A reunião



No dia seguinte os seis adolescentes se levantaram cedo para ir a aula, Tonks preparava o café da manha quando Lupin entrou na cozinha:


                -Sabe, aquela brincadeira de ontem... que você estava sendo uma boa mãe tinha um fundo de verdade.


                -Como assim? Acha que eu sou velha mesmo? – perguntou a transformista rindo.


                -Não Tonks – respondeu o homem sorrindo – muito pelo contrário! Você ainda vai arrumar um cara que vai te dar muitos filhos e uma família feliz.


                -É... más eu não sei se isso é o que eu quero pra mim – ela se virou e colocou um pouco mais de açúcar no chá – acho que com a vida de aurora e ainda com a guerra se aproximando vai ficar complicado.


                -Mas você quer ter filhos não quer?


                -Claro, só que não por agora... – ela se virou e pegou o leite na geladeira – e você?


                -O que tem eu? – perguntou ajudando a colocar as torradas na mesa.


                -E quando você pretende ter filhos? – ela sorriu e completou – não que você seja velho más... já ta na hora você não acha?


                -Ta de brincadeira né Tonks?!  – disse ele rindo – por mais que fosse um dos meus sonhos... ter moleques em casa e tal... – o sorriso no rosto de Remo desapareceu –  não posso mais, principalmente na situação que eu estou!


                -Que situação Remo?! – ela se virou e encarou o homem com cabelos castanhos – nem vem falar que é porque você é um lobisomem.


                -Não é só por isso Tonks – ele se assentou na cadeira da mesa onde o café já estava posto – é que... poxa, quem iria querer estar com alguém como eu? E mais... quem iria querer ter filhos com alguém como eu?


                -Ah não! Pare com isso já Lupin – ela disse nervosa – você não tem ideia de quantas mulheres ficariam felizes em ter um companheiro como você! Não por ser lobisomem, mas por ser gentil, educado, engraçado, bonito e se da super bem com adolescentes!


                Um sorriso tímido saiu do rosto de Remo. Ele sabia que a desculpa de ser um lobisomem não era uma real desculpa! Existiam milhões de casos de pais lobisomens, mas mesmo assim ele continuava  achando que morreria sozinho. Mesmo tendo uma força enorme dentro dele que o dizia pra investir em alguém, não em alguém qualquer... mas naquele alguém.


                No mesmo instante três adolescentes entraram na cozinha já com o material escolar na mochila. Logo depois desceram três garotos que não se diferenciavam delas.


 


                O dia passou de forma excepcionalmente normal! As 19 horas os oito já estavam na sede da ordem junto a muitos outros bruxos que conversavam sobre assuntos diversos. Quando Alvo chegou todos se assentaram em seus respectivos lugares.


                -Boa noite amigos – disse o velho mago sorrindo ajeitando seus óculos meia lua – Bom, marquei esta reunião para discutirmos a situação de nossos adolescentes.


                -Que situação? – perguntou Molly já aflita – aconteceu alguma coisa? Vocês...


                -Não Molly tudo ocorre como o planejado – respondeu Dumbledor cortando a fala da senhora – não tem com o que se preocupar, a questão é que como muito de vocês sabem, Voldemort tem a ambição de controlar não somente a Inglaterra. Acredito que ele já tenha planos pra conquistar outros territórios como o norte da França e a Bulgária, porem pelo que me parece ele não tem planos para as Américas em mente.


                -Dumbledor , seria realmente maravilhoso se eles fossem para a América – disse Moddy.


                -Foi lá que você se formou não foi? – perguntou Gui.


                -Sim! Na segunda melhor academia de aurores do mundo mágico.


                -Tenho que admitir a sorte de termos na ordem aurores tão bem treinados e tenho certeza de que ninguém discorda disso, porém o assunto meus amigos não é este o assunto da nossa reunião! A excursão será para o Brasil, mais especificamente a floresta amazônica, ficaram cerca de uma semana, 4 dias com passeios pela floresta e aperfeiçoando em matérias especificas como biologia e conscientização ambiental, nos outros 3 dias ficaram em um resort para se divertirem.


                -Você quer que eu mande meus meninos para outro continente em plena guerra? – perguntou Molly perplexa.


                -Não senhora Wesley. A ideia é eles irem para a América com a escola trouxa e que não voltem, passarão a estudar na escola de bruxaria da América.


                -Vamos voltar a estudar magia? – perguntou Hermione com os olhos brilhando.


                -Sim Srta. Granger, meu grande amigo Petierf, diretor da escola de magia e bruxaria da américa aceitou os seis estudantes e disse que será um prazer tê-los nainstituição – Dumbledor sorriu e continuou – sabemos que a volta de Voldemort afeta todo o mundo mágico porém quanto mais escondidos mais seguros!


                -Mas Dumbledor – Harry olhava para o diretor aflito – mas eu não posso estar tão longe... tem que... – o garoto parou, não queria falar de mais, porem aquela duvida tinha que ser esclarecida, afinal o que a profecia havia dito era claro: apenas Harry poderia matar o Lorde das trevas! Como Harry poderia derrota-lo estando tão longe?


                -Harry rapaz se acalme – disse Dumbledor – sabemos que chegará uma hora em que o destino irá se cumprir! Porem no momento Voldemort tem em sua cabeça dois objetivos: conquistar mais seguidores e te encontrar, portanto quanto mais atrasarmos a conclusão destes planos melhor.


                Minutos de silencio reinaram após a ultima fala do professor, todos pareciam refletir sobre o que havia sido dito, Hermione olhava para Harry com um olhar diferente, demonstrava espanto, admiração, medo e principalmente nervosismo. Foi ai que o menino-que-sobreviveu percebeu o que se passava pela cabeça da amiga: ela havia juntado as peças do quebra-cabeça e entendido do que se tratava a profecia, talvez não por inteiro, mas já teria ideia do que seria o final.


                Ninguém a não ser Harry, Dumbledor e a professora de adivinhações de Hogwarts sabiam do conteúdo da profecia. O garoto muitas vezes pensou em contar aos amigos o que ela dizia, mas tinha medo de que não quisessem mais a sua amizade, ou que começassem a ter dó dele. Mas não era justo, logo seus amigos! “Eles arriscaram a suas vidas por mim” pensava Harry, concluindo que não dormiria mais nem uma noite sem que soubessem da verdade, pelo menos Rony, Hermione, Gina, Neville, Luna, Tonks e Lupin.


                -Bom vamos a votação – disse Dumbledor – aqueles que forem a favor dos seis adolescentes irem para a América coloque sua mão para a frente – nesse momento muitas mãos se ergueram na frente de Dumbledor – aqueles que são contra – e nesse momento outras mãos se ergueram, porem era a minoria, um sorriso largo apareceu no rosto de Dumbledor  e ele terminou – a votação está acabada, os adolescentes iram para a América. A reunião também está encerrada por hoje, uma boa noite a todos.


                Segundos depois muitos membros da ordem já haviam saído, restando apenas os seis adolescentes, Tonks, Remo, Dumbledor e os Wesleys:


                -Ficaram para o jantar certo queridos? – perguntou Molly  e Lupin apenas assentiu.


                -Dumbledor eu.. – agora quem falava era Harry, a expressão aflita do garoto fora percebido pelo professor que como se lesse sua mente respondeu o garoto:


                -Claro Harry! Eles são seus amigos e tem o direito de saber – e então o diretor aparatou.

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