DUMBLEDORE



Dumbledore era já diretor, e sua sala era a mesma, Hermione tinha xeretado bastante para descobrir a senha, os quatro ainda debateram um pouco sobre como iam interpelá-lo, mas Hermione sacou uma carta endereçada a Wassily Amanoff e que pediria que Dumbledore  entregasse, e dava o dia, a hora e o local onde ele deveria voltar para pegá-los. Subiam a escada em caracol discutindo:
    ‒ Não é mais fácil impedir que a gente entre na máquina?
    ‒ Isso é muito impreciso! Não sabemos exatamente a hora em que tudo aconteceu, ele pode não chegar a tempo, assim garantimos que tudo vá dar certo.
    ‒ E como vamos explicar tudo a Dumbledore? Ele pode ficar com raiva da gente!
    ‒ Deixa que eu explico ‒ disse Harry ‒ Eu dou um jeito, ele não me conhece ainda, mas eu o conheço muito bem. ‒ Harry disse batendo a porta.
    ‒ Entre ‒ disse Dumbledore de dentro da sala. ‒ Harry espiou e o professor levantou os olhos debaixo das lentes de meia lua.
    ‒ Olá! Você é um dos brasileiros ‒ Harry sentiu que ia ser chato de explicar.
    ‒ Bem, na verdade, nós quatro queremos explicar uma coisa ao senhor... ‒ Harry entrou na sala timidamente, seguido por Rony e as meninas. ‒ Mas primeiro precisamos fazer uma coisa.
    Eles fecharam a porta da sala, então, com suas varinhas desfizeram a transfiguração de imagem pessoal e Dumbledore viu espantado surgirem na sua frente duas meninas de cabelos castanhos, um rapaz ruivo e um outro extraordinariamente parecido com...
    ‒ Tiago, é você?
    ‒ Na verdade não... ‒ Harry pôde ver o espanto nos olhos de Dumbledore quando  levantou a cabeça ele viu seus olhos verdes. ‒ Eu sou o filho dele... Eu sei o que o senhor está pensando... Tiago não pode ter um filho da idade dele.
    ‒ Vocês vêm do futuro, então. – ele disse com uma surpreendente naturalidade ‒  E esse menino é um Weasley! É muito parecido com Arthur, que foi meu aluno há uns cinco anos atrás! ‒ não havia espanto nenhum na voz de Dumbledore.  ‒ E você me lembra alguém também ‒ disse olhando para Willy
    ‒ Eu sou filha de Atlantis Fischer e Nuhra Moore
    ‒ Nuhra? Que interessante! E você, menina?
    ‒ Eu sou filha de trouxas...
    ‒ Mais interessante ainda. Como vocês vieram parar aqui, podem me explicar?
    Procurando evitar tocar no assunto da morte dos pais e na desconfiança do porque teriam sido presos naquele tempo, Harry falou de como haviam ido parar no ano em que se encontravam, do acidente que prendeu Willy na máquina e de como eles também acabaram presos na máquina, que retornou sozinha para o futuro, deixando-os presos quase vinte anos no passado. Por fim, sem tocar em nenhum momento no nome de Olek Chenismsky, deu a Dumbledore uma carta endereçada a Wassily Amanoff para ser entregue na data combinada dali a dezenove anos e alguns meses. Nem bem fez isso, um estrondo cortou o ar.
    ‒ Um raio? ‒ Dumbledore disse ‒ Parece ter sido na torre norte... estranho, o céu está tão azul... ‒ Rony abriu um sorriso.
    ‒ Bem professor ‒ disse Hermione ‒ eu marquei nesta carta para o Dr. Amanoff nos pegar aqui hoje às quatro horas... são cinco para as quatro, temos que esperar aqui...
    ‒ Não se incomodem. Eu vou me encarregar de arrumar uma história para o sumiço de vocês, uma história que seja convincente e não atrapalhe o intercâmbio dos pobres brasileiros que devem então estar chegando semana que vem....
    Neste momento, uma máquina aparatou bem atrás dos jovens, e um bruxo obeso saiu de dentro dela, sorrindo, com a mesma carta que Dumbledore pusera na gaveta, mais amarelada , eles pularam de alegria. O professor Amanoff disse:
    ‒ Por algum motivo, a máquina foi acionada sozinha no dia em que vocês entraram nela... eu consultei a memória dela ao receber a carta, mas havia se apagado... felizmente as instruções foram bem claras, e eu pude vir buscá-los, mas há um problema.
    ‒ Que problema? ‒ Harry não pareceu feliz.
    ‒ Bem, eu programei a máquina para voltar no tempo, mas o diário do professor Amos diz que as viagens só podem ocorrer de dez em dez minutos no ponto de chegada e no ponto de partida, ou seja, eu tenho que esperar dez minutos no futuro para pegar dois de vocês daqui a dez minutos, é uma questão de estabilidade na abertura do portal do tempo... uma das maiores preocupações de mestre Taylor. Não dá para irmos todos na mesma viagem.
    ‒ Não tem problema ‒ disse Harry. ‒ Vá com Hermione e Willy, depois pegue eu e Rony.
    ‒ Não! Mande Rony primeiro. Eu quero ir com você, Harry.
    ‒ Que seja.‒  Rony e Hermione entraram na máquina e disseram:
    ‒ Nos vemos em dez minutos! ‒ a máquina partiu rapidamente e sumiu no ar. O professor então perguntou:
    ‒ Como estará Hogwarts daqui a vinte anos?
    ‒ Em ótimas mãos! ‒ disse Harry sorrindo. – afinal o senhor ainda será o diretor.
    Começaram a conversar, Harry sendo um pouco evasivo acerca do futuro, evitando falar em Voldemort. Cerca de oito minutos depois a máquina aparatou atrás dele vazia, e mesmo estranhando, pois não haviam passado exatamente dez minutos, Harry e Willy entraram nela, achando que talvez o relógio da sala de Dumbledore estivesse um pouco atrasado,  despediram-se de Dumbledore. A máquina sacolejou ligeiramente e sumiu. Dois  minutos depois porém, apareceu de novo diante de Dumbledore que olhou espantado, teriam esquecido alguma coisa? O professor Amanoff saiu de dentro dela e olhou em volta:
    ‒ Onde foram?
    ‒ Eles acabaram de embarcar... você não mandou a máquina de volta?

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