- O Objeto Misterioso

- O Objeto Misterioso



    Alvo estava em um vilarejo estranho,parecia estar abandonado ou muito mal cuidado mesmo.Ele estava usando uma capa comprida e preta que se arrastava pelo chão fazendo um barulho pelas folhas secas que estavam sendo arrastadas.Todas as casas pareciam abandonadas,com janelas quebradas e algumas sem portas,paredes de madeira muito velhas,plantas mortas e mato seco para todo o lado.
    Ele continuava andando,sempre em linha reta,até que chegou em uma casa que parecia a mais antiga e acabada de todas ; Ele continuou seguindo e parou no buraco onde deveria ser a porta e ficou olhando para a escuridão interior da casa.Depois de poucos minutos em silêncio ele sussurrou “Lumos“,então sua varinha acendeu e ele entrou na casa.
    Tudo parecia muito sujo e mal cuidado,a casa deveria estar abandonada a anos.Ele foi examinando os objetos um a um,tentando não tocar neles mas chegando perto o bastante para sentir o cheiro do objeto por trás do mofo e da poeira.

    - Ah,sabia que você viria. - Uma mulher que aparentava uns quarenta e poucos anos de idade veio de uma outra sala que agora estava sendo iluminada por velas,o que só dava a casa um ar mais sombrio. - Ande logo sente-se,não se acanhe. - Ela sentou em uma velha poltrona,ele fez o mesmo e continuou olhando-a em silêncio. - Infelizmente não tenho mais o que você precisa,e nem tente fazer nada com essa varinha mocinho que não ira adiantar nada.Eu não sabia que aquele objeto tão…tão insignificante significava algo para você entende?Não há mais o que fazer.Mas… - Ela levantou-se e foi até uma pequena estante repleta de porta retratos.Ela pegou um bem enfeitado,com a foto de uma moça muito bonita de cabelos e olhos negros. - Essa é minha sobrinha,uma completa idiota mas infelizmente minha última herdeira mais próxima viva.Uma tapada,completamente inútil. - Ela entregou a foto para ele,que a apreciou em silêncio. - Uma sangue-ruim imunda,não permito que venha à minha casa,ela está proibida de chegar perto de mim ainda mais de tocar em mim,ela dá nojo.Ah a minha irmã,aquela traidorazinha do sangue,casou-se com um trouxa sabe?E a menina puxou bastante o pai…

    - Onde toda essa história ridícula de família vai levar,Muriel? - A mulher olhou para ele com uma certa raiva por ser interrompida.Então,ela arrancou o porta retrato das mãos dele e jogou-o contra a parede.

    - Está com ela.

    - Por que?

    - Ora como por que?Ela é herdeira legitima!

    - O objeto é meu Muriel,você sabe disso…

    - Que culpa eu tenho se você é um tolo,vendeu-o à mim!Não precisava mais dele,não o queria então dei a ela. - Ele levantou-se calmamente e encarou a mulher.

    - Não quer me ver com raiva Muriel,estou avisando…

    - Ora tente experimentar!Quero ver você explodir e virar purpurina! - Ele empunhou a varinha e direcionou para o coração de Muriel.

    - Não seja desrespeitosa sua imunda.Você não deve ser melhor que sua sobrinha sangue-ruim.Mora nessa casa deplorável,quase me dá pena,e olha que não tive pena nem do meu próprio pai…

    - Seu pai era um imundo,IMUNDO ESTOU DIZENDO!

    - E eu não sei?Ele não valia nada,por sorte… - Ele se afastou da mulher devagar,observando as fotos da estante. - Eu sou igual a ele,não sou?

    - Idêntico.

    - Então sabe do que sou capaz,não sabe?

    - Sei,e não tenho medo,você precisa de mim,não sabe nem sequer o nome da imunda de minha sobrinha…

    - Eu não sabia seu nome a pouco Muriel,não preciso de você.Posso acabar com você quando eu quiser. - Então ele apontou a varinha para o coração dela. - Ela está… 

    - Não disse que você precisava de…

    - Cale a boca sua velha idiota!Estou pensando…

    - Acorde seu idiota,não irá conseguir sem mim! 

    De repente um clarão branco tomou conta do ambiente.Alvo não estava mais lá,no corpo daquele homem,não sabia onde estava.Estava cansado,confuso…

    - Alvo?Alvo?Tudo bem? - Então tudo ficou claro para ele.Ele estava na sua cama,no seu quarto,em Hogwarts… ; Ele sentou-se na cama,estava suando frio e tremendo. - Teve outro pesadelo não é?

    - Sim… - Alvo olhou ao redor para ter certeza que todos estavam dormindo. - Scorps,por acaso vocês encontraram alguma coisa sobre… um objeto,ou algo do tipo nos livros que você e a Rose pesquisaram?

    - Não,pesquisamos nos arquivos de alunos de Hogwarts lembra.

    - Ah sim,lembro…

    - Por que? 

    - Não é que… O sonho,ele queria um objeto.Estava com uma moça mas ele não sabia onde ela estava.

    - Sabe o nome dela?

    - Não,não disseram.Mas eu a reconheceria se a visse.Ela tinha cabelos que chegavam até a metade das costas,muito negros assim como seus olhos.Se eu vê-la com toda a certeza vou reconhecê-la.

    - Pelo menos sabe como é o objeto?

    - Não.

    - A cada dia sinto que estamos tendo menos progresso… - Scorpius deitou-se em sua cama,cobriu-se e virou-se para o outro lado a fim de tentar dormir.

    - É,eu também. - Alvo deitou-se,cobriu-se e tentou dormir.Por incrível que pareça ele queria outro pesadelo,um que mostrasse o tal objeto que aquele homem queria com tanta urgência.

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