O doce perfume das rosas

O doce perfume das rosas



CAPITULO 3


 


 Os dias estavam passando muito rápido, já estavam no começo de Outubro e Rose ainda não tinha tido coragem de conversar com Malfoy. E muito menos pensar sobre a festa que teriam que organizar, já não bastavam ter que estudar para os NOM´s, ainda tinha as rondas e as obrigações como monitora, ainda teria a bendita festa.


 Estava na biblioteca terminando um trabalho de poção, quando teve uma idéia e resolveu buscar um livro onde pudesse pesquisar. Quando encontrou o livro que procurava sorriu satisfeita. Sentou-se e começou a ler. Ficou ali por horas seguidas sem se dar conta de quanto tempo tinha passado, assustou-se quando Madame Bulstrude tocou em seu ombro, dizendo que a biblioteca fecharia em dez minutos.


 Recolheu suas coisas e se foi pensativa, tinha tido uma idéia e precisaria marcar uma reunião para conversar sobre o assunto. Mas a perspectiva de estar perto de Malfoy novamente conversando como se fossem velhos amigos a deixava nervosa.


 Estava assim mais uma vez perdida em pensamentos quando novamente esbarrou em alguém, estava diante da iminente queda quando mãos ágeis e firmes a seguraram pela cintura impedindo-a de cair.


  - Dês-des-descu-pe eu estava distraída!


  - Rose?


  - Malf...Escórpio?


  - Desculpe não te vi este corredor está muito escuro.


  - Eu que peço desculpa estava muito distraída, na verdade nem sei o que estou fazendo aqui! – disse Rose olhando para os lados e se dando conta de estava em um dos corredores das masmorras, e que Escórpio continuava com os braços em volta de sua cintura segurando firme. - Escórpio...ham...você já pode me soltar.


 Escórpio parecia não ouvir o que ela dizia, estava muito mais interessado em sentir o perfume dela, um perfume adocicado que lhe fazia lembrar de um jardim em flores. E ali na penumbra, iluminada apenas pela luz do luar que ecoava pela grande janela, ela parecia ainda mais linda, seus cabelos banhados pela luz prateada assumia um tom vermelho desbotado que lhe dava um ar etéreo como das sacerdotisas pagãs.


 Escórpio se aproximava cada vez mais, ele podia sentir sua respiração descompassada, podia ouvir as batidas do coração dela, ou era o seu coração? Ele não sabia, só sabia que precisava beijá-la, precisava sentir o sabor dos lábios dela, a textura de sua pele.


 Rose não sabia o porque, mas os olhos azuis dele pareciam um lago, um lago caudaloso com uma correnteza que a arrastava cada vez mais para o fundo, ela estava sendo arrastada para a profundeza infinita daquele olhar. Sentia-se envolvida por uma áurea de sensações nunca antes experimentadas. Sentiu como se uma brisa houvesse lhe tocado os lábios, uma brisa que foi aos poucos se transformando em vendaval ou era um furacão? Ela não sabia bem, só sabia que estava perdida em algum lugar entre a inconsciência e a realidade. 


 Ele podia jurar que sentia sabor de mel, como era maravilhosa a sensação de poder saborear o mais puro néctar dos deuses. Sem se dar conta do que estava fazendo levou uma das mãos ao rosto dela tocando-lhe suavemente com a ponta dos dedos, sua pele tinha a textura aveludada de uma pétala de rosa.


 Rose estremeceu levemente ao sentir o toque dos dedos de Escórpio. E como uma chama de vela que se apaga ao menor sopro de brisa, Rose se assustou com o turbilhão de sentimentos que tomavam conta de seu corpo, com um pulo ela se afastou de Escórpio seus olhos se encheram de lágrimas ao ver o semblante assustado dele. Sem pensar ela foi se afastando lentamente de costas, e quando estava a mais ou menos dois metros de distancia ela virou e disparou a correr pelo corredor, tentando encontrar o melhor caminho de volta para a torre da Grifinória, não queria pensar, não queria sentir, não queria nem admitir que seu coração parecia bater na garganta ao invés de bater no peito e que as lágrimas começavam a cair por sua face.


 Escórpio não entendia como era possível em um minuto estar dentro do sonho mais perfeito de sua vida e no minuto seguinte parecer mergulhado no mais terrível pesadelo. Todas as vezes que ele ficava com alguma garota era essa a sensação que ele tentava a todo custo sentir, nem que para isso precisasse deixar muitos corações destruídos ao longo do caminho e de repente sem nem mesmo planejar, sem nem mesmo estar preparado, esta sensação tomou conta de seu corpo e como uma avalanche derrubou todas as barreiras, que ele tão orgulhosamente havia erguido para impedir de se machucar, jaziam agora como ruínas diante dele.


 A única coisa que se dava conta era da presença de Rose em sua vida, necessitava dela mais do que o ar que respirava, mais do que a água que bebia, mais do que a comida que comia. Nada mais faria sentido se não pudesse tê-la junto de si. Como um banho de água fria a realidade tomou conta do momento, ele viu Rose se afastando assustada, as lágrimas banhando seu rosto, ela não podia se afastar, não podia ir e deixá-lo sozinho, não agora que provara seu sabor e sentira a textura de sua pele, não agora que sua vida tinha sido inebriada com o mais doce perfume das rosas.


 


E ai o que estão achando? Por favor deixem seus comentários! Proximo capitulo já está no forno. Bjs 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.