Everything Sucks



Narrado por James Potter.


 


-Então quer dizer que... Você está grávida. E resolveu fugir de casa. Cara, não achei que existisse uma pessoa mais burra do que Sirius.


Petúnia, a irmã maquiavélica de Lily, me fuzilou com o olhar. Tá, eu não devia ter dito isso, mas acontece que aquela garota era realmente estúpida. Quando descobre que ficou grávida, imagino eu, a última coisa que é certo fazer é fugir de casa. Não?


-Cala a boca, James – disse Lily, sentada ao lado de sua irmã. Depois de muito insistir, finalmente me deixaram entrar no quarto. Remus comentou que eu estava começando a ficar verde, e que até tinha desmaiado.


Bobagem. Eu só fiquei meio... Desestabilizado quando pensei que Lily estava grávida. Nada demais.


-Hum, Petúnia? - tentei parecer carinhoso, e até me agachei para ficar ao mesmo nível que elas, sentadas na cama – Olha, sei que não nos damos muito bem desde... Bem, desde sempre, mas saiba que não importa o que aconteça, sempre estaremos aqui para te ajudar.


Meu pequeno discurso de palavras clichês não pareceu funcionar até Petúnia se jogar no chão e me abraçar, aos prantos. Olhei interrogativo para Lily, que deu de ombros. Relutante, abracei ela de volta.


-Pronto, pronto... - murmurava. Até que finalmente ela se acalmou. Respirou fundo, e sentou no chão – A primeira coisa que temos que fazer é...


Não fazia ideia. Olhei para Lily pedindo ajuda.


-Já falou com Vernon? - perguntou ela, e sua irmã fez que não – Bem, então se acalme, se arrume, coloque um sorriso nessa cara e vá contar para ele.


Petúnia concordou, limpando as lágrimas e se levantando.


-Pessoal, não sei o que faria sem vocês – falei.


Isso rendeu uma rodada extra de abraços molhados.


 


Narrado por Lily Evans.


 


Encostada na van de Zac, ao lado de James, na frente da casa de um amigo de Vernon, esperando Petúnia, e eu só tinha uma palavra: frio.


Nunca pensei que fosse quase congelar assim, na metade do ano. Mas como minha cabeça, o tempo estava uma bagunça.


-Acho que vai nevar – disse James, se encolhendo no seu fino casaco. Ele tinha vindo com uma jaqueta, mas dera pra mim. Abracei ele.


-Não ouvimos gritos até agora – comentei – Será que eles se acertaram?


-Ou Vernon pode ter jogado um tijolo na cabeça de Petúnia pra ela calar a boca – ele riu, mas parou ao ver minha expressão – Desculpe.


Não que eu ame Petúnia do fundo do meu coração. Mas, bem, ela era minha irmã. E embora ela tenha me enchido o saco a vida toda, ainda significa algo pra mim.


-Você achou mesmo que era eu quem estava grávida? - perguntei, sorrindo. Ele ficou vermelho.


-Bem, é – falou – Nessas horas a gente se desespera. Ah, se bem que não tem como você ter ficado grávida, não fazemos nada de interessante desde sei lá quando.


Eu ri.


-Andamos muito ocupados – falei – A banda, a minha mudança, meu trabalho de merda... Ainda bem que eu pedi demissão.


James pareceu assustado.


-Mas e se... Bem, isso não dar certo? - perguntou – O que você vai fazer?


Fiquei pensando por um tempo. Não tinha pensado na possibilidade de isso não dar certo, não depois da promessa que Dorcas fizera, de cololar a banda no topo.


-Ah, se isso acontecer eu dou um jeito – respondi, tentando parecer despreocupada. Mas lembrei de uma coisa, que estava me incomodando desde mais cedo – Ahn, James? Quando estávamos no bar, Marlene disse uma coisa...


-O quê? - perguntou ele – Ela finalmente percebeu que Sirius é um completo idiota?


-Não, acho que ela sempre soube disso. Ela acha que Zac está mentindo, sobre o show de Liverpool.


-Quê?


-E eu concordo com ela.


 


Narrado por Sirius Black.


 


-Lene, pode me passar o queijo? - perguntei. Ele não estava totalmente for a do meu alcance, mas, bem... Quase não conseguia mover o braço. O curativo do lado direito da minha barriga apertava e não deixava eu me mover direito.


-Não – respondeu ela, friamente, massageando as têmporas.


Tínhamos ido até um café do outro lado da rua, para tomas café-da-manhã. O resto da galera ficara dormindo no hotel.


-Uau – respondi – Não precisa ser má.


Me levantei levemente da cadeira, e estiquei o braço o máximo que podia, pressionando o curativo, até pegar o queijo.


-Ah, pára com isso! - reclamou ela, olhando furiosamente para mim – Nem deve estar doendo tanto.


Sentei de volta e a encarei.


-Ok, Marlene, o que está acontecendo? - perguntei.


-Não te interessa.


-Claro que interessa, eu sou seu namorado!


Ela revirou os olhos e não respondeu.


-Olha, eu sei que está sendo estressante demais, mas... - comecei, mas ela riu ironicamente.


-Você sabe? Você não sabe nada! Ficou no hospital nos últimos dois dias, e não faz ideia de como está sendo difícil para mim manter essa banda unida!


-Olha, acho que não está sendo difícil porcaria nenhuma, já que está tudo a mesma droga! - respondi, já irritado. Ela ficou em silêncio.


-Você acha que eu não sou uma boa empresária? - perguntou ela, assustadoramente calma.


-Acho!


Bem, eu não queria ter dito aquilo. Mas escapou. Ela não entendia? Eu tô todo ferrado, e ela me culpa por qualquer coisa. Maldita T.M.P!


Marlene se levantou, e sem dizer nada, se dirigiu até a saída.


-Espera, Lene! - gritei, quando ela abria a porta. O velhinho cansado que estava servindo a mesa me olhou estranhamente – Eu não quis dizer aquilo!


Em resposta, ela levantou um dos dedos.


-Ai – resmunguei – Não precisava ser mal-educada. E ainda deixou a conta para eu pagar, brincadeira...


 


Narrado por Dorcas Meadowes.


 


Eu estava fazendo compras com Justin Timberlake quando Marlene bateu a porta.


-EU ODEIO AQUELE... ARGH!


-O quê... - resmunguei, ainda de olhos fechados – Não pega essa saia não, Justin. A Shakira gosta mais daquela...


-O QUÊ? - gritou Marlene, olhando para mim – DORCAS, ESTRUPÍCIO, ACORDA!


-Justin Einstein gelatina! - gritei, sentando de um salto na cama. Olhei para o lado e vi a outra cama de solteiro vazia – Pera, cadê a Lene? Ah, tá aí... Boa noite.


Me cobri com o edredom até a cabeça, mas Marlene, com toda delicadeza digna de uma princesa, arrancou ele de cima de mim.


-Já é quase meio dia! - disse ela – Vamos chamar Zac, daqui a pouco temos que ir.


-Onde é que você estava? - perguntei, me esticando toda.


-Tomando café com o mondrungolóide – respondeu ela, sem olhar para mim.


-Ah, Sirius – me levantei e fui até o banheiro. Depois de eu fazer o que tinha pra fazer lá (não vou dar detalher, é indelicado), voltei para o quarto e vi Marlene chorando por cima da mala.


-Lene! - exclamei, e corri até ela – O que houve?


-Eu... Ah, Dorcas!


Ela se agarrou em mim, molhando meu pijama com suas lágrimas.


-Me conta o que houve.


-Eu cansei, Dorc's – ela respondeu, me soltando e secando os olhos violentamente – Eu...


-MENINAS! - gritou Zac, do corredor, aparentemente tocando um... Aquilo era um bongô? – Levantem suas bundas cheias de celulite da cama, temos uma longa viajem pela frente! E Lily, não fale nada até chegarmos lá! Temos um longo show pela frente. UHU! AH, É! UHU! ZAC É DEMAIS!


Ele foi para seu quarto, cantando algo que pareceia Spice Girls. Olhei para o colchão no chão, que tiramos de um quarto vazio, e vi que Lily não estava.


-Dorcas – chamou Lene, jogando suas roupas espalhadas pelo chão para dentro de sua mala – Eu vou pra casa.


 

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Comentários (2)

  • Rosie Bolger

    Puts!!!!!!!! a coisa tá feia de novo!!!!!!!!! Oh Lene só se vinga de Sírius como antes vai... ia ser bem melhor pra school of rock.

    2012-12-19
  • Lana Silva

    Opaaaaaaaaaaaaa o negocio tá serio ai, Marlene querendo ir pra casa, Lily acreditando nela e o povo todo enlouquecendo...Bem eu espero que dê tudo certo para a banda *--------------------------------* E espero que a Lene não vá embora....E também espero que o Zac esteja dizendo a verdade ou todo mundo vai ficar muito magoado com ele :/bjoos! 

    2012-12-18
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