Um novo vampiro



No dia seguinte, Harry acordou, Rony estava sentado no parapeito da janela.


            -Oi, Rony. Bom dia.


            -Estou com medo de ir para casa. Ela já sabe, e quase me enxotou para fora. Eu só não saí porque consegui ser mais rápido e subir com a Mione até meu quarto.


            -Cadê ela?


            -Foi falar com o Malfoy.


Falando em Hermione, ela estava na mansão Malfoy, chegara ali na noite anterior, ela tinha que conversar com Luke. Mas na verdade ela tinha que falar com Draco. Entre ela e Luke, nada além de um "oi", já era tarde da noite. Ela subira até o quarto de Draco, ele ainda não aparecera ali. Ela se escondera atrás do guarda roupas, esperando. Quando ele entrou, ele foi direto para a cama. Ela saía aos poucos da sombra.


            -O que é isso?


            -Fala baixo. Tranque a porta e lance um feitiço silenciador, ninguém pode saber disso, entendeu?


            -Tudo bem.-disse ele, voltando com a chave da porta na mão.


            -Só uma pergunta. Você tem algo a dizer? Quais as suas últimas palavras?


            -Como assim?


            -O que te prometi? Pois é, eu vim cumprir a minha palavra.


            -O que fará?


            -Feche seus olhos. E fique quieto. Deita aí.


            -Não faz essa cara. Eu tenho medo de você, sabe disso.


            -Então, faz o que estou mandando! Deita.


Ele estava sem saída. Deitou ali. Ela foi se aproximando dele, ele tentou cobrir a cabeça, ela repeliu.


            -Fica calminho, não vai doer nadinha. É rápido, você nem sente, desmaia na hora.


Ela estava a centímetros do pescoço dele. Mordeu. Ele desmaiou. Ela limpou o sangue e saiu dali, o sol já nascia. Ele se lembrou de tanta coisa enquanto o veneno tomava o corpo. Tudo que ele viveu. As brigas com Hermione, a rejeição dos pais com os sangues ruins, Crabbe, Goyle, Pansy, Snape... O veneno tomava cada célula do corpo. O cabelo dele foi a única coisa que permaneceu loiro. Ele acordou dois dias depois, tinha os olhos como um vampiro que seguia dieta de sangue humano, olhos muito vermelhos, olhou em volta, tudo parecia diferente, seus olhos podiam enxergar além do que ele podia quando humano. Agora, ele conseguia sentir cheiros de longe. Foi até a janela, um cheiro de sangue vinha da mata em volta da mansão. Ele saiu pela janela, procurando por sangue. Ele queria sangue humano, muito sangue, e foi aí que começou o seu descontrole. Seus pais nada sabiam, Narcisa só saberia quando ela pegasse o filho matando um comensal. Alguns comensais foram mortos por ele, sem que ninguém desconfiasse. Hermione, Rony, ele e Alice se encontravam frequentemente.


Junho terminou, Luke foi preso em Azkaban e morto por Rony dias depois, agora eram só os 4, aos poucos eles montariam seu exército. Hermione alterou a memória dos pais, eles foram para a Austrália. Ela foi para junto de Rony na Toca. A Sra. Weasley ainda rejeitava o filho, mas aos poucos se acostumava. Uma tarde, pouco antes do aniversário de Harry e da retirada dele da casa dos tios, Rony e ela conversavam no quarto dele.


            -Aconteceu tanta coisa, nesse tempo que estávamos longe.


            -Você matou o Luke, não é?


            -Como sabe?


            -Eu vi a sua mente e saiu no Profeta. Mas foi bom, eu fiquei muito feliz por você.


            -Obrigado.


            -O Malfoy será nosso mensageiro na escola. Como não estaremos lá para ver o que será de Hogwarts sem Dumbledore, então coloquei ele como espião.


            -Um espião? Ótimo. A dieta dele...


            -Totalmente humana.


            -Seus olhos estão amarelando... Porquê?


            -Os seus também. Está bebendo sangue animal, Rony?


            -Sim, não achei humanos para matar, então vão os veados da mata aqui perto mesmo. E você?


            -Ah, não caço diretamente. Papai e mamãe compram carne frequentemente, então bebo o sangue que sobra. Eles já sabem da transformação, até já se acostumaram. Agora vai ser difícil, alterei-lhes a mente e eles estão longe, darei um jeito, fica tranquilo.


            -Tem notícias do Malfoy?


            -O que sei é que ele fez um favor a todos nós. Matou quase a metade dos comensais, por fome, vai ficar bem mais fácil vencer.


            -Será que algo pode vir a dar errado? Tipo... Ele contar para você sabe quem que vamos tirar o Harry de lá?


            -Não acredito que ele venha a fazer tal.


Gina bateu ali.


            -Que foi, Gina?


            -Desculpa interromper a conversa, o papai quer falar com vocês. Agora.


            -Tudo bem, vamos, Rony.


Os dois saíram dali, Gina foi chamar os gêmeos. Em minutos, todos estavam no sótão. Rony, Mione, Fred, Jorge, Fleur e Mundungo. O sr. Weasley apareceu ali.


            -Boa tarde. Como todos sabem, no próximo sábado, Harry faz 17. E à meia-noite, a proteção que Lilian lhe deu durante todos esses anos, se desfará e ele estará vulnerável a aquele que não deve ser nomeado.


            -Vá logo ao ponto, pai.-disse Jorge.


            -Tudo bem. Vocês aceitariam correr o risco de serem mortos por ele, se passando pelo Harry?


            -O quê?


            -Olho-Tonto está preparando poção polissuco.


            -Pai?


            -O que foi, Rony?


            -Não vai funcionar, pelo menos, não comigo e com a Mione.


            -Oh, é mesmo.


            -Mas podemos ajudar sem a poção, já mostrei a ele que sozinha sou muito mais forte do que eles juntos. E mais, Draco fez um enorme favor.


            -Qual?


            -Eu o transformei, e ele matou mais da metade dos comensais, para se alimentar. Vai ser fácil.


            -É, Hermione, mas acho que não pode se esquecer que ele é capaz de tudo para atingir o poder, e pode muito bem criar novos comensais.


            -Ele tem medo da Mione. Quando Wallpart ainda era vivo e ele a levou na mansão, ele duvidou da força dela e teve que ver seus comensais serem quase todos mortos por ela. Ele sabe que tem dois vampiros unidos à Ordem, e com certeza não vai querer desafiar. Lutaremos com ou sem poção polissuco, feitiços não nos afetam...


            -O sectumsempra afeta. Só alguns não funcionam, como os estuporantes, a imperius e a avada kedavra, o incarcerous, glacio e petrificus, entre outros.-disse Hermione.


            -E pelo Harry, fazemos qualquer coisa.-disse Rony.


            -Acho que não vou conseguir me adaptar à ideia de que meu irmão e minha futura cunhada sejam vampiros...-disse Fred a Jorge. Rony olhou para eles com um olhar do tipo "fica na sua".


            -Se o Rony e a Mione aceitam, eu também aceito-disse Fred, indo parar perto dos dois.


            -Eu também.-disse Jorge.


            -Se for para ajudar o Harry, eu vou.-disse Fleur com seu sotaque francês.


Só faltava Mundungo para dizer sim. Ele praticamente fora forçado. A reunião terminou, o sr. Weasley disse:


            -Liberados. Ah, Rony, Hermione, esperem. Tenho que falar com vocês.


            -Sim, sr. Weasley.


Os dois permaneceram ali sentados.


            -O que pensam em fazer, para ajudar o Harry?


            -Sabe, pai, ainda não pensamos nessa parte. Mas acho que podemos ajudar apenas com nossos poderes.


            -Malfoy lutará ao meu lado, juntamente com o Rony e a Alice. Vai dar tudo certo, sr. Weasley.


            -Eu só espero que dê.


            -Então, vamos treinar.


            -Claro. Ah, pai, será que se importaria se Alice e Malfoy viesse aqui? Eu sei, Malfoy não vale nada, mas ele é um dos nossos agora. Quanto à Alice, não se preocupe, ela é legal, e não fará nada a nós.


Hermione olhou para ele. Para quê?


            -Um Malfoy? Aqui? Que loucura é essa?


            -É para treinarmos as nossas habilidades. Podemos fazer muita coisa.


            -Tudo bem. Mas só aqui no porão. E quanto á Alice, pode trazê-la quando quiser. Acho que até já sei quem é. Alice Burton, uma loira, de olhos azuis e...


            -Se conhecem?


            -Sim, estudei no mesmo tempo que ela, ela formou um ano antes da Molly, ela ficou uns dias desaparecida, e...


            -Luke a havia mordido, ela estava em adaptação e transformação e sua força era incrível. É exatamente essa Alice. Luke mordeu ela e a Hermione, justamente com 17 porque era a maioridade. Se fosse com 16, nunca saberíamos o significado de cinco palavras na nossa vida. Fazer magia fora da escola. Acho que é por isso que ele dizia que a Mione e a Alice eram muito mais fortes que ele.


            -Não, Rony, isso não tem nada a ver. A força de um vampiro depende de duas coisas basicamente. A dieta e o tempo de transformação.


            -Precisamos de ajuda, sr. Weasley. Não temos como matar um bruxo só para nos alimentar. Já bememos sangue animal, mas não é a mesma coisa. Se reparar bem, nossos olhos estão ficando pretos, faz duas semanas que não ingerimos uma única gota de sangue.


            -Fiquem calmos, até já sei como ajudar. Vou pedir para o banco de sangue do St. Mungus enviar para cá.


            -É claro! Hermione, te vejo mais tarde.


            -Onde vai?


            -Na sala precisa buscar nossos reservatórios.


            -É claro. Ronald, você é um gênio. Vai lá.


Ele aparatou. Na sala precisa, ali estava, o imenso reservatório que tinha mais de 60 litros de sangue.. Ele deu um jeito de aparatar com tudo aquilo até a toca.


           -Aqui está. Tem mais de 60 litros, dá pra muito tempo.


           -Ótimo, deixa aqui, eu vou ir falar com o Malfoy.


Hermione foi falar com Draco.


           -Oi, Hermione, o que quer comigo?


           -Antes, te fazer uma pergunta.


           -Que foi?


           -Você viu se alguém veio contar para ele algo sobre o escape do Harry?


-          O que? Não!


           -Então, tá bem. Aparata para a Toca.


           -Para quê?


           -Lá você vai saber. Mas aparata no porão, o Rony está lá, me esperem.


           -Quando?


           -Já era para ter ido. Vou procurar a Alice. Vai.


Os dois aparataram. Aquela era a primeira vez que ele saía fora dos domínios da mansão desde a sua transformação. Ele apareceu no porão da Toca.


           -Oi, Malfoy.


           -O que eu faço aqui?


           -Espere a Hermione chegar, ela te dirá.


Alice e ela aparataram ali.


           -ótimo, agora que todos estão aqui, podemos começar.-disse Rony.


           -é. Bem, no próximo sábado, a Ordem e os aurores vão até Little Wintting, Surrey, retirar Harry da casa dos tios com toda a segurança possível, sem que você sabe quem consiga atacar. Teremos 5 Harrys, vampiros saão completamente imunes a esse tipo de magia, então teremos que ajudar de outra forma. Sozinhos, nada conseguiremos contra ele e os comensais.


           -Tem certeza, Hermione?-perguntou Malfoy.


           -É, talvez nem tanto ao ponto do "nada". Mas precisamos treinar. Arthur liberou o porão, é inteiramente só de nós quatro, até o dia da retirada. A batalha será mais aérea. Alice, Rony, podem ir começando. Draco, vem aqui, precisamos conversar.

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