Capítulo 1



Os saltos negros batiam contra o chão dando eco pelo espaço que pisava. Seu vestido negro e justo ao corpo desenhava cada curva com perfeição, mesmo com aspecto fúnebre. Cabelos longos e escuros como a noite, e apenas com uma grossa mecha loira platinada destancando-se nos fios negros. Uma Malfoy. 


-Bom dia, Senhora Narcisa Malfoy. – Filch dissera com certa malicia nos olhos ao ver a mulher graciosa andar pelos corredores de Hogwarts. – Deseja alguma coisa?


-Desejo que pessoas como você sumam desse planeta. Sei bem onde estou indo.  – O mediu com nojo no olhar. Filch nunca se sentiu tão desprezado. Narcisa continuou seu caminho traçando a linha que o destino esperava que acontecesse, a sala de Dumbledore, onde havia um Draco Malfoy sentado desleixadamente sobre a cadeira, esperando a chegada de sua preciosa mãe.


 


Só pude ouvir os baques do salto alto da minha mãe. Ansiei tanto pela chegada dela, assim como anseio pela minha surra. Bem... A surra seria mais legal agora do que a cara do velho caquético me olhando com certa piedade, e dando sermão. Ouvi as portas serem abertas e pensei “Graças a Merlin!”. Olhei de canto e reconheci aquele cabelo e aquele olhar nada bondoso.


-Olá senhora Malfoy. – Começou o velho estúpido, com aquela voz de “bom moço” que eu desprezo. – É uma pena vê-la nessas circunstâncias...


-Não tenho tempo para cortesias, vá direto ao assunto. Do que se trata? – Ela o cortara, como sempre desprezando essa falsidade “é uma pena vê-la nessas circunstâncias”. Só a vejo me encarar de uma forma abrupta, como se estivesse com vergonha. O que me fez soltar um riso escancarado. Cínico.


-Bem... –Dumbledore como se não lembrasse da existência da arrogância no sangue da minha família, que suponho ter sido teatralmente, demonstrou estar boquiaberto quanto a atitude rispida da senhora Narcisa. – Draco Malfoy transformou um aluno do segundo ano em HAMSTER!!! – Sim ele fez uma ênfase nessa ultima palavra gesticulando com a boca e com os braços que estavam no ar, minha mãe me olhara.


-Grifinória? – Narcisa me encarava, e eu pude ver o deboche no tom de voz dela. COMO EU AMO AQUELA VELHA! Mas aquele velho nojento à corta pigarreando.


-Você tem ideia da gravidade do problema senhora, Malfoy?


-Não. Apenas tenho ideia de um aluno perturbado – O tom de voz mostrava a indignação. – querendo usar marionetes para se divertir. Seu pai saberá disso, Draco. –e sussurrou no meu ouvido “preferiria ter vindo aqui por uma causa como você ter feito o Potter sentir dor com um Crucio” e se afastou.


-Pode é? –A mesma encarou-me ameaçadoramente, e isso só me fez soltar o sorriso mais debochado que aprendi.  Ouvi novamente a voz do velho.


-Srª. Malfoy, já que esta aqui para presenciar... Bem, essa notícia não deveria ser entregue nessas condições, mas, mesmo assim é minha obrigação... –Ajeitei-me na poltrona interessado no que ele dizia. - Já que é um dos melhores alunos academicamente... Quer ser monitor da sonserina de Hogwarts?


 


Hermione Granger caminhava de nariz em pé, escolhendo os livros na biblioteca. Uns cinco já estavam ocupando seu braço esquerdo, enquanto o direito estava o ocupado percorrendo as prateleiras.


Ela começou a assoviar uma música do Gun’s Roses-Paciency na biblioteca, logo a mandaram calar a boca. Ela se calou, foi para outra prateleira de livros antigos de bruxaria até que viu dois alunos se agarrando, o que a fez sorrir de satisfação, pensando “castigo Granger”.


-Os dois! –Ela se apoiara na prateleira com os livros na mão. O casal parara de se beijar e a encarara. O garoto fizera expressão de tédio. –Caí fora. E você... – Apontou para a garota. –Como castigo vai me ajudar a escolher uns livros interessantes. –Ela e Hermione sabiam que escolher livros para a senhorita Granger, era um perfeito castigo, de monitor para aluno.


-Chata. –A aluna da Corvinal balbuciara alguma coisa.


-Oi? –Ela sorria, virara-se para a garota com os olhos brilhando de deboche.  –Não era para você estar na sua sala agora? Pelo o que me consta, os alunos da Corvinal e Lufa-lufa estariam tendo aulas de poções... –Ela olhou no relógio trouxa. –E... A aula ERA agora. –Ela sorriu maroto.  –Você prefere me ajudar a escolher livros, organizar a biblioteca, ou ter uma conversinha com McGonagall e aproveitar para falar que você estava se agarrando com o seu querido namoradinho da lufa-lufa? –Hermione mostrara os dentes na forma de um sorriso simpático.


-Prefiro ajudar você a escolher seus livros Monitora Granger. –A menina falara baixo.


-Pensando bem... Não há castigo melhor do que limpar a biblioteca! Sem magia... Tem alergia Claire? –Hermione sorriu amarelo.  


-Tenho... –Claire a fuzilava.


-Castigo melhor que esse não tem mesmo. –Hermione abandonara os livros na mesa da biblioteca. –Péssimo lugar para você ficar se agarrando com alguém. Merda para você Claire. –Ela saíra andando e se colidiu com Malfoy.


-“Merda para você Claire?” – Draco arqueia a sobrancelha.


-Saia da minha frente Malfoy, antes que eu te mande para a detenção! –Hermione tentara sair, mas ele a impedira se colocando na frente dela.


-Nunca esperei isso de você, Granger... Abuso de poder? Enfim, creio que não será possível me mandar para a detenção –Ele sorriu.


-Ah é? Por quê? Seu paizinho vai me castigar e dar de presente para o Lord das Trevas? – Ela tentara se retirar e não conseguira, pois ele se colocara na frente dela de novo.


-Seria uma ótima ideia, mas não... Não há castigo pior do que Draco Malfoy ser seu parceiro na monitoria? – Ele sorrira debochado.


-Que?! –Ela parou de tentar sair, e o olhara confusa. –Você só pode estar de brincadeira!


-Os melhores alunos de Hogwarts, somos nós Granger. Infelizmente que seja você... Bem, sua companhia não será necessária sempre, pelo o que aquele velho que chamam de diretor da escola, me disse. Somos monitores de nossas casas.


-Ta! E por que você esta me barrando mesmo!? 


-Por que... Bem... Para te dar uma felicidade no dia! Ah! E tem uns alunos da grifinória tentando abrir a câmara secreta no banheiro feminino de novo! –Ele se apoiara na porta da biblioteca, dando certo espaço para ela sair.


-Vá se ferrar Malfoy! –Hermione dera um empurrão nele de propósito, o que fez o loiro sorrir.


-Sangue-ruim. –Ele entortou a boca em desaprovação. Limpando o lado que Hermione havia tocado, como se houvesse pó em sua roupa.


 


“O dia poderia começar melhor? É claro! Ele poderia ter começado melhor ainda se realmente tivessem aberto a câmara secreta. FASCINANTE!  


Estava lá eu me divertindo dando um monte de castigos e detenção nos alunos, no meu segundo dia de monitoria. E de repente, uma cabeleira loira e platinada, que por sinal tem boca, me dá uma notícia INTERESSANTÍSSIMA!... Sabe o que o infeliz veio me dizer? Que vai ser monitor!  Vai NÃO! Já virou monitor.


No dia que recebi a notícia que virei monitora, logo contei a Harry e Ron, que me ajudaram numa coisinha... Meu plano esse ano era infernizar a vidinha de alguns aluninhos, e provavelmente virar monitora chefe com o objetivo de ser o CAPETA EM PESSOA na vida dos Sonserinos! Em nome da amizade que tenho com Harry e Rony... Na verdade foi quase um pacto que fizemos... Em uma dessas conversas nossas, e de outras que Harry contava do próprio pai. “Jurar solenemente” é a coisa boa do negócio.


-Jure Hermione! –Harry rira brincalhão. –Jure!


-Jurar o que Harry? –Ríamos das próprias piadas no salão comunal da Grifinória. –Jurar que vou transformar a vida dos Sonserinos um inferno se virar monitora chefe? – O fogo da lareira esquentava nossos corpos.


-Agora você entendeu a coisa boa de virar monitor-chefe? –Rony comia feijõezinhos fazendo caretas cômicas, o que me fazia e faz rir.


-Jure Hermione! –Harry me pressionava com um olhar e sorriso vingativo.


-Ta bom! –Gina me olhara, não acreditando no que eu iria fazer.  –Juro solenemente, para esses dois idiotas, que transformarei a vida do sonserinos um inferno e...


-Não só isso! Jure transformar a vida no castelo de Hogwarts de Draco Malfoy, um inferno! –Neville se juntara a brincadeira.


-Ok ok... –Me rendi, e Gina abraçara Harry rindo. –Juro solenemente acabar com os sonserinos, e transformar a vida de Draco Malfoy em Hogwarts um verdadeiro inferno!


E meus sonhos foram destruídos de repente... Está bom que só algumas horas se passaram desde a notícia, mas que eu queria dar um soco lindo naquela cascavel, eu queria.


E para onde irão todas aquelas imaginações de Malfoy limpando o chão do banheiro com a própria escova de dente? Na onde eu colocaria tal imaginação criativa? Onde? Tenho que decreta-la!


Esses meus amigos idiotas me fizeram ter sede de ver Malfoy, filho da barbie, limpar o chão, ou a biblioteca, gritando pelo pai ou pela mãe! E essa seria a primeira vez que eu teria tanto prazer em vê-lo ali, em tamanho constrangimento e ato! “


 


 


Hermione se sentou na cama, tirando os sapatos, a saia, a camisa e o colete da escola...Pondo uma calça jeans, jogando uma regata branca do lado para colocar mais tarde.  Depois do dia cansativo... E a decepção que teria ainda de monitorar o castelo, se misturava ao ódio de monitorar com Malfoy. Ela pensava seriamente em desistir do cargo, pois previa que não suportaria ver a cara dele todas as noites.


Bufou.


-Gina? –Ouvira um barulho na porta. –Bichento... –A mesma se levantara e abrira a porta para o gato que a empurrava. –Gato interesseiro, só quer saber de comida e carinho. –O pegara no colo, e o abraçara gentilmente.


-Hermione? –Ouvira a voz suave da amiga. E uma mão na porta, um corpo longínquo se arrebatara no quarto – Tenho que te perguntar uma coisa... Você pode me responder? –Gina fechara  a porta ainda no escuro –Você já... Quer dizer... Já fez... Sabe?


-Fez o que? Seja mais objetiva. –Hermione se aconchegara na cama, com bichento no colo que ronronava.


-Digo... Se você já fez... Sexo? –Hermione sentia o cheiro de confusão vindo de Gina.


-Espera... Não vai me dizer que você e o Harry estão tendo relações sexuais? –Hermione sussurrava nervosa dentro do quarto, tentando não fazer escândalo.


-Bem... A gente não fez, mas a gente... Sabe? Foi quase... Só que o Harry se segurou e eu não estava pronta e...


-VOCÊ NÃO ESTAVA PRONTA? –Hermione agora gritava, pois Gina era como uma irmã para ela, e o Harry também. Mas sempre fora como mãe para Harry e Rony, e acabava sempre tendo que colocar as coisas no lugar. –VOCÊ NÃO ESTA PRONTA GINA WEASLEY!  -Gina estava extasiada, e Hermione de pé gritando no ouvido dela. –CADÊ O HARRY? AQUELE CABEÇA DE OVO?  - Hermione colocava a camisa. –Merda! MONITORIA! AAH! ESPERA AI! E FICA AI! SE SAIR LEVA DETENÇÃO!  -Hermione descera as escadas e vira Harry se esquentando na lareira com Rony. –Psiu! –Apontou para Harry, ele a encarava. –Vamos ter uma conversa amanha mocinho... E os dois! –Agora encarava Rony. –Nada de comer besteiras. E já para cama! –Ela saiu, e os dois se entreolharam, obedecendo ao que ela dissera.


 


Hermione esperava a escada que chegava até ela. Ela se mexia e parara bem na frente da sala da grifinoria. Onde um Draco Malfoy parado na escada de mármore e enfeitiçada, estava com uma camisa cinza, e calça jeans surrada.


Ele a encarou com um olhar cínico, Hermione desistia da escada para se transportar em outro lance de escadas, e não ter a companhia de Malfoy.


-Me esperando Granger? Gentil da sua parte, mas não sou muito chegado em sangue-ruins. –Ele pegara a mesma escada que Hermione estava, que já começava a se mexer. Hermione ignorou o sarcasmo e ironia.


-Malditas escadas que se mexem. –Hermione sussurrara.


-Sabe? Eu até que gostei da ideia de monitorar o castelo... –Draco colocara as mãos no bolso da calça, se pondo ao lado de Hermione, e olhando para baixo, uma altura razoavelmente grande. –Como seria cair daqui de cima? –Hermione o olhara indignada e revirando os olhos.


-No máximo você quebraria... O seu corpo inteiro. É evidente que você não tenha racionalidade para ver que aconteceria isso Malfoy. –Hermione novamente voltara os olhos para o nada.  E se direcionando junto com Malfoy para outro lance de escadas, que já começara a se mover.


-Sangue-ruim, eu sei muito o bem o que aconteceria... Só gostaria de ver alguém caindo. –Disse estúpido e olhara para Hermione como se ela fosse algum tipo de rato de laboratório.


-Xuxa assassina. –Hermione cruzara os braços, sua boca já se preparando para gritar socorro.


-Bem, como eu quero me formar academicamente muito bem... E também não quero me ferrar, por tentar matar uma sujeitinha-sangue-ruim como você... –Os dois já chegavam perto dos corredores para monitorar os alunos que ainda circulavam pela Hogwarts. –Prefiro ver você morrer na guerra. –Ele sorrira sanguinário.


Hermione se imaginara metendo um Crucio, Reducto e a própria dando um balaço na cabeça dele no jogo de quadribol.


-Não imagine me matando agora Granger. –Ele chegara perto dela sorrindo cínico. –Ao invés de imaginar, deveria é concretizar. –Ela o olhara, como se ele tivesse adivinhado os pensamentos dela, umas horas antes, e alguns minutos antes.


-Não duvide Malfoy, um dia você pode dormir tranquilamente, e talvez não acorde no dia seguinte. –Ela dessa vez sorria do mal. –E não duvide que seja eu quem fez esse prazer para o mundo dos bruxos. –Eles estavam a um palmo de aproximação.


-Um dia você dorme tranquilamente Granger, e no outro vai estar na minha cama dizendo que me ama. –Ela se assustara constrangida.


-Você é patético Malfoy! –Hermione saira.


 


Aquela garota começou a berrar pelos corredores, histérica, chamando os alunos da Grifinória.


Realmente aquele meu comentário maldoso a deixou constrangida. Porém eu não deixaria barato.


Mas até eu sentira nojo das palavras que dissera, nunca que iria para cama com aquela sabe-tudo metida a sangue-ruim!


Mas cara foi um prazer ver a cara dela de espanto.


Depois de ver a cara dela de vou-matar-Draco-Malfoy-a-qualquer-momento sai rindo e mandando com certa... Grosseria para aqueles autistas subirem para suas casas.


Até extrapolei um pouco, sentindo o prazer que um monitor-chefe deve sentir em mandar todo mundo para dentro. É... Eu saí mandando até povinho da lufa-lufa para os quartos deles.


Logicamente que eles foram, sou um Malfoy, quem vai contrariar um Malfoy? Sim, claro, em exceção da sangue-ruim. Parece que essa daí nasceu para dizer não e enquanto eu digo sim.


Quase uma hora depois, já estava dando a hora, e eu e Granger e mais dois alunos tinham de comparecer na sala da McGonagall.


 


-Granger! –Draco gritava. –Cadê você? –Ele vira ela passando por perto dele bufando e andando rápido. Ele a alcançara. –Esta fugindo de quem?


-De quem mais eu fugiria a essa hora da noite? –Ela perguntara para ele o medindo como resposta. Ele ignora o olhar.


-Do trasgo, aquele seu namoradinho... –Draco colocara as mãos no bolso indiferente.


-O que é que você quer Malfoy? –Hermione para de andar o encarando.


-Temos de comparecer a sala da Mcgonagall, sempre depois da monitoria.


-Eu sei... Gostava de quando comparecia SOZINHA! –Ela fechara o punho de ódio.


-Os outros alunos das outras duas casas já devem ter ido falar com a Minerva. Vamos Granger. –Ele a puxava pela mão.


-Me solta seu porco! –Ela se limpava. E ficou parada.


-Você é patética garota! –Draco a fuzilava. 


-Por favor! Desista do cargo de monitoria por andar com uma garota como eu! Desista! –Os olhos de Hermione brilhavam em esperança. Ainda continuava no mesmo lugar.


-Não. –Ele disse seco, e continuando a andar. –Desista você.


-Não! Desista você! –Ela bateu os pés no chão, não querendo andar.


-Não tenho motivos para desistir do cargo Granger, –Ele parara de andar, virando-se para Hermione que ficou para trás- ... Por causa de você. –Ele a olhara como sempre, com  desdém e nojo.


-Não que eu queira desistir por causa de você,-Hermione empinou o nariz e foi indo em direção a ele -Mas sua companhia não é lá uma das melhores entende?


-Não sou má influência... Você respirar o mesmo ar que o Potter já te deixa com cara de santa. Relaxa. Só não mantenha contato comigo. Agora vamos ... –Hermione revirara os olhos... O caminho deles até a diretoria foi entre xingos, e histeria.


 


-Você é patético! –Hermione se colocara com Draco na frente da porta da sala de McGonagall... 


-Você é histérica e chorona! E ainda por cima sangue-ruim! –Ele vira os olhos de Hermione já vermelhos. Até que a porta da McGonagall abriu sozinha. E ouviram uma voz cansada, mas autoritária.


-Senhor Malfoy, Senhorita Granger. Sentem-se por favor. –As cadeiras os obrigaram a sentar... Draco fez sinal de raiva para Minerva, que não se preocupou com o olhar do rapaz.


-Monitoraram o castelo?


-Não... Imagina a gente...


-Sim, Minerva, monitoramos como à senhora pediu. –Hermione cortara Draco. Ele a olhou arqueando a sobrancelha e balbuciando algo como “Grifinórios”.


-Hmmm... –Minerva escrevia algo no pergaminho, parecendo não prestar atenção em Hermione.


-Então... –Draco começou a falar. –Já podemos ir Minerva?


-Não... Tenho uma proposta aos dois. –Hermione engolira em seco, e Draco se ajeitara na poltrona com cara de interesse, um risco de malícia se espalhara nos lábios vermelhos do rapaz, fazendo Hermione Granger ferver de ódio.


 


Fofo? Que ideia foi a daquela velha de irmos checar se fofo estava bem? Ela queria que o quê? Déssemos ração pedigree para o cachorrinho inofensivo de três cabeças? Aliás, por que o nome não é sarcasmo e nem ironia... É POR QUE O CACHORRO É FOFISSÍMO. Chega até dar dó por ficar preso nas masmorras! Soltem-no! Deixem o ser livre, o cachorro fofo, que não vai comer dois adolescentes!


-O que? –Eu e Malfoy, encaramos a professora nos levantando da cadeira instintivamente.


-Trabalhem em equipe. –Aquela velha continuava com os olhos vidrados naquela merda de pergaminho. -Eu e Granger em equipe? É o mesmo que pedir a morte de um dos dois! Ou a gente se mata, ou mata o “fofo” – Malfoy fez aspas no ar.


-Cala a boca Malfoy! E deixa a velha falar! –Minerva tirou os olhos do pergaminho me encarando séria. –Hm... Q-quer d-dizer deixa a ... pra lá! –Sorri forçado, e Minerva ignorou meu deslize, voltando os olhos ao pergaminho. Olhei para um Malfoy rindo da cena, enquanto eu rezava para que algum coreano errasse a mira, e uma bomba atômica caísse e se transportasse para Hogwarts num passe de mágica e por acidente atingisse uma cabeça loira...


-Podem ir. –Minerva nos despachava.


-Mas, Mc Gonagall não acha que esta muito tarde para fazermos esse serviço? E somos adolescentes do 6ºano e ...


-Quer dizer mais alguma coisa Senhorita Hermione Granger? –Minerva me encarou.


-Há muitas coisas que eu gostaria de dizer sabe Minerva... Mas estou ocupadíssima indo para  a minha morte... Até a próxima reencarnação... Foi um prazer em conhecê-la. –Uma mão áspera e fria me puxou para fora da sala não me deixando terminar meu discurso de despedida.


-Sua ceninha estava ótima Granger. Sabe o que eu descobri? Que além de chorona e histérica, você é dramática. –Ele deu um sorriso... Com dentes.


-E sabe o que eu descobri? Espera aí, eu não descobri nada, por que não fico reparando em você! –Cruzei os braços.   


-Sim, eu sei, você estava ocupada demais reparando na minha beleza e no meu jeito sedutor... Aliás, as qualidades.


-EU DISSE QUE NÃO FICO REPARANDO EM VOCÊ. E você não tem qualidades Malfoy... –Malfoy fizera uma cara de sério que não compreendi.


-Cala a boca Granger, você é mais ingerível quieta. –Ele disse falando grosso.


-Ingerível? Você é um retardado! –Eu comecei a andar indo em direção as masmorras.


-Granger... Granger... Granger... –Malfoy falava vagarosamente já me acompanhando do meu lado. –Se você não fosse tão patética, metida a sabe-tudo, sangue-ruim e amiga do Potter... Não, não não. –Ele não terminou de falar, eu fiquei curiosa. ISSO MESMO! Fiquei curiosa, o que é surpreendente.


-Nossa! Eu tenho que deixar de ser tanta coisa só para ser o que você não terminou de falar... É impressionante como as pessoas tem que mudar para ter a sua presença e serem chamadas de colegas. –Ele parou de andar, e me encarou com a sobrancelha arqueada.


-Impressionante... Histérica, chorona, dramática e FOLGADA! –Ele se aproximava de mim. –O que mais você é Hermione Granger? – Ele se aproximava mais, o que não me causou nenhuma reação.


-Sou tudo o que você não suporta Malfoy. Agora vamos, fofo já deve estar pedindo por mamadeira. –O olhei indiferente, enquanto esse me olhava... Não sei como me olhava, mas eu só sei que me olhava.  –Dá para parar de implicar!


-Vamos logo... Preciso dormir depois de ficar perto de você, e tomar um belo de um banho para tirar esse cheiro nojento que exala do seu corpo de sangue-ruim.


-E eu preciso de uma lavagem cerebral para não ficar maluca... Depois de um dia com você. –Continuei andando.


-Vai ter que fazer lavagem cerebral todo dia. Cuidado para não torrar o cérebro.


-Pensei que você tinha piadinhas novas esse ano... Continua a mesma coisa... –Paramos em frente a uma portinha pequena, que tinha um cheiro podre de merda de cachorro.


-Granger, tenho coisas mais interessantes a pensar, do que elaborar novos insultos para te humilhar. –O idiota sorri. E pega sua varinha.. Eu debocho da cara dele.


-No máximo o que você vai conseguir com essa varinha Malfoy, é tirar meleca do nariz do fofinho. –Sorri.


-Observe e aprenda sangue-ruim. –Ele me olhou friamente


- OH SIM GRANDE MESTRE – Bufei e ele foi para dentro do perigo, se enfiando naquele cheiro insuportável, que para ele parecia só um odor normal... Eu fui logo atrás do grande mestre.


 


Draco e Hermione se enfiaram naquela névoa de odor. Hermione quase pedindo socorro, e verde por estar com ânsia de vomito. Ele andando sorrateiramente como uma cobra, passando por estatuas que lembravam figuras das trevas, e um principalmente parecido com o próprio Lord Voldemort. Draco olhou por segundos eternos para aquela estatua, e pensou indignado quem havia feito àquela imagem tão real e assustadora.


 Chegaram a outra porta, o loiro platinado com a varinha na mão como se aquilo fosse um trabalho fácil, e sem riscos de acidentes graves.


-Ow Grande Mestre, COMEÇA LOGO POR QUE EU QUERO DORMIR! –Hermione gritou, e um estrondo veio de dentro da portinha minúscula.


-SUA BURRA! –Draco queria pegar aquela garota pelo pescoço para ver se ela perdia as cordas vocais.


-Ops. –Hermione pegara a varinha.


-No máximo o que você vai conseguir com essa varinha Granger, é tirar meleca do nariz do fofinho. –Ele a olhou com desdém.


-Observe e aprenda xuxa assassina. –Ela segurou a varinha confiante do que estava fazendo e se aproximou da porta, sem usar mágica nenhuma, abrindo-a com a mão esquerda, já que a outra estava ocupada demais com a varinha que escorregava com o suor frio no palmo da mão de Hermione.


-Anda Granger, não tenho a madrugada inteira. –Ele sussurrou, e o cachorro de três cabeças continuava fazendo um estrondo dentro da portinha minúscula.  Ela tirou a mão da maçaneta, encarando Draco indiferente, mas com um olhar de metida a sabe-tudo que ele conhecia, mesmo não querendo conhecer.


-Que foi? Descobriu que o fofo morde? –Ela revirou os olhos num sinal de vai se ferrar e disse.


-De acordo com o que Minerva disse, era para vermos se “fofo” estava bem. Bem, como a gente ouviu o cachorro quase se matar para nos devorar, mesmo que fosse por essa portinha... É evidente que ele esteja consideravelmente bem Malfoy, e outra, ela não pediria para entrarmos lá dentro...  Não é tão louca assim né? –Draco cruzou os braços.


-Ta bom, eu vou ficar aqui esperando, enquanto você fala a sua esperteza para a McGonagall. –Draco se apoiou perto de uma estatua enorme de Voldemort de boca aberta com uma cobra saindo de dentro da sua garganta, o que o lembrou a marca-negra, que ele conhecia muito bem. Sorriu quando olhou para a estatua, e depois encarou Hermione, que o mirava de forma assustada.


-Apaixonado Malfoy? –Hermione o olhou com desprezo e receio do rapaz.


-Que isso Granger? EU? Apaixonado? No dia que Merlin voltar talvez eu fique. –Ele se deseconstou da estatua sombria e se direcionou a Hermione. –Vai logo fedelha a sangue-ruim. Preciso dormir. –Ele se afastou dela. 


-Novamente os mesmos insultos de sempre. Malfoy, você esta precisando de um dicionário de xingamentos novo. –Ela sorriu. –Eu já comprei outro, agora só falta você Xuxa assassina. –Vitoriosa, ia se distanciando de Draco para a saída daquele lugar angustiantemente fedorento.


-Granger, teremos que voltar. –Draco ficara parado no mesmo lugar. Com as mãos no bolso da calça jeans surrada, e pensou que o próprio pai o mataria por não estar usando preto e roupa social.


-Teremos? Onde se encaixa o plural entre Hermione Granger e um Malfoy? –Ela alfinetara, e Draco sorriu.


-Terá que voltar sangue-ruim. –Sorriu arqueando a sobrancelha.


-Duvido doninha assassina. –E os cabelos castanhos continuaram o movimento lento em direção a porta. E de repente parou e virou-se com aqueles olhos castanhos. –A propósito, quando vai comprar mesmo um  dicionário de insultos para Hermione Granger?


-Não preciso Granger, você nunca vai deixar de ser uma sangue-ruim metida à sabe-tudo e patética. –Draco formara um risco de desapontamento e nojo no olhar e lábios. O que fizera Hermione sentir raiva, pois aquele olhar de nojo, desapontamento e deboche a medira dos pés a cabeça, como se fosse um estrume de um gnomo com diarreia.


-Então eu preciso te dar um segundo soco? –Ela se aproximara dele, esse continuara no mesmo lugar, não dando nenhum passo se quer para trás, como no terceiro ano. E fez Hermione hesitar um pouco, por que agora sim era com um Malfoy que ela estava lidando, e não mais com uma criança apenas com um nome de uma das famílias mais poderosas do mundo bruxo se fazendo de malzinho.


Draco Malfoy parado ali, olhando para a ação e sem reação de Hermione Granger, que parara de repente com um ar de ponto de interrogação no rosto. Ele gargalhou cínico.


-Acha que pode me dar um segundo soco? Sangue-ruim de merda. –Aquelas palavras entraram rasgando Hermione, mas essa não se abalara, levantara o nariz e respondera na hora.


-Pensei que você se vingaria... Não foi o que disse para Crabbe e Goyle? –Draco arqueou novamente a sobrancelha, só que dessa vez se perguntando como ela sabia dessa vingança nunca acontecida.


-Você estava há uma distância considerável, o que não dava para escutar o que eu falava com eles. Como é que sabe Granger? –Draco dera um sorriso de vitória a fazendo gaguejar.


-E-eu... –Ela pensara no vira-tempo, e em como sentia falta dele nas aulas da Minerva e do índio Xingu. –B-bem... É o óbvio que você iria querer se vingar...  


-Hm... Esta mentindo Granger. –Ele a olhara.


-Não estou!


-Esta!


-Cala a boca doninha asquerosa e estúpida! –Draco rira do insulto que não o desvencilhou.


-Você é uma péssima atriz.


-Que bom! Ao contrário de você que deve ser ótimo, ÓH vencedor de oscar sobre como contar mentiras e enganar uma par de gente! –Draco só prestara a atenção em uma única palavra de Hermione.


-Oscar? –Ele entorta a cabeça, e Hermione fica perturbada por ele não ter ouvido o insulto perfeito. Ser ignorada não é umas das coisas que a garota goste muito.


-Coisa de trouxa seu otário! –Essa saira andando em fúria, ainda ouvindo a voz arrastada de Draco, dizendo para ela voltar, pois estava ficando hilário.


-Volte Granger! Preciso renovar o meu dicionário em como insultar sangue-ruins! E  NÃO ESQUEÇA! AINDA TERÁ DE VOLTAR PARA FAZER COMPANHIA PARA MIM E PARA O NOSSO CÃOZINHO FOFO! –Ele gritara de onde estava, parado e gritando debochado.


 


Só o fato de ela estar errada e acabar tendo de voltar para fazer companhia a Malfoy faziam com que uma fumaça escura como o de um trem sair do seu ouvido, como se seu cérebro realmente estivesse fritando. Ela bufava e gritava de ódio, andando com rapidez pela escola, os quadros a mandavam  calar a boca.


-Cala a boca garota insuportável! –Não era a primeira vez que ela ouvira isso, mas o ignorara.


-Menina idiota! Vai dormir! – Ela ignorou assim como Draco fez.


-Deve estar assim , por que esta brava por ser uma sozinha e sem namorado... É a única menina que não vejo se agarrando com algum garoto por ai! –Uma mulher dissera levemente, o que fez uma Hermione Granger olhar assassina para o quadro, que agora tivera medo da garota, partindo para outro lugar de Hogwarts.


-Um dia me agarro com qualquer um, sua pintura e copia perfeita de uma vadia desgraçada! Ai você vai ver quem é que ta bem na fita! –Hermione gritava no corredor de Hogwarts, apontando para o quadro vazio.


 


Chegou rápido na sala da Minerva, como sempre, para Hermione, a porta se abrira sozinha.


-Senhorita Granger... Não insulte os quadros, eles são sentimentais. –A mesma mulher que ofendeu Hermione, estava ocupando  o mesmo quadro que um homem velho estava, olhando a cena aterrorizado com as palavras de Hermione.


-Além de ser uma pintura qualquer, é fofoqueira.... E dona Minerva, quem me insultou foi essa coisa que chamam de arte, que na verdade é má influência aos adolescentes desse colégio. PATÉTICA! –Sentara-se com ódio na cadeira com postura.


Minerva notara a vermelhidão no rosto de Hermione...


-O que aconteceu para estar aqui, e ficar tão histérica?


-Histérica? –Ela respirou fundo e ignorou o comentário de Minerva. -Não era para ver se o fofo estava bem? Ou era para comprar ração pedigree e dar para o filhotinho de três cabeças? Pois então, vi se ele estava bem, e parece que esta, pelos latidos infernais do cãozinho – Minerva pensou que custaria muito ela andar com Malfoy, pois estava ficando com a língua afiada e grosseira, ela confessou para si mesma que Malfoy irritava Granger, mas tinham de se portar quando estivessem juntos.


-Não.... Acho que você ouviu errado, o senhor Malfoy provavelmente tenha ouvido bem –ela encarou a cadeira vazia do lado de Hermione –senhorita Granger, é para limpar os estrumes do fofo. Sem magia. –Ela estalou os dedos e uma varinha negra e grande fora parar na sua mesa e a de Hermione saiu voando em direção a mesa de Minerva.


-Não pode...


-Vocês não tem dezessete anos ainda... Olívaras deixou-me que colocasse um feitiço em todas as varinhas para os alunos de Hogwarts, para ser tomado em momentos como esse, de castigo trouxa.


-Ah! Bacana! – Hermione se levantou bruscamente indo em direção a porta... Mas a voz cansada e autoritária a fez parar.


-A pá trouxa, sua e do senhor Malfoy... –Duas pás se destacaram na mão de Hermione. – E a ração pedigree, esta dentro da porta a esquerda, do lado de uma estatua de uma sereia. Boa sorte Granger. –Um risco debochado aparecera na boca de McGonagall transferindo toda o seu deboche para a sua cara enrugada, fazendo Hermione ficar perplexa saindo da sala e andando pelos corredores de Hogwarts.


-Realmente, -Parou de frente a um quadro que dizia ser um amigo, ele a olhou interessado observando, querendo saber o que ela diria. –Eu sou debochada, e sarcástica, mas McGonagall tem uma arte para ser muito pior. –O Homem do quadro concordara. E ela saiu andando.


 


Draco queria saber onde estava a varinha, mas estava despreocupado, e  encostou-se à estatua de Voldemort, olhando para os pulsos e logo abaixo, sentindo uma dor terrível, puxou a manga branca da blusa, passou os dedos entre a cobra sendo vomitada por uma caveira.


 


Hermione entrara de fininho na sala, com as pás na mão. E vira a marca negra no braço de Draco, e em menção ao desespero e susto, soltara as pás no chão, fazendo um barulho, que Draco se virara rapidamente para ver Hermione extasiada olhando para o chão, perturbada e vermelha.


-O que viu? –Draco aproximara-se dela raivosamente a puxando pelo braço. –O que viu fedelha de sangue-ruim?


-ME SOLTA VERME! SEU NOJENTO! POR ISSO TENHO NOJO DE VOCÊ! COISA ESCROTA! –Ela tentava se soltar.


-Eu vou perguntar de novo, e quero a resposta certa. –Ele apertara mais forte o braço de Hermione, fazendo os olhos da garota lacrimejarem de dor, Draco olhara nos olhos dela e desvira o olhar para não se acovardar e soltá-la com pena.


-Nada. –Ele a soltou bruscamente, fazendo-a cair no chão.


-Vou ter o prazer de matar você sangue-ruim. É a primeira que eu vou matar! Por isso odeio sangue-ruins! –Ele a puxara novamente pelo braço com força fazendo essa levantar-se do chão sem equilíbrio, e apertando na mesma região que ele segurava antes. –Por isso não suporto o seu sangue nojento, por isso te odeio, tem a mania de se intrometer em tudo e ter resposta a qualquer coisa! –Sem perceber, Draco estava apertando demais, onde uma Hermione tentava engolir o choro.


-Para de ser chorona Granger! –Ele a soltou novamente, mas não a fazendo cair como uma bosta no chão. –É só fingir que nada aconteceu aqui. –Ele disse perto do rosto dela, e Hermione nunca vira tanto ódio e frieza nos olhos do rapaz. Tanto cinismo e tanta ridicularidade...


-Não sou você Malfoy, para fingir muito bem, esqueceu? Sou uma péssima atriz. –Ela o encarou. Ele a encarou com os punhos fechados.


-Você esta mexendo com quem não...


-Você Malfoy, só tem o nome da família, mas o sangue que corre na sua veia, é covarde e não teria coragem de fazer o mal nem à um fio de cabelo de Harry Potter. –Ela cuspira as palavras em cima de Draco ao se aproximar dele. E ele ficara impressionado com a audácia da garota, e mirou-a com malicia nos olhos.


-Então acha mesmo que vai me intimidar Granger? Veja-me intimidar você de um jeito pior. –Ele a agarrara pelo braço, a fechando contra o seu corpo.


-Me solte Malfoy! –Hermione ofegava de tanto ódio que transbordava do seu ser. –Vou te dar um murro!


-Cala a boca menina estúpida! –Ele tentara encontrar os lábios dela, mas quando enfim quase chegou perto, e sentiu o hálito da menina invadir suas vias nasais e os lábios se roçarem por poucos milésimos, ela mesma dera um chute certeiro nas suas partes íntimas.


-Realmente, eu estava enganada... Você é capaz de tudo... Você se tornou um Malfoy! –Ela gritava de ódio, que expelia através de lágrimas no rosto da castanha. Draco gemia de dor no chão.


-Você é obrigada a ficar! –Ele dizia entre dentes, tentando não demonstrar dor. –Vou me vingar Granger!


-Tenho a impressão de ter ouvido isso antes, -Ela disse cínica com as mãos na cintura e o mirando de cima como um merda, Draco a encarava do chão.


-Então confessa que ouviu, ao invés de ser o obvio? –A dor começava por fim, a ir embora, onde um loiro ofuscante levantava devagar defronte a Hermione.


-Hm... Não importa! –Os punhos finos da garota ganharam força, atingindo bem no olho do loiro platinado, logo após do jogo, carregou a pá que McGonagall entregou a ela e jogou sobre o rapaz.


-Sua imbecil! –Ele tirara a pá bruscamente de cima dele. Criando forças, e a dor sumira de repente, voltando a estabilidade. Agora encarava Hermione, que estava querendo sair correndo.


Segurou novamente no braço da garota, apertando mais forte.


-Você gosta do meu braço... hein...- Ela fechava os olhos ... E então gritou.


-Ninguém vai te escutar! –Draco a puxara para si... Ela o encarou.


-Beije-me Malfoy, e todos de Hogwarts, e quem esta fora dessa escola, saberá que você relou os seus lábios repugnantes na boca de uma sangue-ruim.  Acho que seu pai, e muito menos o seu mestre não gostariam de saber muito disso... Teria o prazer de ver você ser humilhado por eles... –Ela dizia entre dentes na cara de Malfoy. –Se pudesse pediria para eles mesmos me deixarem ver a sua dor. –Draco sentiu o hálito da garota, e queria humilha-la, mas sem ser em público, particular já era o suficiente a fazendo cair em prantos de agonia.


Draco com ódio de Hermione a agarrara,  segurando sua cintura, encaixando sua mão perfeitamente nas curvas da garota. E com o outro braço, envolvendo-se no corpo perfeito de Hermione Granger.


A beijara ferozmente, tirando a mão da cintura dela, e segurando firme o maxilar fino da menina, para que ela não tirasse o rosto. No beijo ele que teve de conduzir tudo... Era o primeiro beijo de Hermione Granger, e Draco sentira um  profundo remorso por beijá-la daquela forma... Mas era o que Granger pedira, e era como ele estava se vingando, do soco do terceiro ano, e dos últimos acontecimentos, e das palavras da garota sobre ele.


Dessa vez a beijava mais arduamente, segurando a nuca dela e tomando-a para si. Hermione já não se debatia, e suas pernas perderam os sentidos, seu cérebro já não sabia como ordena-la de sair correndo dali, ou então dar uma joelhada no intimo de Malfoy.


Ela se entregara no beijo, e Draco percebeu, o que o fez ficar mais tenso, a largando.


A mediu... Parou nos olhos castanhos da garota, desceu ligeiramente os olhos acinzentadis até os lábios de coração vermelhos e meio inchados, sentiu vontade de agarra-la novamente, mas a marca negra o impedira, se movendo no braço, fazendo o hesitar.


Dois pares de olhos se encarando, furiosos, mas em um deles, o castanho e mais gentil e ingênuo, carregava um pesar de lágrimas, fazendo a menina chorar em silêncio, na frente do decretado como seu pior inimigo da face da terra.


-Que foi Granger? Chorona. –Draco rira da cara dela. –É o seu primeiro beijo é? –Rira mais, humilhando mais ainda a pobre garota, que queria destruir, ou jogar um Imperius em Draco e faze-lo se jogar da torre de astronomia.


Hermione permanecera em silêncio. Dirigiu-se a sua pá e a pegou, meteu a mão na maçaneta da porta de fofo e a abriu entrando no local, Draco a seguira... Os dois ouviram uma arpa tocar dentro do ambiente fétido, com um cachorro de três cabeças dormindo, e um monte de estrumes do lado esquerdo... Quando Hermione metera a pá no monte de merda, o monte de fossa desaparecera, deixando a pá no vazio. A arpa enfeitiçada parara de tocar, e uma Hermione Granger fechou os olhos, tentando prender a respiração.  Draco ficou quieto, não se preocupando com o cachorro, apenas olhando para as costas de Hermione, que respirava ofegante.


 


Draco nunca sentiu tanto ódio de si mesmo, e agora odiava o silêncio de Hermione Granger, queria que ela abrisse a boca para insulta-lo... O que não aconteceu.


 


A arpa enfeitiçada novamente tocara, e a castanha ouvira o ronco do cachorro. Uma ração foi colocada sozinha no prato vazio do cão.


Hermione se retirou do local, Draco fechou a portinha e saiu atrás de Hermione.


Ela andou rápido, sumindo de vista para Draco Malfoy.


 


O que interessava para ele agora era saber o que Hermione Granger faria com o ocorrido de hoje. Se realmente contaria a alguém, ou guardaria para si em sinal do ódio, que esconderá do próprio que a arrancara um beijo.


Pensou em como foi grosso com ela, em machuca-la apertando seu braço, e em como lembrou seu pai naquele momento, e em como estava parecendo cada dia mais com um comensal, apesar da idade juvenil, estava se tornando  um deles... Não foi ele que se alistara para ser um, foi o seu pai ganancioso pelo poder e fascinado pelas Artes das Trevas que fizera isso a ele. Draco em alguns momentos até chegava a pensar que o pai hesitava, tentando proteger sua família, mas o Lord sempre encontrava uma maneira de fazê-lo a ter a concepção de usar um dos mais novos e sangue-puro Malfoy, para ajuda-lo a cometer coisas que nem Draco gostaria de fazer.


 


-Eu já disse ! Não vou! –Draco gritava com o pai, no meio da sala de estar, com a parede arroxeada e a lareira acesa, mesmo assim com a visão sombria e escura, da casa dos Malfoy.


-Não me importo com as suas escolhas Draco. Você é um Malfoy, e seu nome e sangue foram destinados a seguir Lord Voldemort. –O cabelo loiro platinado do pai sacudia, em sinal da fúria do homem.


-Ah é mesmo? Então eu fui destinado a ser um cobaia... A ser usado! Então por que vocênão faz essa porcaria? –Draco percebera que nunca aumentara tanto o tom de voz com o pai, Narcisa tentava acalmar o filho pelo olhar, mas não tinha sucesso algum. –Esta velho demais meu pai?! –As veias e nervos do pescoço de Draco saltavam, se mostrando também em fúria para o pai.  


-Cale a boca! Por que simplesmente Lord Voldemort te escolheu! –Draco chegara bem perto do pai, sentindo a respiração do homem que lhe dera a vida, mas que agora parecia querer tirá-la.


-Não, ele não me escolheu. Você me ofereceu... E ele simplesmente aceitou. Sabe por que Lucio? Por que sou um Malfoy. –Draco dissera o nome da família cuspindo, como se fosse algo podre e repugnante.


Caminhou como a fúria de um canhão se dirigindo pelos corredores obscuros e largos da mansão com rapidez, na intenção de arrumar as malas e cair fora dali. Sua mãe, porém o seguira até o quarto do rapaz.


-Draco, não podia ter reagido tão... –A senhora de um vestido longo e preto, com os cabelos presos num rabo de cavalo, e a mecha platinada à mostra no rabo.


-Até você mãe? –Ele se jogara na cama, o quarto do rapaz era espalhado das cores verde e prata, enfeitando o quarto, e alguns semblantes espalhados pelo quarto da sonserina. Um pomo de ouro negro paralisado ficara em cima do criado-mudo do lado direito da cama de casal. Havia fotos que se mexiam, dele e seus amigos da casa de Hogwarts.


-Filho, quando Harry Potter realmente perder, você estará livre...


-Não mãe, você esta enganada, aí sim as coisas ficarão mais complicadas, e eu provavelmente serei morto. Cobaias não ficam vivos.... Agora se o menino-que-sobreviveu ganhar a guerra, tenho chances de viver. –Ele agora encara a mãe. –Parece estranho, mas é a primeira vez que eu quero que aquele Potter ganhe alguma coisa.


 


Draco olhara novamente para a marca negra em seu braço, já no salão comunal da sonserina.


 


-Não sei o por que de estar fazendo isso. –Ele estava na frente de Lord Voldemort, na própria sala da mansão exagerada dos Malfoy, pela janela, Draco viu um pavão de mármore no jardim... Olhou para o céu nublado, e de repente se imaginou voando bem pra longe daquele lugar. Mas algo estranho invadira sua mente “covarde, frouxo”


-Draco, disse alguma coisa? –Voldemort com os olhos vermelhos e o rosto transfigurado como o de uma cobra, o encarara meio confuso, destorcendo e torcendo o pescoço em sinal de desconforto.


O rapaz de cabelos loiros platinados não respondeu ainda mirando o céu nublado, voltou os olhos novamente para Voldemort, sentindo nojo dos olhos dele, e das feições estranhas que tinha com a própria cobra, Nagini.


-Então Draco, sabe por que esta aqui? –Voldemort com seus dedos longínquos e finos, pegou uma varinha que reconhecera ser de seu pai.


-Sei. –Draco disse com frieza, encarando a cobra em uma tentativa de forma humana.


-Diga-me para quê? –Voldemort segurava a varinha, e gesticulando junto com ela, dando um sorriso cínico e assustador. A capa negra de Voldemort se rastejava no chão, como o rastejo de uma cobra.


-Para ser seu... aliado. Virar um Comensal da Morte. –Draco tentou não dizer com desprezo as palavras, mas o próprio Voldemort já conhecia os pensamentos do rapaz, sem antes mesmo de pedir permissão para Draco se poderia invadir sua privacidade. Coisa que Voldemort nunca faria, era pedir permissão. O prazer dele era chegar sem ser chamado.


-Só isso? –Voldemort sorrira mais, com os dentes afiados à mostra. A boca sem lábios. –Não parece exatamente ser o que você quer...


-E não quero. –De repente, uma fumaça negra se transportou para frente de Draco, esse agira indiferente, olhando nos profundos olhos vermelhos malignos.


-Tudo o que eu mandar você fazer, fará! –Ele disse com autoridade. -E se não o fizer, verá o tamanho da minha irá, Draco. -Tudo acontecera rápido, Draco se contorcia no chão, e em poucas horas, já estava pronto para se tornar um Comensal da Morte, o melhor que tinha. Em semanas se tornou habilidoso, sagaz e forte. Conseguia dominar todos os feitiços, mas mais os das trevas, aqueles que mandavam você direto para Azkaban.


Draco se tornara mais um.


 


Ele tirou a camisa ainda olhando para a marca negra, e vendo a cobra se mexer.


 


-Não era isso que o senhor mais queria? –Ele disse. –Ai esta! –Mostrou a marca ao pai, que olhava exasperado para o filho, o filho o fitava com um sorriso de vitória nos lábios. –Agora sou até mesmo melhor que você papai –Ele enfatizou com intensidade o “papai” num tom debochado. Lucio viu a frieza do filho, e sentiu falta dele por passar tanto tempo fora.  


Lucio olhava para Narcisa, que olhava para Draco com lágrimas nos olhos... Quando fora abraçar o filho, Draco se afastara.


-Depois falo com a senhora. –Draco devolveu o olhar dela, como se pedisse calma a mãe.


 


Ele viu seu próprio reflexo no espelho, e observou as marcas pelo peitoral, marcas de lutas constantes, tanto física quanto magia.


Um lado de Draco queria vencer Potter e mata-lo, mas outro lado queria estraçalhar Voldemort e destruí-lo com todas as suas forças... Mas a ideia de trair o pai, e deixar sua mãe a sós com Lucio, o deixava  transtornado, ainda mais se um dos seguidores de Voldemort ou o próprio senhor das Trevas sobrevivesse a sua tentativa ingênua de mata-lo e querer se vingar matando-os.


Draco fechara os olhos, respirara fundo, novamente a íris acinzentada olhou para o céu escuro e sombrio, saiu do transe de seus pensamentos... Tirando a calça social da monitoria, colocando no lugar a calça de moletom preta deixando o peitoral nu.  Um loiro platinado de pele translúcida se jogara na cama, com os pensamentos oscilando de desespero.


-Granger... Mais essa...


 


Hermione soluçava baixo no canto do quarto... Com a luz apagada, ainda sentada de frente para a janela, olhando o céu de um azul quase preto. O pijama estava sendo usado como limpador de lágrimas.


A noite estava fria... Só que ela não se importava muito, pois a raiva lhe transmitia um calor anormal. As lágrimas refletidas na solidão, de uma garota beijada por um garoto que abominava antigamente, mas que agora odiava desde o fundo do seu amago.


Ela forçava seu cílio superior contra o inferior, tentando não chorar mais do que o seu orgulho ferido permitia.


Hermione abraçava as pernas enquanto estava sentada no piso de madeira.


O seu diário estava a sua frente, o diário de capa azul.


 


“Eu...Tem um parvo dessa escola que tinha e tenho certa antipatia por ele sabe? Mas depois do ocorrido de hoje... Nunca senti tanta raiva daquela velha imbecil da McGonagall, não sei de quem que me vingo: Da Mc Gonagall por ter feito eu me aproximar daquela doninha maldita, ou do meu novo ocupador da primeira linha da minha lista negra.


Não consigo encontrar uma forma certa de contar o que aconteceu há algumas horas ou minutos... Não sei também exatamente que horas são, por que perdi a noção do tempo e do espaço quando levei um murro do destino, como se ele tivesse dado um soco no meu esôfago, e me deixado sufocada.


Nunca me senti tão suja, e tão presa, mas também nunca me senti tão quente, e domada por uma pessoa que... Nem se fosse o único que tivesse sobrado no planeta, NUNCA o beijaria! Não posso dizer que foi ruim... Mas é meu primeiro beijo entende? E não queria que fosse justamente com ele! Cara! É ironia do destino, ou Merlin também deve odiar sangue-ruim, por que... FALTA DE SACANAGEM! Isso mesmo! FALTA de sacanagem, tenho que esperar vir mais ainda?... Depois dessa, eu espero de tudo para me ferrar!


Sim, estávamos lá e de repente o retardado imbecil me beija! Ele se vingou de uma forma bem estranha... Confesso que foi bom, só que ELE NÃO VAI DEIXAR DE SER DRACO MALFOY! Pelo o que eu pude entender, ele se superou esse ano. Quando vi a marca negra no seu braço, me assustei... Como ele pôde? Ele não se sente sujo e usado? Malfoy pode ser tudo o que ele é, um carrasco, imbecil, galinha, doninha, insuportável, esnobe, arrogante, mesquinho, metido e... Mas não pensei que ele faria isso com si mesmo... Pelas calças de Merlin, como aquele menino é burro!


Sinto nojo da minha boca por um comensal da morte ter me beijado!


Bem, depois que aquele imbecil me beijou, fiquei em silêncio... O que mais poderia fazer? Bater um papo com ele e pedir o infeliz em casamento? Poupe-me!


Não estou chorando, só formando um rio na minha camisa, que esta servindo como lenço. É melhor eu dormir, por que amanhã tenho uma conversa com Gina e Harry... E também tenho que planejar uma vingança para Malfoy.”


 


Ela parou de chorar, aliviada por ter “alguém” que veja suas reclamações e não conte a ninguém. Exceto se acontecesse um imprevisto... Hermione tirou logo isso da cabeça, deitou-se na cama e se cobriu com o cobertor vermelho e com detalhes amarelo.


 


-Granger... Granger... Granger... –Draco se virou para ela com as mãos no bolso, a garota amordaçada e amarrada em uma cadeira, num lugar desconhecido. –Você não deveria ter se vingado de mim daquela forma! –Ele gritara, fazendo o corpo de Hermione estremecer de medo, mas mesmo assim se debatia na  cadeira, em sinal de querer a liberdade... –Você é minha entendeu? Minha!


 


Draco acordara suado na cama, como se houvesse repetido o mesmo sonho várias vezes desde que caíra dormente e mole sobre o colchão macio e nobre.


Não havia entendido o sonho, e também não confessava para si mesmo, que acabara dormindo, com a Hermione na sua cabeça. Não por gostar dela realmente, mas o almejo de saber o que ela faria depois o perturbava...


A cabeleira louro-branco se levantara da cama meio zonzo e ofegante... “É só Hermione Granger, ela não vai fazer nada de grave...”. Levantou-se dando um sorriso cínico nos lábios. Ainda meio que se divertindo com a situação de ontem...


Alguém bate a porta do quarto masculino da Sonserina e Draco a abre.


-Oi Draco, bem... –A garota de franja e cabelos médio e escuros, com os olhos castanhos olhando diretamente  para a íris acinzentada. –Sua mãe te mandou isso... –Ela lhe ofereceu uma carta, com o símbolo de M e um S no formato de uma cobra, lacrando a carta branca. Pansy olhara de relance para o peitoral dele.


-Ah... Obrigada Pansy. –Draco pegou a carta da mãe de Pansy.


-De nada Draquinho. –Ele revirou os olhos quando ela dera um sorriso malicioso, e mencionara o apelido que o desconfortava.


-De nada Pensy... –Ela fechou a porta na cara de Pensy, e essa saiu rindo a toa pela reação de Draco ao ouvir o apelido carinhoso.


 


“Draco,


Estou feliz de que você esteja em Hogwarts, meu filho, Voldemort esta aqui na mansão Malfoy... Não queria que fosse assim... Mas seu pai quer tanto reaver os conceitos com o Lord, que sacrificaria até mesmo sua varinha por isso! Perdoe-me filho, por não fazer nada.


Enquanto estiver ai, creio eu que ainda estará protegido das garras de Voldemort... Saiba que ele tem planos para você, por ter um sangue-puro.


Com amor


Sua mãe,


Narcisa Malfoy                                 


                                            M&S”


 


Draco pegara a varinha dentro da sua bolsa e jogara o feitiço para o papel queimar e virar pó.


Olhara para o braço, e vira a cobra se mexer... Dera um sorriso pensando que se cortasse o braço daria para deixar de ser um Comensal.


 


 


-Hermione Granger! –Snape gritara enquanto a garota entrava na sala discretamente.


-Sim, professor Snape. –Ela olhara para o homem que a media com desdém e sacrifício.


-Atrasada! É a milésima vez no ano que você se atrasa! –Ela olhou para ele como se isso fosse a coisa mais normal do mundo, enquanto a sala inteira a observava.


-Desde a primeira vez que eu me atrasei, o senhor diz que é a milésima. –Ela dizia entediada, e ainda pensando no que ocorrera de noite com Draco Malfoy. Só agora que lembrara da vingança, e olhara para aqueles olhos debochados cinzas. Ouviu risinhos percorrer o ambiente abafado e escuro.


-Senhorita Granger!


-Quê?! –Exclamou a garota sem perceber, já sentada na sua cadeira.


-Poderia transfigurar a senhorita num relógio. –Com a voz arrastada e sacrificada, se dirigia a Hermione.


-E o senhor poderia virar logo professor das Artes das Trevas. – Depois de pensar no que dissera, engolira em seco, e repensara no cargo que já não era tão ansiado de monitoria. Ela ouvira um “uhuhullll” de Draco que se sentava na penultima carteira da fileira quatro.


-Senhorita Granger, você poderia calar a boca e deixar de ser irritante a sabe-tudo! Agora se retire da minha sala, antes que eu fale com Minerva para tirar você do seu cargo de monitora! –Snape a encarara tirando suas tripas e coração pelo olhar. O que fez a garota rir por dentro. –Saia!


-Mas, professor! Eu... Eu... Não tenho culpa! E também não ligo mas para o cargo de monitora.


-Saia !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! –Snape ficara vermelho e Hemione levantou da cadeira, encarando Harry que a olhava com o olhar sorridente, e Rony com as orelhas vermelhas e cara fechada encarando Snape. Até que os olhos amendoados encararam os acinzentados olhos sorrateiro de Draco, esse se mostrara descaradamente alegre, girando entre os dedos a própria varinha, sentado desleixado na cadeira. Os dois tiveram mais um ultimo olhar, e esquecera do Snape, que a deixava irritada, do atraso, agora seu cérebro só tinha um objetivo que era se vingar de Draco.... Novamente seus pensamentos se voltaram para Snape quando saira da sala aquele a ordenara sair da sala com o cérebro gritando e ainda mandando aquele inútil para um necrotério.


-“Saia” –Ela imitara o tom de voz de Snape, com desdém. –índio Xingu imbecil! –Carregava os livros pesados na mão, e viu que segurava o livro dos Monstros. Ele se mexia no monte de livros que ela carregava. –Um dia eu mando ele para a Coréia do Sul, e tomara que tenham preconceitos com índios. Assim eu vou ficar feliz de verdade. –Murmurava entre dentes.


-Hermione? –Ouvira a voz de Gina ao pé de seu ouvido. Os amendoados olhos negros de Hermione encarara o azul de Gina.


-Não... A réplica! –Ela estava de olheiras, e só Gina pôde notar.


-Andou chorando? –Gina ignorara o sarcasmo da amiga, com a preocupação, o que fez a Hermione revoltada se desmoronar, e aquela Hermione chorosa e dengosa voltar a vida, ansiando que alguém tire sua insuportável carência de um abraço.


-Não... Insônia... –Ela disse com a voz derrotada. Os olhos amêndoa procuravam um ponto de observação no horizonte dos corredores de Hogwarts, mas não encontrara nada de interessante.


-Hm... –Gina a observara em por mínimo tempo. –Viu Harry?


-Por que acha que estou fora da sala Gigi? –Hermione a encarou mais intensamente.


-Entendi, acordou tarde... Atrasada... Olha o que a insônia faz né? –Gina tentava descobrir a amiga, investigava cada expressão da amêndoa.


-É. –Ela disse seca.


-Dizem que quando dormimos com insônia, é quando realmente tenhamos algo para nos preocupar... Algo que nos deixe aflitos... –Gina de fato não sabia de onde teria tirado tudo aquilo, mas tinha esperança que desse certo.


-Ontem descobri que Draco Malfoy é meu companheiro de monitoria. –Hermione olhava para os corredores, e sentira o vento frio, cortar seus poros.


-Ah... Ta explicado... –Gina queria e tinha certeza de que havia mais.


-Se fosse só isso, estaria na sala do Snape, e não teria levado tantos xingos, e provavelmente estaria falando com Harry e sorrindo, tirando um sarro de Snape as escondidas... Esta vendo? Estou aqui! –Ela vacilou no que dissera e isso a fez bufar.


-Então conte-me... –Gina já a puxava para uma caminhada nos jardins da escola.


-Não quero que ... Quando eu conseguir esquecer Gina... Eu te conto. –Hermione separa-se da amiga caminhando para o Salão Principal.


Quando olhou no relógio de ouro que sua mãe a dera, viu que acabara a aula de Snape dando-se conta que haveria aula com Hagrid. O que era muito bom, pois teria um prazer de pegar uma pedra e tacar na cabeça de Draco.


Descendo as escadas estreitas e menos espaçosas até chegar à casa pequena e arrebatadora de Hagrid, a fez acalma-la, num alivio surpreendente, como se estivesse em casa, na companhia do melhor amigo.


-Hermione? –Hagrid tentava tirar os corvos de cima das aboboras.


-Oi Hagrid. –Ela dera um sorriso cansado, mas convidativo.


-Chegou cedo! O que houve? –Ele parou de tentar expulsar os corvos e caminhou até Hermione Granger.


-Snape me expulsou... Sabe como é... Sou sabe-tudo. –Ela sorrira, e Hagrid entregara uma maça a menina. Pefeitamente vermelha, o que fez Hermione imediatamente cravar os dentes nela, sentindo o sabor doce e suave. Fechara os olhos, e sorrira pela primeira vez no dia, o que era estranho, por que uma maça fizera isso.  Mas uma maçã que Hagrid a dera.


-Esta sorrindo como nunca Hermione! –Hagrid dera aquela risada meio abafada por causa das barbas e cabelos desgrenhados  que podiam ser confundidos, sem saber qual era qual.


-É... Estou sim... –Ela continuou sorrindo.


-Essa maçã tem um encantamento Hermione, de felicidade, assim quando a morde, sente uma coisa tão feliz... E acaba dando melhor sorriso do dia. –Ele deu uma piscadela à garota, que comia a maçã felizmente. –Pena, que há poucas dela... Hoje só pude recolher três das maçãs de três meses que passaram, darei a quem precisa realmente sorrir... Vejo que você esta precisando... Ah! A felicidade acaba quando se passam quinze minutos depois de comê-la. –Ele entrou na cabana antiga e o lar de Hermione desde os 11 anos.


-Que pena... Dá para guardar?


-Não, só funciona a partir do momento que você a pega nas mãos, e a maça sente os seus lábios tocando nela. As fadas criaram isso... Podiam ter sido mais criativas se criassem uma que durasse para a vida toda... Quem sabe Você-Sabe-Quem seria mais legal? –Hermione rira gostosamente, apoiada na janela, vendo alguns alunos já chegarem. A maçã ia acabando... E Hermione continuava sorrindo.


-Sabe Hagrid, realmente deveriam existir mais dessas, Snape precisa urgentemente de uma. –Ela se virou para Hagrid, que esse tinha os olhos brilhando em aprovação.


-Boa ideia... É umas das pessoas que mais precisam... Mesmo que não dure por muito tempo... Aquele lá tem o dom para ser infeliz. –Hagrid dissera indignado.


O último pedaço e Hermione conseguiria viver os alguns minutos de felicidade, mas depois, sobreviveria a sua vontade sanguinária de meter uma pedra na cabeça de Draco.


Ela avistara uma cabeça louro-branco, se mexendo entre a multidão dos alunos, e empurrando alguns para o canto, o fazendo dar-lhes espaço para passar.  O borrão fino e pálido, se aproximava, aparecendo o sorrisinho mais cínico que ela já vira... Hermione não se preocupou muito, acabou sorrindo olhando para ele. Ele empurrara Neville para o canto.


-Sai da frente infeliz! Não esta vendo? É um sangue-puro passando! Longbottom poupe-me das suas reclamações! –Ele encaminhava-se na frente de todos.


-Interessante... Isso funciona mesmo... –Ela dissera ainda feliz e dentro da cabana de Hagrid, com os cotovelos ainda apoiados na janela...


-Hermione! Hermione! –Harry saia correndo descendo as descendo o degrau das escadas e indo em direção a casinha de Hagrid.


-Oi! –Ela sorriu estonteante, para ele e Rony. Passou pelos bagulhos de Hagrid se esquivando, com o livro Monstro na mão, saiu pela porta, se dirigindo a onde todos os alunos estavam, perto das aboboras e tentando se livrar dos cornos.


-Bom dia alunos da Grifinória, Sonseria e Corvinal!  –Hagrid dava passos, fazendo a terra tremer um pouco. Draco o encarou com desdém, dando uma cotovelada em Crabbe, olhando para o livro e dando um sorriso de quem iria aprontar. –Trouxeram o livro monstruoso? Não se esqueçam de fazer carinho nele antes de abri-lo... Não quero repetir isso todos os anos.


-Fascinante... –Draco passaram os dedos finos na lateral do livro. –Essa escola realmente esta indo para o brejo. –Draco jogou o livro em cima de uma abobora. Observou Hermione e ela só estava á alguns metros de distância, os olhos da garota inchados, e meio arroxeados. Ele hesitou em ir até ela. Aliás, o que ele diria? O que diria a ela? Até que sua boca decidiu ser extremamente zombeteira.


-O livro dos monstros? – Draco andava em direção ao trio. Harry o encarava já cansado das suas implicações. –O livro histérico que fica mordendo? Tem parentesco com você Granger? –Ele parou em frente a Hermione com o sorriso sedutor, e a sobrancelha arqueada.


A garota, porém, começara a rir absurdamente. Dera um soco no ombro de Draco, com a outra mão no abdômen, rindo sem parar.


-Você é muito engraçado! –Ela ria, Harry olhou para Rony, e Rony para ele, vice-versa, não estavam entendendo o ataque de Hermione... Ao invés de fazer a terceira guerra mundial em plena aula de


Hagrid.


-Essa garota enlouqueceu...  –Murmurou Draco desapontado. Se essa fosse a vingança de Hermione, ele não gostou muito da reação dela.


-Não, eu só estou de bom-humor. –Ela sorria estonteante para os acinzentados olhos de Draco. Hermione passou por ele, acariciando o livro, Rony e Harry a seguiram... Deixando um Draco confuso para trás.


“Que é que deu na Granger?” ele se perguntava.


Hagrid viu a cena, e se divertiu com o bom-humor de Hermione no efeito da maçã milagrosa.  


-Hermione, vejo que a maçã funcionou hein? –Draco ouvia de soslaio no canto, perto de uma corrente enferrujada. –Muito bom muito bom... Estava tão tristinha de manhã, seus olhos ainda estão inchados. –Hagrid se encaminhava até a entrada da floresta proibida. O sol refletia na clareira, ao redor dela haviam arvores com pouco espaço entre si, densas e altas, as raízes bagunçadas e grossas, onde os alunos tentavam passar para não tropeçar. Dando um aspecto sombrio e de negrume à noite.


Dez minutos, era o que Hermione tinha.


-Ora, ora, ora, a Granger esta de bom humor... Só uma coisa poderia te deixar de bom-humor. –Hermione parara de andar, e olhara para trás devagar... Draco ansioso, esperando que ela desse uma crise de histeria. Não, a garota soltou um sorriso.


-Ah é? E o que seria Malfoy? –Ela ainda segurava o livro, fechado, mas calmo.


-Você deu o primeiro beijo.  –Os alunos se silenciaram... Hermione não deixou o sorriso desaparecer, mas as lembranças do dia anterior, a dor, tudo começava a vir à tona. E seu punho começara a formigar.


Cinco minutos.


-Ao contrário de muitas garotas que você conhece Malfoy... Não preciso de um beijinho e muito menos de um garoto, para me sentir feliz. – Os estudantes já não os observavam mais, todos voltaram a atenção para Hagrid. Harry e Rony, como sempre na cola dele, deixando a amiga para trás.


-Ah! Sim.. Você precisa de uma maçã. –Ele jogou verde, se baseando no que ouvira de Hagrid.


-Uma maçã... E para deixar meu dia mais feliz, -e o tempo da maça acabara, a raiva possuira Hermione, de um jeito diabólico. –Quer deixa-lo mais feliz? –Ela ajustara as mangas, e caminhava em direção a Draco.


-Como? Não posso te beijar agora Granger... Imagine o que diriam de mi... –O punho e a mão fechada de Hermione ganhara impulso, atingindo o nariz pálido e fino de Draco, realizando um belo jab no garoto.  Ele colocara a mão no nariz, como fizera no terceiro ano, e vira sangue jorrando das suas narinas. Antes de Hermione dar as costas para o malfeitor, esse conseguiu segurar o punho da garota fazendo a retornar transtornada. –Você é uma insolente garota! Uma histérica!


-E você é um doente mental! O que te dá na cabeça de... –ela olhara para a mão dele segurando o punho dela, e por um instante sentiu uma corrente elétrica invadir seu corpo, - e tira a mão de mim! –Ela puxou seu punho com força para trás, se desequilibrando em uma raiz da arvore, numa tentativa de se manter de pé para continuar a encrenca com Malfoy, segurou a capa negra do loiro, o levando junto para o tombo.


Ele caíu sobre ela, causando desconforto em Hermione, deixando vermelha, e a mesma corrente elétrica que tivera quando ele a tocara, agora se espalhava pelo corpo dela em formigamento.


-Sua idiota! –Ele gritou no ouvido dela, com os cotovelos apoiados na grama, ainda em cima de Hermione. –Você me puxou!


-Cala essa sua boca e saí de cima de mim! –Ninguém estava por perto.


-Se você quisesse... Pensando bem...–De olhos furiosos, passaram para olhos curiosos e totalmente intensos, amêndoa no gelo. Tudo parecia não fazer sentido para Hermione e muito menos para Draco.


Ela o olhava com as mãos no uniforme peitoral do rapaz, engolira em seco, ainda em devaneios.


Ele a olhava nos olhos, sentindo a respiração ofegante da menina... Até que ele ousou se aproximar mais de Hermione, quando os lábios deles se roçaram, mesmo assim amêndoa e gelo ainda firme em suas misturas esquisitas, tentando tornar o quente de amêndoa, e o gelo acinzentado, uma explicação para aquela situação.


A marca negra de Draco começara a se mexer e queimar. Ele não queria saber, queria sentir de novo o sabor doce dos lábios de Hermione... O corpo dele esquentava, sentia o mesmo calor na garota, principalmente na respiração... Não conseguia passar coordenadas para o seu desobediente corpo. A desejava. Mas não queria admitir para si mesmo, pois aquilo era loucura, principalmente naquelas circunstancias.


Um livro grosso e histérico atingira a cabeça de Draco, dando grunhidos de desaprovação da atitude de Hermione. O livro grunhia de ódio. E Draco se jogara para o canto, deixando a menina dos olhos amendoados negros, se levantar e dar um chute no seu esôfago.


-Seu retardado! Achou que iria te beijar é? –Hermione dizia num tom sem histeria para que ninguém ouvisse, para não ocorrer de algum ser presumir em algo pior da cena em que eles se encontravam.


-Você não... –ele se contorcia, no chão.  -resiste a mim Granger.


-Ah! Sim claro, as vezes eu acho que você é sádico... Só pode! –Draco já sentira dor pior que essa, então se pusera de pé, pegando uma Hermione pelo braço, nem fazendo ideia do que fizera.


-Se você gritar eu te agarro. –Ele disse abertamente, Hermione ficara parada olhando para ele com o desdém que aprendera com o próprio.


-É a sua reputação que estará em jogo, não a minha. –Essa engolira em seco, por que sabia que era mentira, beijar Draco Malfoy seria A traição para Harry, Rony, e os estudantes da Grifinória.


-Então quer dizer que você não se preocupa com a sua?- Draco dera um sorriso desgraçado, deixando Hermione meio zonza.


-Sou uma Grifinória, grifinórios são destemidos. –Hermione dissera com orgulho, Draco revirou os olhos, dando um muxoxo de descaso. Afrouxando um pouco o aperto no braço de Hermione.


-Se você preferiu ter mais músculos do quê cérebro. –Continuara segurando ela. As sobrancelhas dele se contraíram... Ela o olhara como se fosse uma coisa nojenta que encontrara no vaso sanitário.


-Se continuarmos assim Malfoy, vou acabar achando que você quer alguma coisa comigo. –Ele a largou rapidamente.


-Sonhe Granger... –Os acinzentados olhos dele a encarava.


 


Ele me olhava de forma absurdamente enigmática, como é que podia ser tão... Não é que o idiota é bonito? Não deixa de ser verdade que ele tenha um belo sorriso... Por Merlin! Se o Ministério da Magia souber da minha condição, irei ser recolhida ao St. Mungus para o resto da vida! E seria considerada uma ameaça ao Estatuto Internacional de Sigilo, como uma garota desequilibrada.


-Granger, pare de me encarar, sua nojenta. –Ele simplesmente tenta me beijar, e depois me trata com indiferença! Mas ele é um estrume mesmo!


-Você é mais retardado do que eu imaginava hein Draco. Uma hora vem cheio de nhenhenhe comigo, ai depois me chama pelo sobrenome se fazendo de forte... A realidade é que você não resiste a mim...


 


Aquela garota é completamente débil!


-Você é mais retardado do que eu imaginava hein Draco. Uma hora vem cheio de nhenhenhe para cima da sangue-ruim aqui, ai depois me chama pelo sobrenome se fazendo de forte... A realidade é que você não resiste a mim... –Ela me olhou com prepotência, mas que garota audaciosa!


-KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK! –Ela ainda me olhava como se os risos sarcásticos fosse uma farsa, o que é verdade... Mas preferi jogar de outra forma. Simplesmente parei de rir, e a olhei nos olhos, e tenho quase certeza que isso a deixa completamente “sem chão” (como dizem as garotinhas do terceiro ano).


-Malfoy, para de me encarar, eu hein! –Ela saia de perto de mim, e eu a segui... Apanhar da Granger não era mais tão dolorido.


-Não sei se devo parar, não consigo. –Realmente eu sei mentir bem.


-Ahn? – O corpo dela se virou e encostou o dorso de sua mão na minha testa, verificando alguma coisa. –É... acho que você adoeceu. –Levantou as sobrancelhas, e pareceu que olhava para um cachorro sem dono. –Olha Malfoy, seus joguinhos não vão dar certo. –Ela finalmente bufou, transparecendo o ódio rotineiro que temos.


 


-Você até que é boa... –Draco continuava de pé, os dois perdiam a aula do Hagrid. –Me diga, quem é que fez isso com você?


-Fez isso...? –Os olhos negros e amendoados, fitavam as luzes do sol invadirem as folhas das arvores, iluminando mais a clareira.


-Quem te deixou tão, desiludida?


-Ahahahahahahahaha que piada Malfoy, eu me abrir com você? –A castanha tirou um sarro do loiro branco. –Da onde você tirou essa possibilidade?


-Ah! Granger, você é incontestável.


-Óleo e água não se misturam... Sangue-ruins e sangue-puros também não. –Uma rispidez volátil não foi detida, retendo cada musculo do corpo de Malfoy, fazendo se afastar de Hermione, lembrando-se das regras de um Comensal. O bloqueio invisível que todo aprendiz da morte e das trevas tem com qualquer sangue-ruim, e com principalmente: o indesejável numero um, Potter.


-Que bom que saiba sangue-ruim.


-Que bom que eu saiba. –Um demorado tempo se encarando, Hermione olhou para o céu, e viu que já escurecia, e os alunos voltavam da aula do Hagrid, voltou novamente os olhos para o cinza. Os cabelos loiro-branco de Draco se despenteavam com o vento, Hermione vira a insatisfação no rosto do juvenil comensal.


-Critico. –Ela balbuciou baixinho.


-Critico? O que? Que... Saí da frente Granger! –Ele saiu andando para fora da Floresta Negra sem terminar de falar.

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