A Declaração
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“Como?” ele falou como se tivesse acordado de um transe.
“É o Corner… ele já tinha me chamado e...”
“Eu não te pedi nenhuma explicação.” Draco respondeu friamente. “Se você quer ir com este sujeito esteja à vontade.”
“Draco.. ele é da lufa-lufa... e é meu...”
Ele a interrompeu. “Primeiro! Eu disse que não preciso das suas explicações. Segundo, é Malfoy para você”
“Malfoy... que seja.” Ela praticamente cuspiu as palavras na cara dele. “Ele é melhor do que você de qualquer forma.”
“Melhor do que eu? Um lufa-lufa?” Draco deu uma risada sarcástica. “Sabe de uma coisa? Está tudo certo, tudo como deveria estar. Uma lufa-lufa sangue-ruim saindo com um lufa-lufa sangue-ruim. Soa perfeitamente correto para mim.”
“Eu prefiro estar com ele do que com você!” Ela gritou. “E saiba que ele é sangue-puro só que não se importa tanto com a minha linhagem.” Ela ressaltou sarcasticamente a última palavra.
“Então é pior do que eu pensava! Um dos idealistas...” terminou de falar rispidamente antes de virar as costas, não sem antes guardar em sua memória a cara enfurecida que ela fez.
Draco sabia muito bem quem deveria ser o maldito garoto, o tal de... qual era o mesmo o nome do infeliz? Não importa. Malfoy andava com passos firmes, rapidamente, seguindo um caminho automático. Mal percebeu quando deu de frente com a porta da Sonserina. Respirou profundamente e entrou.
Encontrou Pansy logo à sua frente e ela não demorou a disparar a falar. “Onde você esteve? Eu estava preocupada!”
“Pois não deveria estar..” ele rolou os olhos impacientemente, dando de ombros com ele. Parou quando se lembrou de uma coisa. “Amanhã é o dia de Hogsmeade?”
“É...” ela respondeu com uma tímida voz esperançosa.
“E você nem ficou falando isso a semana inteira na minha cabeça como costuma fazer?”
“Eu tentei, mas você sempre me cortava!”
“Pansy, eu sempre te cortei. Por que você não me avisou desta vez?”
Ela simplesmente abaixou a cabeça.
“Que seja... amanhã nós vamos juntos como sempre...” ele falou com a certeza de que ele não queria a companhia dela.
“Você não parece muito animado...”
“E eu não estou.” Ele falou se virando de costas.
“Draco...” Pansy falou com uma voz baixa.
“O que?” Ele sequer virou-se.
“Eu vou com o Nott...” a voz dela ficou ainda mais baixa.
“Como?” agora ele se virou.
Pansy levantou a cabeça devagar, encarando-o profundamente com os seus olhos negros. Falou com uma voz grave e altiva. “Você escutou.” E virou-se.
Draco ficou chocado por um momento, vendo ela ir para o dormitório feminino sem olhar sequer uma vez para trás. ‘Quem se importa...’ ele pensou. Olhou ao seu redor e viu quantos Sonserinos ainda o olhavam extasiados, como se esperassem alguma coisa dele. ‘Eles se importam...’ ele pensou novamente... ‘mas quem se importa com eles...’. Com este último pensamento ele seguiu para o dormitório.
Estava cansado demais para ficar pensando nestes detalhes tão mesquinhos como, por exemplo, o que os outros achariam dele. Isso era tão surreal. Preocupar-se com isso sempre foi uma das suas maiores prioridades, mas hoje... hoje ele só queria que o dia acabasse.
Deitou-se na cama com o uniforme, puxou as cobertas e fechou os olhos...
“Draco... Draco! Era a voz ávida de seu pai o chamando de madrugada... Levante-se! Componha-se!... mas pai... Não me chame assim! Lucius e não esqueça é Lucius! ... Draco se levantou de cabeça baixa... Erga a sua cabeça!... seu pai o recostou na parede, levantando o seu queixo... Você é um Malfoy!”
Draco abriu os olhos repentinamente e se viu balbuciando ‘Malfoy’... Por quantas noites ele teria aqueles pesadelos? Por quantas vezes a voz de seu pai e tantas outras lhe lembrariam de tudo que ele preferia esquecer?
Olhando para o dormitório constatou que ainda era noite. Ele não sabia quão tarde, mas definitivamente estava bem escuro. Deu um longo suspiro, arrumando o travesseiro. Ele precisava dormir e resolver o que fazer de sua vida...
Ouviu um barulho na janela e olhou para ela. O barulho não cessava, cada cutucada soava no fundo de sua mente, era impossível dormir. Resolveu levantar e checar. Era uma coruja marrom que bicava incessantemente o vidro. Ele abriu a janela o mais discretamente que pode e pegou a carta. A coruja não esperou resposta alguma e saiu abaforada.
Pelo tipo de papel ele já reconheceu... abriu a carta com muito pesar. Estava escrito apenas ‘Eu volto a me comunicar com você. Esteja preparado. L’.
“E quando eu penso que as coisas estão ruins...” ele resmungou. “elas pioram...”
Draco acordou resmungando como sempre. Reclamando dos raios de sol que entravam através da janela que algum imbecil abriu. Quando o barulho matinal de sempre se cessou ele resolveu abrir os olhos e levantar-se.
Viu que estava usando uniforme e que este estava completamente amarrotado. Arrumou-se relutantemente. Não sabia como poderia resolver este problema de não ter um par. Ele nunca passou por uma situação desta antes e odiava situações que fugiam de sua predição.
O seu plano inicial era fingir que ele pouco se importava de não ter um par. De princípio ele realmente não se importava mas, era no mínimo uma situação peculiar e desagradável. Ele olhou de relance para a carta que receberá na noite passada e preferiu não pensar no assunto.
Saiu do dormitório e viu que o salão comunal estava bem vazio. Então, ele perguntou para um garoto pequeno: “Eles já partiram?”
“Par-par-par-tiram para ond” o menino balbuciava de nervosismo.
“Componha-se garoto! Você é um sonserino!” Draco deixou aquelas palavras saírem sem o seu consentimento. Ele notou uma semelhança que preferia que tivesse passado desapercebida.
“Desculpe.” O garoto respondeu com mais firmeza. “Sim, eles já saíram. Acredito que estejam embarcando neste momento.”
“Tudo bem garoto.” Draco virou-se de costas. Teria que correr um pouco se quisesse ainda pegar o trem.
Andou rapidamente pelos corredores, afinal, Malfoys não corriam, se apressavam. Viu que os alunos ainda embarcavam, inclusive Brena. Neste momento a tal mão maldita segurava a mão dela, ajudando-a a subir no trem.
Parecia que ela sempre notava quando ele estava encarando-a. No mesmo momento ela olhou de relance para trás, antes de embarcar. A cena passou lentamente pelos olhos de Draco. Ela dando a mão para o sujeito, virando a sua cabeça e lhe olhando com um olhar de... ele não sabia identificar de que.
Ele também não demorou para embarcar. Preferiu ficar em um vagão sozinho. Já que estava indo desacompanhado, aproveitaria as vantagens que isso poderia trazer. O dia estava ensolarado, como ele odiava. Fechou as cortinas o máximo que pode. Podia impedir a luz, porém não podia impedir o som. Escutou diversas risadas e conversas truncadas pelos corredores.
Aproveitou o momento para dormir o que ele não conseguiu durante a noite. O cochilo não durou muito, tímidas batidas em sua porta interromperam o seu sono. Pensou seriamente em ignorar mas a sua curiosidade foi maior. “Diga.”
As batidas cessaram e a tal pessoa abriu a porta levemente. Ele continuou com os olhos fechados para deixar bem claro que, seja lá quem fosse, estava incomodando-o.
“Me desculpe...” pronunciou uma voz cálida.
Ele reconheceu aquela voz instantaneamente. “Não, esper...” Porém, a porta já havia se fechado. “Droga...” resmungou para si mesmo.
O trem parou. Draco pode ouvir as pessoas se levantando, conversando e rindo. Ele nem piscou. Esperaria o tumulto passar. Porém, o tumulto veio visitá-lo, e a porta foi escancarada.
“O que você pensa que está fazendo?” Ele xingou automaticamente.
Era o Crabbe ou o Goyle. Ele nunca conseguia discernir entre os dois . Um deles abriu a boca: “Você tem que ver isso!”
“Ver o quê?” Ele perguntou impacientemente enquanto levanta-se calmamente do assento.
“Acredite! Você quer ver isso!”
“E porque eu tenho que ver isso...?” sua voz não mudou de entonação. Ele ajeitou sua capa calmamente.
“Aquela menina a Blair...” Crabbe, Goyle, seja lá quem fosse, não precisava dizer mais nada. Draco apressou-se para fora do vagão e não demorou mais para sair do trem.
Ele pode ouvir a voz de um homem... cantando... Cantando? Não era possível. Tomou um passo para fora do Expresso e concluiu: de fato havia um homem cantando. Não qualquer um porém, era o garoto da mão.
O garoto estava bem no centro da rua, chamando a atenção de qualquer um que passasse. Aliás, havia toda uma platéia formada. Pior, tinha uma espécie de banda que o acompanhava. Quão brega uma pessoa pode ser... cantar no meio da rua com uma banda...
Quando Draco começou a se questionar porque o garoto estava fazendo aquilo teve a sua resposta. Ele viu Brena olhar para a cena com a cabeça baixa, como quem se faz de desentendida, mas infelizmente os versos eram claros:
Brena você é a luz que me iluminou!
Você é tudo que eu preciso!
E tudo que eu sempre quis.
Me preencha com o azul dos seus olhos.
Me deixe preencher o vazio do seu coração.
Credo! Draco pensou instantaneamente. Ser romântico é uma coisa, ser ridículo é outra. Além do que, Brena claramente não estava caindo de encantos por causa daquela serenata. Ela disfarçava, passando a mão pelo cabelo e dando sorrisos desconjuntados.
Ele não pode resistir e apenas riu da cena, afinal, aquilo não era nada mais do que patético. Parecia que a suposta revanche que ele deveria fazer fez-se por si mesma. Draco cruzou os braços e recostou-se na vitrine de uma loja que dava uma visão estratégica da cena.
Quando a pressão sobre Brena já parecia exceder os limites o garoto da mão concluiu a suposta música dando passos felinos, que não lhe caiam bem, em direção a Brena. Ela arregalou os olhos, com um pé atrás.
O garoto se ajoelhou aos pés dela “Brena... eu compus esta música para você.”
“Eu percebi.” Ela respondeu friamente.
O garoto estranhou a frieza mas prosseguiu. “Eu arrumei tudo isso, fiz tudo isso porque eu te amo e eu queria...” ele pegou nas mãos dela “queria que você namorasse comigo.”
A respiração de Draco parou por um segundo, um eterno momento. Ele viu Brena piscar os olhos devagar... ela se ajoelhou em frente ao menino, pegou firmemente nas mãos dele... Draco preferia não ver, preferia desviar os olhos enquanto havia tempo, mas não conseguia. Temia tudo o que poderia acontecer e ao mesmo tempo não podia largar aquela imagem.
Toda uma platéia fez silencio para deixar a tímida voz de Blair ecoar “Eu...” neste momento Draco sentiu o seu sangue congelar. “não posso...” ela completou a frase com um pesar na voz. “Desculpe...” levantou-se, abriu um buraco na multidão para passar, porém não parou de olhar para trás um segundo.
O garoto permaneceu agachado com os olhos vidrados e incrédulos. “Por quê?” ele gritou.
Brena virou-se para trás calmamente. “Eu simplesmente não posso...” sumiu em meio à multidão e não tornou a olhá-lo.
Draco parou abismado por um tempo, absorvendo o que aconteceu. Absorveu: o garoto da mão se deu, definitivamente, muito mal.
Riu, desencostando da vitrine. “Do que você rindo?” Ele escutou uma voz e ele levantou apenas os olhos. “Não me admira que você esteja feliz! Parece até que você planejou...” Ela falou com nojo. Antes que ele pudesse responder qualquer coisa Brena virou a esquina.
Ela estava certa. Mais que coisa mais prática... ele não precisou fazer nada. Era como se o destino já tivesse pensado nisso para ele. Ótimo, porque sua incapacidade de pensar naquela maldita revanche já estava lhe dando nos nervos.
Draco olhou ao seu redor, pessoas andando... sorridentes, balançando suas sacolas de compras. Balançar as sacolas era praticamente uma regra social não oficialmente estabelecida. As pessoas balançavam as suas sacolas para que todos notassem quão caro elas pagaram pelos pertences dentro delas. Ele sempre se orgulhou de não precisar sacudir sacolas, pois todos simplesmente sabiam: ele poderia comprar o que quisesse. Era uma boa idéia sair às compras agora... já que ele não tinha nada para fazer.
Ele olhou para trás, vislumbrando a vitrine em que ele tinha recostado. Jóias. Realmente ele tinha um magnetismo com o caro.
“Algo que deseje?” uma senhora mais velha com roupas coloridas apareceu na porta. Ele deu um sorriso polido. “Não, obrigado.”
“Sabia...” Era a Pansy...
“O que?” Ele respondeu com a sua frieza habitual.
“Que você se arrependeu... e que esta pensando em compensar o seu erro me dando um presente!”
Draco arregalou os olhos e Pansy pulou em seu pescoço. “Eu sabia que você lembraria de mim! Aposto que você esta pensando em me dar no baile do dia das bruxas não é mesmo?” ela falou com uma felicidade peculiar.
Ele, com certa dificuldade, soltou-se do abraço. “Dia das bruxas?”
“É daqui a pouco Draco! Você pensou nisso não é?” a voz dela ficou mais no tom que lhe era habitual.
“Onde esta o Nott? Ele não é o seu par?”
“É mas...”
Draco interrompeu-a. “Sem mas, vai embora.” Pansy o olhou com olhos esperançosos. “O que você está esperando? Vai!” Ele mexeu os braços como quem diz ‘xô’. Ela o olhou uma ou duas vezes e foi embora como um cachorro enxotado.
‘Festa do dia das bruxas’ pensou calmamente. Ele sempre esquecia estas coisas. Bom... pelo menos agora ele tinha o que comprar, poderia comprar uma roupa para usar na festa. Não gostava muito de comprar roupas mas... crianças pulantes, gente agitada e tumultuada em toda a sua volta... comprar roupas parecia uma boa idéia naquele momento.
Ficou pensando nas lojas em que poderia ir agora, as que estariam mais vazias. Mergulhado em seus pensamentos e com todo aquele balburdie nas ruas ele mal escutou uma voz chamando o seu nome. Uma voz familiar que ele preferia ignorar, porém tinha certeza que não adiantaria nada, esta maldita voz o perseguiria para sempre. Virou-se para trás, recolhendo os ombros e abaixando a cabeça.
Foi para o beco de onde aparentemente a voz saiu.
“Erga-se menino!” a voz grave de seu pai ecoou. “Minha ausência por uns dias o tornaram um perdedor que mal sabe se portar?” adicionou sarcasticamente.
Draco ergueu as costas, levantou o rosto e ajustou o casaco. Com uma voz firme e triste deu a resposta que seu pai desejava. “Nunca Lucius, Malfoys são sempre impecáveis.”
“Exatamente meu filho. Examente...” Lucuis olhou para os lados algumas vezes e fez um gesto para que Draco se aproxima-se.
Draco se aproximou sem contestação. “Por que me procura Lucius?”
“Você sabe muito bem porque garoto.”
Realmente ele sabia mas preferia fingir que não sabia. “Lucius...” ele olhou para os olhos do pai por alguns instantes. Ele queria ter a coragem de dizer tudo o que estava entalado em sua garganta, de se livrar de uma vez destas responsabilidades que ele nunca abraçou de coração.
Como Draco não disse nada e Lucius não estava interessado em nada que o filho tivesse para falar ele apenas continuou. “Você sabe que os comensais estão unindo as suas forças novamente. De você, peço apenas que me mantenha informado a respeito do Dumbledore. Quando ele está em Hogwarts e quando não está, nada muito complicado, você dá conta de pelo menos isso?”
“Claro Lucius.” Draco mentiu descaradamente, não pretendia dar nenhum relatório para o pai.
“Daqui algumas semanas eu volto a entrar em contato com você e eu quero tudo anotado, aonde ele estava a cada momento.”
Draco acenou afirmativamente sem muita emoção. Seu pai o encarou firmemente por alguns instantes, momento que não parecia ter fim. Draco se manteve inalterável até o pai virar de costas e sumir no beco escuro, pode então relaxar os ombros e dar um longo suspiro.
Voltou à claridade do dia. Tudo estava exatamente do mesmo jeito. Começou a andar, tentando ao máximo não esbarrar em ninguém, mesmo sendo uma tarefa impossível devido ao infernal fluxo de pessoas. Esbarrou em uma pessoa. Piscou os olhos devagar com raiva.
“Oi...” aqueles olhos azuis o encararam.
“Oi...” ele falou meio desconcertado.
“Eu odeio multidões...”
“Eu também...” Draco respondeu automaticamente. ‘Que romântico...’ os dois odiavam multidões... Diversas pessoas esbarraram no seu ombro, mas ele permaneceu imóvel. Era tão estranho que segundos atrás eles tinham discutido e ele tinha tido uma conversa estressante com o seu pai. Porém agora o mundo havia parado e o som esvaecido.
“Que tal a gente sair daqui então...?”
“Claro.” Ele a levou para o mais longe da multidão.
“Eu quis dizer para fora de Hogsmeade...”
Draco franziu a sobrancelha. “Como? Eu achei que você estivesse nervosa comigo.” Ele cruzou os braços.
“Ahh...” ela também cruzou os braços. “Eu fiquei nervosa com a situação...” Brena mexia os seus pés na calçada. “É claro que não teve nada a ver com você... eu...” Ela finalmente olhou para ele. “prefiro não tocar no assunto.”
“Tudo bem. Para onde você quer ir então? E principalmente, como?”
Brena deu um sorriso malicioso acompanhado de um olhar igualmente tendencioso. “Vem comigo Malfoy.”
Ele não ousou negar. Brena pegou-o pela mão e foi andando rapidamente em meio à multidão. Draco se esquivou das pessoas o máximo que pode. “Porque a presa?”
Ela parou repentinamente e virou para trás. “Você ainda pergunta?” ela falou um pouco ofegante e muito impaciente.
“Pergunto.”
Brena cruzou os braços fortemente. “Recapitulando os eventos do dia... Primeiro:” ela começou a contar e bater os pés no chão. “serenata ridícula! Vejamos... Segundo: Todo mundo fica me olhando agora! Terceiro: foi uma serenata no meio da rua. Isso é uma coisa ruim que se auto supri.”
“Não sabia que a segunda parte de incomodava.” Ele comentou sarcasticamente, olhando ela de cima para baixo.
“É claro que incomoda! Eles... eles ficam me encarando e...”
Draco a interrompeu. “Depois da sua, como dizer... exibição naquele jogo... Julguei que aparecer para os outros lhe agradasse.”
“Mas aquilo foi totalmente diferente!”
“Não vejo diferença.” Ele cruzou os braços.
Ela arregalou os olhos. “Bem... Não foi humilhante!”
“E hoje foi?” ele perguntou seriamente.
“Obviamente...” ela respondeu um pouco desconcertada.
“Eu achei que garotas gostassem destas coisas...” Draco simulou desinteresse para ver o que acontecia.
“Não é que... mas...” ela parecia procurar as palavras em sua mente, fazendo caretas. “uma serenata? É muito chamativo...” finalmente completou.
“Achei que serenatas fossem coisas românticas...” Draco a pressionou um pouco mais. Ela diria... diria exatamente o que ele queria ouvir.
“Devem ser mas... é que o Corner... eu não queria que fosse...” ela passou a mão no cabelo e o encarou nos olhos... ‘ela dirá...’ ele pensou e paralisou nos olhos dela.
“Faça-me o favor Draco! Eu não te devo satisfações!” Brena desviou o olhar.
Não foi exatamente o que ele queria mas... um momento... ela disse Draco?
“Malfoy!” ela falou, desconcentrando Draco dos seus pensamentos.
“Sim?” ele respondeu calmamente.
“Não... não estou te chamando. É que eu disse Draco e deveria ter dito Malfoy. Correto?”
“Como preferir.” Draco deu a resposta mais genérica que pôde, passando a frente dela. “Vamos?” depois se lembrou que não sabia para onde estava indo. “Seja lá para onde for...”
“Tudo bem...” Brena pegou na mão dele e deu um sorriso. “Draco.”
Agora não restavam dúvidas... ele enlaçou a sua mão com a mão de Brena, colocando-se frente a frente com ela. Subiu suas mãos pelos braços dela, pode sentir os pelos do braço dela arrepiando enquanto a sua mão suavemente a contornava e se aproximava do rosto. Brena fechou os olhos, soltando o seu pescoço nas mãos dele. Draco passou os dedos por entre os negros fios de cabelos.... recostou sua cabeça na dela, passando a mão suavemente pelo delicado rosto de Brena, se permitindo aproximar mais...
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