Piloto



Episódio 1
Piloto 

 


 Clefable





 


            Abraçada ao seu bebê, Lílian sabia que Tiago e seus pokémons estavam derrotados e mortos e que o maligno lorde das trevas subia as escadas para pegar a ela e o seu bebê.


            Sua fiel Clefable, a única pokémon remanescente, encarava a porta fechada, de testa franzida, pronta pra enfrentar o inimigo que se aproximava e proteger sua senhora.


            Lílian sabia que sua Clefable não poderia vencer Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Não era um pokémon que lutava. Era um pokémon amigo, companheiro para conversar e tomar chá junto quando Tiago estava fora, que cantava canções de ninar para Harry... e isso aumentava ainda mais a sua dor. Clefable estava com ela desde quando ainda era uma Cleffa e fora seu primeiro pokémon. Depois do marido Tiago e seu filhinho Harry, era quem ela mais amava.


            Então, para o seu pavor, um terrível Haunter surgiu do chão. Ele viera atravessando o teto do andar de baixo. Lílian gritou e o pokémon fantasma deu um maldoso sorriso.


            Só então a porta foi suavemente aberta por um feitiço, e um assustador vulto encapuzado surgiu à porta, empunhando sua varinha.


            - Eu quero a criança. Somente a criança. Dê-a para mim e pouparei sua vida! -Falou uma voz terrível por debaixo do capuz.


            - Hauuuuuun... - gemeu o fantasma, pondo-se à frente de seu senhor, assim como Clefable se colocava em frente a Lílian, que por sua vez permanecia de costas para a porta e para o invasor, agarrada com todas as forças à Harry.


            - Não! O Harry não! Por favor! -gemeu Lílian, por entre lágrimas.


            - Cleee! - Clefable, comovida, rangeu os dentes tentando parecer ameaçadora e deu um passinho à frente.


            - Coisinha ridícula! -disse o Lord das trevas - Pokémon normal estúpido! Haunter, acabe com ela! Shadow Ball! –gritou ele, ordenando o ataque escolhido.


            Haunter juntou as mãos e ao separá-las uma terrível esfera negra surgiu entre elas, e então lançou em Clefable. Para sua surpresa o rosado pokémon escapou em um salto e atirou-se no fantasma pretendendo usar algum golpe físico, talvez uma cabeçada ou um murro, mas esse foi um erro.


            Clefable nunca havia enfrentado um pokémon fantasma e não sabia que ataques normais não podiam atingí-los. Ela acabou por atravessar Haunter, como se ele fosse apenas ar. Então ela caiu, rolando até os pés de Voldemort.


            - Você e seu pokémon estúpido tiveram sua chance! -disse Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado -Lord Voldemort é piedoso! Mas vocês escolheram me enfrentar, então...


            - Não! -gritou Lílian, sabendo que o momento chegara, temendo por Harry -O Harry nããããã...


            Aquele grito foi silenciado pelo clarão verde, seguido de outro clarão! Duas vezes o Lord das trevas usara a maldição Avada Kedavra, para matar Clefable e depois Lílian.


            Mas até ao cair morta parecia que Lílian protegia o bebê. Ele caiu seguro entre os braços ainda quentes da mãe.


            Haunter passou para trás de Voldemort, enquanto esse seguia para o bebê.


            - Mãe estúpida... com certeza você iria preferir ser morto a vê-la morta, não é, se tivesse tamanho suficiente para querer isso! -disse Voldemort, olhando o bebê  - O amor é uma coisa estúpida!


            - Haaauuunnnn - concordou Haunter.


            - E agora, você terá o mesmo destino que ela! Avadaaa Kedavr...


            Porém, quando o clarão verde surgiu, algo saiu terrivelmente errado para Lord Voldemort. Seu corpo se desfez, sua vida se esvaziou, seu Haunter percebeu a ruína de seu mestre e desapareceu na escuridão da noite.  

        Harry, porém, permaneceu. Prevalecera contra a maldição da morte, sendo ainda um bebê inofensivo. Como aquilo poderia ter acontecido? Aquele bebê, sem saber, acabara de derrotar o pior bruxo de todos os tempos.


           


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 N/A: Obrigado por visitarem a fic, espero que os fãs de pokémon gostem. Os capítulos regulares da fic devem ser um pouco maiores do que esse prólogo. Comentem. Abraços.

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