Depois dos beijos



Agora já se passava das onze e meia. A qualquer hora Lily entraria no quarto, e com certeza estaria brava, com o rosto vermelho, e super cansada.


- E então Carol? Que foi que aconteceu ãhn? Anna disse risonha, e Carol ficou mais vermelha.


- N-nada! – sua voz estremeceu, e ficou de costas para a amiga, fingindo arrumar sua cama.
- Corta essa loirinha. Quando eu cheguei você tava toda sorridente e com a boca um pouco vermelha.


- Ah é? E você com a boca roxa? Pensa que sou inocente que nem percebi o que rolou é? – as duas deram gargalhadas.


- Tá bom, eu conto se você contar.


- Não é melhor esperar a Lily?


- Esperar eu por quê? – Lily ia entrando com a bochecha vermelha, e cara de cansada. – Que foi que aconteceu?


- O Remo beijou a Carol.


- O Sirius beijou a Anna.


As duas disseram ao mesmo tempo. Entreolharam-se e riram junto a ruiva.


- Sério mesmo Carol? Estou feliz linda – Lily disse toda carinhosa, dando um abraço na amiga.


- Ah, eu você não está feliz por mim? Disse Anna cruzando os braços.


- Ah Anna, você é safada, nem vale – disse Lily, e recomeçaram a gargalhar – Ok, conta a Carol primeiro.


 


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- Seu filho de uma boa mãe. Tá louco deixar a Carolzinha sozinha lá embaixo? – Sirius chegou ao dormitório gritando com Remo e jogando o travesseiro na cara dele. Estava deitado de barriga pra cima olhando o teto da cama, com os braços atrás da cabeça.


- Boa noite Almofadinhas! Como está? – disse sarcástico se levantando e pegando o travesseiro e jogando-o em Sirius. – Eu estou muito bem, obrigado.


- Tá louco deixar a Carol sozinha?


- Mas o que tem? – disse Remo tímido.


- O que tem? – Sirius fez cara de indignação – Pelo menos fez alguma coisa?


- Fiz sim pra sua informação.


- Menos mal, hum! – Sirius cruzou os braços e se sentou em sua cama. Ouviu-se o ronco de Pedro, e os dois olharam em sua direção.


- E essa boca roxa ai hein cachorro pulguento? – Remo riu juntamente com Sirius.


- Ah, meu caro Aluado, tive uma das minhas melhores noites. – disse sonhador. Ouviu-se mais um ronco.


- Você sai da sala para me ajudar, mas no final é você que recebe o prêmio? – e os dois riram novamente. Nesse momento Tiago chegou com uma cara boba e a bochecha esquerda vermelha. Os dois olharam-no.


- Vish, esse ai recebeu tapa da ruivinha – disse Sirius.


- Pois é! Mas valeu a pena! – Tiago disse sonhador, sentando em sua cama. Ouviu outro ronco e os três olharam para Pedro. – E por que vocês dois estão felizes?


- O Remo finalmente beijou a Carolzinha – Remo ficou corado.


- E o Sirius mais uma vez a Anna – Sirius sorriu marotamente. Então ele e Tiago jogaram o travesseiro no Remo.
- Parabéns cara – Tiago disse – conta como foi.


 


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- Bom, tava eu, ele, a Anna e o Sirius. Depois de uma conversa, a Anna tirou o Sirius da sala com ela propositalmente – ia dizendo Carol – até então não tinha percebido. Ah qual é! Não tenho a mente suja igual da Anna – disse ao ver a cara das amigas – enfim quando percebi me virei pro Remo, disse que eles não deveriam ter feito aquilo. Ele pediu desculpas, mas eu disse que não era culpa dele. E ele disse que talvez fosse. Depois ele sorriu, aquele sorriso lindo e maravilhoso que eu gosto tanto. Vi que ele estava com as mãos tremendo quando ele pegou as minhas então eu sorri. E ele foi chegando mais perto de mim...


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- Depois que ela percebeu que era armação do Santo Sirius e da Anna, ela ficou nervosa e envergonhada – Remo disse relembrando o que acontecera com ele antes – peguei nas mãos dela para acalmá-la, só que eu também estava nervoso. Então comecei a chegar perto dela, bem devagar, pra não assustá-la.


- Remo e sua delicadeza – disse Sirius caçoando.


- Cala a boca! Deixa ele contar!– disse Tiago, e recebeu um soco de Sirius.


- Enfim, fui chegando perto, ai coloquei minhas mãos na cintura dela, e ai beijei-a. – Os dois esperaram uns três segundos pra ouvir a continuação, só que ela não veio.


- Como assim a beijou? Só beijo? – disse Tiago indignado.


- Não, eu a acariciei também! – disse Remo e sorriu.


- Conta detalhes, por favor!


- Ok! Merlin! Coisas chatas! Bom, eu comecei pela cintura, depois fui pra bochecha, e daí pra nuca. Eu a senti estremecendo. Eu também estremecia. Ela passava a mão pelos meus cabelos, acariciando-os. Depois terminamos o beijo, dei mais dois selinhos, e um beijo na testa, e fui me deitar, mas nem consegui dormir. Ai esse capeta ai aparece me dando travesseirada.


- AI MEU MERLIN! VOCE DEVIA TER APROVEITADO MAIS. E MERECEU O TRAVESSEIRO NA CARA MESMO! – disse Tiago bravo.


- Não sou aproveitador.


- Ah, mas se eu pego a Carol, a faço esquecer você em dois segundos. – os três riram.


- Sossega as pulgas cachorro. Você já tem o título de melhor amigo dela – riram novamente, e ouviram mais um ronco.


 


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- Ele colocou as mãos na minha cintura e chegou bem devagar. Começou a me beijar bem devagarzinho. Ai, o beijo dele é tão bom que não dá vontade de largar mais. E ele faz isso tão delicadamente. Enfim, depois ele se despediu com um beijo na testa e foi pro dormitório dele.


- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAWN GENTE. ESSE REMO É FOFO – as duas fizeram um estardalhaço por isso, e depois riram acompanhadas de Carol.


- Conta agora você Anna. – Anna pigarreou e começou a falar:


- Eu e o Sirius estávamos andando no corredor, ai a gente estava falando sobre a vez que ficamos e tal. Depois ele segurou meus braços e me jogou na parede.


- Uh, selvagem – as três riram ao comentário de Lily.


- Então ele começou a me beijar calorosamente. E ele tem um beijo tão bom que me arrepia só de pensar. Como pode né? Galinha e que beija bem?


- É pra ninguém ter mesmo – disse Carol risonha.


- Enfim. Ele passava as mãos pelo meu corpo todo, me pressionando. Pensei que ia até tirar minha roupa, só que não. Depois a gente separou ofegantes e rimos. Ai fomos embora. – ela terminou olhando pro céu.


- Não vai se apaixonar não hein! – alertou Lily – Ele é o Sirius.


- Pois é! Mas ele me faz sentir tantas coisas, eu queria poder ficar com ele – Anna estava tão interessada com as estrelas que nem viu a troca de olhares de Lily e Carol.


 


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- Nossa, o beijo da Anna melhorou muito desde quando a beijei. Foi bom, quente, me deu arrepios – dizia Sirius – ela passava a mão pelo meu corpo todo, e toda hora eu tinha arrepios. Mas eu que nem sou bobo passei a mão nela também – ele disse todo maroto, olhando de Tiago para Remo – Ela me faz sentir umas coisas estranhas. E é só com ela que sinto isso.


- Sabe o que é né? Amor – disse Remo sério. Sirius o olhou meio desconfiado, então se virou para Tiago.


- E ai Pontas? Que você fez com a Lily pra levar esse tapa?


- Eu a beijei simplesmente – Tiago disse sorrindo sonhador.


 


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- E você Lil? Por que estava corada quando chegou? – perguntou Carol.


- Potter! – disse amargurada.


- Bom, nós já deduzimos essa coisa quase improvável – Anna disse irônica. – queremos saber o que ele fez, o que ele falou pra te deixar assim?


- Me beijou. – as duas prenderam a respiração na hora. – To vendo que vou ter que contar né? – vendo a concordância das duas, ela inspirou profundamente e começou a falar:


“Ele me beijou duas vezes. Uma na sala dos troféus e outra na Sala Comunal, tudo agora. A primeira a gente tava conversando sobre as coisas que eu não suporto nele. E de tantas que falei, ele perguntou se havia alguma coisa que eu gostava nele. Eu disse que sim. Falei do sorriso dele. Disse o quão era bonito, e ainda mais com a covinha que sempre faz. Ai ele disse que nunca esperaria isso de mim, e elogiou meus olhos, que gostava mais deles do que outra coisa, e do nada me beijou”.


- E é claaaaaaaaaaro que você gostou né? – Anna disse rindo, e Carol a acompanhou. – Continua logo.


- Na verdade o beijo dele é até bom, se bem que é roubado, então tem que ser meio bobão, sei lá, mas tive um arrepio pela espinha toda, e ele também tava apertando minha cintura, e depois colocou a mão nas minhas bochechas, ai eu empurrei ele e dei um tapa na cara dele.
- Ai Lily! Pelo amor de Merlin! – as duas gritaram indignadas.


- Como pode você fazer isso? Você estava gostando, aproveitava da situação menina. – Anna disse e as três riram.


- Posso continuar? Obrigada – disse ao ver a afirmação da amiga – Depois disso ele recomeçou a limpar as prateleiras, e eu de olho. Quando ele terminou eu devolvi a varinha dele, e nós voltamos pra Sala Comunal, infelizmente lado a lado.
- Sei esse infelizmente – Anna disse sarcástica.
- Deixa eu terminar garota. – as duas riram – Como eu estava dizendo, voltamos pra Sala Comunal, então quando eu ia em direção às escadas ele colocou as mãos dele na minha cintura, me virou e me beijou. Foi tudo tão rápido que nem percebi nada, só vi quando ele tava me apertando na cintura. De novo o arrepio percorreu minha espinha, e minha consciência foi embora, comecei a fechar os olhos, sem querer coloquei meus braços em volta do pescoço, e comecei a beijá-lo no mesmo ritmo acelerado dele. Quando voltei com a consciência eu percebi tudo aquilo, empurrei-o de novo e dei outro tapa, no mesmo lugar, pra ficar bem vermelho. E depois subi pra cá.


- Imagina se tivesse gostado do beijo né? – disse Anna brincalhona.
- Verdade viu – concordou Carol. – Mas devo concordar com a Lil, às vezes a consciência deixa a gente sozinha, sei saber o que fazer. – As duas olharam incrédulas pra Carol. Ela sempre certinha, e meiguinha, e agora falando essas coisas. - Ah gente, vocês pensam que nunca aconteceu isso comigo? Acontece com todo mundo. – Dito isso fechou as cortinas de sua cama e deitou sem ao menos se despir. – Boa noite meninas – gritou lá de dentro. Anna e Lily seguiram seu exemplo e foram dormir, mas antes Lily foi tomar um banho, estava mais que cansada de tudo que já tinha acontecido com ela até aquele momento.


 


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- Eu a beijei duas vezes, e nas duas recebi um tapa em troca – disse Tiago, arrancando risos histéricos que Sirius – Quieta ai cachorro. As pulgas estão incomodando?


- Ah, cala boca veado...


- É cervo, CEEEEEEERVO, tem galhadas – disse colocando dedos em cima da cabeça.
- Piorou ainda, Lily já ta te traindo, sem ao menos sabendo que estão namorando, quando ela sou... – e um travesseiro bateu em cheio na sua cara, fazendo cair da cama. Tiago e Remo rolaram de rir por conta do que Tiago acabara de fazer. Até Tiago cair da cama de Sirius, mas só porque ele puxou seu pé. Remo dava gargalhadas, e não aguentava mais.


- Con... conta lo-logo que aconteceu Po-Pontas. – disse Remo ainda não aguentando ficar sentado, e rolando na cama. Sirius rolava no chão com a mão na barriga. Tiago se levantou e sentou novamente na cama de Sirius, e uma lágrima rolando de seus olhos, de tanto rir. Respirou fundo e começou a contar:


- Bom, eu tava limpando lá a sala de troféus, até que estávamos conversando sobre mim. Ela disse que gostava do meu sorriso, e eu fiquei encantado, claro. Como poderia imaginar ela falando uma coisa dessas de mim. Então me levantei, cheguei perto dela e a puxei pela cintura. Beijei-a lá mesmo. Depois ela me empurrou e me deu o tapa. Depois disso nem tentei nada. Voltamos pra Sala Comunal, e ela já ia subindo as escadas só que eu puxei-a pela cintura, e a virei de frente a mim. Ela nem deve ter visto nada, de tão rápido que fui – sorriu marotamente, e Remo e Sirius reviraram os olhos – nem sei o que aconteceu, porque ela simplesmente colocou as mãos na minha nuca e começou a me beijar. Nem eu acreditei depois que ela fez isso. Pensei que ela ia me empurrar de novo, mas não, ela me beijou, e foi meio caloroso. Claro né, sou irresistível – disse com ar pomposo, depois recebendo dois travesseiros na cara. Ficou bravo, arrumou seus óculos e olhou pra cama de Pedro, em que se ouviam seus roncos. – Incrível a capacidade dele de dormir tanto assim né? Nem acorda, nem reclama de nada. – Os dois olharam para a cama de Pedro, então se deitaram, cansados, sem se despir.


- Boa Noite Pontas e Almofadinhas!
- Boa Noite Almofadinhas e Aluado!
- Boa Noite Pontas e Aluado!


Então os três, deitados de qualquer jeito foram dormir, exaustos.


 


No dia seguinte estava todo mundo indiferente, só Lily e Tiago que não. Carol conversava animadamente com Remo sobre a aula que acabaram de ter, que era Transfiguração, e Anna e Sirius conversavam sobre os planos para o fim de ano.


- Minha mãe e meu pai vão querer passar o Natal e o Ano Novo em casa, sozinhos, não sei por que, mas fisguei uma conversa deles sobre isso antes de vir pra cá.
- Com certeza eu vou pra casa do Pontas. Minha amada e querida mamãezinha irá adorar minha decisão, se bem que ela nem sabe do que eu faço mais, eu fugi de casa ano passado mesmo. – e os dois começaram a rir. – E você Lily? Que faz fazer para o fim de ano?


- Não acham que está cedo pra pensar nisso? Estamos em Outubro ainda. – disse ela, tirando sua atenção do pãozinho para conversar melhor com os amigos.


- Que nada! E também assim é melhor, parece que passa mais rápido – Remo entrou na conversa. – E você Carol?
- Eu não sei. Eu preferiria viajar sabe, mas não sei se meus pais vão querer esse ano. A gente sempre viaja no fim do ano.
- Bom, eu poderia perguntar pros meus pais se vocês podem ir pra minha casa. – Tiago começou a falar – Eles não vão fazer nada, estão muito ocupados com... – ele baixou a cabeça, mas ergueu-a rapidamente – com todas essas coisas. A gente poderia fazer qualquer coisa. Que tal?


- Bom, eu já to lá, minha casa, entendem? – Sirius disse, e todos riram.
- Eu vou também, consigo convencer meus pais a me deixar ir – disse Anna animada.


- Bom, eu acho que dá pra eu ir também. – Carol disse com um sorriso.
- Eu também. Minha mãe com certeza deixa, já vai ser depois da... bom... Lua Cheia, e ela tá me vendo muito infeliz, eu os ouvi dizerem esse verão. – disse Remo triste. Então todos olharam para Lily, a única que ainda não respondera.


- Ai, eu não sei. Minha mãe vai querer que eu passe o Natal com ela, papai e Petúnia. Vai ser chato falar não e...
- Ah, pára de enrolar Lily, eu sei que não gosta de passar o Natal com sua irmã. Se não for vamos até sua casa e te arrastamos até a casa do Tiago. – disse Anna risonha.
- Ok, eu vejo com eles tá bom? – e todos deram vivas. De relance Lily vira Tiago sorrir da maneira que ela gosta, antes de voltar a atenção para seu pãozinho. Ele estava sentado na sua frente, ao lado de Sirius e Anna, na frente de Anna estava Remo e ao seu lado Carol, que por sua vez estava sentada ao lado de Lily. Todo o almoço Lily levantava um pouco a cabeça, e sempre, todas as vezes Tiago a olhava para ver se ela dava algum sorriso, alguma manifestação por conta da noite anterior. Mas ela não deu nenhuma manifestação de felicidade. E foi assim o dia todo. Passaram todas as aulas, e ele sempre sentava do lado de Lily, e sempre a olhava com interesse. Até que na última aula, cansada de ficar sendo observada, ela se virou para ele, e deu um sorrisinho de canto. Esse foi o melhor momento de sua vida, até aquele dia.

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N/A: Esse capítulo foi bem sem graça, mas fazer o que né. Enfim, obrigada por continuarem a ler e obrigada de novo a B.Evans pelo comentário. Só vou adiantar que o próximo vai ser bem mais interessante que esse. Xox.   

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Comentários (1)

  • B.Evans

    Owwwn d nda (:Mesmo assim esse capitulo tava otimo u.u Bjks

    2012-12-14
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