Aflições



-Bom Herm’s, acho que esse assunto, é um assunto meio particular. Então nós estamos indo embora.


-Ta...


Aos poucos todos vão saindo e descendo as escadas, onde tudo era mais calmo e ameno. Lá embaixo, Jane e Charlie tomavam chá e comiam biscoitos, (feitos por Hermione e Draco) e olhavam a um programa de TV.


-Tchau Sr. E Sra. Granger. Já vamos. –disse Emily educada.


-Tchau queridos, voltem quando quiserem. –disse Jane deixando todos, inclusive Hermione assustados.


-Ok...


Os amigos de Hermione vão embora deixando Draco e Hermione sozinhos com os pais dela, Hermione se encaminha até eles irritada:


-O que vocês estão querendo, hein? Vocês são todo educados com eles, sendo que sempre quiseram demonstrar o quando odiava que eles fossem meus amigos. Por que são tão amigáveis agora?


 


-Agente repensou em nossas atitudes e vimos que não estamos sendo bons pais ultimamente. – disse Jane.


 


-Ultimamente? – Hermione ri com deboche – vocês não vêm sido bons pais há anos. Desde a proposta do Carrey, que, aliás, sumiu da vida de vocês, do nada, né?


 


-Agente não queria que nossa situação chegasse a esse ponto filha.


 


-Mas chegou. Bom, não é pra isso que vim falar com vocês, eu e Draco queremos falar sobre o telefonema.


 


-Eu não quero lembrar isso filha...


 


-Mas vai precisar, por que temos muita coisa pra perguntar pra vocês.


 


-Ok...


-A voz da pessoa, era realmente de uma mulher?


 


-Sim, e tinha uma voz ao fundo, uma voz de outra mulher pedindo socorro, mas não era a sua voz, era de uma mulher mais velha.


 


-E a mulher que falava ao telefone, ela falou alguma coisa pra outra pessoa calar a boca.


 


-Ela pediu para um homem botar uma fita na boca dela.


 


-Você ouviu o nome do homem? – pergunta Draco.


 


--Rodolfo.


 


-Era ela Draco. É mais que óbvio.


 


-Mas o marido dela não estava preso?


 


-Acho que ele fugiu... a mulher, ao telefone mãe, tinha uma voz fina e uma risada estranha.


 


-Sim, filha, você sabe quem é?


 


-Temos suspeitas... Draco vá ao seu quarto, deve ter um exemplar do profeta diário de hoje.


 


-Ok...


 


Draco caminha até o seu quarto e vê um jornal e uma coruja com uma carta. Draco vai até a carta, pega e lê:


Querido Draco,


Que surpresa, hein, meu sobrinho? Minha irmã resistiu aos feitiços que a botaram em coma, mas você não resistiu aos encantos de uma sangue-ruim, uma sangue-ruim que, aliás, tentou me matar. Vou te avisando meu sobrinho, fique longe dessa trouxa, ou as conseqüências a ela, serão bem graves. Eu peguei leve com sua professora, mas não pegarei leve com a sua namorada. Se separe dela, ou ela vai cair mortinha no chão da rua.


                          Bella.


 


Draco olha assustado para a carta, mas quando estava pronto para rasgar, Hermione entra no quarto:


 


-Que demora, eu já achei que... Que carta é essa?


 


-Ah... Só uma carta do Blaise, me parabenizando pela recuperação de minha mãe, sabe como é, né?  As notícias sobre Malfoys se espalham rápido. –disse Draco dando um sorriso amarelo e guardando a carta.


 


-Ah... certo. Vamos?


 


-Vamos, vamos sim.


 


Draco não conseguiu mais se concentrar em nada. A cada momento se passavam mil pensamentos em sua cabeça de como proteger Hermione. Mas nenhuma delas, ganhava da mais prudente: Deixá-la.



 ***



-Draco... Draco... DRACO?


 


-Que é?


 


-To tentando falar com você a mais de meia hora e você não presta atenção!


 


-Desculpa, mas é que a carta de Blaise me deixou intrigado.


 


-O que falava a carta?


 


-Me parabenizava pela recuperação de minha mãe. Mas eu não consigo entender como ele ficou sabendo.


 


-De certo ele foi ao hospital vê-la. Você disse para mim que ele tem uma relação bem boa com sua mãe.


 


-Mas não a ponto de visitá-la no hospital... Eu acho.


 


-Ta, mas agente precisa falar sobre o telefonema. Por que Bellatrix ligou e disse aquilo?


 


-Isso é típico da minha tia, fazer esse tipo de brincadeiras com todos Herm’s.


 


-Mas ele disse que...


 


-Mas o que ela disse não se concretizou. De certo ela estava entediada e resolveu fazer uma brincadeira. Saber seu número é a coisa mais fácil para um bruxo e como ela sabia que eu estava morando aqui...


 


-Será que a seu pai contou que você veio morar aqui?


 


-Ele nem faz idéia disso. Ele nem devia saber que minha mãe estava em coma no hospital.


 


-Claro que ele sabia disso, né? Até parece que ele cometeria um ato sem antes pensar na conseqüência.


 


-Nem todos são como você Hermione. O meu pai não pensa nas conseqüências. Ele age pela impulsividade.


 


-Impulsividade?


 


-Sim... bom Herm’s, já está tarde, temos que ir dormir.  Boa noite.


 


Draco sai da sala e vai para o seu quarto, deixando Hermione confusa, ele entra no quarto e pega a carta. Lê de novo e de novo e de novo. Ele não conseguia acreditar que sua tia mataria Hermione. Isso seria muita crueldade. “Crueldade... A minha tia não tem limites quando se trata de crueldade. Olha o que ela fez com os pais do Neville. Bom, mas ela é a minha tia, acho que ela não teria coragem de matar Hermione...”.


 


Draco não conseguia acreditar na mínima possibilidade de morte de sua namorada, mas é tão irreal essa possibilidade, que ele não conseguia acreditar. “Droga! Quando eu descubro que amo Hermione quando descubro que ela também me ama, quando estamos tão felizes juntos, eu acordo do sonho. Por melhor que seja o sonho você sempre acordará, a realidade insiste em fazê-lo.” E com esse pensamento, Draco se atira no chão com vontade de gritar. Mas não pode fazer isso, porque sua dor não pode ser compartilhada com mais ninguém. Assim ele chora um rio de lágrimas, pensando como a deixaria sem fazer com que não doesse tanto nele, como nela. Mas não tinha como fazer isso. Ele sabia que se contasse que somente é pela segurança dela, ela não abriria mão do amor deles e enfrentaria os riscos. O jeito seria deixá-la do jeito mais cruel e frio, um jeito que a magoasse tanto a ponto de nunca mais olhá-lo na cara: Dizendo que nunca a amou.


Isso seria milhões de facadas no minúsculo coração de Hermione, mas era o melhor jeito para mantê-la afastada. Mas esse jeito doeria, com toda certeza mais nele no que nela.


 


-Vou fazer isso um dia antes do início das aulas. Porque se fizer amanhã, terei que ficar esbarrando nela por mais um mês e terei que ficar sofrendo ao ver ela. Nunca pensei que amar fosse tão difícil, mas ela não irá acreditar em mim se eu não aparecer com outra garota. E essa garota será a Pansy.


 


Doía muito nele ter que fazer isso, mas era a decisão mais prudente. E com essa fala foi dormir, demorou muito para conseguir, mas quando conseguiu...



 ***
 
Ela conversava com a garota ruiva toda tarde, na varanda da casa. O casal Hermione e Draco havia ganhado uma promoção junto com Gina Weasley, a ruiva com quem a morena conversava, e Pansy Parkinson, a garota que atrapalhava toda a viagem. A ruiva e a morena conversavam toda tarde ao por do sol. Mas um dia, Draco decidiu entrar no quarto da morena para conversar.



 


-Draco! Que surpresa! Entre.


 


-Hermione, quero falar uma coisa muito séria pra você.


 


-Fale, está me deixando nervosa...


 


-Eu não quero mais namorar com você, porque na verdade eu nunca te amei. Eu te usei Granger. Achou mesmo que eu me apaixonaria por uma sujeitinha de sangue-ruim, como você? Eu amo é a Pansy.


 


Os olhos da morena marejaram e ela correu daquele lugar, para o centro da cidade e se escondeu em um terreno abandonado, e chorou, e chorou. Quando finalmente parou de chorar, saiu de seu esconderijo percebendo que já anoitecera. Andando com o rosto vermelho e inchado, vê Draco correndo em sua direção e sorri achando que fora uma brincadeira. Quando ele se aproxima o sorriso dela é cada vez mais radiante. Mas desaparece quando Draco passa por ela a olhando, e abraça uma garota atrás dela. Pansy Parkinson lhe dá um beijo que é correspondido. A garota ao se lembrar de tantos momentos juntos, deixa escapar uma lágrima rápida, mas cheia de lembranças que nunca voltariam. A garota se vira e volta a andar. Quando chega em casa, a amiga ruiva não a esperava e não tinha dúvida sobre sua situação: Estava sozinha.


Em um ato repentino, a morena fala:


 


-Draco...


 


-Draco...


 


-Draco...



 



 ***
 


-Acorda Draco!!!


 


-Ahhh, o que conteceu???


 


-Já é 10:30 Draco Malfoy. Pode me dizer qual era o seu pesadelo que você estava até chorando?


 


-Eu sonhei que... Que... Minha mãe estava morrendo.


 


-Oh Draco, você sabe que ela está bem agora. Está ficando forte e saudável e logo, você irá morar com ela de novo.


 


-Eu sei. Eu sei. Bom meu amor, eu vou me vestir.


 


-Ta, já estou saindo.


 


-Obrigado.


 


Hermione sai do quarto deixando Draco aflito.



-Parece que me separar dela será mais difícil que eu pensei...



 



***
 


N/A: Gente, vocês não sabem como está doendo em mim, escrever isso. Se a dor de vocês é grande, vocês não conseguem imaginar a minha. O sonho de Draco foi baseado em um sonho que eu tive, mas o sonho que eu tive era com o meu amigo, comigo e com a namorada dele. Então, beijos, a história está acabando, mas como eu disse, tem continuação. Gente, ninguém mais está comentando, por favor, comentem que eu estou ficando desmotivada. Bjs: Juh_Lynch

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