Vampiros à solta.



A monotonia de vários dias sem nada de interessante para ler, ver ou fazer já estava deixando Hermione irritada. Até que, nos últimos dias de setembro, saiu no Profeta algo que a deixou curiosa. Vampiros estavam atacando as pessoas na cidade de Shakersville. Não ficava muito longe dali. Ela e Gina conversavam.


           -Olha isso, Gina. Um vampiro anda atacando em Shakersville. Não fica muito longe daqui.


           -Que horror.


           -Ele ataca durante a noite, as vítimas são trouxas, em sua grande maioria, mas ele anda atacando bruxos também. Vem, vamos para a biblioteca.


           -Precisa ser agora?


           -Vem, quero olhar uma coisa.


           -Tá.


As duas foram. Madame Pince estava em sua mesa, catalogando livros.


           -O que desejam?


           -Aqui tem algum livro que fale sobre... Vampiros?


           -Srtª Granger, vou olhar.


Ela foi até as estantes, e voltou com uma enorme pilha de livros. Ela e Gina começaram a folhear. Acharam tanta coisa, Hermione estava anotando, e deram dois rolos e meio de pergaminho. Eram características de um vampiro, como... Super velocidade, pele fria e branca, olhos que variam do vermelho sangue ao amarelo girassol, de acordo com o tempo da transformação, ausência de reflexos e etc. Saímos dali. O tempo foi passando, dias depois, Hermione já tinha seus 17 anos, já era maior de idade. Numa noite, ela saiu do castelo, foi andando, até a floresta. Ela andou tão fundo, que de onde ela estava nada mais se via. Ela não tinha noção alguma do lugar onde estava. E nem do perigo que corria.


Ela sentiu que estava sendo observada. Um frio estranho a invadiu por dentro. Então, ali na frente dela, apareceu alguém. Ele vinha na direção dela, não dava para ver o rosto. Só quando o estranho se aproximou, ela pôde ver. Ele tinha a pele branca e gélida como o gelo, e o cabelo loiro. Aparentava ter uns 16 anos. Ela pensou em ser Malfoy, mas ela viu que não era, quando ele abriu os olhos, amarelos. Ela levou um susto. Pensou em gritar, mas a coisa tampou a boca dela. Ele disse a ela:


           -Se gritar, será pior a você. Fica calminha... É só me escutar. Senta aí e fica quietinha.


Ela só tinha que obedecer, já que não ia adiantar tentar escapar dali.


           -Quem é você?-perguntou ela, já sentada.


           -Meu nome é Luke. Você deve ter ouvido falar de mim, no jornal de hoje.


           -O vampiro...


           -Sim.


           -Vampiros não envelhecem, não é?


           -Eu sei. É essa a vantagem.


           -Quantos anos você tem?


           -17.


           -Há quanto tempo tem 17?


           -Foi numa noite em 1870. Eu estava em Hogwarts, como um aluno comum, na Corvinal. Num dia de quadribol, eu me machuquei, e fui à ala hospitalar. Na madrugada daquela noite, eu fui mordido, por um vampiro que foi jogado na fogueira quase 50 anos depois. Eu preciso que se una a mim.


           -Eu? Porque eu?


           -Pense pelo lado bom. É tão chato ter que ir dormir, não? Como vampira, você nunca mais dormirá, pode até tentar, mas não vai. Fisicamente, você não crescerá. Sua aparência mudará aos poucos, mas você pode controlar e mudar quando quiser. A cor dos cabelos, os olhos, que variam do vermelho sangue ao amarelo. Terá poderes que jamais imaginou, vai se alimentar de sangue, terá que aprender a caçar, e não tem escolha. Eu preciso reunir seguidores. Já que apareceu... Feche seus olhos.


           -Para quê?


           -Feche!-gritou ele, voando até ela com uma velocidade incrível, e indo direto para o pescoço dela, mordendo-a.


Ela tonteou, e só teve tempo de ouvi-lo dizer:


           -Fará tudo o que eu mandar, quando eu mandar. Terá sua vida normal. Mas está submissa a mim para sempre.


Ela desmaiou. Ele a deitou ali, limpou o sangue do pescoço dela, e saiu correndo. Quando ela acordasse, teria sua vida normal, mas o obedeceria sempre que ele ordenasse.


Enquanto isso, na escola, Harry estava achando muito estranho o sumiço da amiga. Rony sentiu que algo acontecera. Já passava da meia noite, eram quase duas da manhã, os dois estavam ainda acordados. Harry sentiu a cicatriz arder. Ele viu algo como uma floresta escura, alguém caído ali, não se podia ver o rosto. Tinha sangue por perto.


           -Rony, vem comigo.


           -Aonde vamos?


           -Pedir autorização para sairmos do castelo.


           -Agora? São quase duas da manhã!


           -Vem.


Os dois foram bater na sala de Minerva.


           -O que desejam, sr. Potter, sr. Weasley? Vão dormir.


           -A Hermione sumiu. Ela saiu ontem por volta das 10 da noite, e não voltou ainda. Tive uma visão, só espero estar errado. E tenho um mau pressentimento de que algo de ruim aconteceu a ela. Eu e o Rony vamos com o Hagrid.


           -Tudo bem. Vão.


Os dois saíram do castelo. As luzes da cabana de Hagrid estavam acesas, os dois foram até lá.


           -Olá, meninos.


           -Oi, Hagrid. Por acaso a Hermione passou por aqui?


           -Eu a vi indo para a floresta. Eu vou com vocês até lá ajudar a procurá-la.


Hagrid pegou o lampião e saiu com Harry e Rony até a floresta. Procuraram por todos os cantos, gritaram por ela, mas ninguém a via, ela nada dizia. Foi aí que Rony viu algo, deitado nas folhas. Foi correndo até lá. Era ela. Ele não acreditava naquilo.


           -Hermione? Acorda Hermione! Harry! Hagrid! Eu a encontrei! Mione, fala comigo!


           -Hermione!-era Harry.


           -Vamos levar ela para o castelo.


Hagrid a pegou, e a levou para o castelo. Enquanto isso, o veneno da mordida se espalhava por todo o seu corpo, veia por veia, célula por célula. Rony passou a noite ao lado dela na ala hospitalar, sem ao menos dormir por um segundo.

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