Piloto



Droga, droga, droga!


Hermione nunca fora de reclamar, mas de uns tempos para cá sua vida estava totalmente fora dos eixos!


Primeiro por seu casamento. Logo após de seu último ano em Hogwarts e mais um ano de namoro, aceitou o pedido de casamento de Ronald Weasley, pensando que era a melhor coisa que aconteceria em sua vida.


Se enganou.


Mesmo Ronald sendo uma ótima pessoa, não era pra ela. Ok, ele sempre a fazia rir, e ela se divertia como ninguém quando estava perto dele, mas era só isso.


E o pior, o que a deixava com mais raiva do que tudo era o fato dela ter passado 7 anos da sua vida - seu tempo em Hogwarts - correndo atrás dele. Como pôde ser tão idiota a ponto de confundir uma grande amizade com amor? Era capaz de ser idiota a ponto de achar que amava Harry também se ele não fosse de Gina! E o pequeno resultado de toda essa sua confusão era um processo de separação, que mesmo sendo amigável, não é nada legal.


Segundo pelo problema de Gina - que é claro que ela teria que resolver, esse é o preço por ser a melhor amiga. Gina, que estava casada á apenas 3 meses suspeitava de gravidez, e não tinha coragem de contar nem pra Harry e muito menos para sua família. Hermione não á culpava; tendo tantos irmãos ciumentos como tinha e sendo a única garota e caçula era capaz que matassem Harry. Carlinhos talvez trouxesse um dos dragões que adestra só para tornar a coisa mais divertida. Além de que nenhum de seus irmãos havia trago netos para os Sres. Weasley, o que tornava a coisa mais difícil, ou melhor, impossível.


E ainda para piorar a coisa toda, o estoque de plantas medicinais de Neville havia misteriosamente "desaparecido", impedindo que ele produzisse os remédios para o St. Mungo’s, e mais uma vez caindo em suas costas, que como medibruxa-chefe tinha o dever de resolver tudo. Se ela não amasse tanto ser médica voltaria imediatamente á seu cargo de Auror, mesmo já tendo mandado para Azkaban cada comensal existente no mundo mágico logo após a morte de Voldemort.


 


- Doutora! Doutora! Hermione! - Luna estava gritando enquanto entrava em sua sala- Temos uma emergência! 'DROGA, DROGA E DROGA DE NOVO!', pensou Hermione


-Um paciente acaba de aparatar aqui desmaiado e todo desfigurado -explicou Luna enquanto Hermione vestia seu jaleco na maior velocidade que conseguia - Até agora ninguém conseguiu identificar com que feitiço ele foi atingido, mas sabemos que foi quase mortal! -acrescentou ela arregalando os olhos, como que em admiração, dizendo logo depois- O atacante com certeza tem experiência nisso, pois tal feitiço possuiu quase a força de um Avada Kedavra! Se ele também não fosse tão habilidoso poderia estar morto agora, mas conseguiu se defender e vir até aqui antes de desmaiar.


-Hermione! -interrompeu Cissa, uma outra enfermeira- O estado do 231 piorou, ele começou a ter uma convulsão e sua respiração está instável. -Hermione á olhou ponderando se deveria atender um paciente emergencial, ou um paciente que ela cuidava desde que havia entrado no hospital. E ela escolheu Blore.


-Luna, leve o paciente para a sala de emergência e faça com que ele permaneça vivo até que eu chegue lá - disse ela, já com a voz "medibruxa-chefe" que tinha que usar quando estava no hospital- E Rave auxilie Luna, quando chegar lá eu quero uma avaliação completa do paciente. -disse se virando para outra enfermeira que passava no local.


Ela correu para o quarto 231, já ordenando aos enfermeiros o que fazer em relação ao paciente. Hermione sabia que não era certo abandonar um paciente que estava em estado de emergência, mas também não era certo abandonar um paciente que ela havia acompanhado desde que entrou naquele hospital. Mesmo que odiasse admitir, Hermione realmente formava vínculos afetivos com seus pacientes, o que certamente tornava tudo bem mais difícil. E simplesmente deixar Blore morrer depois de todo esse tempo não era confortável. Era no mínimo doloroso.


Hermione tentou tudo que podia, desde magia e poções á técnicas trouxas de medicina, mas não foi o suficiente. Após quase uma hora e meia, muitas convulsões, 3 paradas respiratórias, 1 cardíaca e muitos chamados para o paciente em emergência, Blore se foi, deixando Hermione arrasada. Mais além de magoa havia outro sentimento dentro dela. Fracasso. Era isso que ela sentia. Fracasso. Na verdade essa era a exata palavra que a definia nesse momento.


Fracassada em seu trabalho, fracassada em seu casamento, fracassada em ajudar sua amiga, fracassada até em reconhecer seus próprios sentimentos. Fracassada.


Hermione sentia um peso enorme sobre seus ombros. Um peso que a empurrava para o chão. E talvez fosse lá que ela deveria ficar mesmo. Na verdade tudo o que ela queria era ir para sua casa, já vazia, pois Ronald havia se mudado na noite anterior, e se enfiar em baixo do chuveiro onde ninguém a enxergasse, onde nada ficasse pior. Na verdade não tinha como nada se tornar pior. Aquilo já estava no limite do que uma pessoa poderia aguentar por dia, e Merlin não seria tão maldoso.


Ela saiu andando para o estacionamento, a fim de ir pra sua casa, quando uma voz á chamou:


– Doutora? -ele pretendia ignorar, e continuou andando, quando a voz completou- Ainda estão te aguardando na ala emergencial, o paciente já teve uma parada respiratória, continua desmaiado e piora a cada minuto. - Hermione o olhou como se estivesse esquecido algo, e realmente tinha. Depois de tudo que havia acontecido com Blore, Hermione havia se esquecido do paciente em estado de emergência que ela abandonou! Merlin! Como pôde ter sido tão irresponsável?! Ao invés de uma morte poderia estar carregando duas em apenas um dia nesse momento.


 


- Avise que estou a caminho Jared -foi só o que ela respondeu antes de respirar fundo e ir em direção á ala emergencial.


Seu plano era apenas estabilizar a situação do paciente para que pudesse cuidar disso no outro dia, quando sua cabeça não estivesse aparentando uma explosão, e quando conseguisse enxergar através de sua visão embaçada por cansaço ou talvez lágrimas, mas ao entrar na ala emergencial soube que Merlin resolvera não ser bonzinho.


Mesmo inconsciente e com o rosto todo deformado, aquele rosto era totalmente reconhecível. E como poderia ela esquecer? Cabelos loiros, agora rebeldes, caindo sobre a face, rosto afinado no queixo, íris incrivelmente cinza-azuladas e aquela expressão de arrogância sarcástica que ele não perdia nem inconsciente. Seu paciente emergencial era Draco Malfoy.


É, Merlin resolvera pegar pesado dessa vez.

(N/Autora:Então, essa é uma fic que eu escrevi faz tempo, e resolvi postar só agora! Ela foi a primeira fic que eu escrevi, então não sejam maus comigo, ok?


Ps: Não liguem para o nome do primeiro capitulo, é mania de quem assiste muita série, hahah


Pss: Pessoas mandem reviews pra eu saber que há gente lendo, pois se ninguém estiver acompanhando é bem capaz que eu nem continue a postar fic, comente, nem que seja apenas um “estou acompanhando”.


Beijinhos da Lala!)


 

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Comentários (1)

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