Scorpio



O dia tinha chego. Era hoje. Hoje ele entrava em uma nova etapa de sua vida, ele finalmente ia para Hogwarts.


Era como se todo o verão tivesse passado num borrão e ao mesmo tempo, como se as horas se arrastassem por milênios. Ele estava na sala com todas as coisas prontas, mas ainda eram cinco da manhã, ele não tinha conseguido dormir direito – claro – e achou que seria melhor ficar pronto, mas aquilo estava deixando ele louco, como ele podia aguentar mais um segundo sequer? A cada tic do relógio ele se sobressaltava e a cada tac ele encava o relógio como se fizesse de proposito. Era tortura, tinha que ser, se o tempo quisesse poderia passar mais rápido, poderia pular direto para o momento em que ele embarcava no trem e acabar com isso, mas é claro que o tempo iria tortura-lo até o ultimo segundo, como sempre!


Era melhor ele arrumar algo para fazer se não acabaria roendo a mão em vez das unhas. Mas o que? Ler os livros que comprara para a escola? Não ia ajudar, ele já tinha tentado e tudo o que conseguiu foi ficar mais ansioso. Não, ele precisava se acalmar.


Resolveu dar uma volta pelos jardins da mansão. Era uma construção realmente elegante, uma mansão de três andares, colunas a moda grega, mármore nas escadas – tanto externas quanto internas – e os jardins! Os jardins era a parte que Scorpio mais gostava em toda a propriedade, um longo tapete verde onde cresciam vários tipos de flores coloridas, arvores das mais diversificadas e tinha uma que ficava bem no centro do jardim, grande, com um tronco tão grosso que poderia esconder dois carros lado a lado, seu tronco era escuro, quase preto e as folhas tão verdes que pareciam pintadas a mão, essa era a arvore que ele mais gostava, na primavera essa arvore se enchia de flores brancas e no outono suas folhas eram de um alaranjado tão forte que quase chegavam a vermelho, já no inverno, quando ela estava sem folhas , ela era magnifica, como se fosse entalhada em pedra com um grosso cobertor de neve por cima. Scorpio simplesmente amava sentar debaixo dela e ler, pensar, olhar as nuvens, ou então subir nos galhos e admirar as estrelas, então foi diretamente para ela e subiu até o galho mais alto, sentou-se nele e encostou no tronco olhando para o sol nascendo.


 


...


 


Ele estava voando! Estava voando numa vassoura e percorrendo todo os terrenos de Hogwarts! Podia ver o castelo, o lago – Scorpio! – os alunos andando para lá e para cá – Scorpio! – varias miniaturas pretas entrando e saindo do castelo – SCORPIO!


 


Ele acordou quando atingiu o chão.


 


- Scorpio querido você esta bem? – sua mãe veio correndo em sua direção.


 


Ele estava com o rosto na grama, os cabelos loiros – que estavam um pouco compridos depois que impedira sua mãe de corta-los – estavam revirados para todos os lados, suas roupas sujas de terra. Ele se virou no chão e olhou para cima, podia ver o galho do qual caira – fora um sonho tão bom – mas não conseguia se lembrar a quanto tempo estava ali.


 


-Mãe? – ele perguntou, meio incerto de que ainda conseguia falar.


- Sim querido, você esta com alguma dor? Quebrou algum osso?


- Não mãe, estou bem, serio – era mentira, ele sentia dor em todo o corpo mas não tinha tempo para ir para o hospital – que horas são?


- Dez e meia, porque?


 


Scorpio não conseguia se lembrar o porque das horas serem tão importantes, era claro que tinha um motivo, mas o que era? Era antes ou depois das dez e meia?


 


- POR MERLIM, O TREM!!! – Scorpio se levantou no mesmo segundo e correu para dentro.


 


Ele se olhou no espelho, estava uma bagunça! Correu escada acima em direção a seu quarto, precisava de roupas limpas! Mas todas as roupas estavam na mala, o que ele ia fazer agora? Desceu as escadas de novo, tropeçou em seu novo gato e pulou os últimos dois degraus caindo no chão em frente a sua mãe.


 


- Pelas barbas de Melim, Scorpio! Se continuar assim vai acabar se matando antes de chegar em Hogwarts! Fique calmo, temos tempo, podemos aparatar direto na estação, agora pegue essas roupas – ela lhe estendeu roupas limpas e dobradas – e vá se trocar para sairmos em dez minutos.


- Mas como você....?


- Eu sou mãe, Scorpio, nós sempre temos um plano reserva.


 


Ele pegou as roupas agradeceu e subiu as escadas para se trocar, em cinco minutos ele estava pronto, em mais cinco engaiolou o gato e em seguida ele e sua mãe estavam prontos, ela segurava seu malão e ele a gaiola do gato. Mas alguma coisa estava faltando.


 


- O papai não vai com a gente?


- Vai nos encontrar lá.


- Tem certeza?


- Tenho. Agora vamos se não você vai perder o trem.


 


E então, ele sentiu tudo girar.

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Comentários (3)

  • mariana neves de amorim

    OIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!! Dona Larissa, to amando a fic, serio, vc já sabe mais ok!!! me fale quando sair o proximo cap, é uma ordem!!!

    2012-12-10
  • Lari Vieira

    Awwn obrigada, eu sinto mto pelo cap. do Scorpio ter sio tão curto e sem acontecimentos REALMENTE importantes, mas prometo compensar nos prox. cap., espero q vc esteja gostanto :)

    2012-12-03
  • Lana Silva

    Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh *-* atualização \O/ Bem eu amei o capitulo, lindinho isso do Scorpius de ficar esperando com nervosismo, sempre imaginei isso bem mais para uma Rose, mas amoooo eles assim!  Bem, também amo essa coisa dele, de não parecer com o pai - quando ele tinha a idade dele - mas ser um menino que tem o pai como heroi, é lindo mesmo. Beeeeeeeeeeem eu simplesmente amei o capitulo, estou mortissima de curiosidade pra ver como vai ser a Rose e o Alvinho, como é que eles vão estar nesse ultimo dia, ou se vão se encontrar lá, o que vai acontecer com esses três e é claro feliz porque vai ter continuação \O/Bjooos flr :) 

    2012-12-03
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