'...Esqueça.'



- Aonde vai, Mi? – A voz sonolenta da Weasley fez Hermione rir.


- Estou indo ver a Jô. Raven me mandou uma mensagem dizendo que ela estava acordada. – Disse a nascida trouxa, calçando calmamente as botas e as luvas.


- Acho que vou com você. – Disse Gina, se sentando.


Hermione abriu um pequeno sorriso e se virou para a própria cama.


- Assim que terminar de arrumar minha cama vou embora. – Disse Hermione com o tom de voz sério, embora o sorriso divertido brincasse no rosto.


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Joanne se revirou na cama, os olhos fechados com força denunciavam que estava dormindo, mas a respiração ofegante, o suor frio escorrendo pela testa e a inquietação também eram um sinal: Ela estava num pesadelo.


- Merlin! – Exclamou Diana, estremecendo. – Joanne. – A voz assustada não passava de um murmúrio. – Joanne! – A voz se elevou e como resposta um gemido alto de dor que assustou terrivelmente a garota. – Madame Pomfrey! – O grito ecoou pela enfermaria e logo Madame Pomfrey apareceu cercando a grifinória de cuidados.


- Santo Merlin, ela está ardendo em febre. – Após tentativas falhas de acordar a morena.


Cuidou de Joanne como pode e recebeu protestos mudos, além de ter levado pelo menos dois socos e um aranhão profundo na bochecha.


Alguns minutos depois, quando verificou a temperatura da morena antes de sair, se espantou. Como alguém podia mudar tão drasticamente de temperatura em tão pouco tempo? A garota, que antes fervia como um caldeirão de poções, agora estava tão frio quanto o inverno de Askaban.


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- Precisamos ver Joanne. – Disse Hermione, desesperada.


- Srta. Granger, eu já te disse. Ela está terrível, ela não responde nem mesmo às Poções do Snape. – Hermione olhou tristemente para o corredor entre as macas.


- Só nos deixe vê-la. – Pediu Hermione. – Só alguns minutos...


Pomfrey olhou profundamente nos olhos castanhos da nascida trouxa e estava prestes a negar, quando uma voz imponente, mas calma e serena percutiu em seus ouvidos.


- Deixe que a garota vá. – Imediatamente se viraram para encontrar Athena, acompanhada da Fantasma da Corvinal. – Se Joanne piorar, a culpa será inteiramente minha. – Os velozes olhos azuis encontraram os de Madame Pomfrey, em busca de qualquer protesto, não o recebendo.


- Venham comigo. – Sussurrou a enfermeira, levemente irritada. Rapidamente Hermione e sua acompanhante silenciosa, Gina Weasley, seguiram até a maca de Joanne.


Quando abriram as cortinas que cercavam a maca da grifinória, encontraram a jovem Diana sentada ao seu lado, cantando uma canção tão antiga que só se conheciam os pedaços.


- Não se esforce Diana. – A voz da Mulher Cinzenta, protetora da Corvinal, assustou as visitantes e a própria Diana, que se virou em direção à voz e sorriu docemente.


- Joanne sempre gostou dessa música. – Seu tom de voz era doce, infantil, mas incrivelmente decidido e sábio.


- Diana, deite-se e descanse, você está aqui para se cuidar, não para cuidar da mestiça. – Rosnou a fantasma, recebendo uma repreensão da acompanhante.


- Helena. – Rosnou Raven, para em seguida resmungar coisas que aparentemente só o próprio espectro entendeu, pois resmungou no mesmo tom. Depois de finalmente vencer o que parecia uma discussão, Raven completou em alto e bom som: - De toda a forma, Joanne estar bem sempre influenciou Diana, por causa do Feitiço de Troca.


Imediatamente a Mulher Cinzenta se calou, olhando furiosamente para Joanne e depois desaparecendo.


- Vamos Diana, vem. – Carinhosamente Raven abraçou a cintura e segurou a mão da irmã e guiou-a até sua maca, cantando uma canção de ninar para a castanha.


- Ela está aqui. – Disse Madame Pomfrey, se aproximando para analisar Joanne, verificando a temperatura e colocando um pano molhado com uma poção sobre a testa da morena. – Ela tem uns ‘apagões’... Dorme de modo que ninguém consegue acordá-la, como se estivesse em coma. Algumas vezes ela piora e parece ter um pesadelo. Vou deixar vocês a sós com ela.


Hermione agradeceu rapidamente à enfermeira, se sentando ao lado de Joanne e sorrindo enquanto pegava a mão da Irmã de Magia.


Hermione contou calmamente - ao som da canção de Raven - sobre o ano, como a busca por Sirius estava grande, a possibilidade do fugitivo estar atrás de Harry, como agora o próprio Potter estava se arriscando mais e muitas outras coisas, enquanto Gina apenas observava. Depois de contar sobre o fato que tinha saído da aula de Advinhação (Que acontecera no dia anterior), e do jogo contra Sonserina posteriormente naquele mesmo dia. Se virou para Gina, e com um sorriso tímido disse:


- Não fique tão tímida Gina, afinal, Joanne já conhece você há um bom tempo. – O sorriso gentil e fraternal foi a única coisa que quebrou a barreira que a própria Gina tinha criado.


- Ginevra. – A voz ecoou pelos seus ouvidos e ela abriu os olhos e se virou para a morena ao seu lado. – Quanto ao que você viu quando eu li seus pensamentos... Esqueça. – Disse simplesmente(...)

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