Segredo Revelado



Tempos mais tarde, perto de maio, Katie Bell saíra do St. Mungus, onde estava internada, em decorrência do ataque com o colar, que era parte do plano para matar Dumbledore. Mas Draco apareceu ali, na hora que Harry perguntara à amiga se ela tinha ideia de quem havia feito aquilo à ela. Harry olhou para Malfoy, que saiu dali. Harry perseguia-o, Mione e Rony saíram atrás dos dois, até que Malfoy entrou no banheiro da murta que geme. Mione e Rony ficaram escondidos. Malfoy foi lavar o rosto, tinha dado errado. Bem, a pior parte ainda estava para chegar. Harry entrou ali.


            -Eu sei que foi você, Malfoy.


Draco se virou, a varinha já em mãos e uma batalha de luzes se iniciou ali. Bem, ia tudo bem, até Harry lançar o sectumsempra, um feitiço que ele aprendeu com o livro do príncipe mestiço. O efeito era horrível. Como se facas lhe transpassassem o corpo, a quantidade de sangue ali era enorme. Hermione saiu de onde estava. Rony foi atrás dela.


            -Harry, não! Pare!


            -Hermione?


            -Olha o que fez! Sabe, se eu e Rony não fossemos seus amigos, você estaria encrencado com uma bela detenção para cumprir. Vai, depois a gente conversa.


Harry saiu correndo, foi ao salão comunal, o livro estava ali. Hermione foi até Draco, Rony foi junto. Draco estava perdendo muito sangue.


            -Hermione?


            -Oi, Malfoy.-as presas dela estavam grandes.


            -Olha, o que ele fez comigo!


            -Não diz nada. Rony, vai, você tem velocidade, acha o Snape e traz ele aqui, urgente.


            -Tá.


            -Me morde.-disse Draco.


            -Quando você fizer 17. Rony, vai!


            -Porque 17?


            -Você ia passar o resto da vida sem saber o que é fazer magia fora da escola. Espera.


            -Tá.


Rony foi até a sala de Snape.


            -Sr. Weasley. O que o traz aqui?


            -Harry lançou um sectumsempra no Malfoy, no banheiro feminino desativado, no 2º andar.


            -Um... Sectumsempra?


            -É. O Harry saiu de lá e a Hermione está lá.


Snape saiu correndo, a tempo de chegar ali, e ver Malfoy agonizando, quase morrendo. Ele já tinha a varinha em mãos e começou a murmurar o contra-feitiço.


            -Vulnera Sanentur!


            -Temos que ir. Vem, Rony.


Os dois saíram dali, até o salão comunal. Gina e Harry estavam ali, sentados e o livro do príncipe sobre a mesa. Rony e Mione sentaram na escada e Gina disse a Harry:


            -Você tem que acabar com isso, hoje.


            -Eu sei.-disse ele.


Ela pegou o livro.


            -Vamos lá. Pegue a minha mão.


Os dois foram de mãos dadas até...


            -A sala precisa.


            -É. Está diferente.


O farfalhar das asas de um passarinho que vinha de dentro do armário fez os dois se assustarem.


            -O que é isso?


Harry foi até a origem do som. Dentro do armário, ele abriu a porta e um passarinho saiu voando.


            -Viu? Não há nada aqui. Temos que esconder o livro onde ninguém o ache, incluindo você.


            -Claro.


            -Feche seus olhos...


Gina escondeu o livro tão bem, que quando Harry abriu os olhos após Gina dar um beijo nele, nada mais se via.


Na tarde do dia seguinte, na torre da Grifinória, Rony tentava fazer o dever de artimancia. Parecia difícil, mas Mione fizera o dela rapidamente, e agora ela estava o ajudando. Ele, quase nada entendia, dizia que era muito difícil.


            -Rony, você é um... Vampiro, agora, pelo que o Luke me disse, vampiros são muito bons em cálculos. Eu acho que se não fosse uma, não teria conseguido fazer sozinha. Vai, tenta.


            -Tem certeza?


            -Claro. Confia em si mesmo?


            -A... Acho que sim.


            -Então vai. Faz.


Os dois se beijaram, na hora que Harry e Gina entraram ali. Harry disse:


            -Oi, para os dois.


Gina deu um tapa nas costas dele, Rony olhou para ele.


            -Harry!


            -Vocês dois dão tão certo. Sejam felizes.


            -Vamos sair daqui, Harry, deixe os dois sozinhos.


            -Tá. Vou no Dumbled...


            -Tá, então vai rápido, deixa eles sozinhos!-disse Gina.


Hermione e Rony voltaram a ficar a sós ali.


            -Você é a mesma coisa se tratando dos dois.


            -Eu faço aquilo porque eu gosto da Gina e quero vê-la bem.


            -Engana que eu não gosto. Eu acho que vou contar tudo para o Hagrid. Acho que já passou da hora de alguém saber o que houve, antes que eu ou você saiamos atacando por aí. Depois vou contar para a Minerva.


            -Mione, tem certeza?


            -Claro. O sol está forte agora, vamos esperar um pouco, aí vamos lá.


Lilá passou ali olhando feio para Rony e Mione. Ele olhou para ela.


            -Oi, Lilá.


            -Oi... Granger.


            -Olha, não queria te deixar assim e...-Rony começou a dizer.


            -Rony... Para.


            -Eu gosto da Mione.


            -Tudo bem. Já entendi, chega. Tchau, fui!


Ela saiu dali. Hermione se levantou.


            -Vou para o dormitório.


            -Tá.


Ela foi como um raio à porta do dormitório. Entrou, chorando. Parvati estava ali.


            -Oi, Hermione, que foi?


            -Se eu te contar, você me promete que não vai contar nada, a ninguém?


            -Pode falar.


            -Eu... Nem sei como falar e tal, mas... Eu sou uma vampira.


            -QUÊ?


            -Parece loucura, mas não é. Eu achei estranho no início mas agora... Já me acostumei, e eu mordi o Rony ontem. Eu não durmo a meses, vampiros não dormem. Na aula, consigo controlar isso, mas é durante a noite que tudo muda. Eu me alimento unicamente de sangue, até como outras coisas, mas o fundamental é o sangue.


            -Então é por isso que você fica sentada na cama de noite, não é?


            -É. Eu até tento dormir, mas... Não consigo. Por favor, não conta a ninguém sobre isso. O Rony também se tornou um, teremos 17 anos para sempre. E sem envelhecer.


            -Seus olhos estavam amarelos, agora estão vermelhos. E que cabelo é esse?


            -Eu sei. Eu posso ter esse controle na minha aparência, só acho que ainda não tenho controle quando estou com fome.


            -Nossa, e... Quem foi que te fez isso?


            -Lembra, quando saiu, bem no início de setembro, no Profeta, falando sobre um tal vampiro que estava atacando em Shakersville?


            -Claro.


            -Veio para Hogwarts, na floresta. Depois da vitória da Grifinória sobre as serpentes, eu saí da sala comunal, na verdade foi logo depois do beijo do Rony e da Lilá.


            -Você gosta dele, né?


            -É. Fui andando até a floresta, sem noção alguma do perigo que corria. Até que ele apareceu. Luke, o vampiro. Eu o reconheci pela foto do jornal, tentei correr, mas ele foi mais rápido. Antes de me morder, ele me disse algumas coisas, ele tem quase 130 anos, mas por ser vampiro, está vivo até hoje. Ele estudou aqui, na Corvinal, era jogador do TQ, e num jogo, caiu da vassoura. Foi para a ala hospitalar, e um vampiro o mordeu. Ele tem uma ajudante, Alice Burton, foi transformada há uns anos, ela era da turma do Gui, irmão do Rony. Mas eu e o Rony somos mais fortes. Agora nós dois vamos dar um jeito de contar a alguém, vamos contar ao Hagrid primeiro, depois ao Dumbledore ou para a Minerva, e o mais importante é que o Harry não saiba de nada. Até agora só você, o Rony e a Gina sabem.


            -Nossa. Fica tranquila, se realmente é importante para você, que Harry não saiba de nada, eu não abro a boca.


            -Obrigada, Parvati. Agora, pode me deixar sozinha?


            -Claro.


Parvati saiu dali. Hermione ficou ali, pensando... E agora? Harry iria descobrir tudo. Bem, o jeito era encarar tudo aquilo, o dia chegava ao fim, o sol já se punha. Hermione começou a emitir um brilho, vinha do próprio corpo, era o sol que fazia aquilo. Incrível. Rony bateu ali na porta, abriu a tempo de ver a amiga daquele jeito.


            -Uau. Você tá linda.


Ela se assustou.


            -Rony!


            -Então é assim que você, nós ficamos em contato com o sol?


            -É. Vem, vamos no Hagrid.


            -Agora?


            -O sol está atrás do castelo, não pode nos afetar.


            -Tudo bem. Vamos. Mas vamos andando, é melhor.


            -Tá. Você tá certo.


Os dois desceram até a sala comunal. Saíram pelo retrato e foram descendo até a porta principal do castelo. Filch estava ali.


            -Onde vão? Não podem sair.


            -Monitoria.


            -Ah, sr. Weasley, srtª Granger. Podem ir.


            -Vamos.


Saíram pela porta.


            -Lumus!


A varinha de Mione acesa guiava os dois pela escuridão, até a cabana. Rony bateu na porta.


            -Oi, Hagrid.


            -Ron? Hermione? Que surpresa, faz tanto tempo que não vêm aqui. Entrem e sentem-se.


Os dois sentaram ali, perto do guarda-caças.


            -Seus olhos estão vermelhos. Dos dois. O que foi?


            -Hagrid... Sabe naquela noite, quando perguntar se havia visto a Hermione, e você foi até a floresta comigo ajudar a procurá-la?


            -Claro, mas o que isso tem a ver com...


            -Eu sou uma vampira, Hagrid. E agora o Rony também é.-disse Hermione.


            -Quê?


            -É. Naquela noite, eu fui mordida pelo Luke, o vampiro do jornal. Até tenho as duas marcas das presas no pescoço. E desde então, eu não durmo. O Rony foi mordido por mim há uns dois meses, no dia do 17º dele. Eternamente juntos, imortalmente unidos pelo amor.


            -O Harry sabe disso?


            -Não. Estamos pensando ainda nessa parte, o "como contar para seu melhor amigo que você é um vampiro, sem constrangê-lo."


            -É. A Gina já sabe, a Parvati soube hoje mais cedo, o cerco está se fechando, e mais cedo ou mais tarde, isso vai chegar aos ouvidos do Harry.


            -É.


            -Hagrid, o Harry te contou algo sobre o que ele tanto faz na sala do Dumbledore?


            -Não, quem me contou foi o Snape.


            -Snape?!


            -É. De acordo com informações, o Dumbledore está mostrando fatos sobre a vida d'aquele que não se deve nomear, e como Riddle conseguiu fazer seis horcruxes.


            -Hor... O quê?


            -Rony, uma horcrux é um objeto no qual a pessoa "oculta" parte da alma. Espera, Hagrid... Você disse seis?


            -Sim.


            -Mas então a alma dele está muito vulnerável.


            -É. E pelo que também sei, o Harry e o Dumbledore já destruíram três. Essa parte quem contou foi o próprio Harry.


            -Ah.


            -A população de corças está diminuindo na floresta. Saiu no PD.


Rony olhou para Mione, com uma expressão de "e agora?", e Hagrid percebeu algo. Ele disse:


            -Percebi algo nesse olhar de vocês... Por acaso, vocês não tem algo a ver com isso...


            -De que é que eles acham que os vampiros se alimentam? Abóboras? Precisamos de sangue. Mas... Não estamos tirando sangue de animais. A sala precisa dá o que mais se precisa. Temos um reservatório lá. Mas não é sangue de corça. Bem, Hagrid, temos que ir.


            -É.


Os dois foram até o castelo. Rony pegou uma vassoura e, colocando Mione nas costas, foram voando até a torre da Grifinória.  No dormitório, não dava para entrar, estava cheio. Foram até a sala comunal. Vazia. Entraram, era ótimo estar ali, a sós. Bem, agora eles tinham que contar para Minerva. Ou Dumbledore. Mas antes, Hermione tinha que resolver um assunto.


            -O que vai fazer agora?


            -Antes de qualquer coisa, falar com o Malfoy. Tenho que ir. Depois, na volta, a gente pensa no que fazer.


            -Vou para o dormitório. Te vejo mais tarde.


            -Tá bem.


Eles se beijaram, era meio... Estranho, eles não eram bem namorados, o que ocorria era uma forte atração sanguínea. Rony era atraído para Mione através do cheiro do sangue dela, e vice-versa.


            -Rony?


            -Sim?


            -Tem alguma coisa te atormentando. O que foi?


            -Nada.


            -Não pode me enganar, sabe que consigo ler sua mente, e ela está me dizendo que algo te preocupa. Fale.


            -Tá bem. É a mamãe. Tenho medo da reação dela quando souber que tem um filho vampiro. E com a Gina sabendo, o risco se torna maior. Ela pode me mandar para fora de casa. E se ela fizer isso comigo, certamente fará com a Gina também..


Ele chorava, falando aquilo.


            -Mas uma hora ela vai ter que saber, você não acha?


            -É. Olhe por você. Você não percebe o que eu vejo, mas de vez em quando nas aulas, seus olhos ficam vermelhos, você até pode manter sua aparência humana, mas há uma vampira dentro de você, que está sempre querendo se libertar. E acho que a Minerva já percebeu isso. Uma hora, ou outra, ela vai querer saber, e aí, xeque-mate, você vai ter que contar.


            -É sério? Ela já...


            -Já sim. Ela até me procurou para saber se eu sabia de algo.


            -E você disse...


            -Que não, claro. Acha mesmo que eu trairia sua confiança assim?


            -Eu sei que não. Bem, vai pensando em alguma forma de contar à sua mãe, eu vou falar com o Malfoy, na ala hospitalar.


            -Tá.


Hermione saiu dali. Foi até a ala hospitalar. Malfoy estava dormindo. Ele acordou assustado ao ver os olhos de Hermione na frente dele.


            -Granger? O que faz aqui? Veio me morder?


            -Não. Vim te fazer algumas perguntas. Você sabia que saiu no Profeta sobre a população de corças e veados da floresta estar reduzindo? O que é que você fez?!


            -Ei, calma. Eu não fiz nada. Não mato corças. O sangue não é delas.


            -Não?!


            -Não. O sangue vem do banco de sangue do St. Mungus. Acha que eu seria tão... Idiota e cruel a ponto de matar uma corça?


            -Espera então... Se não é você, não é o Rony, não é a Alice, e também não sou eu, então só pode ser... Essa não!


            -Que foi?


            -Depois te conto. Agora, tenho que ir.


Ela saiu dali, voando. Logo ela, que morria de medo de voar. Tudo bem. Ela fez contato mental com Luke. Na florosta. Ele foi até lá. Ela parecia nervosa.


            -O que foi, Hermione?


            -Eu faço as perguntas agora, Luke. Porquê não me contou que você estava se alimentando do sangue das corças na floresta?


            -Como sabe?


            -Ah você admite que está matando as corças. Saiu semana passada no Profeta, eu não tinha lido tudo, só hoje fui prestar atenção na notícia. Aí eu fiz algumas conclusões. Eu primeiramente suspeitei do Malfoy, eu havia pedido para ele coletar sangue para eu não ter que ficar vindo aqui sempre e me alimentar, mas descartei a possibilidade quando ele me contou hoje, agora a pouco, que ele estava coletando sangue do banco de sangue do St. Mungus. Aí, veio na minha cabeça: "não foi ele. Não fui eu, porque meu sangue está reservado. Rony, teoricamente impossível, porque ele passa o tempo todo ao meu lado, a Alice só bebe sangue humano, então só pode ser o Luke.


            -Olha, até que para uma vampira tão jovem, você é bem inteligente. Parabéns.


Ele partiu para o ataque. Ela desviou com uma velocidade incrível até o topo da árvore. Luke foi até ela, aquela guerra estava ficando séria demais para o que era para ser apenas uma conversa. Luke arranhou o rosto dela. Ela desceu para terra, Luke atrás dela. Ele a atacou novamente, mas ela lançou um feitiço escudo, que não deu muito certo. Ela caiu, o rosto machucado, seus olhos estavam vermelhos, ela conseguiu revidar o ataque de Luke e atacar com mais feitiços. Ela disse:


            -Você se lembra do que disse à você sabe quem naquele dia na mansão? Eu sou mais forte que você.-ela ergueu Luke e o prendeu na árvore.


            -Hermione...


            -Olhe o que fez comigo! Eu leio a sua mente. Você está com medo de mim. Mas agora, vai mudar a estratégia de jogo.


            -Ah, é?-ele conseguiu sair dali e voar até o alto de uma árvore, de novo.


Hermione olhou para cima, e ao vê-lo vindo em sua direção, saiu dali.


            -O que está fazendo?


            -Você quer é lutar, bem, só te digo que você tem mais chances de perder do que ganhar.-ela o agarrou de novo.


            -Me solte.


            -Não!


Ela tirou a varinha da capa e manteve apontada para o pescoço dele.


            -Antes de ser vampira, eu sou bruxa, a mais inteligente do meu tempo. E posso te fazer muita coisa. Como por exemplo... Lançar um sectumsempra.


            -Que feitiço é esse?


            -Quer mesmo ter o gostinho disso? Então tá legal. Sectumsempra!


Luke tombou a cabeça para trás, o sangue jorrava por todo o seu corpo. Ela sabia que aquilo aconteceria. Ela o soltou e ele bateu com a cabeça ali. Ele desmaiou. Ela olhava para ele, nunca odiara tanto alguém, igual ela estava odiando Luke naquele momento. Nem Malfoy. Ela olhou para Luke, e apenas disse a ele:


            -Sinto muito por isso. Tergeo.


Ela secou o sangue que estava ali, assim ele não poderia beber do próprio sangue e se fortalecer novamente. Ela saiu dali. Voltou ao salão comunal. Rony estava sentado na mesa, um papel, uma pena e um tinteiro em mãos. Ele parecia triste. Hermione se aproximou dele.


            -Que foi, Rony?


            -Lê. Estou escrevendo a ela. É o melhor a ser feito.


            -Rony... Tem certeza que não estã se precipitando demais?


            -Não. Tá na hora, lê.


            -"Mãe,


Nem sei como te falar isso. Vou começar por onde a senhora já sabe. A Mione é uma vampira, te contei no natal. Mas tem uma parte que só falei com o papai, e ainda não te contei, talvez por medo, ou faltou coragem, mas... Hermione me disse que atenderia um pedido meu no meu aniversário de 17. Pois é, ela atendeu. Eu fui mordido por ela, e agora sou um vampiro também. É ótimo isso. 17 para sempre, se ela me mordesse um dia antes, eu nunca iria saber o que significa a frase "fazer magia fora da escola".


            -E...


            -Bem, até agora tá ótimo. Você tem certeza disso? Quer ver esta carta nas mãos de sua mãe?


            -Tenho outra opção?


            -Contar pessoalmente.


            -Não.


            -Rony, eu sei, contar a verdade doi, mas mentir é pior, porque uma hora ou outra, ela vai descobrir.


            -Eu sei. O que houve? Está toda machucada!


            -Eu fui falar com o Luke. Era ele que atacava as corças e bebia seu sangue. Mas isso acabou agora.


            -O que você fez?


            -Lancei sectumsempra nele.


            -O quê?


            -É. Ele está caído lá na floresta. Eu sequei o sangue que saiu dele, ele não poderá se fortalecer bebendo o próprio sangue. Eu praticamente matei o Luke.


            -Nossa...


O que os dois não sabiam, era que Harry ouvia tudo do topo da escada. Ele saiu correndo e entrou no quarto, chorando. Ele pensava alto.


            -Porque eles não me contaram? Porque esconderam? Vampiros! Rony! Hermione!


Na sala comunal, Rony disse à Hermione:


            -Essa não!


            -Que foi, Rony?


            -Mione... Ele descobriu tudo! Ele já sabe de tudo! Vem comigo!


            -Rony, o que que tá havendo? Fala!


Os dois em segundos estavam na porta do dormitório masculino. Rony abriu, Harry estava ali, preparando para pular a janela do dormitório, a mais de 20 metros. Era difícil saber que seus dois melhores amigos eram... Vampiros!


            -Harry! Para, não faz isso. Me dá sua mão. Eu te ajudo.


            -Não encosta em mim. Eu vou morrer, quem sabe alguém se lembra de contar algo para um cadáver...


            -Harry, não tem nada a ver. Foi para a sua sua segurança.


            -Porque não me contaram? Eu tinha o direito de saber que vocês...


            -Como você soube, Harry?


            -Eu ouvi você lendo a carta do Rony. Sabe, se vocês dois fossem meus amigos, de verdade, teriam me contado.


            -Acho que não. Então a Gina e o Hagrid não são seus amigos.


            -Eles... Sabiam?


            -Claro. Muita gente já sabia, e muitos apenas desconfiavam.


            -Quem, por exemplo?


            -Minerva, Draco, Lúcio, Narcisa... Até você sabe quem sabia.


            -Voldemort?


            -Não diga o nome dele!


            -Então é por isso que você estava o atacando, naquela noite!


            -Eu e Rony som fortes, podemos, juntos, liquidar todo o exército dele. Harry, desculpa, tá, se não te contamos, era para o seu bem.


Ela saiu dali, deixando os dois sozinhos.


            -Não era você que morria de medo da floresta? Ah, é, você é um vampiro agora,


            -Eu sei. Escuta, não precisa ficar assim, você acostuma.


            -Me deixa sozinho. Vai lá na Hermione, é melhor.


Rony olhou para o amigo, resolveu obedecer. Ele estava muito nervoso. Saiu voando pela janela. Harry achou estranho. Mas agora, era se acostumar. Ele resolveu ir dormir, isso o ajudaria a esquecer tudo aquilo, mesmo que fosse difícil.


Rony e Mione estavam indo até a floresta.


            -E agora?


            -Antes, tenho que te mostrar uma coisa.


            -O que é?


            -Parece loucura, mas eu e ele tivemos a primeira briga. Lancei um sectumsempra, já te disse isso.


            -Sim.


            -E aí está ele.


Rony olhou para Luke. Ele estava horrível.


            -Nossa. Ele está morto, mesmo?


            -Sim. Bem, agora,  vamos.


            -É.


Os dois saíram dali. Entraram no salão comunal. Gina estava ali.


            -Oi, Gina. Sabe algo sobre o Harry? Como ele está?


            -Ahn... Bem, porquê? Aconteceu alguma coisa?


            -Ele descobriu que eu e a Mione somos vampiros.


            -Como?


            -Ele pulou a janela do dormitório.


            -Que? São mais de 20 metros de altura!


            -Eu consegui pular e agarrar ele. Só não sei se ele ainda está no dormitório. É melhor ir lá conferir.


Rony, que havia ido ao dormitório, agora voltava.


            -Viram o Harry?


            -Como assim? Ele está no dormitório!


            -Mione, se ele realmente estivesse lá, eu acho que não estaria aqui. E perguntando por ele.


Hermione viu os pensamentos de Harry, ele caído no chão, seu rosto sangrava. Ele tentara se suicidar! Pulando a janela do dormitório! Hermione, Rony e Gina pularam a janela, voando, e chegaram ao chão.


            -Harry!


            -O que você fez? Você é louco.


            -Não disse? Eu sou louco. Odeio ser contrariado. Talvez vocês dois não me conheçam tão bem quanto imaginam.


            -Pare de dizer isto, seu cabeça dura! A gente já disse que fez isto para seu bem. Levanta logo daí e vem com a gente para o salão comunal.


           -Vem, Harry.-disse Gina.


            -Eu não merecia isso. Não mesmo.


            -Nós sabemos.


Então, naquela mesma hora, dois olhos amarelos saíram por dentre as árvores da floresta. Era Luke. Mione e Rony não acreditavam que ele estava ali. Era ele! Em carne e osso. Ele tinha as presas enormes, os olhos muito vermelhos. Fome.


            -Luke. Que surpresa.


            -Achou que tinha me derrotado, bem, acho que foi enganada. Olha, tem mais um hoje...-o olhar dele recaiu sobre Harry.


            -Sai de perto dele, Luke.


            -Dois humanos... Sabe, estou com fome.


            -Não se atreva!


Luke partiu para o ataque, mas foi Rony quem o impediu de causar aquele desastre. Ele foi muito rápido a tempo de lançar Luke contra a parede. Harry e Gina saíram correndo até a sala da diretoria.


            -Diretor Dumbledore, precisamos de ajuda.


            -O que houve?


            -Luke Wallpart está em Hogwarts. O vampiro que estava atacando em Shakersville.


            -O quê?


            -É. O meu irmão e a Hermione estão lá onde ele está. A Hermione foi mordida por ele e é uma vampira. O meu irmão também é, mas foi mordido por ela, ele pediu.


            -O quê?


            -É. Venha, diretor.


            -Claro. Srtª Weasley, vá e chame Severo até lá, ele como prof. de DCAT, acho que deve...


            -Sim, senhor.


Gina saiu dali. Enquanto ela ia à procura por Snape, Harry e Dumbledore corriam escadarias abaixo até o jardim. A cena que o diretor encontrou ali? Rony segurando Luke pelo pescoço, e Hermione sentada ali mesmo na grama.


            -O que está havendo aqui, sr. Weasley?


            -Ah, prof. Dumbledore. Estamos aqui com o sr. Luke Wallpart, o vampiro de Shakersville.


            -É uma longa história.eu sou uma vampira, mas foi total falta de cuidados minha. Foi a vitória da Grifinória pra Sonserina que fez com que tal acontecesse. O beijo do Rony e da Lilá. Eu amo o Rony e aquela cena me partiu o coração. Saí do castelo, na tentativa de esquecer o que vi, e acabei indo para a floresta. Luke me mordeu porque eu pedi. Ser uma vampira não é tão mau.


Rony olhava para Luke e para Hermione, os dois sabiam que ela mentia na parte do "Luke me mordeu porque eu pedi.". Ela continuou:


            -Naquela madrugada, fui encontrada na floresta pelo Rony. Ele levou-me para a ala hospitalar, acordei no dia seguinte. Eu mordi o Rony na ala hospitalar, no dia que ele foi envenenado por Malfoy, com aquela garrafa de hidromel. Foi um pedido dele. E estamos felizes. Malfoy está na ala hospitalar. Ontem, eu e Rony fomos falar com Hagrid, e ele nos disse que a população de corças da floresta vem diminuindo. Eu desconfiava de Malfoy. Havia pedido a ele que coletasse sangue, e achei que ele estava matando as corças, fui perguntar, ele me disse que estava pegando sangue do banco de sangue do St. Mungus. Aí eu fui pensar, para chegar à Luke. Eu e Rony bebemos do sangue que Malfoy vem coletando do hospital, Alice só bebe sangue humano, então só podia ser o Luke.


Gina chegava ali com Snape.


            -Aqui estou, diretor.


            -Severo, envie uma carta ao ministério, diga ao sr. Scrimgeour que Luke Wallpart foi encontrado na floresta proibida em Hogwarts.


            -Conto também que temos dois alunos vampiros?


            -Não.


A sineta anunciando a primeira aula da manhã. Para o 6º ano, poções. Rony e Hermione foram acompanhados por Snape até a sala.


            -Onde vai, Harry?-perguntou Rony a ele, vendo que o amigo seguia em frente.


            -Para o café. Pelo menos alguma coisa eu tenho que comer, diferente de vocês, que só bebem sangue.


Rony ficou com os olhos vermelhos. Fome. Até Snape se assustou quando ele saiu rapidamente, e do nada dali.


            -Sr. Weasley! Onde vai?


            -Prof. Snape, ele faz isso quando sente fome. Eu também. Agora ele vai para a sala precisa, beber muito sangue. Logo se acostuma.


Ele olhou para Hermione.


            -É sério que pediu para o sr. Wallpart mordê-la?


            -Não! Eu estava apenas livrando a pele do Luke, apesar de que ele não merece. É verdade que fez um voto perpétuo com a mãe do Draco?


            -Como sabe?


            -Posso ler mentes, assim também como posso impedir que leiam a minha-ela lançou a ele um olhar do tipo "você sabe do que falo.


É, Snape lera a mente de Harry no ano anterior, podia muito bem ler a dela também. Os dois entraram, ela tinha algumas coisas para falar ao professor, aquele que ela sempre odiou, mas agora conversavam, e ela enxergava como se fosse a profª Minerva que estava ali à frente.


Hermione contara absolutamente tudo a Snape. Da reportagem no Profeta, da ida à floresta, a conversa com Luke, a mordida... Ela pulou a parte do beijo de Rony. Disse sobre a hora que acordara, pálida e inreflexível, a primeira vez a qual bebeu sangue, a revelação à Gina, a reunião na mansão Malfoy, a derrota para os comensais, o ataque dela à Você-sabe-quem, a longa conversa e a ameaça à Malfoy, a rendição e revelação deste, a visão de Harry e a transformação de Rony. Absolutamente tudo. Contou também sobre seus poderes. Mudar aparência, ler mentes, bloqueio da mente, força, velocidade, e etc. Snape ouvia aquilo tudo num incredulismo facial impressionante. Rony apareceu ali, a boca um pouco suja de sangue.


            -Oi. Mione, posso falar com você?


            -Claro. Com licença, prof. Snape.


            -Vá.


Rony puxou Hermione para um canto.


            -Que foi?


            -Eu fui falar com o Dumbledore. Ele deixou a gente ir lá em casa, tomei coragem, vou contar para a mamãe, pessoalmente.


            -Quando?


            -Depois do almoço não tem aula. Ele disse que podemos aparatar, não somos apenas bruxos.


            -Sério? Emocionante.


            -É. E... Podemos aparatar de qualquer lugar desse castelo


Ela deu um beijo nele. Era tão bom estar perto dele, ela se sentia bem. Ele andava meio triste, era um tanto difícil ter que contar à mãe que era um... Vampiro.


            -Acha que conto diretamente a ela ou...


            -Eu acho que é o melhor a ser feito.


            -Imagina, quando acabarmos a escola... Será bom. Vivermos uma vida imortal, só eu e você.


            -É.


A sineta tocou, bem na hora que os dois iam se beijar. Os sextanistas entravam aos poucos na sala. Rony e Hermione tentavam manter a aparência mais humanamente possível. A aula correu rapidamente. A sineta tocou anunciando o início da aula seguinte. Poções. Rony entrou na sala, sentou ao lado de Hermione, Harry e Simas sentaram na mesma mesa que os dois, e foram preparar a poção. Simas se cortou com a faca, ao tentar picar um bulbo de girassol... Sangue. Rony e Hermione sentiam aquele cheiro, a tentação era muito grande, mas tinham que se controlar. Hermione até conseguia, mas Rony teve o impulso súbito de chupar sangue. O prof. Slughorn olhou para Rony, tudo bem, ele era um vampiro, era natural beber sangue. Hermione até se sentiu aliviada por saber que nada ocorrera ao amigo, ele próprio contara ao professor que ele e a amiga eram vampiros, na noite da volta a Hogwarts após o natal*,


Harry também não se assustara, ele já sabia daquilo. Apenas Simas ainda não sabia daquilo, só percebeu após a cena. Hermione tentou voar até ele, na tentativa de impedir aquilo. Que aula! A sineta tocou, Rony e Mione foram falar com Dumbledore sobre o ocorrido. Para a surpresa dos dois, o diretor não se zangara, muito pelo contrário, disse que "É natural um vampiro ter tais instintos quando vê sangue". Rony e Hermione saíram dali e foram até a sala precisa.


            -Mione, me desculpa, não consigo ter o controle que você tem.


            -Rony, não se preocupe, é natural que aconteça.


Ele a beijou. Ela confiava nele, ele confiava nela. Eram bons amigos, e se tornariam muito mais próximos, agora que Harry descobrira tudo e praticamente nada falava a eles, era no máximo um cumprimento de "bom dia" e tal. O que eles mais não entendiam era o porquê do impulso de se beijarem a todo momento quando estavam a sós. A explicação que Luke dera a eles, para tal era que, como Rony beijara Hermione na noite da transformação dela, o cheiro do sangue de um atraía o outro. Ele era a única pessoa que Hermione conseguia ler a mente num raio de mais de um km de distância. O mesmo para ela. Nem Luke conseguia. Agora, o que era o foco real deles era ir à Toca contar à Molly que ele era o que era.


 


*N/A: esta parte está omitida no texto, para garantir um rápido desenrolar dos fatos até que chegue a parte que realmente interessa, ou seja, a destruição das horcruxes e Voldemort, a destruição de Luke e a transformação de Harry e Gina. Após tais fatos, a história continua, até que a vida eterna una Rony a Mione, e Harry a Gina.

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