Capítulo 5



- Namora comigo Mi?


- Mas que cena linda! – aquela voz seca que a tanto não me assustava mais.
- Cala a boca Malfoy. Porque ainda está do lado de fora?
- Pelo mesmo motivo que você, Granger.
- Vá Harry, já esta tarde.
- Você não me respondeu.
- É Granger, você não respondeu a ele.
- Claro que eu quero. – Dei um selinho nele e entrei, Draco entrou logo após. Foi direto para o seu quarto, não deu nem meia palavra comigo.
Mas não era para eu me sentir mal, estava namorando de (acordo com as meninas) “a elite” do colégio.
Ótimo! Agora estou me sentindo culpada. Era para eu estar dando pulinhos de felicidades, tendo sonhos maravilhosos, mas nem isso eu consigo, por quê? Porque aquele loiro conseguiu me irritar, sem dizer uma palavra? Acho que isso é a pior parte.
- Mione? – Ele veio entrando. Se sentou na cama do meu lado.
- O que você quer Draco?
- Conversar.
- Tudo bem, pode falar.  – Olhei pra ele.
- Você gosta do Potter?
- Claro que gosto, ele é meu amigo há anos.
- Não, ser amigo não basta você gosta para namorar? Sei lá, sei que não sou nada seu.
- Você é meu amigo Draco.
- Agora não sei o que dizer.
- Continua dizendo o que você estava falando.
- Não, deixa pra lá.
- Tem certeza?
- Tenho. Posso dormir aqui? Juro que não te agarro. Não quero o Potter me atacando pelos corredores.
- Medo de escuro? – Perguntei rindo.
- Não! Só não quero ficar sozinho.
- Tudo bem, você pode.


-Você vai para sua casa no Natal não é? – Ele perguntou.


- Sim, por quê?


- Quero saber para onde vou mandar seu presente.


- Não precisa me dar presente Draco.


- Claro que precisa. O que você quer? Uma foto minha ou um pôster?


- Hum sem graça. – Falei mostrando minha língua para ele e o fazendo rir.
E assim foi num ritmo de conversas bobas e muitos risos que adormecemos.
Os dias seguiram e nós continuávamos nesse negócio de briguinha do lado de fora e amizade do lado de dentro.


Meu namoro com Harry estava indo muito bem, mas hoje ele estava estranho, meio nervoso, não tinha nem me dado um beijo de bom-dia, como sempre fazia, de tarde, depois das aulas eu o procurava por todo o castelo, ele tinha simplesmente sumido depois da nossa última aula, quando estava quase desistindo de procura-lo, ouvi um barulho, vindo de uma sala de aula vazia, abri a porta e encontrei Harry e Gina se agarrando no meio da sala.


- O que está acontecendo aqui? – Gritou Hermione, cheia de raiva. Harry e Gina se separaram. Gina estava com a roupa toda abarrotada, maquiagem borrada e ofegante, Harry estava com a gravata torta, o primeiro botão da blusa aberto, os óculos tortos e com batom de Gina nos lábios.


- Hermione! – Exclamou Harry.


- Como foi capaz de fazer isso comigo? Logo você, espera isso de qualquer pessoa, menos de você, como pode? – Hermione estava desesperada, não estava acreditando no que via.


- Não, Hermione, eu posso explicar!


- Então explica! – Repreendeu a morena, mas quem respondeu foi Gina.


- Acontece que se você se preocupasse mais com a aparência, talvez o Harry não te trocasse por mim. – Lágrimas brotaram dos olhos de Hermione e ela, mesmo com lágrimas, respondeu.


- Achei que vocês fossem meus amigos, mas vejo que me enganei. – Ela virou as costas e saiu correndo daquela sala, direto para seu dormitório, Harry gritava para Hermione voltar, mas ela não iria voltar, não depois daquilo. Murmurou a senha e entrou no dormitório, encontrou Draco sentado no sofá, sem fazer nada, ela olhou para ele foi direto para seu quarto, mas ele a chamou.


- O que houve? – Ela pensou por um segundo, ele era seu único amigo agora, decidiu ir até ele.


- Então, o que aconteceu? – Ela se sentou no sofá.


- Harry me traiu com Gina. – Ela abaixou a cabeça quando falou para ele não ver seu rosto. - Foi isso que aconteceu – Falar aquilo doía mais que ver, ela pensou.


- Nossa! O Potter sabe trair? Isso é novidade!


- Não imaginava que ele era capaz de fazer isso! Logo ele! – Ela falava aquilo mais para si mesma. Draco estava achando divertido saber que o “Potter” foi capaz de trair, mas percebeu que Hermione realmente gostava dele e como ela estava mal.


- Eu sei que o que você está passando não é fácil. – Ele suspirou, tentava ajudar. Sentou-se do lado da morena e a abraçou.


- Você está me consolando? – Ela perguntou.


- Estou tentando. Sei que está doendo aí dentro. Me conte o que aconteceu. – Então Hermione relatou tudo a Draco e falou como se sentia também, ela se sentia muito melhor contando aquilo a Draco, mas continuava doendo muito. Quando acabou de falar se sentiu desmoronando e Draco era seu único chão, seu único apoio. Ela desabou a chorar.  


- Vem cá, minha morena. – Draco a puxou para seu colo e a envolveu com seus braços e a morena pousou sua cabeça no ombro de Draco. Ficaram assim o resto da tarde e quando já era de noite, ela sussurrou que iria para seu quarto.


- Tem certeza? – Perguntou Draco preocupado, ela fez que sim com a cabeça, desceu do colo de Draco, foi para seu quarto e adormeceu ainda as lágrimas.


Hermione logo superou seu rompimento com Harry, ela ignorava seus pedidos de perdão, Rony tinha parado de falar com ela por que dois dias após o rompimento ela colocou o pé na frente de Gina e a ruiva caiu no chão. “Não tenho culpa se Gina tropeçou em meu pé” falou para Draco e rindo junto com ele. Passava a maior parte de seu tempo com ele, se não estivesse nas aulas, estava com Draco e vice-versa. Agora não precisavam mais fingir que brigavam e que eram inimigos pois ela não falava mais com Harry, Gina nem Rony.


Os dois tinham adotado o costume de toda noite, antes de dormir, Hermione ler para ele, já que ele se recusava a ler.


- Pronto para a história, Babyboy? – A morena perguntou.


- Babyboy?


- Sim, é o apelido que eu criei para você Baby porque você parece um bebê, pois não gosta de ler e Boy porque você é garoto, não gostou?


- Até que é legal esse tal de Babyboy, bem criativo da sua parte. – Draco concordou.


- Então, pronto para a história ou não, Babyboy? – Mione debochou.


- Isso não tem graça. – Draco respondeu de cara fechada e ela sorriu ao ver sua expressão.


Hermione jantava no Salão Principal e seus olhos se fixavam em Draco que, depois de conversar com Zabini, se levantou, foi até a mesa da Grifinória falar com Hermione.


- Zabini me avisou que sexta-feira vai ter uma festa no Salão Comunal da Sonserina, você gostaria de ir? – Ele sussurrou no ouvido de Hermione que sentiu um arrepio percorrer seu corpo.


- Draco, eu não sou bem-vinda na Sonserina, você sabe disso, obrigada pelo convite, mas acho melhor não.


- Ele falou que posso te levar se você quisesse ir, você não precisa entrar de penetra. Aceita ou não?


- Se Zabini falou que eu posso ir, acho que não faz mal se eu aceitar, talvez uma festa possa ser bom. Tudo bem, eu aceito. – A morena sorriu, uma festa poderia ajuda-la a esquecer dos problemas.


- Ótimo, que bom que aceitou, eu vou falar com Zabini, ok? – Draco ficou feliz em saber que Hermione iria a uma festa da Sonserina com ele. Ela assentiu.


No dia seguinte Hermione precisava de alguém para ajuda-la a comprar uma roupa nova para a festa, já que seria amanhã, mas para quem iria pedir ajuda? Já que sua ex-melhor amiga a traiu, mas Draco logo resolveu o problema.


- Mione, essa aqui é Pooh, uma amiga minha da Sonserina e vai te ajudar com a roupa da festa, tudo bem? – Pooh era uma garota alta, com pele clara, cabelos pretos e olhos verdes, parecia muito animada e cheia de energia pronta a ajudar Hermione, e era exatamente o que a morena precisava: ajuda.


- Olá Pooh, obrigada por me ajudar. Como sabia que eu precisava de alguém para me ajudar, Draco?


- É que eu conheço as mulheres! – O loiro se exibiu.


- Bobo! – Hermione brincou.


- Pronta para um dia de compras? – Pooh perguntou animada batendo palmas.


       Pooh e Hermione passaram o dia comprando a roupa ideal para cada uma delas. De tarde, no dia da festa Hermione passou o final da tarde se arrumando com a ajuda de Pooh, as duas viraram grandes amigas. Hermione teve um dia de princesa, teve depilação, esfoliação, máscara facial e tudo que se tem direito.

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