Capitulo 3



Todos os personagens, lugares e demais são de autoria da escritora Britânica JK Rowling.


 


Capitulo 3.


 


Eu acordei cedo mas não consigo sair da cama. Céu, minha cabeça está estourando de dor.


Ótimo, é a primeira manhã em Hogwarts e minhas amigas já desceram para o café e me deixaram aqui. Talvez eu não tenha acordado tão cedo assim. Desisto de ficar rolando na cama com a esperança dessa dor passar e vou sozinha para o salão principal.


Desço as escadas do salão comunal, que esta estranhamente cheia e barulhenta. Ninguém ao menos percebe minha presença e, me pergunto se, como monitora chefe deveria fazer alguma coisa, como, mandar cada um ir para sua sala de aula, mas estou com muita fome e dor para isso.


O teto do salão comunal está azul radiante, e isso me dá uma vontade imensa de ir para o lado de fora da escola e correr pelos jardins. Olho para minha frente e sorrio ao ver as grandes mesas das quatro casas, onipontes bem na minha frente. Os alunos estão mais alvoroçados do que o normal e as mesas estão cheias de alunos velhos e novatos, que estão enchendo seus pratos de comida, cada um conversando com seus amigos mais próximos.


Alguns alunos esbarram em mim, enquanto tentam chegar em suas mesas. Eu devo estar fazendo papel de boba, parada em frente o salão comunal e observando os alunos em minha volta.


Sinto meu estomago fazer um alto barulho.


Escuto alguém gritar meu nome ao longe. Procuro pela voz, e vejo Marlene e Alice com as mãos levantadas e acenando para mim. Elas estão bem no meio da mesa Grifinoria. A não... não pode ser! Só existe um grupo de aluno que senta no meio da mesa da Grifinória e eu definitivamente não quero me sentar com eles.


Lá vão duas opções: ou eu dou meia volta e saio do salão comunal, passo a manha interia com fome a ponto de desmaiar a qualquer minuto ou finjo que não vi minhas amigas, e sento na ponta da mesa, como de costume.


Que se dane Potter, não deixarei minhas amigas por sua causa.


Vou caminhando calmamente em direção a minhas amigas, Marlene aponta um lugar vago do seu lado e eu me sento, largando minha mochila de lado.


- Desculpe Lily, pensamos em te acordar, mas como ontem você não estava se sentindo muito bem, a deixamos dormir. – Alice se desculpou preocupada – espero que não esteja chateada conosco.


Claro. Agora eu me lembro do momento que Potter me levou para a cabine de minha amigas sobre a minha alegação de estar passando mal. Perdi a reunião de monitores e me lembrei de que mais cedo ou mais tarde eu deveria falar com Potter.


Tem como minha vida ficar pior?


- Óh Lice, não se preocupe – dei o meu mais sincero sorriso – e obrigada por guardarem lugar para mim.


Não consigo não notar a presença a presença de outras pessoas perto de mim. Pessoas que eu jamais pensaria me juntar um dia na vida. Viro-me para cumprimentar e descubro um sorriso desdenhoso nos lábios de Sirius Black.


- Bom dia Black, Pedigrew, Remo. – cumprimento cada um deles educadamente. Sirius me saúda com seu copo de suco de abobora e com o mesmo sorriso desdenhoso. Eles são todos iguais.


- Lily – diz ele, colocando o copo na mesa – se vai se sentar no nosso território e passar o seu tempo em nossa companhia, existe uma pequena regra. Não nos chame pelo sobrenome Ruiva,  e sim pelo nome – Remo, que estava ao seu lado concorda com ele com um aceno de cabeça e o  idiota do Pedro solta uma gargalhada.


Para tudo! Ruiva? RUIVA? De onde veio toda essa intimidade Sirius Black? Você definitivamente não tem o direito de me chamar de ruiva!


$%#@¨&#@$! Estúpido! Estúpido! Estúpido! Nota mental: eu odeio Sirius Black!


Sinto que minha boca está entreaberta! Lógico, estou pasma!


Não! Eu não sou obrigada a ouvir isso, eu não sou obrigada a chamar essas malditas criaturas pelo seus malditos nomes e eu definitivamente não quero passar meu tempo na companhia deles.


Agora eu estou definitivamente nervosa.


Olho para Marlene que tenta me tranquilizar com o olhar. Arrumo minha mochila ao meu lado, pronta para coloca-la no ombro e dar o fora daquele salão comunal sem ao menos me preocupar com o meu estomago.


- Sirius, belos modos de receber as pessoas – Eu gelo na cadeira e meu movimento de por a mochila nas costas é interrompido no meio do caminho. James Potter está atrás de mim. Eu me viro para encara-lo. Seu sorriso está pregado no rosto como se fosse um assessório que ele nunca abandona e seus cabelos estão úmidos, desarrumados em todas as direções, provavelmente tinha acabado de sair do banho. Nota mental dois: apresentar um pente ao Potter – Eu particularmente gosto do meu nome, mas se ela quiser me chamar pelo sobrenome, eu definitivamente não me importaria.


- James! – Diz Maria animada, com um sorriso bobo na cara – Bom dia! – ela estava aqui desde sempre? Eu nem percebi.


- Pontas, se babaca, você quase perde o café – Sirius se levanta e eles dão o famoso abraço masculinho com dois tapas nas costas. – Temos companhia no café, nossa mesa nunca esteve mais bonita com tantas mulheres.


- Sirius – diz Alice sorrindo – seu charme não me afeta, mas afeta outras pessoas – Alice acrescenta ao ver o seu sorriso sumir.


- Ora, isso é bom saber Alice, posso saber que é a felizarda?


James sorri com de lado – Todas são apaixonadas por você Sirius.


- Cala a boca James! – Diz Marlene ao meu lado rindo – algumas garotas podem estar apaixonadas pelo Sirius, mas você ainda tem o recorde de corações apaixonados nesta escola.


- Acho que não Lene – ele diz sentando entre Alice e eu, jogando sua bolsa no chão de qualquer jeito. Sinto novamente o seu cheiro e o nó em meu estomago reaparece. Merlin, não sabia que estava com tanta fome assim - Lily, bom dia – ele me cumprimenta educadamente mas não me chama pelo sobrenome. Tenho vontade de gritar com ele, mas minha voz definitivamente não sai e quando sai, não é exatamente o que eu quero dizer.


- Bom dia Potter


Dane-se você e sua regra Black.


- Então Lily, preparada para o primeiro dia de aula? – ele diz animado passando as mãos pelo cabelo, fazendo algumas gostas d’água caírem em meu braço. Encaro seus lindos olhos por um momento. Que diabos está esta acontecendo comigo? Quando estou prestes a assumir minha falta de sanidade mental, meu estomago volta a reclamar. Encho meu prato de torradas e meu copo de suco.


Começo a comer. É a melhor sensação do mundo alimentar meu estomago faminto. Quando vou enfiar minha segunda torrada na boca, me lembro de que Potter esta esperando uma resposta.


- Ah sim Potter, estou animada para o primeiro dia aula,e você?! – respondo educadamente, não quero mais fazer papel de idiota na frente dele.


- A verdade? – Eles sorriu enquanto quebrava uma torrada para comer – não estou muito animado não.


- E quando na vida você esta animado para assistir aula James? – disse Remo


- Você é o único nesta escola que é animado Remo, quero dizer, você e a Ruiva ali.- Eu ouvi Sirius dizer.


- Para sua informação Black, a maioria das pessoas normais são animadas para ir para aula. – digo a ele, tentando mostrar toda a minha indiferença.


- É Sirius Lily


- Para mim é Black.


- Qual é o seu problema? – ele perguntou com os dois braços escorados à mesa.


Qual é o meu problema? Você seu idiota estúpido!


-Certo, não vamos brigar agora cedo, não é mesmo? – disse Marlene apaziguando a situação. Sirius deu de ombros e vi que nenhum dos dois iria ceder. Tudo bem, tudo bem, acho que não vou morrer se o chamar de Sirius, mas não irei chamar o Potter de James, definitivamente não.


- Tudo bem Sirius – enfatizei a palavra Sirius para que ele soubesse que estava falando à contra gosto – eu sempre soube que vocês não eram mesmo normais.


Ele sorriu ironicamente – Ruiva, nunca fomos normais.


- Obrigado pela parte que me toca Sirius – Disse Potter sorrindo ao meu lado.  


- Vocês terminaram de tomar o café? Provavelmente vamos chegar atrasados na aula – Disse Remo consultando um relógio e em seguida guardando-o no bolso de suas vestes.


Coloco minha mochila nas costas e me levanto do banco. Sinto que Potter esta caminhando ao meu lado. Segundos depois nossos amigos nos acompanham. O caminho até a sala de aula foi um tanto quanto... diferente. Antes, quando éramos somente eu e minhas amigas, caminhávamos trocando confidencias, falando dos garotos da escola, de musica e moda. Hoje o assunto era diferente e eu estava me sentindo um peixe fora d’água.


O contrario de Marlene, Alice e Maria.


Foi então que descobri o porquê delas estarem próximas dos marotos desse jeito. ELES PASSARAM AS FÉRIAS JUNTOS! Dá pra acreditar nisso? Enquanto eles estavam na mansão dos Potter eu estava em casa.


Não posso reclamar, a escolha foi minha. Mas ainda bem que não fui para essa excursãozinha.


A conversa foi divertida, e os marotos não pareciam ser tão estúpidos assim. Eu já sabia que Potter era o mais inteligente da turma, claro, somos do mesmo ano, mas Sirius?


Eles são engraçados também. Muito engraçados na verdade. Não me lembro de ter me divertido tanto em tão pouco tempo. Tudo vira piada e brincadeira na boca deles. Estou começando a entender por que eles são tão idolatrados em Hogwarts.


Chegamos nas masmorras para a aula de poções. Eu adoro poções, é a matéria em que eu me saio melhor, e de brinde ganho um professor puxa saco. Mas eu adoro o Slughorn, não por ele puxar o meu saco, mas porque ele é carismático e justo, mesmo sendo o professor chefe da Sonserina.


Em falar em Sonserina, nosso primeiro horário é com eles. O que significa aguentar aqueles alunos irritantes e os olhares de Snape, que ultimamente está muito irritante tentando voltar a ser meu amigo.


Não me misturo com artes das trevas. Sou da paz e fim.


Quando entro na sala vejo que alguns alunos já chegaram e estão em frente a seus caldeirões. Escolhemos os caldeirões todos próximos um dos outros, para não separamos. Snape está me dando um olhar frio, diferente. Será porque estou com o caldeirão ao lado do Potter.


Snape e Potter se odeiam.


Bem, isso não é da conta dele no final das contas.


Quando estávamos pegando nossos livros, uma menina com o nariz pontudo e o cabelo com de chocolate vem em nossa direção, parando em frente co James. Reparo que tem mais botões desabotoados em sua blusa que o necessário.


- James! E suas férias? Como foram?


Merlin! Como a voz dela é irritante.


- Olá Melinda, minhas férias foram boas.


- Você ficou em casa ou viajou? – Ela se apoiou na minha mesa ignorando completamente minha, e se inclinou de um modo que todo o seu decote estava aparecendo.


- Fiquei em casa com meus pais – Potter responde educadamente, mas notei um pouco de indiferença em sua voz.


- Te enviei cartas o verão inteiro! Porque você não me respondeu? – ela disse jogando seus cabelos enquanto mudava de posição.


- Sua coruja provavelmente deve ter errado a casa – Lily – ele me será que você poderia me ajudar a procurar meu livro, não estou encontrando – disse Potter virando as costas para Melinda, remexendo em sua mochila.


Sem responder eu me juntei a ele para procurar o tão livro que estava em cima da mesa, bem diante do nariz dele. Senti o olhar de Melinda nas minhas costas antes dela se virar e sair.


Depois dela já ter se juntado a suas amigas da sonserina, eu pego o livro em cima da mesa – O livro esta aqui Potter.


- Obrigado Lily


- Não fui muito útil, ele estava aqui o tempo todo – eu explico, colocando o livro no lugar que ele estava para mostrar a ele que estava bem embaixo do seu nariz.


Ele sorri - não por isso.


Meu coração dispara e eu perco a fala. Ele estava se livrando da garota bonita e perfeita. A única coisa que consigo fazer é sorrir.

Sorrir igual uma idiota.

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