...Pelo tempo que for preciso,

...Pelo tempo que for preciso,



        Harry,


    Eu sei que talvez você nunca vá ler isso. Ou você pode até ler. Mas eu ainda não tenho certeza se isso é o que realmente vai me ajudar. Mas eu não tenho nada a perder, então...


    Hoje fazem cinco meses que você foi embora. Cinco  meses que estou sozinha. Cinco meses que sinto sua falta, mais que tudo. Cinco meses que eu peço todos os dias, em cada segundo, que você esteja bem, e que não esteja sofrendo. Bom, Ron e Hermione estão com você, e os dois conseguem te animar mesmo sem querer às vezes. Fico mais tranquila quando lembro disso. Você não está sozinho. E, mesmo que os dois não estivessem aí, você também não estaria sozinho. Aonde quer que vá, eu sempre estarei com você.


    Eu nunca consegui superar tudo aquilo que passamos até agora, e eu sei que nem metade do que ainda tem que acontecer aconteceu ainda. Nós corremos o risco de perder nossos amigos, nossos parentes. De nos perder. Eu tenho medo disso. Eu não tenho medo de morrer, mas tenho medo de que outras pessoas morram. Eu acho que não aguentaria se algum amigo ou parente meu perdesse a vida nessa guerra.


    Harry, não se culpe pelo que está acontecendo (não adianta negar, eu sei que você faz isso). Quem causou isso foi Voldemort, não você. Foi ele que matou e torturou todas aquelas pessoas, sendo trouxas, mestiços ou sangues-puros. Foi ele que destruiu famílias inteiras. Foi ele que começou uma guerra bruxa. Você é apenas mais uma vítima (não sei se isso te faz sentir melhor, mas não custa tentar).


    Eu te amo, Harry. Por favor, não se esqueça disso, nunca. Eu te amo mais do que eu esperava amar alguém. Te amo mais do que eu achava possível. Te amo mais do que tudo. Eu não sei como, mas aconteceu, e agora eu sofro com sua partida. Eu sinto saudades suas. Por favor, Harry, não me deixe. E não demore muito para voltar. Na verdade, eu queria, desde o começo, pedir para você não ir. Mas eu sei que não adiantaria, porque você precisava fazer isso. Precisava combater Voldemort sozinho. Precisava cumprir a missão que Dumbledore lhe deixara. E eu me orgulho de você por isso. Vai ver é por isso que eu gosto tanto de você. Vai ver é porque você nunca deixaria pessoas morrerem por aí enquanto você não faz nada para impedir. Eu amo você pelo seu eu ambicioso e determinado que mora aí. E eu acho que você já sabe disso. Eu só espero que um dia você me ame do jeito que eu o amo.


    E, onde quer que esteja, nunca esqueça que eu sempre vou te esperar, pelo tempo que for preciso. Eu vou te esperar pelo resto de minha vida. Então, por favor, não me deixe esperando em vão.


                                                                                       Gina.


 


 


Harry leu a carta pela terceira vez, e a dobrou com cuidado. Havia sido deixada ao lado de sua cama no dia anterior, depois que Voldemort fora morto e a escola conseguiu se acalmar um pouco, quando as pessoas subiram para os dormitórios das casas para descansar, antes de voltar às suas próprias casas (ou ficar para ajudar a organizar a escola).


    Ele não sabe quem a deixou, mas haviam feito um grande favor à ele.


    Depois de “desmaiar” em sua cama, de tanto dormir (dois dias seguidos), Harry finalmente se levantou e desceu as escadas do dormitório para o Salão Comunal. Encontrou Gina sentada de lado, com as pernas coladas ao corpo, em um sofá de frente à lareira. A ruiva percebeu sua chegada, e levantou seus olhos, um pouco vermelhos, para o moreno que acabara de entrar em seu campo de visão.


    -Harry... –Foi só o que conseguiu dizer, com os olhos voltando a lacrimejar um pouco.


    Ele apenas deu um sorriso consolador e a abraçou. Não sabem quanto tempo ficaram ali, mas aqueles minutos pareceram eternidades.


    -Eu também te amo, Gi. E eu prometo que nunca mais vou te deixar sozinha de novo. Eu nunca mais vou deixar nada nem ninguém te fazer sofrer.


    -Eu ainda tenho medo, Harry. Medo de deixar você ir. De te perder de novo. –Respondeu a ruiva, sentando entre as pernas de Harry no sofá.


    -Já acabou, Gi. Eu não vou mais embora. Eu não vou deixar você me perder de novo. -Foi só o que conseguiu dizer. Beijou o topo da cabeça de Gina, que se aninhava em seus braços,  enquanto a abraçava mais forte, a protegendo para o resto da vida que qualquer perigo que ainda exista no mundo, criando um novo laço, agora indestrutível, entre os dois.





Oooi peoples.. 
Então, mais uma coisinha curtinha de romancezinho melooso, resultado de mais uma tarde de tédio em casa.
Vivo por comentários, então façam o favor :)
Bye *Alice dá tchauzinho* 

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