Um dia cinzento



Draco acordou meia hora depois de pegar no sono. Levantou-se e desceu as escadas, onde encontrou Hermione sentada no sofá com os olhos vidrados na lareira. Draco parou subitamente, tentando tomar coragem para ir até ela e falar tudo o que precisava dizer. Quando finalmente achou que estava pronto, se encaminhou até ela. Quando ela o viu sorriu e disse:


-Você acordou cedo. Tive um pesadelo e não consegui dormir mais.


-Tenho um assunto sério para tratar com você.


-Fale.


-Eu não quero mais ser seu namorado. Na verdade nunca quis. Eu te usei Granger, mas agora você não tem ais utilidades para mim, porque estamos voltando para Hogwarts e lá tem Pansy. –Draco lutava para não chorar, enquanto os olhos cor de mel de Hermione já estavam encharcados.


-Mas... Mas então por que me pediu em namoro Draco? Recuso-me a acreditar que não me amas.


-Eu precisava de alguma namorada, não posso ficar dois meses sem namorar, então eu decidi te usar, Granger. Agora você não tem mais utilidade para mim, pode ficar com outro garoto. Eu amo a Pansy.


 


Hermione se encaminha até Draco e tenta pegar o seu braço, mas Draco se esquiva e fala:


-Não toque em mim, sua sangue-ruim.


-Draco, você não é assim, sei que não é. Para, a brincadeira já perdeu a graça.


-Brincadeira? Ninguém está brincando aqui. E é Malfoy pra você Granger.


-Você não tinha o direito de me usar e depois me jogar fora como se eu fosse um lixo!!!


-Licença Granger, tenho mais o que fazer. Tenho que mandar uma carta pra Pansy e ajeitar minhas coisas. Vejo-te no jantar.


-EU TE ODEIO DRACO MALFOY, TE ODEIO MAIS QUE TUDO!!!


-E eu não posso fazer nada quanto a isso Granger. –Draco dá uma risadinha debochada e vai pro seu quarto. Ao chegar lá, fecha a porta e começa a chorar. O cinza do dia combinava exatamente com seus olhos que estavam opacos e cinzas. Seus lábios, que geralmente expressavam um sorriso irônico, sarcástico ou debochado, estavam fechados. Olhou no relógio e viu que já eram 07h30min. Pegou um pergaminho e uma pena e começou a escrever.


 


Querida Luna,


Necessito falar com você urgentemente. Encontre-me na sorveteria Ice & Cream as 03h00min da tarde.


                                                          Atenciosamente Draco.


 


Pegou sua coruja, Black e a mandou mandar a carta para Luna. Duas horas depois, a resposta veio com uma confirmação.


Decidiu sair para algum lugar, aquela casa estava o deixando angustiado. Tomou um banho e se arrumou. Não voltaria pra casa antes das 08h30min.


Abriu a porta do quarto e estava saindo, mas ouviu uma garota lhe perguntando:


 


-Vai encontrar a Parkinson?


-Não Granger. Vou ir encontrar a Luna. E mesmo se fosse ver a Pansy, não seria da sua conta.


-Bom saber que sua amizade com Luna é verdadeira.


-Não foi só a minha amizade com ela. –murmurou Draco baixinho, em som quase inaudível.


Draco ficou andando pela cidade por um bom tempo. Passou na frente de uma vitrine no beco e viu que tinham jóias. Olhou na vitrine e viu um colar em forma de vira tempo, mas passavam hologramas em vez de voltar ao tempo. Poderia se amarzenar quantas memórias quisessem e nem era tão caro. Entrou na loja e comprou, quando estava saindo, o vencedor disse:


-Cuide disto garoto. É um medalhão muito antigo e raro. Estou vendendo barato por ele. Mas isto custa uma fortuna.


Assim Draco saiu da loja indo encontrar Luna. Ao chegar lá, Luna estava um pouco diferente. Seus olhos estavam azuis bem claros, quase transparentes. Seus cabelos que geralmente eram cacheados ao longo de todo fio, estavam cacheado somente na ponta. Seus lábios estavam vermelhos e se destacavam em sua pele pálida. Luna usava uma calça jeans, uma bota e uma jaqueta de couro preta. Estava belíssima.


-Ola Draco. Que prazer em revê-lo.


-O prazer é todo meu Luna. O que fez em seus olhos e seu cabelo?


-Poções. Gina me ajudou. Sabia que Gina está namorando Daniel? Ele pediu hoje ela em namoro. E eu to quase lá com o Alex.


Draco teve que rir, quem diria que a santinha Luna era assim?


-Mas então Draco, o que queria? Por que Hermione não...


-Eu terminei com ela Luna.


-O que????


Draco então contou toda história e Luna se sentiu muito triste por ele que começou a chorar. Luna se sentiu muito mais amiga de Draco naquele momento, se sentiu como se tivesse que cuidá-lo e protegê-lo. O que não era verdade. Quando Draco se acalmou, ele olhou para o pescoço de Luna.


-Hey, comprei um colar igual hoje...


-Teve sorte. Só existem dois nesses no mundo mágico. Eles são raríssimos e fazem muito mais do que guardar memórias. Eu realmente achei baratinho.


-Eu também. O que eles fazem?


-A areia deles tem o dom de fazer quase tudo o que desejamos. Se eu quiser que Voldemort volte, é só jogar um grão pra cima e ele volta. Isso nas mãos erradas é muito perigoso. Mas nós só podemos desejar o bem, se você desejar algo ruim, mas de um jeito que pareça bom, aí o pedido se concretiza,


-Interessante...


Draco olha o seu e vê que somente tem 10 grãos roxos.


-O seu é diferente Draco... Isso não é o mesmo que o meu. É algo mais precioso. Cuide bem disso, é raríssimo.


-Foi exatamente o que o vendedor me disse. Os grãos do seu são vermelhos e tem bem mais...


-Cuide bem disso. Já disse. Tenho um presente pra você.


-Pra que?


-Ora Draco, hoje é sábado, seu aniversário.


-É mesmo. Daria de tudo pra passar com ela...


-Às vezes a vida nos faz sofrer um pouco para nos recompensar com algo melhor.


-Tens razão Luna. Mas eu já vou e acho melhor a Srta. Ir.


-Ok, terei um encontro com Alex agora. Estou bonita.


-Belíssima.


Draco sorri para Luna e vai embora. Chega em casa as 20h00min depois do prazo planejado. Mas e daí? Fazia tempo que seus planos não davam certo.


 


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N/A: E este foi o penúltimo capítulo! Bjs e comentem! Juh_Lynch

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