Único.



                                                                                                   




       Por Alvo Severo Potter.

                 



                      Minha mente fervilhava em idéias desconexas,  Rose ,estava demorando muito , será que o trem sairia sem ela ? A mão de minha mãe em meu ombro acalmava um pouco os meus ânimos, porém eu ainda soava frio. A simples idéia de que podia acontecer algo com Rose me deixava agoniado, meus olhos verdes procuravam na sem cessar na multidão de crianças eufóricas, ansiosas para embarcar no trem que os tornariam oficialmente membros da escola de magia e bruxaria de Hogwarts, um cabelo ruivo e lanzudo me chamou a atenção, meu sorriso se ampliou e corri a seu encontro, ela pegou minha mão como de costume, e nos abraçamos, depois disso eu me lembro bem, Minha mãe e a de Rose, choraram baixinho, papai e o meu padrinho Rony reviravam os olhos, e questionados de sensibilidade alegavam que ainda tinham Lily e Hugo, arrancando risadas, trocamos olhares nervosos, nos apagando da realidade , a mãos de Rose sobre a minha tremia , respiramos fundo embarcando no trem, seria o começo de nossas vidas realmente.


           Nos próximos meses eu e Rose continuávamos muito unidos, mas eu sentia que algo  de fato mudara ,eu conseguira muitos amigos,já Rose era muito tímida conversava apenas com sua colega de dormitório, Selina Melly , não que ela se importava ,não de maneira alguma , ela dizia sempre  que preferia cuidar de seu futuro ,estudar, e estudar;


                  Vieram as férias e eu não era mais o Alvo da Rose, e Rose não era minha Rose, éramos só Rose, e Alvo, como primos comuns , e eu não fui  capaz de perceber o que ocorrera ,deixara nossa cumplicidade se esvair e eu nada fiz para evitar .


        Estávamos agora ambos com 13 anos, alguns garotos e garotas, mexiam com Rose, zuavam seu cabelo, e principalmente sua altura, ela era alta, não maior que a maioria dos garotos, mas com certeza maior que as meninas de sua idade , os garotos do meu grupo costumavam abordá-la com palavras ofensivas e eu nada fazia , tinha medo de acabar sendo excluído por conta disto, deixava passar , mas o que eu não notava , era como os olhos azuis de Rose ficavam mais escuros quando  me encaravam ,eu não sabia ,mas era mágoa , por eu deixar que aquilo acontecesse ,mas principalmente deixar ,que nossas cumplicidade fora do normal sumisse para sempre.


               Depois desse ano, eu e Rose nunca voltamos a nos falar realmente, mas foi no nosso quinto ano que algo estranho aconteceu, se eu sentia falta dela? Claro que sim, crescemos juntos, e eu me culpava por deixar algo atrapalhar tudo aquilo que haviamos construído, às vezes eu me pegava observando-a estudar,  os cabelos sempre presos em uma grossa transa , não lhe atrapalhavam mas mesmo assim ,eu  a via magnífica colocando a mecha que caia por sobre sua testa atrás da orelha ,me aproximei  vacilante ,e coloquei suas mãos entre as minhas como nos velhos tempos , ela nem se deu ao trabalho de levantar os olhos tão bonitos para mim, vi a covinha rasa se formar em seu rosto ,e seu nariz delicado enrugar , fazendo as sardas pequeninas, imperceptíveis ,se moverem ,ela sorria de lado , sua voz soou esplendorosa para meus ouvidos ,fazia muito tempo que eu não a ouvia falando direto para mim e o som da sua voz me aliviou .


                  - Pensei que nunca viria Alvo. -Eu queria sumir Dalí, ela era realmente fantástica como eu lembrava não uma devoradora de livros como meus amigos costumavam a chamar.


                   -Rose, você me desc... -Não pude terminar, seu dedo alvo e pequeno tocou meus lábios e eu fechei os olhos,ela me silenciou e eu assim fiquei.


               -Lembra Alvo, quando agente escreveu nosso nome na casa da arvore... -era claro que eu me lembrava como poderia me esquece? Até hoje nossos nomes estão rabiscados em giz - de –cera, com letra tremula e infantil, dentro de um torto coração;


             -Eu prometi nunca te abandonar, se lembra? Eu cumpro minhas promessas alvo, sempre cumpro... - Naquele momento eu me lembrei de uma de minhas promessas, uma que eu teria o imenso prazer de cumprir.


               -E você Rose, se lembra do que lhe prometi, antes de entrarmos no primeiro ano? –ela me olhou interrogativa me dando chance de continuar, e assim eu o fiz. –Que seria eu a te levar a nosso primeiro baile?!


 


Ela sorriu e corou, abaixando a cabeça.


         —isso é um convite?-ela me perguntou tímida.


        –­­ O primeiro de muitos. -conclui sorrindo, ela ficava ainda mais bonita envergonhada.


          –Sendo assim, claro que sim Alvo. -Ela me abraçou, recolheu seus livros e saiu, ela de certo sabia que eu precisaria de um tempo para assimilar tudo, mas de uma coisa eu sabia, ninguém nunca mais se meteria entre eu e minha prima Rose, nunca mais.


                 Os dias passaram voando e o baile de inverno se aproximava, eu estava cada dia mais nervoso, eu e Rose passávamos tardes inteiras estudando debaixo de arvores, às vezes brincávamos e eu roubava beijos estalados em seu rosto, recebendo um tapa fraco no ombro, deixando uma rose risonha e corada para trás.


          O dia chegou e eu me encontrava com o coração a mil, temia que a ruiva pudesse escutá-lo de tão alto que ele parecia bater, no salão comunal, minhas mãos soavam frias como no nosso primeiro ano na escola, e nem mamãe me ajudaria naquele momento, parecia que meu sangue parara de correr, eu nunca em toda minha vida avia tido uma visão tão magnífica, Rose descia as escadas, estupenda em seu vestido lilás, meus olhos verdes focalizavam na inteira, a cintura fina marcada pelo vestido rodado, os cabelos... Desde quanto eles ficaram tão lindos?


                     -Estou assim tão feia?- a voz tímida de Rose me tirou dos devaneios, sacudi a cabeça tentando raciocinar, o que ela pensaria de mim? Vendo-me literalmente babando? Acharia-me um completo idiota! Tentei disfarçar, peguei sua mão ainda trêmula, negando.


             -Está magnífica! -foi só o que eu disse, e ela como sempre corou .Pegou minha mão e seguimos pra o esplendoroso salão que ela mesma ajudara a arrumar, o baile em si não é preciso comentar ,foi fantástico dançamos ,bebemos, enfim nos divertimos o que aconteceu depois que sim, se eu não contasse explodiria, os alunos mais novos já aviam ido dormir, pouca gente ainda dançava ao som de uma melodia suave, e eu e Rose éramos um desses ,  ela colocou as mãos em mim e dançávamos de olhos fechados, e eu fingia que não percebia os olhares cobiçosos dos garotos, percebendo que minha Rose virara mulher , foram  aos montes os convites para dançar que Rose negava com classe ,e eu sorria  feito bobo pra ela pegando sua mão.


                      No final da noite convidei Rose para uma volta no jardim, era inverno mas já se pode imaginar que Hogwarts continuava estupenda com suas milhares de flores , entre elas minha Rosa .Sentamos no banco de mármore e Rose sorriu ainda com uma das mãos entrelaçada  a minha ,acariciei-a e me perdi na imensidão dos olhos azuis profundos de Rose,ela estava feliz ,porem nervosa ,eu conseguia decifrá-la em um minuto ,como ninguém mais saberia ou ousaria saber um dia,  ignorei o frio ,e principalmente aquela sensação de que borboletas voavam desenfreadas em meu estomago ,o cheiro  de flores dela, tão próximo  ao meu rosto me fez fechar os olhos ,uma mão ia sem controle até sua nuca, minha vontade era de beijá-la ,tê-la em meus braços ,e foi o que eu fiz,aproximei meus lábios dos delas ,não havia de fato percebido mas ela também fechara  os olhos, eu não a leria,receei ,mas minha língua pediu passagem e a beijei ,coloquei ali toda o amor que eu não sabia até aquele dia que existia ,separei-me dela quando meus pulmões imploraram por ar ,agora eu meus olhos que a encaravam  receosos ,ela sorriu para mim ,e isso me reconfortou .


-Pensei que nunca o faria – ela disse com voz suave como veludo, não perdi tempo envolvi-a em meus braços, onde ela ficaria para sempre;


         Não perdi mais tempo, no outro dia fizemos um passeio a Hogsmeade, comprei logo para ela um anel ,pedi-a em namoro e ela aceitou ,namorávamos em segredo, tínhamos medo de que a família não aceitasse por sermos primos de primeiro grau, confesso que não foi nada fácil , Rose estava cada dia mais bonita , e decidira só agora fazer teste para tornar-se goleira, da equipe de Quadribol , defendeu maravilhosamente bem conseguindo sua vaga , ela dizia que queria ficar mais perto de mim,os garotos corriam atrás dela ,mas minha namorada ,não dava bola continuava a mesma ,Rose, minha Rose.


             Estávamos no ultimo ano da escola ,só os amigos mais íntimos sabiam  do nosso namoro ,era inverno,comemoraríamos dois anos de namoro ,e eu preparara um jantar para Rose, levei-a para a sala precisa onde comemos  e bebemos sem se importar ,ela me deu um presente maravilhoso ,era um álbum de fotografias nosso, desde pequeninos até os dias atuais, mas esse não foi o único presente daquele dia .Nos beijávamos com paixão , beijos fogosos de desejo e amor, Rose me olhou tímida e sussurrou no meu ouvido.


       -Eu acho que estou pronta - aquelas palavras me deixaram estático parei de supetão murmurando:


-Você tem certeza Rose? –ela assentiu e eu respirei fundo  agora não sabia se eu estava preparado mas mesmo assim,abaixei a alça de seu vestido depositando um beijo em seu ombro , a pele alva arrepiou-se tirei delicadamente sua roupa ,enquanto as mãos tremulas despiam-me ,foi o momento mais mágico de toda minha vida, e de fato eu sou um bruxo ,ela era perfeita em plenitude linda ,foi a primeira vez que a vi daquele jeito ,fui o mais carinhoso que podia ,não me perdoaria se Rose sentisse dor por minha causa ,foi tudo maravilhoso ,assim foi nossa primeira vez,como todo os momentos do nosso namoro ,calmo gentil e apaixonado.


 


  Nas férias desse mesmo ano contamos aos nossos pais ,foi um pouquinho difícil para aceitarem no começo ,mas acabaram entendendo que nos amávamos e nada mais importava , apesar de Rose e eu amarmos Quadribol , Rose virou medibruxa, e eu Auror  ,pedi –a em casamento quando tínhamos 22 anos ,ela aceitou ,casamos no ultimo dia do inverno .Para nós essa estação virara símbolo do nosso amor,tivemos dois filhos Pierre e Marie ,Pierre puxara  realmente ao charme dos Potter por assim dizer , cabelos negros e rebeldes, era maroto de natureza,espevitado , mas muito inteligente ,os olhos eram iguaiszinhos os da mãe, extremamente azuis,já Marie era calma e gentil  a copia perfeita de rose ,com seus cabelos ruivos e olhos verdes.Bem eu e Rose continuávamos como éramos quando criança ,eternos namorados.


 


                                                                                                                                                                                Fim. Eu adoraria que comentassem!
         Um beijo da Liza.

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Comentários (2)

  • Liza Chevalier

    Obrigada pelos elogioos Luara fico muito feliz que tenha gostado!Passarei com todo certeza em sua fic!Beijo da  Liza.

    2013-02-04
  • Lu Ranhosa

    Que linda sua fic,meu deus amei demais, muito fofo os dois juntos parabens ameiiii,passa na minha Little Things RHr ve se gosts,bjus

    2013-01-31
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