Catherine...



No meio da aglomeração de alunos, Amber que estava com a cara mais pálida do mundo, havia se separado de David.


Emily olhou-a assustada, pois percebeu a cara da amiga, e então, Dumbledore e os outros professores apareceram abrindo o caminho entre os alunos.


Amber sentiu alguém puxa-la pelo braço.


– Que cara é essa? – Sussurrou Draco:


– É... É... É... – Foi o único som que saiu da boca da menina.


– Você está bem?


– Draco! Um aluno da Sonserina foi atacado... Você também deveria estar meio... Sabe – Disse a garota mais pálida do que de costume.


– Você ficou com medo? – Perguntou o menino.


– Talvez... Quero... Dizer... Parece que isso é meio que uma briga de herdeiros...


– É uma briga de herdeiros, mas o que você tem a ver com isso?


– Draco, você não está entendendo...


– Então me explica... – Disse ele.


– Não estamos seguros... Mas você que está aqui há mais tempo... Tem alguma ideia de quem poderia ter reaberto?


– Potter... – Disse Draco.


– Mas porque ele ameaçaria outro herdeiro?


– E eu vou saber? Sua amiga?


– Emily? Você acha que ela é a outra herdeira?


– Vai saber...


– O que estão fazendo parados aqui? Todos para seus salões comunais!Dumbledore olhou para Amber estranhamente, enquanto a professora Minerva olhava feio para a mesma.


Todos ficaram paralisados olhando a frase e o aluno da Sonserina que estava logo abaixo.


O aluno pertencia ao segundo ano e estava petrificado.


– Muito bem... Todos para seus salões comunais, agora! – Tornou a repetir o diretor.


Os alunos sem reclamar seguiram para seus salões, e enquanto Amber encaminhava-se para seu salão da Sonserina, ouvia os comentários dos alunos “Você viu? Dessa vez nem nós estamos a salvo”.


Amber dirigiu-se ao seu salão comunal muito pálida devido ao aviso na parede.
Quando chegou, lá viu uma garota muito familiar...


– CAH!!! - Disse Amber.


Era de suas melhores amigas, Catherine Sabattine Perucci.


Catherine estava com os olhos cheios de lágrimas e surpresa por ver sua amiga de novo, não acreditando que ela estava ali e ao mesmo tempo esquecendo seu nervoso.
– Am!
– O que você esta fazendo aqui? Que saudade!!! - Amber Abraçou-a toda entusiasmada, mas Catherine não correspondeu com entusiasmo.


Amber afastou-se.


– O que aconteceu?


– Am, eu tive aquele sonho de novo, só que dessa vez foi mais real... Estou com medo, sonhei com... Sei lá, era um lugar muito estranho, e nele você apareceu cheia de sangue - Catherine começou a chorar e abraçou Amber.


– Calma, Cah, isso só foi um sonho... Ninguém é capaz de me derrotar... Você acha que eu seria derrotada tão facilmente? Qual é né? Eu sou a Amber Pavlichenko! - Amber sentiu um pouco de medo, mas tentou disfarçar, pois nunca havia visto sua amiga naquele estado. Catherine era sempre tão brincalhona e engraçada, porem era séria quando se tratava de assuntos sérios, era raro vê-la chorar ainda mais daquele jeito.


– Am... Não tente me confortar, você sabe que não foi só um sonho, você sabe que meus sonhos não são sonhos... São VISÕES, Am, VISÕES!!! - Amber ficou em silêncio durante um tempo, pois sabia que o que Catherine estava dizendo tinha sentido.


O nervosismo de Amber voltou um pouco mais intenso, mas o disfarçou-o, pois não queria piorar a situação.


– Ok, mas... Vamos esquecer isto por um instante... Quero te apresentar para meus amigos, mas enxugue essas lágrimas e melhore essa cara, pois não quero que eles lhe vejam com cara de bu... Com a cara inchada!


– Nossa, Am, você foi capaz de fazer amigos? E não pense que cai no seu disfarcesinho de cara inchada, Senhorita Amber Pavlinchenko - Catherine olhou Amber com uma expressão cômica como se estivesse lendo os pensamentos de Amber.


– HAHAHA! Engraçadinha você, não? Mas o lado bom é que você voltou ao seu normal... Mas agora não vai dar, amanhã irei apresentar-lhes... Mas como você conseguiu vir para Hog?


– Você esqueceu que sou uma Perucci? Só foi proferir ao meu pai e ele mexeu uns pauzinhos no ministério.


– Ah! Sim... Seu pai... – Disse Amber como se aquilo fosse obvio.


– Isso são horas de uma dama estar acordada? – Perguntou Draco entrando no salão comunal - É quem é essa daí? – Draco disse após ver uma bela menina morena, de olhos verde-esmeralda, cabelos castanhos escuros, lisos e com leves cachos nas pontas. Se a pessoa olhasse bem, até que a garota lembrava Amber com o seu jeito de encarar as pessoas.


Catherine olhou o menino com desprezo e nojo.


– Meu nome é Catherine Sabattine Perucci, guarde bem o nome se não quiser ter um fim trágico ao se referir a mim como “essa daí” novamente!


– Calma Cah... Esse é Draco Malfoy – Disse Amber indiferente.


Nesse momento a cara de nojo desapareceu do rosto da menina e a mesma estendeu a mão a Draco.


– Oh, sim, prazer em conhecê-lo, Srº Malfoy, desculpe a minha falta sutileza, pois achei que era um sangue–ruim imundo. – Disse Catherine.


Draco sorriu, mas Amber revirou os olhos.


– Hum... Você é uma das nossas... Srtª Perucci, gostaria informa-la que na Sonserina não é aceito pessoas de sangue-ruim... E era bom você ensinar essas coisas para sua amiga, ela ultimamente está andando com Potter, uma sangue-ruim, Weasley's e com a Mcnold’s - Disse Draco com um olhar superior.


– Não acredito! Potter e Mcnold’s até dá pra engolir, mas os WEASLEY’S? Eu sabia que havia algo estranho nessa sua capacidade de fazer amigos! Acho que nem preciso referir-me a tal sangue-ruim que provavelmente você fala... Qual é o nome dela Sr.Malfoy?


– Ahhh não! Já bastava o Draco, agora você? Olha aqui, eu ando com quem quiser e parem com esse tom de superioridade!- Disse Amber entediada e sem postura.


– Não acredito que estás proferindo isso, Senhorita Amber Pavlinchenko, nós da alta sociedade sempre falamos assim, inclusive você, viu o que dá andar com esse “povinho”? Fica sem normas cultas... E arrume essa postura!- Disse Catherine meio exasperada arrumando a postura de Amber.


– Gostei da senhorita, vai ser bom para ensinar boas normas à minha futura esposa – Disse Draco olhando diretamente e sem disfarçar para Amber, que ficou revirou os olhos.


– Já disse pra parar com isso, MALFOY! – Disse a garota enquanto Catherine a olhava com um olhar malicioso.


Entretanto nesse momento Daniel aparece na porta do salão comunal disse:


– Com licença, senhorita... – Disse ele referindo-se a Catherine, mas logo em seguida desviou seu olhar para Amber - Amber, preciso falar com você – Continuou ele sério a encarando.


– Licença - Disse Amber simplesmente retirando–se do salão deixando Draco e Catherine conversando.


– Por acaso esse é Daniel D’Lucca? - Perguntou Catherine.


– Sim, como soube?


– Ele lembra o pai...


Depois de 1 hora que Catherine e Draco estavam conversando, Catherine percebeu que Amber estava demorando e foi atrás da mesma. Subiu alguns corredores quando...


– AÍ! VOCÊ NÃO OLHA POR ONDE ANDA? INSOLENTE! – Disse Catherine exasperada após ter esbarrado em um garoto.


Este garoto era Cedrico que olhou espantado para Catherine, como se já a conhecesse, mas logo disfarçou voltando a sua expressão normal.


– Me desculpe, mas é perigoso garotas como você ficar perambulando nos corredores depois do que aconteceu – Disse Cedrico olhando atentamente cada expressão de Catherine.


– Como assim garotas como você? Assim como? O que está querendo insinuar? E o que aconteceu? - Perguntou Catherine Medindo-o e reparando seu uniforme da Lufa-Lufa o que não a agradou, pois Draco havia lhe contado tudo sobre as quatro casas.


– Você não soube? A câmara foi reaberta... E pior... Está parecendo uma briga entre herdeiros... Ninguém mais está seguro, pois o primeiro aluno a ser atacado foi da Sonserina... Você conhece a lenda da câmara secreta?


– É claro! – Disse Catherine mentindo para não encompridar a conversa, pois a menina estava muito preocupada com Amber.


– Pois bem... Só não a entrego a um professor por que gostei de você - Disse Cedrico medindo-a com um olhar malicioso.


– Que pena que não posso lhe dizer o mesmo- Falou Catherine com um ar de superioridade, e por fim, saiu correndo a procura de Amber.


 


(...)


 


Emily e os alunos da Grifinória estavam muito confusos o que será que estava acontecendo? “A câmara reaberta e um aluno da Sonserina petrificado?” pensava Emily e provavelmente todos os alunos da Grifinória.


– Quem você acha que foi? – Perguntou Hermione.


– Não sei... Mas hoje vamos descobrir... Descerei até lá – Disse Harry.


– Você tá maluco? E se tiver outro Básilisco lá? – Perguntou Rony que estava evidentemente com medo – Quero dizer... Nem os alunos da Sonserina estão seguros, isso está indo muito além do que matar sangues-ruins, ou de qualquer coisa que possamos imaginar... Não é da nossa conta.


– Larga de ser medroso, Rony!- Disse Hermione – E Harry, Dumbledore não iria querer que você se metesse nisso.


– E se a pessoa que fez aquilo estiver se referindo a mim? – Perguntou Harry.


– Não faz sentido, Harry, você não é herdeiro de Slytherin – Disse Emily.


– Mas a pessoa pode achar que sou, afinal, sou ofidioglota – Continuou o garoto.


– Então por que atacar alguém da Sonserina? Não seria mais fácil atacar alguém próximo a você? – Continuou insistindo a garota.


– Isso é muito estranho – Disse Hermione - Mas está tarde, não podemos colocar a dúvida na frente da certeza, porém vamos dormir.


– Espero um pouco... E se foi Amber? Quero dizer... Faria sentindo, não? – Disse Rony.


Emily o encarou.


– Cala a boca, Weasley! – Disse a garota – Amber não seria capaz.


– Você tem certeza? Quero dizer... De um jeito estranho faz sentido Amber ter aberto a câmara, e estar fazendo essa encenação de dois herdeiros apenas por diversão – Continuou Rony.


– Emily está certa, Amber não faria isso – Disse Harry.


– É, e também essa sua teoria não faz o menor sentido, Rony – Completou Hermione.


– Vão ficar defendendo ela? Pois bem! Eu vou provar que ela é uma maligna... – Continuou Rony e os quatros ficaram ali discutindo sobre aquilo por horas, até que ficou tarde e eles foram dormir.

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