ALUNOS EXEMPLARES



 Os quintanistas nunca tiveram tanta vontade de assistir uma aula entre os primeiros dias depois das férias. Estavam na sala de DCAT e o professor parecia demorar milênios para chegar.


 - Desculpem o atraso! – Josh Sparks chegou correndo na sala.


 “Ah, Josh, atrasar hoje?” “Não está certo!” “Como você faz isso com a gente, Sparks?!” Foi o que os alunos responderam.


 - Tudo bem mamães! Sinto muito, se vocês não querem uma caixa cheia de chocolate para a aula eu posso...


 -Nããããão... tudo bem Josh, desculpado! – Rose foi a primeira a se manifestar.


 - Agora está tudo bem, não é? Então, estamos todos prontos para a primeira aula do patrono? – Ele perguntou. Todos os alunos responderam com aplausos.


 - Então vamos começar. Quero que todos repitam comigo, sem a varinha primeiro. “Expecto Patrono!”


 A aula seguiu normalmente, mas para a infelicidade dos alunos, passou rápido demais. Na aula de poções, os alunos mal prestavam atenção no que estavam fazendo. O professor Steve Slughorn, sobrinho do antigo professor Horácio Slughorn, que implorava pelo foco de seus alunos, desistiu quando Alice acabou explodindo seu caldeirão.


 Na aula de história da magia foi a mesma coisa. O professor Binns tentava explicar sobre a segunda batalha dos bruxos contra os duendes de uma forma tediante.


 - Acho que eu não vou aguentar essa aula por muito tempo. – Alice sussurou para Rose.


 - Nem eu... Você viu, ah nós conseguimos fazer um patrono! – Rose exclamou em voz baixa.


 - Mas tia, aquilo não era nem de perto um patrono. Era mais um fiapo de fumaça!


 - Eu sei Alice... – Rose começara a falar, mas o professor Binns se virou para os alunos, e todos fingiram estar fazendo anotações no caderno. Ele voltou a escrever no quadro. - ... patronos corpóreos são extremamente difíceis de conjurar. Mas já foi um grande avanço, não? – falava confiante.


 Do outro lado da sala, Albus dormia em cima de seu livro, enquanto Scorpius escrevia um bilhete. Até mesmo Daniel e Ted, que tinham que estar nas aulas por causa de Scorp, estavam quase dormindo.


 O professor se virou novamente quando Scorpius pegava a varinha para fazer um feitiço com o bilhete. Ele rapidamente abaixou a varinha, espetando-a com força na barriga de Albus, que acordou com um gemido.


 -Gostaria de fazer alguma observação, senhor Potter? – Perguntou Binns.


 - Ahn, é... – Albus deu uma breve olhada em seu livro para saber sobre o que falar. – Os bruxos usaram alguma arma feita por duendes ou apenas varinhas?


 - Ótima pergunta, senhor Potter. Na verdade é muito estranho porque eles usaram... – Professor Binns se virou para o quadro e continuou falando sobre a pergunta de Albus e escrevendo no quadro.


 - Ai!? – Albus sussurrou para Scorpius com a mão na barriga.


 - De nada! – Scorpius falou depois de uma risada baixa. Pegou a varinha novamente, com mais cuidado e proferiu um feitiço para o bilhete, que assumiu forma de passaro e voou até o outro lado da sala.


 O bilhete pousou na mesa de Rose e Alice, que se assustou soltando uma pequena exclamação. Rose escondeu o bilhete rápidamente embaixo da mesa.


 - Pode responder a pergunta, senhorita Longbottom, mas eu preferiria que vocês levantassem a mão ao invés de usar a vóz para chamar atenção. – Ele falou de forma fria.


 - Ah, é... – Alice não havia prestado atenção na pergunta. – Não.


 - Bom, acho que a resposta mais exata seria “nenhum acordo” sendo que perguntei “quantos acordos antes da primeira guerra” mas vou considerar. Os grifinórios estão se saindo bem, 10 pontos para grifinória. Ah sim, senhor Potter, 5 para a sonserina. - Falou sem mudar seu tom desanimado e se virou para o quadro novamente. Rose disfarçou e abriu o bilhete.


 “Me encontre hoje no terceiro andar, à 00:00.”


 - Ah, que bonetenho! – Alice sussurrou com um sotaque engraçado.


 - shush! – Rose respondeu, olhando para trás e tentando encontrar quem mandara o bilhete mesmo tendo certeza de quem foi. Scorpius sorriu e acenou discretamente e Rose se virou para frente novamente. Se antes não conseguia prestar atenção na aula, agora seria impossível.   

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