O Encontro;








Capítulo 6: O Encontro.


 


 


 


- Será que as senhoritas poderiam parar de gritar? – Perguntou um belo homem de cabelos castanhos, montado em um grande cavalo negro.
- Elas devem estar tendo uma crise de pânico, de acordo com minha antiga preceptora, isso é meio comum entre as mulheres durante uma certa época do mês. Ela mesma vivia dando a louca uma vez por mês. – Comentou o outro, montado em um cavalo com uma cor diferente. Não era exatamente cor de mel, era quase dourado.
- Deve ser porque ela convivia com você. Ninguém aguenta ficar um mês inteiro com você sem gritar, espernear ou se matar logo em seguida. Eu mesmo já quis pular de um penhasco só para me ver livre de você. – Respondeu o moreno rindo.
- Quanto amor. Desse jeito você me conquista. – Falou o loiro em tom de brincadeira.
- Rowena. – Helga sussurrou perto do ouvido da morena. – meu vestido está aberto. E tem dois homens aqui. O que eu faço?
- Eu é que sei? – respondeu a outra num sussurro cheio desesperado.
- Bem, você é a inteligente daqui. É cheia de planos. Arranja um para manda-los para bem longe daqui. Por favor.
- Sou inteligente, mas minhas ideias estão focadas em outra coisa.
- Tipo o que? O que pode ser mais importante do que nos tirar dessa situação. – perguntou a outra perplexa, aumentando um pouco o tom da voz, de forma alarmada.
Rowena laçou a ela um olhar repreendedor, e Helga voltou a ficar quieta.
- Repare bem neles. Roupas caras, cavalos bem cuidados, dentes brancos e perfeitos, cabelos e roupas limpas. São dois nobres. Não devem estar atrás de mulheres. Isso me deixar mais aliviada. Certamente não vão querer fazer nada ruim conosco.
- É, mas...
- Será que as senhoritas poderiam parar de cochichar e responder a pergunta que fizemos? – perguntou o Moreno.


- Pergunta? Que pergunta? – perguntou Helga.
Elas haviam se distraído tanto com a conversa entre sussurros que nem deram devida atenção aos dois cavaleiros.
- O que estão fazendo perdidas por aqui. Que eu me lembre, o vilarejo mais próximo está há mais de duas horas daqui. Isso se a pessoa for a cavalo. – Respondeu novamente o dono do cavalo negro. O outro parecia bem interessado em encarar a bolsa de Helga.
- Fugimos de casa. – respondeu a loira com simplicidade.
Helga se encolheu imediatamente ao perceber que era algo do olhar dos outros três. Rowena a olhava como se dissesse: “Cala a boca”, já os dois homens a olhavam com um misto de admiração, surpresa, e descrença.
- Fugiram de casa? Bem, e de onde são? – perguntou o loiro dono do cavalo ‘dourado’. Ele certamente tinha descendência viking.
- Eu sou de Londres – respondeu Rowena contrariada. Ela queria que eles se fossem logo, e não que ficassem fazendo perguntas. – e Ela é de Belfast.
- Mas isso fica na Irlanda. – Falou o loiro impressionado. – É perto de onde eu moro.
- E onde fica isso? – perguntou Rowena com uma postura altiva.
- Em Dumfries. Escócia. – Respondeu com uma sobrancelha arqueada. – Porque pergunta?
- Ora, porque você vocês fizeram varias perguntas. Temos esse direito. – respondeu. – agora imagino que queiram seguir seu caminho.
- Na verdade, estávamos pensando em parar e descansar por aqui quando vimos sua amiga loira aqui e resolvemos ficar, certo? – Perguntou o moreno para seu companheiro de viajem.
- Corretíssimo meu caro amigo. – respondeu ele desmontando do cavalo sendo seguido por seu amigo e amarrando as rédeas em um galho baixo da árvore na qual Rowena e Helga estavam recostadas, tentando esconder as costas abertas de seus vestidos.
“Se eu pudesse ao menos alcançar minha varinha.” Pensou Rowena. Mas até ela chegar à varinha, eles provavelmente já teriam visto tudo o que a abertura do vestido não escondia.
Os dois terminaram a tarefa e olharam para elas.
- As senhoritas irão ficar ai até quando – perguntou o Moreno educadamente, embora houvesse um toque de riso em sua voz.
- Até que os senhores façam o favor de se virarem de costas. –respondeu Helga diretamente, surpreendendo-os.
- E porque faríamos isso? – perguntou o loiro. – para tentarem nos golpear e roubar nossas coisas, incluídos nossas montarias?
- O que acha que somos? Ladras? – perguntou Rowena perdendo a paciência. – Pois fique o senhor sabendo que eu nunca roubaria ninguém. Mas depois disso até que aceitaria de bom grato lhe golpear.
Helga a olhou surpresa, mas não tão surpresa quanto os dois. E quando Rowena pensou que houvesse ganhado essa batalha, o loiro explodiu em gargalhada. 
- O que foi? Duvida de minha capacidade? – perguntou ela se sentindo ofendida.
- Por favor. Não somos ladras. – interrompeu Helga. – Só queremos fechar nossos vestidos. Acabamos de nos banhar no riacho, mas os senhores chegaram e não nos deram tempo de nos vestirmos adequadamente. – disse a loira como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo, surpreendendo mais uma vez os rapazes.
- Meu Merlin, você deveria manter a boca fechada de vez em quando. Ser sincera é sempre bom, mas a sua sinceridade ultrapassa todos os limites. – falou Rowena, absolutamente corada.
- Queria que eu mentisse? – perguntou a Loira inocentemente.
- Não. Queria que omitisse esse fato.
- Oh desculpe. – falou para a amiga. E se virou para os cavalheiros logo em seguida. – perdoem-me e por favor esqueçam-se o que ouviram agora.
- Tudo bem. – respondeu o moreno tentando conter uma risada. – Mas se não me engano, ouvi a senhorita bonequinha de luxo falar Merlin? – perguntou se virando para Rowena, que arregalou os olhos e tampou a boca com medo. Se descobrissem que elas eram bruxas, as queimariam vivas.
- E-eu? Oh, não, eu quis dizer... Bem...
- Merlin. Foi o que quis dizer- respondeu o loiro sorrindo. – Relaxe. Também somos bruxos. – disse tirando uma bela varinha de mogno de dentro da bota e acenando em direção a grama, fazendo aparecer um poste de madeira.
As duas garotas respiraram aliviadas. E os dois desamarraram os cavalos da árvore, e os prenderam no poste, desta forma eles poderiam comer um pouco de capim, enquanto os dois estivessem ali.
- Bem iremos ao riacho que disseram ter logo mais abaixo, nos lavaremos e daremos a oportunidade de vocês se vestirem devidamente. – disse o moreno, caminhando em direção ao riacho, sendo seguido de perto pelo loiro.
- Ufa. – disse Rowena, terminando de se arrumar da forma correta.
- Caras legais. – falou Helga de forma sonhadora. – Mas eu ainda não sei seus nomes.
- Bem, mas isso é o que iremos descobrir agora mesmo. – Falou Rowena, indo em direção ao riacho. Agora era vez dela fazer as perguntas.
- Mas eles estão se lavando. Provavelmente estão nus. – Respondeu a loira com os olhos arregalados.
- Melhor ainda. Eles quase viram o que não deviam. Nossa vez de assusta-los. – Disse Rowena com um ar misterioso, e cruel.
As duas se entreolharam, Rowena não se lembrava desse pequeno detalhe. Deu de ombros e correu em direção a sua varinha, que estava guardada dentro da bolsa, fechando o próprio vestido e em seguida, ajudando Helga com o dela.


 


 


As duas desceram a pequena colina com as varinhas em riste, preparadas para um interrogatório, e caso algo desse errado, preparadas para desarma-los e desacorda-los.


Mas elas definitivamente não estavam preparadas para o que viram.


Rowena sabia que teriam vantagens sobre eles se os dois estivessem despidos, mas ela não pensou que estivessem TÃO despidos.


Helga simplesmente achava a amiga louca. Quem em sã consciência iria atrás de homens nus, enquanto eles se banhavam? Ah sim, Rowena.


Seus olhos se arregalaram quando pousaram nos dois, dentro do lago.


O moreno levava uma grande cicatriz nas costas de pele dourada. Já o loiro, tinha a pele levemente bronzeada, mas ela ainda perecia ser extremamente lisa. Nenhuma cicatriz ou marca a vista.


Helga desviou os olhos na direção de Rowena, ao perceber que estava encarando eles, mas se surpreendeu ao ver a amiga, olhando na direção dos dois fixamente e com a boca aberta.
- Roe, enxuga. - Falou sorrindo.


A amiga desviou os olhos daqueles deuses gregos, e a olhou confusa.


- Enxuga o que? – sua voz subiu uma oitava na ultima palavra, e Helga percebeu que Rowena estava nervosa consigo mesma. Provavelmente por ter se perdido em algum lugar daqueles corpos.


- A boca. – brincou Helga, mas pela cara de confusão da amiga, ela não havia entendido nada. – Você está babando por eles.


A loira riu, enquanto a morena fechou a cara e deu as costas voltando para a árvore.


Helga a seguiu, se perguntando o que a havia feito mudar de ideia sobre interroga-los, mesmo que ainda estivessem nus.


 


 


O cheiro de carne assada atraiu os homens para o acampamento improvisado das garotas, e em poucos minutos, os quatro estavam comendo. A carne era macia e saborosa, mas faltavam os temperos que costumavam acompanhar a carne de javali.


As duas já estavam acostumadas a comer comida sem tempero, devido à escassez de dinheiro, e consequentemente, de especiarias e temperos. Mas os dois, diferentemente delas, reclamavam e resmungavam toda hora.


“Ora, já estão comendo de graça e ainda querer um banquete super saboroso. Eu mereço isso?” Pensou Rowena raivosa.


“Olha, aquela nuvem tem o formato de um coelho super cabeçudo.” Pensou Helga. Mas bem, esse pensamento não foi nem um pouco necessário, e pode muito bem ser ignorado. Essa mania de ficar olhando para as nuvens era algo bem estranho.
- Então, vocês ainda não disseram o que estão fazendo tão longe de casa. – disse o moreno.


- E vocês ainda não disseram nem ao menos seus nomes. – rebateu Rowena.


- Gênio difícil esse. – resmungou o loiro.


- Eu sou Godric, Godric Gryffindor, e este é Salazar Slytherin. – respondeu calmamente. – mas alguma pergunta vossa majestade?


- Só um milhão delas. – Respondeu Rowena.


- Bem, é a nossa vez de fazer uma pergunta. – disse o loiro.
- Hunf.


- procuramos por um lugar, para criarmos a primeira escola de magia e bruxaria digna de respeito e credibilidade entre os bruxos. – respondeu Rowena, atraindo total atenção de Godric e Salazar, enquanto Helga divagava.


- Está falando sério? – perguntou ele espantado.


- Não. Eu estava brincando. Estamos aqui para colher maças e atrair javalis para nos matarem logo em seguida. – respondeu ela ironicamente arrancando gargalhadas do loiro e um sorriso do moreno.


- Então vocês estão pensando em abrir uma...


- Não, estamos pensando em comprar uma ali com aquele bode, o que acha? Talvez a gente consiga um pouco de feno de brinde. - falou a morena com um sorriso forçado.


- Eu amo o seu sarcasmo... – Respondeu o loiro sorrindo - Estou dentro. – Falou se virando para Godric.


- Como uma parceria? – Perguntou o outro duvidoso.


- Isso não foi um convite. – rebateu a loira.


- Você é bem espirituosa, não? – perguntou Godric.


- Sou? Nunca reparei.


- e agressiva também.


- Bem, mas isso não importa. O fato é que estávamos planejando algo muito parecido, então...


- Maravilha. – comentou a morena cheia de ironia.


- além de espirituosa e agressiva, tem o pavio curto? – Godric levantou uma das sobrancelhas. – gostei.


- Vai contar os pelos de seu cavalo e me deixa em paz. – Rowena se levantou, perdendo a paciência e se afastou em direção ao rio, para comer sozinha.


Godric tinha total razão. Ela tinha mesmo o pavio bem curto.


- não o aconselho a fazer isso novamente. Quando ela se irrita distribui feitiços muito bem feitos para todos os lados. Falou Helga tranquilamente.


- Bem, meu protego é muito bom. – respondeu o moreno.


- mas o meu não. – disse o loiro distraído. – sou bom em feitiços de ataque, mas meus feitiços defensivos são miseráveis.


- Não se preocupe. A melhor defesa é o ataque. – disse a loira sabiamente.


- bem, nisso eu concordo com você.
- E então, desejam se juntar a nós? – perguntou o loiro de repente.


Gryffindor e Hufflepuff viraram seus olhos arregalados para ele. Manter Rowena e Godric lado a lado por um grande período de tempo seria quase provocar um armagedom.


Quem olhasse direito, poderia ver de primeira que a personalidade forte dos dois não iria ajudar em muita coisa.


- Topo se Rowena topar, o que eu acho difícil de acontecer. – Helga se levantou e começou a distribuir feitiços lavando os pratos que usaram, e guardando a comida restante, a parte.


Não muito tempo depois Rowena voltou à encosta. Um pouco atrás das coisas que usou para comer – já que essas vieram voando em direção à bolsa que Helga mantia aberta, e fechou assim que entraram. – e olhou ao redor, vendo que o sol já estava descendo. Mas infelizmente, algo dizia que o dia seria longo.


 


 


Depois de muita insistência de Helga e Salazar, e muitas brigas entre Godric e Rowena, os quatro decidiram partir juntos na sua busca pelo lugar perfeito. Mas o perfeito para um, não era o perfeito para todos.


Salazar e Godric queriam um castelo bem grande e luxuoso perto de alguma vila famosa e muito conhecida. Queriam que todos soubessem da existência e localidade do castelo.


Já Rowena e Helga, concordavam que devia ser um lugar bem escondido não só em localização quanto com feitiços protetores. E o mais importante era ter uma grande área ao ar livre, para os estudantes poderem estudar debaixo de alguma arvore, ou jogar algum jogo com os amigos sentindo o calor do sol. Se fosse para ser perto de uma vila, que fosse uma pequena vila, protegida pelo castelo, para os professores e trabalhadores do castelo morarem.


As divergências eram muitas, e cada vez mais eles paravam de fazer planos para discutir. Até que Rowena teve um idéia.


- Já sei. Vocês querem um castelo super luxuoso, nos queremos mais que isso. Então vocês ficam encarregados pelo castelo e nós pelos arredores dele. Se nós precisarmos de ajuda em algo, o que provavelmente não vai acontecer, nós pedimos sua ajuda, e vice versa. O que acham? – Os quatro trocaram olhares, se examinando e com um aceno de cabeça os meninos concordaram.


Pelo menos um assunto já estava resolvido.

Decidiram depois de mais algumas divergências, que o castelo teria aposentos para os quatro, e que cada um iria se incumbir dos próprios aposentos, sem interferência de ninguém.
A viagem se seguiu sem muitos problemas por algumas semanas, e os acampamentos desconfortáveis haviam acabado, para o bem das garotas. Já que Salazar não aceitava acampar, ele preferia pagar dois quartos em tabernas e estalagens para que pudessem dormir, as meninas juntas e ele com Godric – coisa que ele detestava fazer – mesmo que fossem em camas separadas.
Com o tempo as discussões haviam diminuído, mas não se extinguido. Godric e Rowena tinham temperamentos muito parecidos, mas se recusavam a ver isso, e preferiam discutir sobre banalidades do que dar o braço a torcer e aceitar que tinham gostos diferentes.


- Para mim isso é amor. – comentou Helga um dia, ao ver Rowena arremessar uma pesada caçarola na cabeça de Godric.


- Pois aposto que é tesão encubado. – respondeu Salazar.
- Desculpe-me, como é? – perguntou Helga sem entender nada do que ele disse.


- Esquece, é melhor para sua sanidade. Acredite em mim. – respondeu o loiro rindo e se afastando logo em seguida.


- Tesão encubado? – se perguntou a loira sem entender. – esse cara é meio biruta.


 


                                             

Pois então... prometido e cumpreido. Dois capítulos de uma vez. Leiam, curtam e comentem hein (:

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Comentários (2)

  • sra fernandes

    quando vem o próximo?!?!?! :D

    2013-05-02
  • Lana Silva

    Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh eu amei *-* Realmente acho que tem algo ai...Eu amei o capitulo \o/ Tô apaixonada pela fanfic e quero mais kkkkkkkkkk Acho que esses 4 ainda vão fazer muitas loucuras e se enlouquecerem principalmente. Bem o capitulo foi realmente maravilhoso *---------*Beijoos! 

    2013-04-24
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