Capitulo 2




_ então, você está animada para estudar em Hogwarts? – disse Salazar Salvatore para a garota que dividia o mesmo barco que ele, Teddy e Trevor.


 


A garota de longos cabelos negros e de um encaracolado que caiam como pelas suas costas, estava em uma das estreminadades do barco, suas vestes impecáveis faziam as dos outros garotos, principalmente a de Teddy que vestira as pressas, parecerem piores. Ela desviara os olhos do castelo e encarara os três, eram como oceanos verdes o que fez por alguns instantes Teddy se perder nos olhos dela, ela parecia não ter notado que havia mais alguém ali até Salvatore ter se pronunciado.


 


_ é, estou muito animada para estudar aqui – disse a garota - li muito sobre o castelo, suas historias e segredos, é incrível como em poucos anos ele pode ser reconstruído, sabiam que depois da batalha de Hogwarts há onze anos toda a estrutura do castelo ou foi destruída, ou sofreu danos que ameaçavam as pessoas, como se as ruínas estivessem para desabar.


 


_ interessante – disse Teddy, ele olhara para o castelo e imaginara como teria sido a onze anos atrás, em plena batalha de Hogwarts, onde varias pessoas perdiam suas vidas e famílias seus entes queridos, ainda era muito pequeno, mas sofrera, pois seus pais haviam perdido suas vidas ali, e ele nem sequer se lembrava de como eles eram. Ele olhou para seu bolso e viu ali o diário de seu pai.


 


Ao chegar ao castelo foram recebidos por um senhor careca e extremamente gordo, que exibia um sorriso singelo por sobre os bigodes de leão-marinho, ele trajava um conjunto de vestes verdes e um colete tão apertado que os botões chegavam a quase saltar.

_ boa noite a todos - disse o homem - sou Horacio Slughorn, leciono poções aqui em Hogwarts, sou o vice-diretor e o diretor da Sonserina, e serei o professor de vocês aqui pelos próximos sete anos, por isso espero que todos nos sejamos grandes amigos.

O Professor Slughorn levara os alunos para o salão comunal e no caminho dissera sobre as quatro casas, seus fundadores e seus alunos mais importantes, também falara algo sobre tal clube, mas Teddy não dera muita atenção, pois se distraira com a grandiosidade da estrutura milenar e os quadros nas paredes que encontrava, as pessoas nos quadros cochichavam e faziam comentários sobre os alunos. Pode ver alguns quadros fazendo comentários sobre ele.


 


_ mon Dieu, más estie garroto tennê un aparencie muitê exótica – disse uma das mulheres num quadro, ela vestia vestes da epoca da revolução francesa e um poodle estava ao seu lado – muitê galliente tabên...


 


_ essa aparencia é deveras um portador de um dos fatores mais raros da biologia bruxa – disse um homem de cabelos brancos arrepiados e vestindo roupas estranhas como de filosofo grego – digo que, é dotado do gene hereditario metamorficus que lhe possibilita o dom da transmutação interpessoal, algo bastante raro nos dias de hoje...


 


_ olha só irmão Berto, acho que estou vendo coisas – disse um dos monges bebados para um que se enchia de vinho ao seu lado – acabei de ver um guri de cabelos azuis... – e o outro tossiu e espirrou vinho até na cara do outro – não desperdisse uma bebida tão boa dessa forma Berto...


 


_ uga-uga bazaruga... – disse um grupo de figuras de caçadores atralopitecos que tentavam lançar lanças e flechas nos alunos.


 


_ alto lá, seus fanfarrões – disse um cavaleiro montado em um pônei gorducho e que possuía uma armadura bastante polida – a menos que queiram sofrer a ira de minha espada justiceira, lutem contra mim escudeiros, ou sofram a desonra de recuar.


 


_ dá um tempo Cadogan – disse Slughorn – esses garotos estão indo para a seleção, nenhum deles quer duelar com você...


 


_ garotos não é? No meu tempo, garotos dessa idade já estavam no treinamento para serem grandes cavaleiros – disse Sir Cadogan cavalgando por entre os quadros – não me diga que querem ser tratados como garotos para sempre? Ora, vamos, venham prometo que serei um bom vencedor, e não irei desonrá-los mais do que podem fazer sozinhos...


 


_ Cadogan... – disse Slughorn – é melhor parar ou eu mando colocarem você no porão.


 


_ que tal você meu jovem – disse Cardogan apontando sua espada para Teddy – tem algo diferente em você, que me diz que seria um oponente de grande valor, aceite meu desafio, duele vamos...


 


_ sinto muito mas... – disse Teddy.


 


_ então vai recuar? Seu cão sarnento e imundo – disse Cardogan – não honra nem as calças que usa...


 


_ eu não vou duelar com você – disse Teddy nervoso.


 


_ oh, claro, porque não passa de uma galinha medrosa e fujona – disse Cardogan que começou a cacarejar.


 


_ posso desafiá-lo em seu lugar? – disse Salvatore com a voz raivosa – adoraria poder atear fogo nesse velho caduco...


 


_ não – disse a garota – vocês vão receber uma detenção antes mesmo da seleção.


 


_ mas valeria a pena – disse Salvatore se afastando ao lado dos primeiristas olhando sobre seu ombro o quadro do cavaleiro que ainda cacarejava.


 


Fora quando o garoto sentira passar por algo frio como se tivesse acabado de mergulhar em um rio congelado, todos os cabelos de sua nuca se arrepiaram e uma onda de calafrios lhe afligiu. Olhara para o lado e notara que acabara de atravessar um fantasma, este era alto e magro, com expressões pálidas e sem vida, e suas roupas de nobre estavam manchadas de sangue e correntes espectrais pesavam de seus pulsos e pernas, como se algo que tivesse cometido em vida fosse tão grave que iria ter que pagar por aquilo mesmo depois de morto.


 


_ desculpe-me – disse Teddy nervoso o fantasma lhe encarara com seu olhar vazio e perolado que fez o garoto recuar, fora quando o espectro passara novamente por alguns alunos sumindo pela parede.


 


_ ele não parece muito sociável não é? – disse um garoto de cabelos negros e óculos ao lado de Teddy.


 


Teddy encarara o menino, ele era baixo e franzino, magro e pálido com uns óculos de lente grossa e cabelos negros e despenteados que caia em frente seus olhos, suas vestes estava um tanto largas como se não fossem dele, e ele trazia nos ombros uma iguana verde que vivia colocando sua língua para fora. Era o único garoto que parecia ser desprezado pelos outros, pois ninguém se importava se ele estava ou não em seu caminho.


 


_ certamente que não – disse Teddy.


 


_ eu achei ele bem sinistro – disse Salazar com os olhos encantados, o garoto nunca vira um fantasma de perto.


 


_ seu nome é Barão Sangrento, é o fantasma da casa de Sonserina – disse Trevor com um ar sério, nada parecia encantá-lo ali como se já esperasse por tudo que ali via – meu pai é dessa casa, é quase certo de eu ir para ela.


 


_ dizem que sonserina é uma casa onde só acabam caindo pessoas do pior tipo – disse uma garota num ato sem pensar, mas ao perceber o olhar do garoto se corrigiu – não que seu pai seja mal, mas é que... Bem, falam... Eu... Li que foi a casa a qual pertenceu o pior bruxo das trevas do século.


 


_ tudo bem, sei que meu pai não é a pessoa mais agradável de conviver – disse Trevor sorrindo levemente para ela – muitos dizem isso dele, mas enquanto meu pai estiver do meu lado e não contra mim, não me preocupo...


 


_ é uma grande besteira essa das casas – disse o garoto de óculos – só de está em hogwarts já é algo extraordinariamente fascinante.


 


_ concordo – disse a garota – nunca vi algo igual, claro, só na televisão, mas isso é diferente, é real, nunca em meus sonhos poderia imaginar algo assim...


 


_ é, realmente muito lindo... – disse Salazar, e Teddy pode ver o garoto olhar a garota de uma forma diferente do convencional.


 


_ chegamos crianças – disse Slughorn – o salão principal.


 


As grandes portas foram abertas, e um enorme salão nunca antes visto ou sequer imaginado por Teddy se revelou, haviam quatro mesas compridas ocupadas por dezenas de alunos já vestidos com as vestes da escola, e em frente a todos se encontrava o grupo docente, sentados em uma grande mesa estavam os professores, e ao centro estava Minerva McGonagall.


 


_ então, essa é McGonagall – disse o garoto de óculos – não parece muito com o que meu pai me descreveu...


 


_ e como foi que ela foi descrita por ele? – disse Teddy.


 


_ não iria querer saber, nem sei o porque acredito em algo que ele diz – disse o garoto de óculos – não se pode confiar muito em alguém que escreve matérias para o Profeta Diário – o rapaz dera de ombros – alias, não me apresentei, me chamo Jeffrey Quizz.


 


_ prazer em conhecê-lo – disse Teddy apertando a mão do garoto – tem idéia de que casa vai cair?



_ sim, mas... Pode ser que caia em outra – disse Quizz, o garoto parecia um tanto nervoso.


 


O teto do grande salão tirava suspiros e exclamações dos alunos, principalmente dos nascidos trouxas que nunca haviam admirado tamanho bocado de magia. Ele mostrava um céu de muitas nuvens e poucas estrelas, e havia algumas velas flutuantes que iluminavam o local.


 


_ foi enfeitiçado para refletir o teto lá fora, soube que após a Guerra tiveram que restaurar o salão praticamente inteiro e o feitiço teve que ser refeito, foi difícil descobrir como se fez, pois... Da primeira vez quem encantou o teto foram os fundadores – disse a garota de cabelos negros e encaracolados – eu li isso em...


 


_ Hogwarts, uma historia – disse Trevor – é um bom livro...


 


_ você leu? – disse a garota fascinada – nunca encontrei outra pessoa que...


 


_ eu também li – disse Salazar querendo se meter na conversa – digo, ainda não terminei mas...


 


_ prazer, me chamo Anabelle Roosevelt – disse a garota estendendo a mão para Runcorn - pode me chamar de Anne se quiser, ou até mesmo Bell...


 


_ Trevor Runcorn – disse o garoto de cabelos negros sorrindo levemente.


 


_ eu sou Salazar Salvatore – disse o garoto loiro, mas Anabelle o ignorara.


 


_ Teddy Lupin – disse o metamorfomago após tentar esconder o riso que surgia em seus lábios, Salvatore não estava gostando nada de ser ignorado pela garota próxima dele.


 


Todos os garotos do primeiro ano pararam, e logo se iniciou a seleção, após um chapéu velho e surrado ser começado em um banco manco de três pernas, Slughorn puxou um pergaminho longo e começou a chamar cada um dos alunos. Quando finalmente fora anunciado.


 


_ Lupin, Theodor. – disse Slughorn e o metamorfomago fez uma careta, odiava ser chamado pelo nome.


 


Teddy caminhara para o banco, enquanto seus olhos só se focavam no chapéu ainda nas mãos roliças de Slughorn seus ouvidos captavam todos os sons ao seu redor, entre eles vários comentários e sussurros de um aluno para o outro, afinal alem de ser metamorfomago, ele também carregava dois outros pesos, que eram seu sobrenome herdado de seu pai, um dos membros da Ordem da Fênix e antigo professor de Hogwarts, e além de tudo um lobisomem. E o fato de ser afilhado de Harry Potter certamente fazia daquele garoto alguém especial para muitos, mas para ele nada disso parecia lhe fazer sentido. Ele sentara e o chapéu fora colocado, passaram alguns segundos e pode escutar uma voz dentro de sua cabeça.


 


_ Teddy Lupin, você é um caso difícil meu rapaz – disse Chapéu Seletor e o garoto pareceu desanimar um pouco – possui características que o fariam querido e respeitado em três das quatro casas de Hogwarts, a semelhança com ambos seus pais são evidentes em você e se completam fazendo disso uma mistura interessante e exótica...


 


_ exótica? – disse Teddy – como assim?



_ de seu pai herdou o amor pelos estudos e conhecimento, a seriedade para com os deveres, e o defeito de sempre ver o melhor nas pessoas, e confiar nelas mesmo que não mereçam – disse o chapéu - coragem também se sobressaem, não teme o perigo e muitas vezes você age por impulso... Agora, de sua mãe veio varias coisas, como o belo coração cheio de vida e amor para com o próximo, sempre disposta a ajudar e um senso de humor bem dotado, sem falar na sua lealdade a sua família e amigos, e o dever que sente de protegê-los e estar para com eles quando precisa... – ele fez uma pausa – acho que me decidi pela sua casa, você vai para a... LUFA-LUFA – a mesa com as cores amarela e preto se rompeu em aplausos enquanto o garoto ainda surpreso pela decisão do chapéu se dirigia ao seu lugar, dando a vez para que outro fosse selecionado.


 


Tão depressa foi o rapaz levantando do banco que acabou por pisar na própria capa e quase tropeçar nos próprios pés. De cabeça baixa ele tomara seu lugar, como podia ele ir para a Lufa-lufa? Não entendia aquilo, seu pai fora um Grifinorio, um homem de coragem até o fim porque ele acabara naquela casa que parecia não ter nada haver com ele? Ele continuou vendo as seleções e viu seus amigos sendo chamados.


 


Após um jantar de desanimo total, Teddy se levantara de seu lugar onde o prato ainda jazia vazio, não comera nada, ainda estava insatisfeito com aquela escolha, quem era aquele pedaço de couro velho para decidir que ele não seria um Grifinorio. Logo após um discurso de McGonagall de boas vindas e alertando a todos sobre o castelo e o que estava proibido e não, eles foram liberados e cada um seguiu seu caminho, sendo o grupo da Lufa-lufa liderado por um rapaz ruivo com o rosto coberto por acne que fazia suas bochechas parecerem extremamente coradas. Eles continuaram a andar pelo corredores, fora quando passaram por um corredor alguns níveis abaixo do grande salão principal, e puderam ver um bando de elfos domésticos naquele andar, o ajeitando e o arrumando, quando viram a presença dos novatos, a criaturinhas correram e saltaram para dentro de um quadro, que logo se transformou em um quadro com varias frutas pintadas ali.


 


Eles chegaram próximos de alguns grandes barris de carvalho e o monitor se aproximou, e passou os dedos com delicadeza sobre algum deles. O barril se moveu revelando um túnel pelo qual os alunos seguiram. Logo saíram no salão comunal da Lufa-lufa. Ele era redondo e de terra e de teto baixo, mas se sente sempre ensolarado, e suas janelas circulares têm uma visão de gramas onduladas e dandelions.


 


Existia uma grande quantidade de cobre polido sobre o lugar, e muitas plantas, que se pendurados no teto ou sentar-se das janelas. Os sofás e cadeiras eram estofadas em amarelo e preto, e os dormitórios eram alcançados através de portas redondas nas paredes da sala comunal.


 


_ Parabéns! Sou o Monitor Gabriel Truman – disse o garoto ruivo - e estou muito contente em recebê-los na casa Lufa-lufa. Nosso emblema é o texugo, um animal que é muitas vezes subestimada, porque vive em silêncio até que atacou, mas que, quando provocado, pode lutar contra animais muito maiores do que ele, incluindo os lobos. Cores da nossa casa são o amarelo e preto, e nossa sala comum está um andar abaixo do solo, no mesmo corredor das cozinhas.


 


_ serio? Sabe que eu nem descobriria sozinho – disse Teddy só para ele mesmo ouvir.


 


_ Agora, existem algumas coisas que você deve saber sobre Lufa-lufa. Primeiro de tudo, vamos lidar com um mito perene sobre o lugar, o que é que estamos a menos inteligente da casa. ERRADO – disse Truman - Lufa-lufa é certamente a menos prepotente casa, mas temos produzido, assim como muitas bruxas e bruxos brilhante quanto qualquer outra. Quer uma prova? Olhe para cima Grogan Stump, um dos ministros mais populares da Magia de todos os tempos. Ele era um Lufano, assim como os Ministros de sucesso Artemesia Lufkin e Dugald McPhail. Então há a autoridade mundial em criaturas mágicas, Newt Scamander; Bridget Wenlock, o Arithmancer do século XIII famoso quem primeiro descobriu as propriedades mágicas do número sete, e Hengist de Woodcroft, que fundou a vila de todos os bruxos de Hogsmeade, que fica muito próximo a Escola de Hogwarts. Lufa-Lufa todos – os alunos começaram a murmurar como se estivessem animados com o discurso - Então, como vocês podem ver, nós já produzimos mais do que nosso quinhão de poderoso, brilhante e ousada bruxas e bruxos, mas, só porque nós não gritamos sobre isso, não receber o crédito que merecemos. Corvinais, em particular, assumir que qualquer empreendedor excepcional deve ter vindo de sua casa – Teddy se lembrou de Jeffrey Quizz que havia sido selecionado para a Corvinal - Eu tive grandes problemas durante meu terceiro ano de um duelo com o monitor da Corvinal que insistiu em que Bridget Wenlock tinha vindo de sua casa, não da nossa. Eu devia ter pegado uma semana de detenções, mas o professor Diggory deixe-me com um aviso e uma caixa de gelo. Lufa-Lufa são confiáveis e leais. Nós não ficamos calados, mas cruzar-nos em sua conta e risco; como o nosso emblema, o texugo, vamos nos proteger, nossos amigos e nossa família contra todos os cantos. Ninguém nos intimida – e uma salva de aplausos se ouviu enquanto Teddy permanecia calado, pensando como seria ter que escrever para Harry dizendo que não caira na mesma casa de seu pai, Remus Lupin - O que mais você precisa saber? Ah, sim, à entrada da sala comum é escondida em uma pilha de barris grandes em um canto no lado direito do corredor da cozinha. Toque o tambor dois do fundo, no meio da segunda linha, no ritmo de Helga Hufflepuff, e a tampa se abra. Nós somos a única das casas em Hogwarts, que também tem um dispositivo para repelir pretensos invasores. Se a tampa errada é tocada, ou se o ritmo do toque é errado, o participante ilegal é encharcado em vinagre – alguns risos podiam ser ouvidos, certamente a imagem de alunos molhados e pegajosos era uma visão encantadora, principalmente se fosse algum valentão da Sonserina - Você vai ouvir outras casas se orgulhar de sua organização de segurança, mas acontece que em mais de mil anos, a sala comunal de Lufa-lufa e dormitórios nunca foram vistas por estranhos. Como texugos, sabemos exatamente como mentir baixo - e como se defender. Nosso Chefe de casa, Professor Amus Diggory, e leciona Defesa Contra a Arte das Trevas, que em minha opinião é uma matéria muito fascinante e de extrema importância. Ele é um homem talentoso e de bom coração, mas não nego que às vezes as pessoas o acham exibido e convencido, o passado de nosso diretor é um tanto triste, seu filho Cedric Diggory foi morto durante as provas do Torneio Tribruxo de 94 por um comensal da morte a mando do próprio você-sabe-quem, mas ele conseguiu superar essa perda, e hoje é um dos grandes exemplos para muitos de nos que perdemos pessoas queridas e andamos por ai sentindo pena de nos mesmos. Amus é uma pessoa fabulosa, ensina de uma maneira única, no passado nossa casa era conhecida por ser uma das que não ia muito bem a DCAT, mas hoje ganhamos até mais pontos nessa aula que o pessoal da Grifinoria.


 


_ por que ele não diz o nome de Voldemort? – disse Teddy confuso.


 


_ O fantasma de nossa casa é o mais amigável de todos eles: o Frei Gorducho. Você vai reconhecê-lo com bastante facilidade, ele é gordo e veste roupas de monge, e ele é muito útil se você se perder ou estão em qualquer tipo de problema – disse Truman - Acho que isso é quase tudo. Devo dizer, eu espero que alguns de vocês sejam bons jogadores de Quadribol. Lufa-lufa não fez tão bem quanto eu gostaria nos últimos torneios de Quadribol recentemente – ele já ia se retirando quando retornou para terminar seu discurso - Vocês devem dormir confortavelmente. Nós estamos protegidos das tempestades e do vento nos nossos dormitórios, nós nunca temos noites perturbadas como naquelas nas torres, por vezes, a experiência.E mais uma vez: parabéns por se tornar um membro da casa mais amigável, mais decente e mais tenaz de todos eles.


 


Após uma nova salva de palmas e gritos de concordância e aprovação do discurso de boas vindas, cada um dos alunos novos seguiu para seu quarto, que assim como nas outras casas, deveria ser dividido por quatro pessoas. Teddy logo assumiu uma cama isolada num dos cantos na sala, enquanto os outros colegas discutiam sobre quadribol ou de como seriam as aulas na manhã seguinte, o rapaz de cabelos azuis se fechara em sua cama puxando o cortinado que abafou um pouco o som do outro lado, onde podiam se notar ainda alguns risos abafados e alguns vestígios de conversas. Teddy retirara o diário de seu pai das vestes, e o abrira novamente, para que pudesse ler com cuidado ali, sem ser interrompido ou observado por olhos estranhos.


 


 


 


2 de Julho de 1995

Eu acordei hoje bem cedo, logo iniciei minha busca pelas ruas de Godric’s Hollow, mas não tive sucesso, andei pelas piores partes do vilarejo, becos e vielas... Nem sinal, quando estava voltando para a estalagem me deparei com as ruínas da velha casa dos Potters, eu me senti frio por alguns instantes, como se a presença do que ocorrera ainda estivesse ali...



Resolvi seguir meu caminho até a estalagem, fora avisado pelo estalajadeiro que havia alguns amigos meus me esperando, subi a escadas em direção ao meu quarto rapidamente, e antes de entrar retirei a minha varinha do bolso e com ela em punho abri a porta bruscamente...



Estava tudo escuro, e aparentemente o quarto estava vazio, abaixei minha varinha, e me dirigi ao interior do quarto, fora quando a lareira se acendera iluminando rostos, um que eu já conhecia, e outro que eu não me lembrava de ter visto algum dia.



_ não deveria abaixar a guarda Lupin - disse Alastor Moody o velho Auror dissera a mim - poderíamos ser comensais da morte, você tem sorte de sermos nos dois do contrario, estaria morto a essas horas.
Sempre paranóico, com certeza esse era o velho Olho-tonto, mas o que ele fazia ali? E quem era aquela garota estranha de cabelos vermelhos que estava com ele? Como que adivinhando meus pensamentos ele respondera.



_ essa é Ninfadora Tonks, ela foi a minha melhor aluna na academia de Aurores se quer saber, nunca vi ninguém igual a ela e possua as mesmas habilidades - disse ele apontando com seu cajado a garota a minha frente, ela parecera não gostar de ser chamada assim, pois seus cabelos tomaram um tom roxo berrante, voltando ao normal alguns segundos depois, com um sorriso maroto no rosto.



_ agradeço os elogios Moody, mas dispenso o Ninfadora - ela se voltou para mim e disse - então você é Remo Lupin? Pensei que era mais velho, pelo jeito como Sirius e Dumbledore falavam de você, eu sou Tonks, apenas Tonks.



_ Prazer em conhecer-la - eu disse e pude reparar que os olhos da garota me olharam de cima em baixo, senti minha face esquentar e desconcentrado de certa forma.



_ Estamos aqui a pedido de Dumbledore - disse Moody, e eu agradeci que ele tivesse tirado a atenção da garota de mim por alguns minutos - como deve ter lido no Profeta Diário, por mais que aquele jornaleco publique na maioria das vezes asneira, sendo que dessa vez não foi diferente, eles disseram que Harry esta mentindo sobre o retorno de Voldemort, mas Dumbledore sabe que ele diz a verdade e esta reunindo a ordem novamente, viemos até aqui convocá-lo, você foi um membro valoroso no passado, dessa vez não será diferente...



_ certo - eu disse - quando partiremos?



_ agora mesmo - disse Moody - Ninfadora ajude o Remo a arrumar suas coisas, nos encontramos lá em baixo.



A garota emburrou a cara, e seus cabelos ficaram roxos berrantes novamente, dessa vez a cor se manteve. Tonks me ajudara a arrumar minhas coisas, percebi que ela adorava falar, o que era bom, do contrario não teríamos nos tornado amigos, já que sou tímido e não sou muito bom em iniciar novas amizades.
Descemos as escadas, e encontramos Moody do lado de fora, após passar por um estalajadeiro que parecia muito confuso.



_ o que você fez com ele? - disse mesmo já suspeitando da resposta.



_ alterei sua memória - disse Moody - do contrario ele poderia ser usado para chegarem até você, toda a precaução é necessária, lembre-se disso, nunca abaixe a guarda e deixe rastros, seria a mesma coisa que cair numa armadilha armada por você mesmo.



Típico, pensei, por mais tempo que passasse ele nunca deixaria de ser paranóico, seu olho dera uma volta de 360 graus, ele vasculhava para ver se não havia ninguém, constatado isso pegamos nossas vassouras e levantamos vôo.



Não demoramos muito ao chegarmos em Londres, voávamos rápido, e eu pude sentir o vento em meu rosto como tanto tempo não sentia, pude me sentir jovem por algumas horas, Ninfadora voava ousadamente, fazia curvas e manobras perigosas, passou rasante as margens do rio, tocando suas águas com a ponta dos dedos, desfazendo seu reflexo no espelho de água. Ela olhara para mim e risonha me desafiou a acompanhá-la.



_ e ai Lupin - disse Ninfadora - será que você consegue me acompanhar?



Aceitei o desafio e começamos a voar juntos, fizemos mais algumas manobras e teve um momento em que voamos um em cima do outro, mas depois tivemos que sair da posição, pois estávamos prestes a chocar com o relógio Big Ben, mais alguns minutos e viemos a pousar.



Eu conhecia onde estávamos, era o Largo Grimmauld, Sirius vivia naquele lugar, me lembro de uma vez ter ido a sua casa ao lado de Tiago e Pedro, sua mãe nos expulsara quando nos descobriu no seu quarto, a senhora Black sempre foi grossa daquele jeito, nunca deixara seu filho mais velho receber visita de amigos, pelo que sei de Sirius ele nunca gostou daquele lugar.



Entre as casas 11 e 13 surgira uma casa que antes não estava ali, e nos rapidamente caminhamos até a entrada e quando dei por mim estávamos num saguão, Moody mandara Ninfadora me ajudar com as malas, eu não permiti deixar uma garota levar minha bagagem, afinal eu era uma besta fera apenas uma vez por mês, no resto dos dias era um homem, e buscava ser um cavalheiro com qualquer dama que fosse, peguei minha bagagem de suas mãos e então subimos a escada.



Ela subia na frente, e eu ficara para trás, pude perceber que ela cantarolava, e rodopiava a varinha entre os dedos, pude reparar em suas roupas, ela usava uma saia xadrez e meia-calça preta, botas de cano longo e uma camiseta d’ As Esquisitonas, vestia uma jaqueta de couro de dragão, mas suas roupas não me chamaram a atenção e sim sua beleza, seu rosto em forma de coração, sua face jovem e alegre, seus olhos brilhantes e seu sorriso encantador, o que estou dizendo? Ela é muito jovem para mim, que chances teria um velho como eu, com uma garota em plena juventude? Ela riria da minha cara, ou se irritaria de saber os pensamentos infames que surgiram em minha mente. Eu sei que vim a me envergonhar deles.



Teve um momento que ela olhou para trás, e sorrira para mim, fora quando tropeçara na perna de trasgo no corredor, fora o bastante para um dos quadros que depois vim a constatar que era o da senhora Black, começar a berrar feito louco, palavrões e xingamentos, na vez que estivemos lá fora eu quem tropeçou na perna e isso também ocorrera. Rapidamente alguém bradava com o quadro, eu ajudava a Ninfadora a se erguer, desceu a escada rapidamente me velho amigo a quem há tanto tempo não via.



_ velha maldita mesmo na cova não nos dá sossego - disse Sirius cobrindo o quadro fora então que percebeu minha presença - como vai Remo?



_ Sirius - disse lhe estendendo a mão para um aperto - é um prazer revê-lo meu velho.



_ deixe disso - disse Sirius que me puxou para um abraço - também é um prazer revê-lo, soube que teve que se demitir, eu sinto muito Remo, sei o quanto gostava de lecionar.



_ mas eu já sabia que aquilo não ia ser para sempre - disse com simplicidade - quem lhe contou? Dumbledore?



_ quem dera fosse - disse Sirius - o Ranhoso teve esse prazer, maldito, se não fosse Dumbledore... Eu teria acabado com ele naquele momento na gruta...



_ ele já falou de seus planos a respeito da Ordem? - disse para tentar desviar o assunto de Severo, apesar de ele ter sido o principal responsável por ter me demitido, não guardava rancor dele, sabia que ele ainda guardava ressentimento dos tempos de Hogwarts, não podia culpá-lo por aquilo.



_ ele está mandando os membros da Ordem em missões - disse Sirius tristemente –


Tonks e Moody estão convocando os antigos membros, mas eles tentaram descobrir com algumas pessoas sobre Voldemort, Kingsley já esta fazendo isso, você não o conhece, mas vai gostar de conhecer-lo, os Weasley também estão recrutando, minerva e Dumbledore estão tentando encontrá-lo, assim como o Snape, aquele saco de merda, se quisesse encontrá-lo já teria feito, não duvidaria se ele estivesse dando informações a nosso respeito para ele, e eu, bem, não estou fazendo nada alem de me esconder, quem me dera ser mais útil.



_ você se esconde para se manter fora de Azkaban ou vivo, já que pelo que sei foi condenado ao beijo do dementador - disse Ninfadora - está sendo procurado ainda seria muito arriscado sair por ai.


_ do que adianta estar fora de Azkaban - disse Sirius - se ainda sou prisioneiro? Se Dumbledore acha que ficarei apenas observando sem agir, ele realmente não me conhece.



Após uma breve conversa com Sirius caminhei em busca de um quarto, quando abri uma porta, me deparei com um hipogrifo cinza em uma cama de casal, ele quando me vira abrira as asas e dera um de seus... Uma coisa que preciso pesquisar... Qual o barulho que um hipogrifo faz?


_ é o Bicuço - disse Sirius - lembra-se dele?



_ sim - disse em quanto via Sirius alimentar Bicuço com uma doninha morta - e você deu o quarto de sua mãe a ele?



_ claro - disse Sirius risonho - alem de ele gostar daqui, é uma forma de demonstrar a minha mãe quanto a amo e respeito.



Rimos alegres, aquele era o mesmo Sirius dos tempos de escola, seu ar maroto não havia se perdido com os anos que passara em Azkaban.



_ é bom ter você de volta Sirius - disse - senti muito a sua falta.



_ eu também meu caro - disse Sirius - e isso me lembra...
Sirius me dera um soco no ombro.



_ isso é por nunca ter me mandado um cartão de natal todos esses anos.



Rimos novamente, fora quando Ninfadora surgira no corredor para nos avisar que estava pronto o jantar, Sirius me confidenciara que a garota não era uma das melhores cozinheiras, mas não me importei, estava faminto, digamos que quando se fica em uma pensão trouxa barata não se pode ter direito a privilégios como estava tendo ali. A casa parecia um tanto abandonada, pude notar isso quando corri os olhos pelas paredes e cômodos que pareciam vagos, uma grossa camada de pó os cobria, alem de haver o fato de ali haverem alguns fungos e outras coisas piores, como ratos e pragas diversas. Moddy se sentara para jantar, o que de certa forma estranhei, pelo que sabia o velho auror não era um dos mais sociáveis e que sempre desconfiava das pessoas e de tudo que lhe fosse oferecido para comer e beber, Sirius tomava o lugar que sempre fora seu a mesa, digo o mesmo de antes de ser expulso de casa, sim, eu já estivera na casa dos Black na minha adolescência e creio que não possuo lembranças boas daquele lugar, tanto quanto o Almofadinhas, apesar é claro de ter certeza que, as lembranças dele eram ainda piores e maiores em numero do que as minhas. Eu sentei a sua frente enquanto a jovem de cabelos rosa chiclete nos servia, não fora de todo o ruim como disse, mesmo que Moddy tenha cheirado a carne com o que lhe sobrara de nariz e apesar de quando a cortou ter percebido certa quantidade de sangue escorrer comera com voracidade que me fizera pensar se eu era o único que possuía uma fera interior naquela mesa. Eu ri levemente, me lembrava de uma velha brincadeira que Sirius fizera uma vez na época da primeira Ordem, dizendo que eu e Olho-Tonto éramos irmãos, pois ele e eu tínhamos o mesmo gosto, ele assim como eu que não me importava se na frente dele fosse colocado um carne crua, do tipo sangrenta e cujo muitos não se espantariam se o nosso filé mugisse no prato. Mesmo com brincadeiras, creio que não seja bom pensar essas coisas com um Auror ao meu lado que certamente mente tem algum conhecimento de Legismencia.


 


_ nossa, eles não te davam nada para comer naquele lugar onde estava hospedado? – perguntou Ninfadora após perceber que eu ainda comia após Sirius e Moddy terem se retirado.


 


O meu velho amigo fora tratar de Bicuço e o velho auror certamente estava checando as janelas e todo o quarteirão com seu olho mágico, podia ser que o habito de anos atrás tivesse mudado, mas aparentemente não, quando percebi barulhos vindos do andar de cima, de uma perna de pau batendo contra o assoalho de um lado para o outro. Eu não respondi, levei mais um pedaço da carne a boca e mastiguei com prazer, enquanto ela ria se sentando na cadeira ao meu lado, não nego, me senti um pouco intimidado com ela ali me observando a comer, podia ser que viesse algum tipo de interrogatório pela frente, não sabia se Sirius havia contado a ela sobre o que eu era, e isso me preocupava, e tambem não queria ser eu a falar para a garota, algo me fazia gostar dela, de te-la por perto, não queria que tivesse medo de mim.


 


_ tinha – disse após engolir e encher novamente meu garfo o levando a boca.


 


_ você é uma das poucas pessoas que conheço que gostam da minha comida – disse Ninfadora, e algo em seu tom de voz me deixara sem jeito, ela parecia estar sendo carinhosa e delicada em suas palavras, como se eu tivesse acabo de fazer um grande elogio a ela e não dito apenas uma única palavra.


 


_ é você que cozinha bem – disse-lhe para tentar agrada-la, mas parecera não soar convincente, ela arqueara a sobrancelha e me encarara com uma cara de cética que por alguma razão me lembrara Lily em nossa época de Hogwarts, e aquilo me fez ter calafrios com a lembrança da minha falecida amiga.


 


_ Lupin, se a uma das poucas coisas que tenho certeza nessa vida é de que eu sou uma péssima cozinheira – disse Ninfadora rindo – e vou considerar seu elogio, pode ter soado um pouco forçado mas creio que foi sincero, também não poderia ser mentira a prova disso é toda essa louça que vou ter que levar e também o fato de que amanhã terei que ir no mercado comprar mais carne.


 


_ desculpe, não queria dar tanto trabalho – disse com sinceridade, e a garota piscou para mim como se dissesse que não se importava, e tentou retirar meu prato, mas me recusei levando eu mesmo para a pia, onde comecei a lavar os pratos o que surpreendeu a garota.


 


_ você não existe sabia – disse Ninfadora rindo se colocando do meu lado novamente, me permiti a um sorriso ao lado dela, aquilo me agradava, ficar perto dela era algo que realmente podia começar a gostar.


 


_ claro que existo, estou aqui do seu lado não? – disse tentando ser engraçado, nunca fui muito bom com piadas, em geral era Sirius e James que conquistavam as garotas as fazendo rir, mas talvez fosse por gentileza daquela garota ter rido, mas algo me dizia que fora sincero.


 


_ nunca vi alguém como você antes, tão gentil e cavalheiro, é verdade o que dizem sobre os homens a moda antiga estarem se extinguindo – disse Ninfadora – pois você é o primeiro que encontro.


 


 


_ não tem sido apresentada a muitos homens legais ultimamente pelo jeito? – disse enquanto secava a louça – mas digamos que é de minha natureza se diferente dos homens comuns.


 


Ela me ajudara a secar as louças enquanto eu as lavava, logo organizamos tudo que usamos naquele jantar nos armários da cozinha que assim como o resto da casa precisavam ser consertados e limpos. Logo alguém batera nossa porta, e enquanto Moddy fora atender, já com a varinha prestes a atacar qualquer um do outro lado, o que me fez bufar em indignação mesmo que ele estivesse certo em desconfiar, não achava necessário aquele temperamento paranóico. Sirius foi fechar as cortinas do quadro de sua mãe, que começara novamente a berrar, me perguntava que feitiço ela teria deixado ali para que ele permanecesse por tanto tempo colado. Eu e Ninfadora saímos da cozinha, com eu ainda secando minhas mãos molhadas, podemos notar o olho de Moddy fitar a porta e ele caminhar, sabíamos que podia ver através dela, e com toda a certeza estaria analisando se devia ou não confiar naquele que ainda desconhecíamos, fora então que uma voz soara.


 


_ ora, Moddy, quer abrir logo essa porta – disse uma voz grave, mas calma.


 


_ quem está ai? – disse Moddy – é você realmente Kingsley? Se fosse teria dito a senha...


 


_ ora, faça-me o favor Olho Tonto – disse Kingsley – Dumbledore me mandou aqui, preciso passar noticiais a todos vocês...


 


_ responda – disse Moddy entre dentes, e ao meu lado pude ver Ninfadora bufar, ela também parecia não gostar muito da atitude paranóica de seu antigo mestre.


 


_ a dignidade e honra não está em vencer o inimigo, mas em não ataca-lo quando ele virar as costas a você – disse Kingsley com uma voz cansada e a garota ao meu lado abrira um leve sorriso, enquanto Sirius soltava uma risada baixa como um cachorro latindo, pensei que fosse aquela frase um dos ensinamentos de Olho-Tonto, alem de ser a senha, ele abrira a porta e o homem entrara.


 


_ tantos anos na academia de Aurores e você ainda não se lembra de uma das minhas principais regras – disse Moddy indignado – lamentável, não acredito como ainda te aprovei no conselho final.


 


_ boa noite para você tambem Moddy – disse Kingsley dando um pequeno aceno ao velho que mancara para o outro lado da sala, onde retirara um frasco e começara a beber, eu maneei a cabeça negativamente, depois de tudo aquilo, creio que o velho soldado deveria descansar, já não estava em toda sua sã consciência, como se alguma vez em sua vida tivesse sido normal, mas havia piorado e muito desde a primeira guerra.


 


_ lamento Kingsley, mas perdeu o jantar, se quiser faço um lanche para você – disse Ninfadora sendo gentil enquanto abraçara o homem que parecia ser quase o dobro dela em altura.


 


Kingsley era um homem de pele negra e feições grossas, queixo quadrado e nariz comprido de lábios proeminentes, sua cabeça havia sido raspada e possuía um brinco em uma das orelhas. Suas roupas eram diferentes de qualquer coisa que vira, mesmo no mundo bruxo, me lembravam túnicas, mas eram em tons azuis e roxos que pareciam combinar perfeitamente com o chapéu que trazia no alto da cabeça. Ele se curvara para mim, e me estendera a mão que apertei firmemente querendo causar uma boa impressão, pois como meu pai sempre dizia um comprimento de mãos firme e um contato visual na primeira vez que conhece uma pessoa passa uma sensação de segurança, e era aquilo que queria passar para aquele novo integrante da Ordem da Fênix.


 


_ você deve ser Remus Lupin – disse Kingsley – eu sou Shacklebolt, Kingsley Shacklebolt.


 


_ é um prazer conhece-lo – disse soltando sua mão – então, você é novo nessa luta? Espero que saiba onde está entrando – ele sorrira para mim e eu pude ver segurança dele, não seria do tipo que nos abandonaria em batalha, isso eu podia ter certeza naquele momento.


 


_ Kingsley é Auror, assim como eu e Olho-Tonto – disse Ninfadora – está cuidando do caso do Sirius, e graças a ele o setor de Aurores está digamos, afastado do caso por enquanto.


 


_ por que? – disse tentando não parecer curioso, mas não tivera êxito pois Sirius rira da minha pergunta e se aproximou de nossa roda se unindo a conversa.


 


_ digamos que... nosso amigo ai disse aos seus colegas de trabalho que eu estava em um lugarzinho onde nenhum deles em hipótese nenhuma colocariam os pés – disse Sirius com seu velho sorriso maroto.


 


_ e que lugar seria? – disse olhando para Kingsley.


 


_ Tibet – disse o Auror com um sorriso de culpa nos lábios.


 


_ a conversa está muito boa, mas gostaria de saber o que Dumbledore pediu para você, para que viesse aqui apenas para conhecer gente nova – disse Moddy – me diga, o que ele falou sobre a Ordem da Fênix, alguma nova tarefa?


 


_ ele mandou avisa-los que teremos uma reunião em breve, mas que antes quer falar com você Lupin – disse Kingsley se voltando para mim – você precisa estar a par de o que fizemos até agora, e escolher se deve nos ajudar ou não...


 


_ ele ainda duvida de minha lealdade? Claro que estou do lado de vocês, até o fim como ele espera que eu prove isso? – disse com um tom que creio que saiu meio irritado e ofendido, mas não podem me culpar, nunca pensei que Dumbledore fosse questionar minha lealdade a ele.


 


_ estamos agindo sobre os panos Remus – disse Sirius – não é como os velhos tempos, onde combatíamos os comensais diretamente e tentávamos proteger bruxos inocentes e impedir mortes de nascidos trouxas e famílias traidoras do sangue... nossa função são outras, como impedir que eles tenham força e que Voldemort....


 


_ não diga o nome dele – disse Moddy e seu olho girara em vários graus e ângulos diferentes, como se esperasse que um comensal quebrasse a janela para atacarmos só por conta do nome de seu mestre ter sido mencionado.


 


_... Recupere o que ele não conseguiu da primeira vez – disse Sirius e eu fiquei confuso com o que poderia ser aquilo.


 


Se fosse simplesmente conseguir o que não conseguiu na da primeira vez, eu pensaria que poderia ser tratar dele atentando novamente contra a vida de Harry, mas como ele disse recuperar. Dumbledore durante a primeira guerra não nos dera muitas informações, agíamos quase às cegas, e eu nem sequer havia sabido na época o motivo de Voldemort estar atrás da família Potter, digo James e Lily eram bruxos brilhantes e talentosos, mas ele não os ia querer do seu lado, não quando ela era uma nascida trouxa e ele um traidor do sangue que nunca se uniria a ele indo contra seus princípios, nem Sirius deveria saber, pois não fora verdade o que me disseram na época que tudo não passara de um atentado do Lord contra os membros da Ordem da Fênix que mais o haviam desafiado. Ele nunca iria atrás deles, não, esperaria que eles viessem até ele, era sempre assim, fora em um de nossos ataques contra seus comensais e ele que... Dorcas morrera... Não importa falar do passado agora, principalmente dessa parte do passado.


 


 


Ele viera com novidades, dali a alguns dias os Weasleys e Hermione Granger viriam se instalar no Largo, Dumbledore dissera que dessa forma estariam mais seguros e protegidos, isso me lembrava de Harry, ele também deveria estar ali, ser protegido pela Ordem afinal ele era sem duvida quem mais corria risco com Voldemort a solta. Também me fez lembrar que seria seu aniversario no dia seguinte, mas Sirius me dissera que não deveria escrever sobre a Ordem ou qualquer assunto referente ao que tem acontecido, dessa forma, preferi não escrever, tinha um pressentimento de que logo Harry estaria ali.


 


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Não me matem por colocar o Teddy na Lufa-lufa,mas sempre o vi mais parecido com a Ninfadora, e ter ido para a casa da mãe é algo que me agrada. Grifinoria é uma boa casa, mas para o Teddy parece ficar um pouco estranho aos meus olhos, e tambem queria mostrar esse conflito dele de não cair na casa que queria.
O discurso e as informações tiradas da Lufa-lufa, foram trechos tirados do Pottermore, de uma amiga que pertence a essa casa.(Já que sou Slytherin no Pottermore)


ATÉ O PROXIMO CAPITULO




 


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