A conversa.



Draco foi até a porta de seu quarto. Ele entrou e trancou. Tinha que falar com Hermione. Aparatou até a Toca, no porão. Rony estava ali.


           -E...


           -Burbage está morta.


           -Caridade Burbage, professora de estudo dos trouxas?-perguntou Hermione, aparecendo ali.


           -Ele a matou. E o pior de tudo... Se ele quiser matar Potter, agora ele pode. Ele pegou a varinha do meu pai.


           -Porque ele pegaria outra varinha?-perguntou Rony, sentando ali perto.


           -A varinha dos dois tem o mesmo núcleo.-disse ele.


           -Priori Incantatem?


           -O quê?-Rony e Draco perguntaram, em uníssono.


           -Ah, é, esqueci que vocês dois são idiotas o bastante, a ponto de não terem lido e decorado todos os livros de feitiços.


Draco e Rony se entreolharam, e deram de ombros.


           -Não temos tempo para ler todo o livro.


           -Quando duas varinhas de mesmo núcleo são forçadas a duelar, ocorre um fenômeno denominado Priori Incantatem, ou reversão dos feitiços. A varinha de um dos bruxos começa a tocar umas as outras últimas mágicas que realizou, em ordem inversa. Esses “ecos” se comportam de forma similar aos seus respectivos alvos, como acontece nos retratos bruxos. No caso dos dois, as penas de fênix que formam os núcleos vieram da mesma fênix, ou seja, Fawkes, a fênix do Dumbledore.


           -Como sabe disso tudo?


           -Você ainda pergunta, Draco? Esqueceu? Ela é a garota...


           -Vampira.-Ela corrigiu.


           -Tá, então, ela é a vampira mais nteligente do mundo, sabe a resposta de todas as perguntas que alguém faz a ela na ponta da língua.


           -É mesmo.


           -Hahaha, muito engraçadinho, né, Ronald? Não, o Harry me contou, depois do torneio do quarto ano.


           -E você ainda se lembra do que ele disse há três anos... Tem que ter uma memória e tanto para se lembrar, pois, pelo que eu saiba, quando se torna uma vampira, parte das suas memórias humanas somem da sua mente.


           -Dracom tenho que te fazer um pedido.


           -Sou todo ouvidos.


           -Toparia ser nosso espião em Hogwarts?


           -Quê?


           -Não voltaremos para a escola em setembro.-disse Rony.


           -Caçar horcruxes?


           -Como sabe?-Rony estava espantado.


           -Acabei de ler a sua mente. É estranho, não consigo ler a da Mione. Ela me mordeu, então eu deveria conseguir...


           -Vai tentando, precisa de prática. Para um recém criado, controlar seus poderes pode ser difícil no início, mas com o tempo, consegue.


Alice chegou ali, a boca suja de sangue.


           -Quantos humanos você matou hoje?


           -Uns dois comensais me atacaram na floresta fechada aqui perto, mas eu consegui matá-los.


           -Comensais?-Perguntou Hermione, seus olhos arregalaram-se, demonstrando profundo medo.


           -Vou falar com meu pai, reforçar a segurança, é fundamental.


           -Alice... Por acaso se lembra da fisionomia de algum deles?


           -Não...-disse ela, fechando seus olhos tentando se lembrar.


           -Vamos, Alice, lembre-se... Cor dos olhos, cabelos, homem, mulher... Por favor.-disse Draco.


Ela disse:


           -Me dê sua mão.


Ele sentiu a pele dele quente, mas ele se assustou.


           -O quê? Philip e Jessica Howken...


           -Como sabe?


           -O seu toque... Os pais deles foram mortos por ele...


           -O que faremos agora? Ele devge estar colocando comensais por toda parte... Já sei, tive uma ideia.


           -Nossa, o Weasley teve uma ideia...-disse Malfoy, lançando um sorriso torto a ele.


           -Cala a boca, Malfoy. Mais à noite, vamos partulhar, eu ficarei aqui, Mione vai para os Tonks, Alice vai na floresta e o Malfoy vai falar com o Harry.


           -Eu? Falar com Potter?


           -É, explicar tudo, os tios dele nem moram lá mais, mas o que não pode acontecer é ficarmos paados. Ou então, a Mione vai e você patrulha os Tonks. Vem, Mione, vamos subir. Draco, Alice, fiquem aqui, a minha mãe nem pode sonhar em saber que os dois estão aqui.


           -É.


Ela e Rony subiram em alta velocidade para a casa. O sr. Weasley estava na sala.


           -O que fazem aqui?Rony...


           -Pai, não vamos viver lá em baixo para sempre. Ah, tinham dois comensais na floresta. Ele está vigiando os possíveis lugares aque Harry poderá ser levado. Ele já sabe sobre a transferência, sr. Weasley.


           ´-O Snape foi na mansão e contou tudo. Daremos um jeito, patrulharemos a área hoje. A Alice já matou os comensais.


           -Ótimo.


           -Vem,. Mione, vamos, o dever nos espera.


Os dois subiram até o quarto dele.


           -Vou até ele. Me deseje sorte.


           -Boa sorte. Ah, lembre-se, não o deixe nervoso, se ver sangue dele, tenta se controlar, ele tem que morrer, depois mordemos.


           -Eu sei. Fui.


Ela aparatou. Surrey não era lá muito longe. Bateu a camapainha, Harry foi atender, mas ao ver que era ela, fechou. Ela, como era mais forte que ele, conseguiu abrir.


           -Pode até não ter se acostumado com isso ainda, mas agora você vai me escutar, queira você ouvir ou não.


           -Seja breve, vou dormir cedo hoje.


           -Não ligo para o tempo, tenho o tempo que precisar, para sempre.


Ele revirou os olhos.


           -Tá, senta e fala.


           -Prefiro ficar em pé. Estará vulnerável a partir de amanhã.


           -Eu sei, a proteção da minha mãe...


           -Exatamente. E se ele quiser, poderá te matar.


           -Mas só se ele tiver uma varinha diferente.


Ela balançou a cabeça, ele olhou para ela.


           -O quê? Sério?


           -Draco disse que ele pegou a varinha do Lúcio.


           -Espera... O Malfoy tá do seu lado agora?


           -Sim. Fica calmo, ainha temos muito para falar. Vou fazer patrulha essa noite aqui.


           -Não preciso de proteção.


           -Só diz isso porque não entende o que está havendo...


Ela agora olhava pela janela, começara a chover.


           -Se eu não sei... Diga-me, então.


           -Ele está colocando comensais para vigiar em torno das possíveis casas as quais você poderá ser enviado amanhã. A Alice viu dois hoje. A situação está se revelando muito pior do que imaginávamos. Ele soube da sua transferência e vai fazer de tudo para conseguir o que ele quer.


           -Eu...-disse ele, a voz baixa, seus olhos demonstravam certa preocupação. Mas ele não aparentava estar com medo, Voldemort nunca foi páreo para ele, Harry nunca teve medo dele, e, por ele, Voldemort podia vir com tudo para cima dele.


Ela olhou para ele.


           -Entende agora o porquê?


           -Sim.-ele balançou a cabeça positivamente.


           -Ótimo. Vou estar ali fora, qualquer coisa, não sairei daqui. Vá dormir.


           -Tá bem.


           -Ah, mas antes... Me dá uns fios de cabelo.


           -Para quê?


Ela foi até ele numa incrível velocidade, questão de menos de um segundo.


           -Ou me dá ou eu arranco por mim mesma. e se escolher a segunda opção, te garanto, vai doer muito mais.


           -Tá bom. Calma.


Ele segurou uma parte do cabelo e tirou alguns fios. Hermione guardou num frasco.


           -Pronto?


           -Sim, obrigada, Harry.


Ela saiu dali e sentou na escada de acesso à casa. Harry tentou dormir, mas foi difícil. Ele pensava, se realmente havia acontecido, Rony, Hermione - e agora, Draco,- eram mesmo... Vampiros? Ele não tinha ideia do perigo que estava correndo, não por Hermione, ela, Rony, Draco e Alice jamais fariam algo contra ele, mas por saber da existência dos vampiros. O clã mais poderoso de todos, se ficarem sabendo disso, irão até Surrey, tentar matar ele. E se ele corria, Gina também, ela foi a primeira a saber da transformação de Hermione - depois de Rony- e, de acordo com a lei máxima dos vampiros, humanos são uma ameaça ao segredo destes, por isso, se alguém ficar sabendo, a sentença máxima é a transformação ou a morte. Mas Harry iria se tornar um vampiro um dia, assim que Voldemort fosse destruído.


Amanheceu, ela saiu em altíssima velocidade até a toca, foi uma corrida cansativa, Rony estava na orla da mata, a boca suja de sangue.


           -Oi.


           -Como foi? A conversa?


           -Achei que já sabia...


           -Eu sei. Mas quero que me conte, por favor.


           -Ah, nada de mais... Foi até muito tranquila, achei que seria pior... Ele só bateu a porta na minha cara na hora que eu entrei. Ah, consegui isso.-disse ela, tirando o vidrinho da capa.


           -Ah, ótimo... Você... Lembra da promessa de que só morderia o Harry depois que ele derrotasse você sabe quem.


Agora, os dois estavam ali, na grama, conversando, ele recostado numa árvore, e ela deitada no colo dele.


           -Sabe, Mione, às vzes eu me sinto muito estranho...


           -Estranho?


           -É, há anos eu não passava de um garotinho medroso que tinha medo de quase tudo... Ainda tenho, aranhas, principalmente, mas hoje em dia... Até um vampiro eu já matei!


           -Admiro muito sua evolução, você mudou muito, preincipalmente depois da minha petrificação, e depois de se tornar um vampiro.


Rony viu uma pequena aranha subindo a árvore. Ele se assustou, mas não a ponto de sair voando dali.


           -Nossa, estou espantosamente espantada com você, viu uma aranha e não saiu gritando por aí...


           -É...


O sol apareceu ali, batendo diretamente neles, fazendo-os brilhar intensamente.


Draco apareceu ali.


           -Oi, e então, como foi?


           -Nenhum essa noite por lá... Mas isso não nos garante que não vão aparece mais por lá.


           -É verdade.


           -Bem, vou caçar, quem sabe não encontro algum comensal por aí.


           -Tá bem, Malfoy, vai lá.


Ele entrou na floresta, Rony e Hermione olhavam para ele, e resolveram, se levantaram e foram atrás dele. Era uma aposta, ver quem pega a presa primeiro. É claro que Hermione desviou seu curso para as rochas, onde sempre haviam alpinistas por lá. Ela nunca bebeu sangue animal, só sangue humano.

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