Primeiros Passos



     O dia estava mais uma vez sereno e quente, como vinha apresentando durante todo o verão e pela primeira vez Matt McQueen estava feliz por não ter que retornar a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, na realidade, ele não aguentava mais esperar a hora de finalmente deixar para trás aquela vida de estudante e começar realmente sua vida no mundo lá fora. Após seus testes nos Níveis Incrivelmente Exaustivos de Magia (N.I.E.M.s), Matt só pensava em sair da escola e aproveitar sua licença para praticar a aparatação, uma coisa que fazia a cada dez segundos, sempre que havia necessidade de pegar algo, mas não exatamente de usar magia para tal, como também não largava mais sua varinha, isso, na realidade, ele não fazia desde que completará 17 anos, tornando-se um bruxo apto a ser responsável pelos seus atos.

  Durante sua estadia na escola, muitas coisas tinham acontecido na sua vida, muitos amores passaram, alguns que ele achou que durariam para a vida toda, mas não eram nada mais que alguns meses de felicidades e uma infinidade a mais de discussões, o que normalmente o fazia terminar as relações. Apesar de todo esse amor que sentiu em Hogwarts, nenhuma das suas namoradas conseguiu apagar da sua cabeça uma jovem que ficou na sua mente, em uma viagem ao qual ele fizera durante seu terceiro ano em Hogwarts, para a Itália, onde conheceu Giovanna Bassoli, uma meiga adolescente, com densos cabelos negros, corpo bem desenhado e olhos negros que o prenderam no primeiro instante. Pela pouca idade, nada aconteceu entre eles, mas as corujas foram algo que se mantiveram durante incontáveis verões, porém sem nenhum aviso Matt não recebeu mais nenhuma resposta e Giovanna simplesmente deixou de ser alguém constante em sua vida.


    Além dos romances, Matt também aprontou muitas confusões e deixava Apollyon Trimble, o zelador do castelo de cabelos em pé, porém sempre feliz por poder castigar Matt e seus amigos arruaceiros pelos constantes desvios de conduta. Uma das mais graves foi quando Willian Boyler, um dos colegas quase inseparáveis de Matt conseguiu roubar da sala da professora Galatea Merrythought um cinzal dentro de uma caixa de madeira, porém sem saber da periculosidade, ele deixou a caixa sob o móvel de estudo da sua casa, a Corvinal, causando um grande incêndio que demorou muito tempo para ser controlado, uma vez que não se sabia as causas que deram inicio ao fogaréu. Essa pequena brincadeira deixou os dois garotos e Petter Thumf, outro dos seus companheiros, durante duas semanas em detenção com Trimble e ainda tendo que fazer visitas regulares à Floresta para coletar material para a Profª Merrythought e suas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas.


   Porém, mesmo com a vida conturbada de Matt em Hogwarts, seus Níveis Ordinários de Magias (N.O.M.s), em todas as matérias que ele prestou, ultrapassaram Excede as Expectativas, onde muitos professores o elogiaram por seu desempenho. Com o fim da escola chegando, ele percebeu então que suas qualidades deveriam ser realmente trabalhadas e parou um pouco de aprontar, o que o afastou um pouco das suas tripulias e dos amores, o deixando em mais evidência. Assim que realizou seus N.I.E.M.s ele foi convocado por um membro do ministério para conversar na sala do professor Quentin Trimble, o diretor de Hogwarts.


    Matt foi com o receio que ele tivesse sido responsável por algum problema durante o exame, que alguém tivesse tentado passar a perna nele, por sempre ter brincado com tantos estudantes da escola, mas suas suspeitas não passavam mais do que bobagem, comparada com a seriedade que ele encontrou no rosto do senhor que o aguardava para a conversa. Um senhor de vestes negras, com um chapéu pontudo, também negro, que cai sobre seu rosto, porém a expressão de seriedade e facilmente detectada. Suas feições são pesadas e ele demonstra certo descontentamento com o situação de estar na presença de um jovem estudante e do seu diretor.


  Durante muito tempo eles conversaram e tudo foi explicado, mesmo que a expressão de descontentamento com a situação não saísse do seu rosto, e de acordo com as suas respostas, também estavam bem explicitas em suas palavras. Ele anunciou que seu nome era Lucretus Scamander, um funcionário do Ministério da Magia Inglês, porém sem nenhum registro com o mesmo, pois ele era um funcionário exclusivo do Departamento de Mistério, e os funcionários desse departamento eram denominados inomináveis e eram os responsáveis por protegerem diversos segredos do mundo bruxo e também recuperar em alguns momentos objetos de magia negra que fossem danosos a população e também é uma função dos inomináveis a interceptação de objetos poderosos que poderiam cair em mãos erradas.


    O Sr. Scamander explicou que todo esse trabalho é realizado de forma sigilosa e somente os mais altos cargos de diretorias de grandes instituições sabem da existência dessa seção no ministério, sendo Hogwarts e seus diretores, sempre bem prestativos quando o assunto é cooperação, sendo esta a razão da conversa está sendo realizada na presença do diretor. Somente após muita conversa, e dores de cabeça por parte de Matt, Sr. Scamander faz o convite ao qual ele foi incumbido de realizar, ele convocou Matt para entrar no Departamento de Mistérios, mas o preveniu de suas ações e o alertou a manter em segredo toda a conversa que eles tiveram. Matt então pediu um tempo para pensar sobre a situação e alguns dias depois, através do contato do Profº Trimble, ele conversou novamente com o Sr. Scamander e aceitou a proposta, sendo chamado para seu primeiro dia de trabalho, uma semana após as festividades de sua formatura em Hogwarts, e como esses acontecimentos já haviam ocorridos há cinco dias, eles estava mais que ansioso por esses dois últimos dias de descanso.


   – Meu filho, você não acha que deveria parar com essas suas estripulias com essa varinha. – Margareth McQueen, uma linda mulher de olhos cor de mel e cabelos negros e lisos como o do filho, porém com um comprimento envolto em formas de cabelos sempre bem clássico e fino vinha segurando uma pilha de livro do seu quarto enquanto que Matt a tentava ajudar, fazendo mais os livros caírem do que verdadeiramente ajudar a arrumar.


    – Mãe, você sabe que tenho que treinar todo tipo de coisa, não é... – Falou Matt, ainda tentando ajudar, mas já desviando sua atenção para a estante que eles iriam colocar os livros, procurando um lugar para afastar e empurrá-los rapidamente – E eu espero que os treinamentos que o Sr. Scamander falou sejam muito exaustivos, porque já estou começando a ficar enferrujado sem muita ação e desafio, a senhora entende – Com um sorriso abriu espaço na estante com maestria, porém fazendo alguns livros balançarem o suficiente no ar, dando a impressão que quase cairiam.


    Margareth ficou ali olhando seu filho, uma ultima vez como realmente a criança que ela sempre via, mas sabia que esse sorriso meigo, essa disposição toda para trabalho e o muito tempo que ele sempre passava em casa estavam para acabar com o trabalho que ele iria desempenhar, já que, assim como seu marido, Matt se entregava demais para suas atividades e pelo que ela havia entendido, esse sim, seria um trabalho exaustivo e que ele precisaria se doar por completo para fazer um ótimo trabalho, como ele sempre foi tão exigente em execultar.


    – Olha filho, uma coruja chegou para você agora pela manhã, se não me engano foi a Roll, daquele seu amigo Will, uma coruja castanha da torre – A Srª McQueen entregou a carta para Matt, que acenou positivamente com a cabeça e pegou a carta para ler do que tratava-se, já que antes da formatura eles não tinham mas a mesma amizade, e mesmo na festa realizada no salão comunal, não havia trocado muitas palavras.


   “Bem Matt, sei que estamos distantes, e acho que sou culpado nisso também, não devia ter cobrado tanto de você, vejo agora que você é que estava certo em se dedicar mais aos estudos, que continuar naquela vida de brincadeiras que tivemos, será que não podemos nos encontrar para relembrarmos da nossa velha amizade, antes que você viaje, que por sinal nem sei para onde é, só ouvi comentário. Seria bom se pudéssemos nos encontrar, entrei em contato com o Petter também, mas ele viajou com a família para a Polônia, então seremos só nós dois, o que acha.


   Espero respostas em breve, pedi para que a Roll ficasse ai até você encaminhar um pergaminho, então espero que ela não tenha importunado muito. Obrigado por ter sido um grande amigo meu e espero que nos vejamos o mais breve possível.


Espero resposta,


Willian Boyler.”


  Matt pegou o pergaminho e não sabia muito o que fazer então rabiscou em um pedaço de pergaminho velho que tinha na cozinha “OK, então nos encontramos amanhã, às 14:00 na sua casa, eu apareço ai.” e amarrou na pata de Roll, que estava em um pequeno poleiro que a Srª McQueen havia criado para as corujas visitantes que chegavam a sua casa. Ele não conseguia entender a razão que fez ele e Will se separarem, mas sabia que as atitudes que Will sempre tomavam eram infantis e inconsequentes, não que as suas fossem bem maduras, mas ele as vezes fazia besteira e Matt que tinha que concertá-las, o que o causava, normalmente confusão. Ele terminou as atividades da casa, que sua mãe o havia imcubido e foi dormir, pensando no que poderia vir por ai.


    Na manhã seguinte, Matt acordou excitado com a possibilidade de finalmente estar a apenas um dia de seu tão aguardado emprego, mas lembrou do convite de Will e então se arrumou e não se sentiu mais tanto animado. O café da manhã foi apenas mais um dos muitos que ocorreram desde seu começo de “férias”. Com a varinha, que não largava nem para se alimentar, fez um acesso para os pratos que ficaram depositados na pia da cozinha de sua casa e um charmoso chapéu foi repousar sobre sua cabeça, no momento em que ele atingia a porta externa da sua casa.


    Uma extensa planície se prolongava por todo o terreno da família, sendo interrompida por altas árvores da Floresta de Woldcoomb, vassouras de viagem podiam ser encontradas descansando na casa de materiais ao lado da porta externa da cozinha. Alguns Gnomos foram visto por ele, antes de aparatar para a casa de Will, pensando em como seria desgastante ter que chegar e desgnomizar a casa quando voltasse.

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