Introdução: Menino Vampiro.
Introdução: O menino vampiro.
Era noite, eu podia sentir. Quando o sol se punha, mesmo dentro do meu caixão, eu podia sentir. Sentia meu morto-vivo corpo despertar, e a vontade era de sair, rasgar algumas gargantas, ser livre. Mas eu não podia.
Havia uma razão pela qual eu nunca deixava o porão da casa dos meus tios Dursley. Ao subir as escadas, eu sairia no armário sob a escada, que estava repleto de cruzes impregnadas de água benta penduradas na parede. E qual o problema? É que tocar a água benta queimaria o meu corpo e simplesmente olhar para uma cruz impregnada teria o mesmo efeito.
Todas as tardes, tia Petúnia desce e joga para mim ratazanas ou gambás, dos quais me alimento bebendo-os até a última gota de sangue.
Titia desce durante o dia, pois ela acredita que eu estou tão enfraquecido que mal posso sair do caixão – isso não é verdade. O sol me enfraquece, mas não me imobiliza e, além disso, no porão eu sinto muito pouco os efeitos do dia.
O que me impede então de matar a megera? Ela também desce ao porão usando crucifixos da cabeça aos pés. Um dia no passado eu estava à espera dela quando ela desceu, pronto para matá-la ou prendê-la, e assim exigir que meus tios tirassem todas as cruzes da casa e me deixassem sair. Entretanto, no exato instante que ela entrou, meus olhos já começaram a arder e no instante seguinte eu vi minhas roupas em chamas. Me bati, me joguei no chão, apaguei as chamas e corri para o caixão. Lá dentro eu ouvi ela rir.
Eu perguntei para minha tia então: “Porque vocês não me matam de uma vez? Vocês devem conhecer alguma maneira!” Mas ela não me respondeu nada.
Eu nunca vi o mundo. O mundo que eu conheço é o porão, as pessoas que eu conheço são minha tia Petúnia, meu tio Válter, meu primo Duda e a Srta. Figg, que me alimenta quando meus tios viajam –sempre apareceu coberta de cruzes e crucifixos.
Desde que me lembro estive nesse porão. Porém, acho que minha condição de morto-vivo deve me tornar meio super dotato, pois de outra maneira não teria aprendido a falar, ou andar, pois com certeza não meus tios não me ensinaram nada.
Assim estava sendo a minha meia vida, até que algo muito inexperado aconteceu. Uma história que vocês irão conhecer a partir de agora.
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