Prólogo



Afastou-se do corpo recém-drenado e caminhou me direção da garota, que presenciara todo o ocorrido e o olhava com espanto. A cada passo dado, a garota se imobilizava cada vez mais. Como uma pedra. Nunca estivera tão branca como agora.
Ele se aproximou e encaixou suas mãos no rosto da garota, enquanto, com os dedos, acariciava a maçã do rosto, que coravam. Ela o olhava, apesar do medo, com adimiração. Ele a amava, ela o amava. Mas eles não adimitiam. Não sabiam, não entendiam. "Como isso pôde acontecer?" ele sempre pensava. Ele era um vampiro, e ela, uma simples humana. A humana que deu sentido à sua eternidade. 
A garota tremia os lábios e procurava, dentro de si, algo para dizer. Uma lágrima aparecera percorrendo toda a marca d'água, chegando ao canto dos olhos e escorrendo formosa pela bochecha direita da menina, até os dedos do rapaz. Ali, formou-se uma pqeuena poça, que fora espalhada, logo depois.
Os olhos dele, agora, negros e vermelhos-sangue olhavam com verocidade para os lábios vermelhos e carnudos da garota. Ele queria beijá-la. Precisava. Mas sabia que não conseguiria parar até ter o apetitoso sangue da morena descendo pela garganta, enquanto ela dormia o profundo sono da morte. Ela seria morta pela pior maneira possível. Drenada pelo amor de sua vida.
"Você esqueçerá tudo. Todos os sonhos e todas as lembranças que me envolvam. Eu te amo, Hermione. Como nunca pude amar alguém. Mas você não sabe, você não entende os riscos de viver com um vampiro . Você é a presa, eu sou o predador. Eu estarei do seu lado, para todo o sempre, enquanto puder. Por mais que a natureza me impeça, eu irei salvá-la de qualquer mal que lhe acontecer. Você é uma obra da natureza, você é a aliada. E eu, sou o desequilíbrio. Adeus"
E, como um vulto, desaparecera pela escuridão, deixando ali, uma morena dos olhos castanhos olhando para o nada e dizendo, repetidamente: "Sempre do seu lado"
Ele a hipnotizara, claro. Esse era um dos dons de vampiros. Mas ela sabia que ele existia. Ela sabia que ele estaria do seu lado. Ela o amava, como nunca amou alguém. 
"Aro...Aro...Aro..." 

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