e mais nutritivo, você merece após ter ficado uma semana doente filha. – diz a mulher de meia idade sorrindo para filha deixando um prato sobre a mesa na frente de Hermione, um prato com três panquecas recheadas com geléia no meio dela e morangos em cima, Hermione fica com água na boca apenas de olhar a recheada panquecas.


– Obrigada mãe, eu amo quando a senhora faz panquecas, são deliciosas. – diz Hermione não resistindo começando a atacar o prato, depois de alguns minutos não restara nada em seu prato.


– Então, estavam boas filhas? – pergunta sua mão passando a mão na bochecha da garota.


– Boas não, ótimas mãe! A senhora é uma ótima cozinheira. – diz Hermione rindo e mãe rira junto, mas logo sorriso de ambos se perde nas fortes batidas na porta da casa, parecendo agressivas, alguém batia muito forte parecendo que iria colocar porta abaixo.


– Abra essa porta mulher! – ecoa uma voz masculina agressiva, Hermione e sua mãe ficam serias de repente...


Logo o sonho de Hermione iria se desfalecendo, mais uma vez a castanha estava sonhando com sua mãe, uma mulher gentil e acolhedora que cuidara de Hermione com todo seu amor em sua infância, esses sonhos estavam cada vez presentes na vida de Hermione, são doces lembranças que Hermione nunca irá esquecer.


**


Hermione abre seus olhos lentamente apertando o lençol da cama hospitalar, e a mesma direciona seus olhos para o teto, uma enorme expressão de cansaço e tristeza estava carregada nos olhos cansados da castanha que logo o direcionava para o loiro que estava sentado olhando-a e de repente o mesmo se levanta da cadeira vendo que Hermione havia acordado finalmente.


– Você está bem Granger? – pergunta Draco realmente preocupado parando ao lado da cama de Hermione.


– Estou, mas como vim parar no hospital? O que aconteceu? – pergunta Hermione calmamente passando a mãos nos olhos, os espreguiçando.


– Você desmaiou, o medico disse que sua gripe evoluiu para uma virose, e também desmaiou por causa da desnutrição, ele disse que você não se alimenta bem há dias, e graças ao lindo aqui, você teve sorte de ter vindo logo ao hospital, ele passou algumas medicações para você ficar melhor e algumas vitaminas também, eu até comprei todos os remédios, e não precisa agradecer está bem? – diz Draco com um tom de deboche no fim da frase mostrando uma pequena sacola com remédios para Hermione que revira os olhos fazendo uma careta.


– Eu não pedi sua ajuda, prefiro morrer a ter que pedir ajuda a você. – diz Hermione seca olhando para o lado ainda carregando um olhar triste e cansado.


Os olhos da Granger carregam uma magoa que dar pra sentir apenas de olhar, ultimamente os olhos dela sempre estão com o mesmo contraste, o mesmo brilho apagado, como se fosse uma pessoa muito infeliz, que mulher enigmática e insuportável é claro.


– Boa tarde senhorita Granger, vejo que finalmente acordou. – diz uma voz calma , um homem ruivo e alto entrando pela sala, aquele é o medico que atendera Hermione.


– Boa tarde Senhor. – diz a castanha voltando o olhar, pousando sobre o medico, e a mesma olha fixamente para o homem.


Não acredito, é o Sr. Arthur Weasley, faz muito tempo que não o vejo em Nova York, conheço a família Weasley há anos, conheci graças a aquele homem é claro, conheci a família Weasley quando eu estava cursando na faculdade de Harvard, fiquei muito amiga deles, mas depois de um ocorrido desagradável, perdi contatos com todos, afinal os Weasley se mudaram para Miami, então desde então não tenho noticias de nenhum deles.


– Oi Sr. Weasley, há quanto tempo, não pensei que fossemos nos reencontrar assim. – diz Hermione sorrindo para o senhor ruivo que sorrira de volta se aproximando com uma paleta em mãos.


– Oi Hermione, realmente também não pensei nessa possibilidade, há quanto tempo menina, menina não, você já está uma mulher em tanto Hermione, quanto anos se passaram desde quando não a vimos?


– Se passou 8 anos Sr. Weasley, faz bastante tempo senhor, e parece que o senhor está muito bem, como esta a Sra. Weasley? e seus filhos? – diz Hermione em tom de animação.


– Nossa, bastante tempo, todos estão otimos Hermione, então você já tem 28 anos, nossa, não posso dizer o mesmo de você mocinha, você está muito doente, está com virose e desnutrição, e graças a seu namorado, você está bem agora, e ficará melhor se tomar os medicamentos direitinho. – diz o ruivo sorrindo para Hermione que logo fecha a cara.


– Ele não é meu namorado senhor! – reluta a castanha rapidamente alterada.


– Senhor, não somos namorados, somos apenas parceiros de trabalho. – diz Draco com uma cara meio enojada arqueando a sobrancelha.


Jamais iria namorar uma irresponsável e insuportável como a Granger, e apenas o fato de ela ser a Granger, nunca poderia sentir nada por ela, deus tenha piedade, desde quando a conheci, ela parece uma cobra venenosa pronta para exalar seu veneno em mim.


Jamais namoraria o narcisista, idiota e convencido do Malfoy, somente se eu estivesse maluca, acho que nem mesmo se estivesse, a pose arrogante, a prepotência, o ego elevado e a estupidez, logo me jogaria da escadaria do fórum para passar dessa para melhor, para não vê-lo nunca mais. E sinceramente, ultimamente estou com muita vontade de fazer isso para me livrar dele, do pai, das responsabilidades, e de todo o resto.


– Está bem então, foi ótimo revê-la Hermione, se cuide mulher, realmente você não está valorizando sua vida, fiz umas analises em você, a sua quantidade de glicose está muito alta, tem que reduzir a quantidades de café, sucos e doces, qualquer coisa que possa aumentar a glicose do seu sangue e por ultimo tomar todos os medicamentos regularmente está bem? Ah quase ia me esquecendo, e se alimentar bem também.


– Não se preocupe Doutor Weasley, irei me encarregar sobre os remédios e todo o resto, vou fazer a Granger tomar os remédios dela enquanto ela tiver no escritório, depois que ela sair, ela mesmo vai tomar, e já tenho um método 100% eficaz para fazê-la tomar os remédios. – diz Draco soltando um sorriso canalha passando a mão no cabelo loiro, olhando para Hermione que o olhava com cara de nojo, sacando que ele novamente estava ameaçando ela.

Puta merda, agora tenho uma babá, e isso não é pior, e essa babá se chama Draco Malfoy, que otimo, mas não esculacho ele aqui e agora por consideração com senhor Weasley.


– Ótimo Sr. Malfoy, assim fico mais seguro em relação a isso, realmente me preocupo com Hermione como se fosse de minha família, então cuide bem dela rapaz, e Hermione, você já está em alta, pode ir para casa, é para casa mesmo, você precisa de repouso por hora, então, me desculpe agora tenho que me retirar, tenho outros pacientes para atender, Hermione, se você quiser nós visitar, é apenas ir nesse endereço. – diz gentilmente o senhor ruivo deixando um papel sobre a mesinha ao lado da cama hospitalar, Hermione sorrir gentilmente para o homem.


– Muito Obrigada Sr. Weasley, irei visitá-los assim que for possível, por favor, mande saudações para todos, sinto muito a falta de vocês. – diz Hermione sorrindo pegando o pedaço de papel que o Weasley haverá deixado sobre a mesa, olhando o conteúdo.


Endereço dos Weasley


Condomínio Green Garden localizado no subúrbio de Nova York, casa nº 1895, esperamos por você Hermione, se estiver ocupada pode ligar para nós nesse numero > 846-274


– Com licença. – diz educadamente o ruivo saindo do quarto deixando Draco e Hermione a sós.


– Hermione, pelo visto você não tem somente o “santo” Potter como amigo, parece que outras pessoas te aturam Granger. – diz Draco sorrindo debochado.


– Quando eu levantar dessa cama, cumprirei minhas ameaças maldito, e não tomarei bosta de remédio nenhum, eu sei me cuidar, e não gosto de remédios, não preciso de babá Malfoy, sou adulta e dona do meu nariz. – retruca Hermione teimosa se levantando da cama indo para trás dentro do banheiro pegando suas roupas colocadas dentro de uma recipiente de aço, indo vestir suas roupas.


– Se você é tão responsavel assim Granger, você não teria parado no hospital, e você vai tomar todos os remédios a risca Granger, se alimentar direto e evitar doces, ou posso ter uma conversinha com meu pai, você já sabe, então pare de agir como uma criança rebelde.


– Agora vai ficar me ameaçando toda vez que eu não fizer as suas vontades? Deixa eu me livrar desse castigo, tenho pena de você, vou te torturar até a morte por tudo o que você está me fazendo passar. – diz a castanha irritada, saindo do banheiro ajustando seu paletó preto e manga da blusa social branca por debaixo do paletó e calça social preta e com cabelo amarrado.


– Uuuh estou tremendo de medo da “Psicopata Granger”, caia na real, você não tem opção alem de me obedecer, afinal, você está comendo na palma da minha mão, se você não me obedecer, você perde tudo, realmente não tem solução mesmo, então se conforme. – diz Draco passando a mão no queixo fazendo uma carinha debochada. – Pensando bem, até que não é ruim ter um animal de estimação para brincar Granger, e esse papel cabe perfeitamente a você, é divertido ver que a cada hora que passa você me odeia mais, e faz cada cara engraçada quando te aborreço, isso é hilariante, pensei que não iria te suportar nem por um dia, mas você é minha diversão particular agora, estou me divertindo muito com isso, em infernizar sua vida. – diz Draco dando um sorriso canalha, mas o mesmo logo se desfazia porque Hermione se aproxima rapidamente começando a dar vários tapas no peito de Draco que tentava se desviar mas inutilmente, Hermione perdeu o controle e começou a descontar a raiva que estava sentindo naquele momento.


– Animal de estimação é cadela da sua mãe que te colocou no mundo seu merda! – diz Hermione continuando a bater no loiro que tentava se desviar das porradas da castanha furiosa.


– Para sua maluca, está ficando doida é? – diz Draco finalmente conseguindo segurar firmemente os pulsos de Hermione que o olhava com total desprezo.


– Não me chame de maluca, e me solta filho da ****, eu não sou seu brinquedo Draco Malfoy, jurei que nunca mais iria deixar ninguém brincar comigo e muito menos pisar em cima do meu orgulho, e você faz isso sempre que abre essa sua boca imunda para me ofender, me humilhar, eu não agüento mais isso, desde quando te conheci, você só tem me humilhado Malfoy, eu não admito isso... – balbucia Hermione enfraquecendo a voz a cada palavra proferida dos lábios rosadas da mesma, seus olhos carregavam uma grande tristeza, e após as palavras ditas, começam a brotar lagrimas dos olhos castanhos e cansados de Hermione descendo pela suas bochechas pálidas e macias descontroladamente, Draco de repente se ver desarmado mudando a expressão de deboche para uma apreensiva, olhando a castanha desabar em sua frente, Draco solta lentamente os braços de Hermione, mas a mulher não move nem um músculo do seu corpo apenas chorara descontrolada preenchendo o silencio da sala com os soluços do seu pranto, pesa sobre os olhos acinzentados de Draco uma enorme culpa por aquilo está acontecendo, um brilho melancólico emana dos olhos do loiro mirando-os sem piscar para aquela frágil Hermione em sua frente, uma forte força o atinge no peito querendo confortá-la em seus braços e não solta-la, mas Draco não o fizera, pois isso não seria o certo, e depois de alguns minutos, o rapaz diz entre os lábios um fraco pedido de desculpas.


– Desculpa... – diz o loiro em um sussurro engolindo em seco com uma expressão de culpa na face.


– Desculpa? Não tem desculpas para isso Malfoy, o que as pessoas fizeram comigo, inclusive você, não tem desculpa, não tem perdão, apenas não quero sua “inestimável desculpas”, muito menos a sua pena! E esqueça que isso aconteceu, nunca mais irei chorar por pessoas insignificantes como você. – diz Hermione limpando agressivamente as lagrimas.


Draco ficara alguns minutos pensando no que iria falar, mas nada saiu de sua boca, desconcertado o loiro quebra o silencio entre ambos...


– Vamos, irei te levar em casa, seu carro ficou no estacionamento do forum e você está sem condições de dirigir mesmo se o carro estivesse aqui. – diz Draco calmo engolindo em seco.


– Está bem... 

Ambos entram na ferrari vermelha de Draco, hermione ainda estava com a mesma expressão fria e distante sem dizer nenhuma palavra do trajeto do hospital até ao seu apartamento. O clima ainda estava tenso entro os dois, Hermione abrira a boca apenas para falar para Draco onde morava e mais nada, e o mesmo dirigia para o apartamento sem falar nada tambem, chegando enfim...

– É aquela casa Malfoy, até segunda no fórum. – diz Hermione seca saindo rapidamente do carro sem olhar para Draco, que sai rapidamente também, seguindo Hermione, chamando-a.


– Granger espera, posso visita-la esse fim de semana? Estou realmente preocupado com você, e você esqueceu isso! – diz Draco mostrando a pequena sacola com os medicamentos de Hermione, o mesmo ergue a mão dando a sacola para Hermione.


– Qual foi à parte de que eu NÃO PRECISO DA SUA AJUDA, você não entendeu? Jogue esses remédios no lixo Malfoy, eu tenho meu dinheiro e posso comprá-los depois, não quero nada que venha das suas mãos. – diz Hermione batendo na mão de Draco se virando de costa colocando a chave na abertura da porta abrindo-a, mas Draco novamente a impedi de prosseguir.


– Aceite-os Granger, deixe de ser orgulhosa e irresponsável, você precisa da sua dosagem agora mesmo e como posso confiar em você? Será mesmo que vai seguir as instruções do medico a risca? Pegue ou se não vou te dedurar para o meu pai. – diz Draco serio puxando a mão de Hermione colocando a sacola de remédios sobre ela.


– Pare de me ameaçar, e já disse que sou adulta e dona do meu nariz, faço o que quiser da minha vida, você não se intrometa, e já disse pra parar com sua hipocrisia comigo, o que te faz pensar que acreditarei que você realmente se importa comigo? Porque uma hora começa com suas piadinhas de mau gosto, depois me humilha e fica me chantageando, e agora quer dar uma de santinho arrependido pedindo desculpas e fingido se importar comigo? Ah Me poupe Malfoy, vá para casa, cuidar de sua vida, vá viver sua vida medíocre, onde você somente obedece às ordens do seu papaizinho soberbo, você não é muito diferente dele, então ver se de uma vez por todas, vamos manter a relação profissional e acabar logo com toda essa palhaçada e cada um seguir seu caminho, porque tanto eu como você, queremos nos livrar um do outro, e uma ultima coisa, não ouse aparecer por aqui! – diz a castanha fechando a porta na cara de Draco que fica com uma cara feia e derrotada.


– Caralho, que mulher mais irritante! – retruca alto esmurrando a porta se virando rapidamente de costas chutando a grama verde da frente da casa de Hermione entrando na sua Ferrari vermelha arrancando com força.  


Não sei por que estou me importando com essa mulher, não entendo Hermione Granger, ela nunca baixa sua guarda, sempre está com uma resposta na ponta da língua, sempre está de péssimo humor, não vi essa mulher sorrir nenhuma vez, sem sombras de duvidas ela me odeia bastante, ah pouco me importo, foda-se! Tem uma fila enorme de pessoas que me odeia, se eu fosse me importar com isso, eu estava lascado!


Draco e Hermione são duas pessoas com personalidades totalmente diferentes, tornando o convívio de ambos mais complicados, será que um dia poderão ser amigos? Realmente é uma questão enigmática e impensável para ambos.


CONTINUA...
 

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