NATAL NA CASA DOS POTTER



Todos já estavam na casa dos Potter. A frente da casa estava enfeitada com viscos e guirlandas. Os velhos amigos de escola, Harry, Ron, Hermione, Ginny, Simas, Lino, George, Angelina, Olívio, Luna e Neville se divertiam relembrando suas aventuras. O restante da família Weasley, que não era pequena, bebiam Wisky de fogo enquanto concordavam o quanto a família crescia, nas mesas colocadas do lado de fora.


 Enquanto isso, no lado de dentro da casa, era onde as “crianças”, como diziam as outras pessoas na festa, estavam.


 - Então, já sabem sobre o presente de amigo secreto que o Ted vai dar? – James comentou pegando um biscoito de Hugo.


 - Mas eu achei que fosse secreto! – Alice falou ao perceber que parecia a única a não saber.


 - Alice, até eu sei, por favor! – Alicia comentou.


 Alice fez um ruído de decepção. Rose estava prestes a contar o segredo quando Harry entrou na sala, segurando uma coruja grande e negra.


 - Tio Harry, ganhou uma coruja nova? – Alice perguntou.


 - Como assim? Já entregaram os presentes? E o meu presente? Tio Harry, do que será o natal sem o meu presente? – Hugo se desesperava enquanto Rose sussurrava “ meu tio Harry!”


 - Ah, então parece que alguns de vocês precisam aprender um pouco sobre o espírito natali...


- Hoje não Harry, estamos de férias, mas agradecemos por nos proporcionar um quase sermão desnecesasário de milênios! – James interrompeu pegando a coruja.


 - É a coruja dos Malfoy? – Albus perguntou se aproximando.


 - É, eu tenho certeza! – Rose exclamou.


 - Então... andou recebendo muitas cartas por essa coruja, Rosieee? – Lily brincou.


 Rose fez uma careta para a prima. Todos na sala, inclusive Harry, olharam para Rose como se soubessem de algo que ela não gostaria que soubessem. “O que foi agora?” Ela perguntou.


 Harry deixou a sala e Albus abriu a carta. Não era muito grande e estava assinada por Scorpius Malfoy. Começou a ler em voz alta:


 “ Amigos (e amigas) na casa dos Potter.


 Espero que estejam bem. Sinceramente, tenho certeza que estão se divertindo bem mais do que eu, não tem uma pessoa que eu conheça ou da nossa idade aqui. De qualquer forma, obrigado pelo presente, meu pai me mataria se visse! Vai ser bom voar de novo, mas tenho certeza que minha vassoura não tinha um simbolo da grifinória – cuidado Weasley! – Acho que é tudo.


 Feliz Natal!


Scorpius Malfoy.


Obs: me contem depois sobre o presente do Ted.”


 - Deram um presente para ele? – Alicia quis saber.


 - Ah, sim! Albus e eu conseguimos a vassoura dele de volta, ele não tinha mais permissão dos pais para voar. Poderia ser “perigoso” – Rose explicou.


- E antes de entregar, a Rose colocou um símbolo da grifinória no cabo da vassoura. – Albus completou, encarando a prima, que deu um sorriso como se tivesse orgulho de seu ato.


 - Eu não acredito que até ele sabe do presente do Ted! – Alice exclamou indignada.


 - Tudo bem, já vai logo saber! Vamos. – Ron entrou na sala fazendo sinal de silêncio.


 Todos foram para fora da casa. As mesas com comida, para o desespero de Ron e Hugo, desapareceram, e no lugar surgiram várias cadeiras em um círculo. O lugar era magicamente aquecido, pois flocos de neve já caíam do céu.


 - Como Harry é o dono da casa, acho que eu deveria começar! – George exclamou.


 - Mas George, isso não faz o menor sentido! – Ginny falou.


- Exatamente – Foi o que George respondeu andando para o centro do círculo.


 Assim que chegou lá, George balançou a varinha com um movimento rápido, apontando para o céu. De repente, as estrelas que iluminavam a noite pareceram ganhar um brilho diferente, mais intenso. Começaram a se mover rápidamente de um lado para o outro, ganhando cores diferentes a cada segundo, até que explodiram como fogos de artifício.


 Todos que assistiam suspiraram e começaram a rir. O sentimento de animação era inevitável.


- Muito bem, Harry, é a sua vez! – George exclamou, sentando-se novamente.


- Mas, George... E a pessoa que você tirou? – Angelina, sua mulher, perguntou.


- A pessoa já sabe, minha querida esposa e amigos! Harry, você é ou não o dono dessa casa? Vamos!


 Harry foi até o centro, achando muito estranho o que estava acontecendo. Como não era o único, ignorou mais uma das maluquices de George e a festa continuou normalmente. Alguns iam até o centro, descreviam a pessoa, esperando que alguém adivinhasse. Outros, mais tímidos (ou preguiçosos) apenas falavam o nome.


 - A pessoa está ruiva. – James falou quando sua vez finalmente chegara.


 “Ah, que ótimo” “Da para eliminar umas cinco pessoas!” As pessoas falavam ironicamente, tentando ver quantos ruivos já haviam ganhado presentes.


- Atenção família. Eu disse que está ruiva! – James falou com seu típico sorriso no rosto. Todos ficaram pensativos, até que Mione exclamou:


- Ted!


 James confirmou com a cabeça. Sorriu para seu “quase irmão”, deu um abraço, entregou o presente e sussurou um audível “ boa sorte!”


 Ted abriu seu presente. “ 700 Coisas para fazer antes de se casar” era o nome do livro dentro do pacote. Colocou seu presente na cadeira e voltou com outro, menor.


 - Bom, como posso começar... A pessoa que eu tirei é a mais maravilhosa que eu poderia conhecer. É também a mais boba e louca, mas não tenho o direito de falar sobre isso porque sou exatamente assim por ela. Essa pessoa me fez sorrir e foi forte ao meu lado por anos. Já mencionei que é também a pessoa mais bonita que já vi? – O sorriso de Ted aumentava a cada palavra que falava. Ele se dirigia lentamente até a cadeira onde estava Victorie, sua namorada. – Acho que todos vocês já sabem sobre quem eu estou falando. Victorie Weasley, você aceitaria ser minha pelo resto de nossas vidas? – Ted se ajoelhou na frente de sua amada, que estava com lágrimas nos olhos e um sorriso que parecia não caber mais em seu rosto. Ted abriu a pequena caixa de veludo que segurava. Ela brilhou e dentro era possível ver um lindo anel dourado com as iniciais V+T. – Você aceita se casar comigo?


 Todos olhavam atentamente para Victorie, esperando a resposta. Esta disse um tímido “sim” compensado por um beijo tão lindo quanto os que se encontram em filmes trouxas. Ted a girou no ar e os dois pararam de frente para Gui Weasley, encarando a filha severamente. Todos ficaram em silêncio.


 - Então eu espero que sejam felizes juntos. – Gui falou, finalmente se mostrando feliz com o relacionamento de sua filha.


 Todos vibraram de alegria. Hugo começou a correr em circulos e gritar “O Ted é um Weasley!” “O Ted é um Weasley!”. Molly cantava uma música de sua cantora preferida, Celestina Warbeck enquanto outros abraçavam Ted e Victorie desejando-lhes felicidades.


 A festa continuava normalmente, até quanto aquela festa poderia ser considerada normal. Rose estava falando com Alice, Alicia e Lily quando Albus se aproximou.


 - Preciso falar com você. – Albus falou puxando Rose pelo braço. Os dois correram até o fundo da casa, pareciam os únicos lá.


 - O que foi? Claire respondeu sua carta de Natal? – Rose perguntou animada.


 - Bom, sim, mas... não é sobre isso que eu quero falar. – Albus falou um pouco nervoso em um tom baixo.


 - E por que me traria aqui com essa cara se não fosse para falar da sua paixão? – Rose provocou.


 - Para falar da sua paixão! – Albus respondeu.


 - Albus, sabe que não estou apaixona...


 - Veio junto com a carta do Scorp, achei que não gostaria de receber na frente de todo mundo! – Albus interrompeu sua prima e entregou uma corrente com um delicado pingente vermelho no formato de uma rosa.


 - Albus, isso é tão... foi ele mesmo que mandou? Albus? – Rose tentava formular uma frase, mas ainda admirava a beleza do presente. Só quando parou e olhou para seu primo percebeu que este tentava não rir.


 Rose diria alguma coisa para se defender ou ficaria irritada, mas dessa vez, resolveu rir com Al.


 - Vou poder saber o que a Claire respondeu? – Rose tentou mudar de assunto.


 - Há, então alguém andou mandando cartas? – James exclamou chegando por trás de Albus.


 - Ninguém te chamou aqui, James! – Albus falou irritado.


 - Tudo bem… fiquem sem a ceia de Natal… - James mal começou a falar e Rose já corria puxando Albus em direção à mesa.


 James estava indo atrás deles quando ouviu um barulho estranho em cima da árvore. Resolveu se aproximar.


 - Tio George? – James chamou o ruivo deitado em um galho grande cheio de neve.


 - Ah, James! Vamos comer agora, ouvi dizer que minha mãe ajudou a preparar a ceia...


 - Estava pensando no tio Fred? Foi ele quem você tirou, não foi? – James perguntou com calma.


George assentiu.


 - Não sei como. No início achei que fosse meu filho, Fred II, mas Luna me contou depois que havia tirado ele. – George falou ainda olhando para o céu.


 - Ele gostou do presente, tenho certeza. – James falou.


 - É... gostaria que tivesse conhecido ele.


 - Eu também! – James falou mais para ele próprio.


 Os dois chegaram ao jantar. A mesa estava muito bonita, com perus, tortas e frutas. Todos comiam alegremente quando Hugo reclamou da torta.


 - Hugo, mas que falta de educação! Foi sua avó quem fez! – Hermione falou severamente.


 - Mas não parece as tortas que ela faz!


 - Não deve estar tão ruim assim... – Ron falou pegando um pedaço da torta com a sua mão. Segundos antes de entrar na sua boca, a comida começou a borbulhar. Ron a jogou na mesa e fez cara de nojo. “Mãe, o que colocou nessa torta?” Ele perguntou. A torta começou a escurecer até se tornar preta, oito “pernas” apareceram dos lados e ela começou a correr pela mesa.


 Todos se afastaram rápidamente, derrubando suas cadeiras. Ninguém se moveu por um tempo, acompanhavam a aranha com os olhos.


 A aranha se aproximou de Ron, que parecia conter o grito, mas seu olhar mostrava seu medo.


 - Aranhia Exumai! – Harry exclamou, apontando a varinha para a aranha. Ela foi jogada para trás, quase caindo em Alice, e correu até os fundos da casa.


 - É, agora sim se parece com um jantar de família! – George exclamou. – Quem vai querer sobremesa?

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