Um armário, dois teimosos e tr



Um armário, dois teimosos e três cupidos.


 


 Eu nunca pensei que eu poderia me apaixonar.


 Eu estava sentada, contemplando o castelo reconstruído após a Batalha e eu tive a epifania.


 Eu sempre o achei inteligentíssimo, charmoso e bonito de uma maneira só dele, de uma força inigualável, dono de um poder hipnotizante, mas nunca antes pensei nele assim.


 Ou pelo menos era o que eu queria acreditar.


 Hoje me encontro aqui, sozinha, no meu ultimo dia nesse lugar onde eu o conheci; onde eu conheci a dor, o amor, a morte, o valor da amizade, da vida, da humildade e me encontro apaixonada pela pessoa que me é mais distante, mais proibida.


 Eu me encontro apaixonada pelo homem que me causou dor ao longo dos anos aqui, mas também o homem que sempre me desafiou, que sempre me forçou a ir além.


 Eu me encontro apaixonada por Severus Snape. E tenho a certeza de que ele nunca irá retribuir meus afetos.


 Bem, vou terminar de arrumar o meu tronco.


 Olho para trás e me despeço desse Castelo que me proporcionou tantas emoções.


 Perto dali uma pessoa a observava nas sombras, como ele havia feito tantas vezes ao longo do tempo, contemplando a beleza que ele mesmo viu nascer, a flor que ele viu desabrochar em meio a todo horror e dor da Guerra.


 Não era de hoje que ele observava Hermione Granger, ele próprio não sabia identificar quando essa atração, esse fascínio, começou; ele só sabia que olha- la o trazia a paz que ele tanto necessitava, é claro que ele sabia a algum tempo que ele havia se apaixonado pela menina, mas nunca, nem em seus mais loucos sonhos,  admitiu a possibilidade de sua Athena voltar seus sentimentos.


 Agora ele a olhava partir, observava sua ultima chance ir embora; é claro que ele a iria ver algumas vezes andando no Beco Diagonal, em Hogsmeade, ou até mesmo visitando Minerva, a qual é muito ligada, mas nunca seria a mesma coisa, ele não poderia a olhar livremente como ele sempre fez em sua estadia em Hogwarts.


 O que mais lhe doía era saber que um dia ela iria achar um homem digno dela, pelo qual ela se apaixonasse, que queira construir uma família com ela, talvez Weasley ou Potter, se eles forem inteligentes o bastante para notarem a beleza rara que sempre esteve ao lado, porem de uma coisa ele tinha certeza, esse homem agraciado com esse milagre que era Hermione, não seria ele.


 De uma das janelas da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a Diretora, Minerva MacGonagall observava sua pupila mais amada e seu amigo de longa data. Eles se imaginavam tão discretos sobres seus sentimentos um pelo outro, porem ela sabia melhor, elas os conhecia desde seus primeiros anos nessa gloriosa escola, ela os viu crescerem cada vez mais afeiçoados um pelo outro.


 A Diretora sempre pensou que eles assumiriam seus sentimentos um pelo outro livremente, porem, ao observa- los ela notou que teria que intervir. Ela não poderia deixa-los desperdiçarem a chance de viver esse amor puro que surgiu do casal mais improvável.


 Ela só precisava saber como ela faria as duas pessoas mais teimosas que já pisarão em Hogwarts admitirem seus afetos.


Ela observou – os se afastar.


 Sentada em sua cadeira ela tinha que conseguir um aliado para esse plano; ou melhor, dois. Ela saiu às pressas atrás dos gêmeos Weasley.


 Os gêmeos sempre deram muita dor de cabeça para a Chefe da Grifinória, mas ela tinha que admitir, ela sempre teve uma afeição para os dois brincalhões.


 Os encontrando, ela explicou os acontecimentos entre a notável sabe – tudo e o nosso Mestre de Poções residente, os dois prontamente se propuseram a ajuda- la.


 Os gêmeos se lembraram do armário encantado no terceiro andar que eles mesmos tinham enfeitiçado em seus anos na escola. O armário prendia o casal e somente os liberava quando revelassem seus sentimentos mais profundos um pelo outro. Seria perfeito para o plano, só tinham que atrair o casal para lá.


 Minerva se encarregou de enviar um patrono para Hermione para que a mesma fosse para o terceiro andar e pegasse um objeto no dito armário e os Gêmeos mandaram seus patronos para o Mestre de Poções dizendo que havia uma nova vítima na Ala Hospitalar que necessitava de uma poção que estava no armário e pedindo para que ele a pegasse pois estavam muito ocupados cuidando da dita vítima.


 Os dois se encaminharam para o terceiro andar e andaram para o armário.


 Ao chegar ao armário, Severo encontrou Hermione abrindo a porta do armário, se perguntou se os gêmeos haviam pedido a ela também para vir buscar a poção.


 Quando os dois ficaram em frente o armário, foram puxados por uma força irresistível para dentro do mesmo e somente escutarão a porta sendo trancada e logo após ouviram a voz dos gêmeos os dizendo que o armário não se abriria até que eles revelassem seus sentimentos verdadeiros pelo outro.


 Os dois ocupantes do armário tentaram abrir o mesmo de todas as maneiras imagináveis, porem, acabarão frustrados e amaldiçoando os gêmeos por suas malandragens.


 Fora dali, Minerva e os Gêmeos esperavam para ver se seu plano iria dar certo.


 Dentro do armário Hermione e Severo ficavam cada vez mais conscientes do corpo um do outro tão perto no armário de vassouras apertado, sem aguentar mais Severo tirou seu manto de ensino, pois estava um calor insuportável, motivada por suas ações Hermione também tirou sua capa e ambas as roupas foram parar no assoalho do armário.


 _ Acho que não vamos sair daqui tão cedo Srt Granger. Disse Severo.


 _ Não precisa me chamar de Srt Granger, Senhor, já não sou mais sua aluna. Respondeu Hermione.


_ Certo então, Hermione, mas me chame de Severo, já não sou seu professor mais.


 _ Severo, a única maneira de sairmos daqui é assumir nossos sentimentos, então eu vou dizer.


 Severo sabia que não deveria criar esperanças mas era inevitável, ele sabia que elas já estavam em seu coração.


 _ Eu entendo se você não quiser nunca mais me olhar depois disso, eu entendo que é ridículo, mas aconteceu. Eu me apaixonei por você há algum tempo já, e eu não posso sair daqui e de Hogwarts sem dizer, eu percebi que essa é talvez a ultima chance que eu tenha de falar com você. Eu te amo.  Ela disse abaixando a cabeça.


 Ele olhou para ela sem acreditar no que ele ouviu. Ele ergueu seu rosto com o dedo e perguntou:


 _ Você está certa disso?


 _ Sim. Disse ela.


 Ele não podia mais esperar, ele tinha que aproveitar a chance que a vida o estava dando, ele a puxou pela nuca e a beijou como ele sonhou todos esses anos.


 _ Eu te amo, Hermione e já faz muito tempo, só nunca imaginei que você poderia corresponder- me.


 Os dois se beijarão novamente e nem se deram conta de que a porta do armário abriu e que três cupidos se abraçarão e correrão para comemorar no escritório da Diretora o sucesso de seu plano.


 Quando o casal percebeu que a porta estava aberta os mesmos saíram e se dirigirão para os aposentos do Chefe da Sonserina de mãos dadas, para que pudessem explorar esse novo desenvolvimento entre os dois a sós.


 

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