Dia incomum no zoológico



- Acorda Alvo, vamos ao zoológico.


Foi o que ele se lembra de ter ouvido o pai. Em matéria de acordar tarde, Alvo sempre fora o melhor, melhor até que seu irmão Tiago, mas ele nem podia comentar da sua irmã Lily já que esta sempre acordava cedo, o que o irritava já que os passos da pequena garota de nove anos no corredor de madeira.


- Alvo Severo Potter, eu vou ter que me dirigir até o seu quarto para você se levantar – Agora era sua mãe, era melhor ele se apressasse, porque quando sua mãe ficava irritada, nada salvava ninguém.


- Estou indo mãe – se levantou e foi ao banheiro, lavou o rosto, pegou a primeira roupa que achou no armário e se dirigiu ao andar inferior da casa. Seu pai e seus dois irmãos estava à mesa e sua mãe cozinhava de costas para o resto da família. Tiago brincava com uma bola de tênis que ganhara num dos jogos de azar no parque de diversões que tiveram ido, o que o enojava pensar já que tivera a infelicidade de ver sua irmã vomitar tudo que comera naquele dia em um viajem à montanha russa.


- Apareceu a margarida – brincou Tiago.


- Cala a boca Tiago – protestou Alvo.


- Filho – o pai de Alvo cumprimentou-lhe tirando a bola de tênis das mãos de Tiago e jogando-a para ele.


De repente a mãe de Alvo se virou e falou:


- Harry Potter! Eu já falei para não ensinar seus filhos a jogar bola dentro de casa, porque se alguém quebrar algum dos vasos que eu ganhei no meu casamento vai ter um problema sério. A propósito, bom dia querido.


- Sim senhora e bom dia pra você também mãe – Alvo comentou desanimadamente e tomou seu lugar à mesa.


- Gina, amor, não tenha um de seus ataques de estresses hoje. Não no sábado pelo menos – Harry ironicamente se dirigiu à mulher que foi logo se defendendo:


- Olha aqui, se você que começar outra discussão...


- Mãe, estou com fome, me alimenta, por favor – Tiago se pronunciou tentando acalmar a mãe e abrindo um sorriso sem graça.


Gina Weasley colocou uma panqueca no prato de cada e jogou o me na mesa, sentou-se e para quebrar o silêncio se pronunciou:


- Então vamos se apressem para irmos logo ao zoológico.


 


Alvo nunca soube por que, mas sempre gostava de ficar obervando as cobras quando ia ao zoológico, de vê-las se movimentarem e às vezes até de as olharem paradas e imóveis.


- Tem muitas coisas interessantes para ver neste zoológico e você quer ficar parado que nem um tonto vendo esses répteis inúteis – Tiago puxou assunto.


- Não são inúteis Tiago, são bem interessantes. – Alvo protestou.


- É o que você acha, vou ver os leões com o papai, fique aí vendo as cobras, mas cuidado para não dormir de tanto tédio – Tiago finalizou e saiu correndo em direção a Harry.


Queria ver se ele fosse uma cobra, se ia morrer de tédio”, pensou Alvo. Por um momento ele achou que viu a cobra sorrir e cumprimentá-lo, mas não teve o tempo suficiente para refletir ouviu gritos e muitas pessoas saindo correndo, olhou para trás.


De um longo corredor do zoológico saíram dois homens grandes com capas negras e estavam encapuzados. Os dois homens seguravam tochas e atrás deles um homem também encapuzado só que numa capa mais acinzentada trazia em suas mãos um pedaço de madeira que parecia... Uma varinha?


O homem que trajava a capa cinza estendeu o que parecia uma varinha para o rosto de Alvo e pronunciou o que parecia algo em latim:


- Avada Keda...


-Expelliarmus! – Alvo se virou sem entender nada e viu que era seu pai que tinha falado aquilo, que a varinha na mão do cara encapuzado tinha voado, que Harry carregava uma varinha e que tanto Tiago quanto Lily não estavam entendendo nada.


- Você vai pagar por isso Potter – o homem encapuzado falou quase num sussurro. Estalou os dedos e os dois outros homens encostaram as tochas no chão, o fogo se tornou roxo e de repente se dissipou. Nenhuns dos três encapuzados estavam mais ali.


- Esta na hora de você saber da verdade Alvo. De todos vocês saberem da verdade.

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