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Caro Diário


Droga quem em sã consciência começa escrevendo “caro diário”, mas pensando bem é melhor que “Querido Diário, né?”, ou melhor, não pega nada bem para um homem, prestem bem atenção um Homem com H maiúsculo, escrever em um diário, ei, mas não é preconceito meu não, tanto que eu comprei um, para tentar desabafar já que não tenho ninguém para isso.


Quer saber vou escrever como estou fazendo agora o que vier na mente, então como eu ia dizendo, ou melhor, escrevendo:


Caro Diário,


Sou Remus Jonh Lupin,tenho 20 anos,e moro no Peru na América Latina,aqui sou tipo guia turístico e nas horas vagas arqueólogo ,e escrevo sobre tudo que encontro por aqui.


Cara esta terra é mágica, aqui tem de tudo, há vários seres e lugares desconhecidos, ai você me questiona se é desconhecido como você sabe que existe, pelo simples fato de haver varias lendas que são passadas de gerações para gerações, e uma vez duvidei de uma delas e fui pegar uma trilha na qual acabei me perdendo, e nessa aventura acabei descobrindo que tal lenda era real,reuni fatos e com as informações em minhas mãos depois de meses de pesquisa,escrevi um livro relatando tudo que descobri levei as informações para uma escola de pesquisadores bruxos e mostrei as provas,eles ficaram boquiabertos,tanto que fui contratado por eles e meu livro foi publicado,foi um sucesso estrondoso,e ate no mundo dos trouxas foi um publicado só que como uma história.


Depois disso, minha vida melhorou muito, ganhei um bom dinheiro, e graças a Merlin com esse meu trabalho ninguém desconfia do que sou, pois faço meu próprio horário, assim posso ter uma vida digamos que normal, porém solitária.


Há caro diário deve estar se perguntando “como assim ninguém desconfia do que sou?” é meu caro a minha vida nunca foi fácil e já não sou normal há um bom tempo, aos meus oito anos fui fadado a viver na solidão por causa do que me tornei...


Sabe diário eu era uma criança feliz, nasci e cresci em um vilarejo bruxo próximo de Londres,minha família não era rica, mas também nunca havíamos passado necessidades, éramos extremamente felizes,meu pai era vendedor e minha mãe medibruxa, no nosso vilarejo havia muitas crianças com quem eu brincava,havia um parque no centro dele,onde todos nós nos encontrávamos para brincar a tarde inteira que Deus deu,quando chegava a noite nos recolhíamos para nossa casa, quando chegava em casa minha mãe já havia feito o jantar e estava estudando alguma poção nova, e meu pai já havia fechado a loja e estava lendo algum livro na sala,eu entrava na surdina e quando estava no ultimo degrau da escada minha mãe gritava “Não esqueça de lavar bem o seu cabelo!” era incrível não havia um dia que ela não repetisse isso,depois do banho eu descia e jantava com eles, e ia ler algum livro que meu pai havia me dado...todos os dias eram assim, ate que um dia surgiu uns boatos de que no vilarejo vizinho algumas crianças haviam sumidos e outras foram encontradas mortas, cheias de mordidas e arranhões, o nosso vilarejo ficou em alerta, foi um tormento, nenhuma criança brincava mais no parque, parecia que não havia mais crianças no vilarejo, porque não se ouvia nada o dia inteiro, eu mesmo ficava dias trancado em casa lendo meus livros, já que meus pais preocupados me proibiram de sair de casa.


Ate que no inicio dava para agüentar, mas depois foi ficando tedioso, e nada acontecia, mas teve um dia no qual meu pai entrou em casa completamente conturbado, na época não entendi direito, apenas vi meu pai falando a minha mãe que um homem havia entrado na loja de um verdureiro vizinho nosso para roubar, e meu pai havia visto e tentou ajudar o tal verdureiro, só que com isso o homem havia se voltado contra ele e disse que ele iria pagar pelo que fez.


Depois desse dia lembro-me de ver meu pai sempre preocupado, ninguém saia de casa ate que um dia uma das casas do vilarejo começou a pegar fogo, e meu pai foi correndo ajudar a apagá-lo e minha mãe foi no armário pegar algumas poções para cuidar dos machucados, lembro bem desse dia,quando minha mãe entrou no armário ele foi trancado com magia e minha mãe ficou lá batendo na porta e pedindo socorro,então eu sai de casa para chamar meu pai, mas nesse momento lembro-me de um vulto pulando em cima de mim e me arrastando para o mato, quando gritei por socorro vi minha mãe saindo de casa e correndo atrás de mim, mas já era tarde demais estava muito longe, fui arrastado ate uma clareira, onde lá pude ver um homem, ou melhor, um lobo, grande, com seus dentes de fora prontos para o bote, eu me recolhi ate uma arvore quando ele pulou em minha direção, lembro que escapei e corri o, mas rápido que pude ate que ele me agarrou com suas garras e mordeu meu braço quando tentei proteger meu rosto, foi a pior dor que eu já havia sentido, ardia de mais e ele balançava a cabeça com os destes presos no meu braço, foi nesse instante que vi um clarão em direção dele, o vi cai ,levantar e correr tudo numa fração de segundos, e a pessoa que conjurou o feitiço correu ate mim, mas não era uma pessoa qualquer era minha mãe, lembro de vê-la olhar para meu rosto e depois para meu braço e começar a chora, depois disso eu desmaiei.


Acordei em minha cama com meu braço enfaixado, e minha mãe deitada sobre mim passando as mãos em meus cabelos, e repetindo uma frase como se fosse um mantra, ela falava mais para si do que para mim “Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem...”, ao ouvir isso adormeci novamente...


E depois disso, boa parte dos sonhos de um menino de oito anos foi arruinado, tudo virou um pesadelo, ate que...

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