Serpentes&Leões

Rose adorava os começos de ano em Hogwarts. Ver a ansiedade dos alunos do primeiro ano, as bagunças do sétimo, os novos professores... Era tudo mágico!

Ela estava sentada com os seus amigos, entre Lily e Lucy, na mesa da Grifinória. Os pratos eram feito de uma porcelana delicada acompanhada dos talheres de prata e taças de cobre, que foram muito bem preenchidos por um delicioso jantar, que surgiu logo depois que o Chapéu Seletor selecionou os primeiranistas para sua casa e a diretora McGonagall, que estava deslumbrante com um vestido preto e seu famoso chapéu, deu o seu famoso discurso de boas vindas que veio com uma pedido:

– Sejam bem-vindos em mais um ano em Hogwarts. Antes de começarmos o banquete, eu gostaria de relembrar que é proibida a entrada de alunos na Floresta proibida e a saída de alunos dentro da escola em período de aula. Caso algum aluno infringir as regras será retirados pontos da sua casa e correrá risco de expulsão. Peço para que os alunos: Santana Thomas da Corvinal, Carly Brown da Lufa-Lufa, Scorpius Malfoy da Sonserina e Rose Weasley da Grifinória a comparecem na minha sala após o jantar. Que inicie mais um ano da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E bom apetite!

Tudo ocorria como sempre, Alvos e James conversavam animadamente sobre quadribol enquanto Hugo se deliciava com a comida, Lucy e Lily discutiam sobre as aulas, e Henry Lovegood ficava admirando Rose. Ele havia desenvolvido uma paixonite pela garota, quando ela no terceiro ano o ajudou em um duelo. Já a menina estava com o pensamento longe, procurando entender o porquê de a diretora chama-la.

A ruiva terminou rapidamente o seu jantar, e saiu do salão principal indo em direção à sala de McGonagall.

Demorou cerca de dez minutos para os restantes dos alunos convocados a chegar, e em menos de cinco todos já estavam brigando.

– PAREM JÁ! OU SERÃO RETIRADOS TRINTA PONTOS DE CADA CASA!- disse berrando a diretora, que não suportava mais a infantilidade dos jovens- Ótimo. Para acabar com intrigas como essa que acabou de ocorrer e a rivalidade entre as suas respectivas casas, vocês terão que conviver em duplas 24h por dia um com outro e não poderão ficar longe nem por um minuto, ou a sentença será pior, e sofrerão detenções. Para que isso ocorra como o planejado, eu construí dois dormitórios a onde vocês ficaram com seus parceiros pelo resto do ano letivo...

– Se for assim, eu divido com Rose e a vaca da Brown com o Malfoy- disse sorridente Santana. Muito parecida com sua mãe Parvati e com seu pai Dino, era bonita, simpatia e uma ótima comediante. Aos seus dezesseis anos já tinha um corpo muito bonito, e seus cabelos da cor marrom eram de comprimentos grandes e saudáveis. Diferente da mãe não se tornou grande amiga de Carly, já que pela convivência desde pequena brigavam muito.

– VACA É VOCÊ SUA RETARDADA!- retrucou a outra menina furiosa. Ela era loira de cabelos bem cacheados, suas bochechas rosadas dava um ar de gentilidade junto com seu par de olhos azuis. Brown não era má como todos da Corvinal achavam que era ela, apenas não gostava de ser insultada como qualquer outra pessoa, porém puxou a ferocidade da mãe e o que não era nada bom.

– SENHORITAS PAREM JÁ! ESTOU FICANDO FARTA! DEZ PONTOS A MENOS PARA LUFA-LUFA E CORVINAL. - depois desse belo grito, a diretora suspirou e continuou a falar- Eu mesma me dei ao trabalho de escolher os seus parceiros conforme a rivalidades de vocês. Por isso as duas senhoritas ficaram juntas, como o Sr. Malfoy e Sra. Weasley.

Os dois que até agora estavam em silencio, começaram a discutir e mostrando os seus descontentamento.

– ELA?- dizia Scorpius indignado- Milhares de grifinórias tinha que ser justo ELA?

– Senhor Malfoy se acalma, por favor, tendo em conta que passaram mais tempo juntos...

– Mas, professora isso vai tirar todo minha privacidade, e fora que conviver com filhote doninha vai ser muito irritante. E os meus pais? Por Merlin, eles não concordariam..

–Chega Sr.Granger, essa é a minha decisão final. Já que você chegou nesse assunto, seus pais, como de todos, concordaram com a minha sensata e inteligente decisão. – disse isso dando um sorriso triunfante – Agora podem sair, os professores Longbottom e Slughorn estão esperados para te levarem aos seus novos dormitórios. Boa noite, e lembre-se que se separem vai ser pior!

Os quatro saíram da sala da diretora arrasados, sabiam que não podiam discordar com tal decisão. Depois que viraram um corredor encontraram os professores que saiu com cada dupla para lados diferentes.

– McGonagall achou melhor vocês ficaram longe das outras duplas - disse Neville tentando puxar assunto e quebrar aquele clima tenso que estava se formando – Até agora não sei como que conseguiram convencer Rony..

– Professor você não pode fazer nada? Digo mandar meu pai vim fazer um escândalo ou ameaçar o filhote de doninha de morte?

– FIQUE SABENDO SABICHONA, QUE EU NÃO TENHO MEDO DA CABEÇA DE CENOURA MAIS VELHO.

– É MELHOR TER ENTÃO LOIRO OXIGENADO, APOSTO QUE VOCÊ VIRA PÓ EM POUCOS SEGUNDOS EM UM DUELO COM ELE!

– PAREM! Nem percebendo que vão tão ter que sobreviver um com outro por um ano, não sossegam o facho? E não minha querida Rose, nada posso fazer que mudasse decisão da nossa diretora.

Depois de andarem e subirem muitas escadas e corredores chegaram a frente a um retrato de uma donzela cujo vestido era rodado da cor rosa.

– Finalmente chegamos - disse o professor de Herbologia depois de pegar um pouco de ar - A senha de vocês será “Serpentes e Leões”. Já podem entrar e, por favor, tente não se matar.

Disse isso e saiu apressadamente do lugar, pois haveria que andar o mesmo tanto tudo de novo. Rose e Scorpius olharam um para o outro com cara de desaprovação, e uníssono falaram:

– SERPENTES E LEÕES.

A porta se abriu, e deram de cara com uma linda sala comunal. Havia dois sofás elegantes de frentes a uma lareira em conjunto a uma poltrona, uma escrivaninha de madeira entre duas estantes repleta de livros, uma mesa de jantar dourado que possui um romântico vaso de flor em seu meio iluminado por um lindo lustre redondo cristalino e por fim havia três portas atrás do salão.

Cada um abriu a porta que estava com o escudo da sua casa na frente, onde eram seus quartos. Do sonserino era verde escuro, tinha uma cama de casal, um guarda roupa preto, um armário com espaço para colocar seus pertences e retratos em cima. Ele até tinha achado parecido com o seu da mansão dos Malfoys.

Já a pequena grifinória tinha amado cada canto do seu quarto, não que o seu era feio, mas aquele era vermelho e realmente encantador. Como o outro, tinha uma cama de casal, seu guarda roupas era branco igualmente como uma penteadeira, que havia um espelho redondo , um espaço para a garota colocas sua maquiagem e perfumes, e também duas gavetas para outros pertences.

–WEASLEY, CHEGA MAIS! – gritava o menino. O som da sua voz, vinha da direção da terceira porta que nenhum dois havia aberto antes de entrar em seus quartos. Tal ficava entre os dois quartos.

– O que você quer Malfoy?

– Pelo visto vamos ter que dividir o banheiro... –disse apontando para dentro da misteriosa porta.

Era um banheiro muito elegante, no tom claro, tinha uma banheira branca ao lado de um box transparente com ducha que reunia duas arestas de parede, a pia era de porcelanato e havia toalhas brancas no gancho.

– Por Merlin, a diretora McGonagall está levando isso muito a sério. Eu vou ter que dividir o banheiro com uma doninha! Uma D-O-N-I-N-H-A!

– Você acha que eu estou gostando disso sardenta? Ter que dividir tudo com você?

A garota bufou com o comentário do garoto e voltou para seu quarto batendo a porta com tudo. Como queria se deitar logo, abriu seu malão que estava ao lado de sua cama, pegou algumas vestimentas e foi direto para o cômodo ao lado para tomar seu banho. Quando ligou a ducha ficou pensando em um plano para convencer a diretora que não ia dar certo a sua ideia.

– POR MERLIN WEASLEY, VOCÊ MORREU AI DENTRO?- dizia Scorpius batendo fortemente na porta, já que passava vinte minutos e agora não sai de dentro do banheiro.

– Pronto estressadinho, porque você não quebra a porta na próxima vez? – disse a garota abrindo a porta.

O garoto estava com um formato de “O” certinho na sua boca. Ele nunca tinha visto a ruiva de pijama (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=85047665&.locale=pt-br), nem alguns anos atrás quando passou a metade das suas férias na casa dos Potters. Rose estava secando seu cabelo com a toalha e nem percebeu o sonserino a olhando. Simplesmente virou e foi para o seu quarto.

Eram dez horas da noite, e os dois jovens estavam deitados em suas camas refletindo sobre o seu dia. Acabaram chegando à mesma conclusão:

“Eu não vou conseguir conviver com aquele sonserino filhote de doninha albina por um ano”

“Eu não vou conseguir conviver com aquela grifinória metida á sabe-tudo por um ano”

E com esses pensamentos, adormeceram.

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