Prólogo



Prólogo



 


         Desastre. A palavra que descreveu a situação do mundo bruxo em 1980. Voldemort estava ainda mais poderoso, estava no auge do seu poder, atacava famílias trouxas, famílias bruxas, atacava quem se colocava em seu caminho. Ninguém mais saia de casa, tempos difíceis eram aqueles que as pessoas temiam em olhar para cima e avistar a Marca Negra pairando no céu.


         O que leva a ganância? O desejo do poder? O que levou um garoto a se tornar um monstro como aquele? Ódio... um sentimento tão negativo, podre, só faz arruinar a alma de quem o sente. Vingança... o que levou o garoto Riddle a ter o prazer de ver o sofrimento e a dor estampada nas faces das pessoas? Tudo isso por poder e vingança? Não, não. Tem algo mais, sim, tem.


         Pessoas se viam obrigadas a se esconder, a se alto trancafiarem em suas próprias casas. Sentiam medo da dor e da morte, e pior, tinham medo de perder quem elas amavam e ver que tudo estava se arruinando e que suas famílias não estavam mais em segurança. Elas estavam aflitas, preocupadas. Será que iriam voltar a viver normalmente, sem aquelas dúvidas que atormentavam suas cabeças? Poderiam então, parar de temer se irão ou não acordar no outro dia?


         O ruivo observava seus cinco filhos sentados ao chão no escuro, brincando inocentemente entre eles, cinco crianças ruivas de rostos finos e avermelhados em certos pontos, ele desejava tanto sentir-se do mesmo modo deles, ele queria tanto não estar preocupado com o que acontecia lá fora. Por um momento pegou-se lembrando da sua infância ao lado do seu irmão. Ah, seu irmão. Ele não o via há meses, e isso preocupava mais do que tudo o homem.


         Seu irmão havia saído a procura de respostas. Respostas pelas quais o ruivo, pai de cinco filhos desejava saber. Já estavam em julho, e ele ainda não obtinha respostas, não tinha ideia do paradeiro do irmão.


         Mas então, em um baque surdo a porta da frente foi escancarada. Assustados, as cinco crianças que antes brincavam rapidamente encolheram-se em silencio com os olhos observando amedrontados, a sombra à porta. A mulher, grávida,  que antes dormia em um sofá, pulou de susto acordando ofegante, ela fitava assustada e ansiosa a porta da frente.


         Assustado o ruivo, rapidamente enfiou suas mãos trêmulas nos bolsos das vestes e retirou rapidamente a varinha e apontou para a porta. A sombra foi se aproximando cada vez mais e a medida que ela aproximava-se ela diminuía. A sombra finalmente sumira e o ruivo viu então um pequeno ponto de luz branca aproximar-se dele.


– Olá? Tem alguém aqui? – perguntou uma voz masculina. Mas ninguém se quer abriu a boca para soltar o ar que eles haviam prendido.


         A criança mais velha então sentiu seu nariz coçar e então sem conseguir se segurar, o mesmo espirrou. A luz que vinha em direção ao ruivo, rapidamente apontou para a parede em que as cinco crianças ruivas estavam encostadas.


– Quem está ai? – ele perguntou novamente – olhe se estiver pensando que sou um comensal da morte, está enganado! – murmurava com uma voz calma. A luz aproximava-se ainda mais das crianças – Vim trazer ótimas notícias! Ele foi... Ele foi derrotado! Está acabado!


         Então, o ruivo tomado pela curiosidade e ansiedade, tirou de onde ele mesmo não sabia a coragem para falar:


– Quem? Quem foi derrotado? O que está acabado?


– Quem fala? Onde você está?


         O ruivo então, ainda tomado pela curiosidade e agora com uma pontada de esperança no coração, aproximou-se rapidamente da luz branca e percebeu então que era o feitiço “Lumos” que conjurava uma pequena bolinha de luz na ponta da varinha.


– Eu, estou aqui com minha mulher e meus filhos. Agora, por favor, diga-me, quem foi derrotado?


– Ah! Desculpe-me por assustá-lo senhor, mas é que como estavam todos escondidos, achei que tinha alguém aqui então eu precisava dar as notícias...


– Tudo bem, agora, diga-me! Desembuche!


– Foi ele – o homem disse eufórico – ele foi derrubado. O Lord das Trevas foi derrotado, e por uma criança! Um bebê de apenas um ano chamado Harry Potter.


– Harry Potter?


– Sim, mas, infelizmente os pais da criança estão... Mortos. Estão dizendo por ai que, Lilian e Thiago Potter morreram por ele. Triste não? Pois bem... – o homem fez uma pausa – Acho que já podem voltar para suas casas – o homem aproximou-se da porta da frente de novo, mas antes que pudesse passar, o ruivo o chamou – sim?


– Obrigado!


– De nada – falou sorrindo fraco e então saiu animadíssimo pela porta.


– Ouviu isso, querida? Vamos para casa!


 


***


 


Fazia duas semanas e meia desde o ocorrido com Voldemort. As pessoas agora já se sentiam seguras para andar pelas ruas. Não temiam mais em olhar para o céu e sem contar que sentiam um enorme alívio no peito.


         Alguns comensais foram pegos e foram mandados direto para Azkaban, outros se entregaram como Bellatrix e Rodolfo Lestrange, e outros como Narcisa e Lucius Malfoy disseram que estavam sendo controlados pela maldição Imperius.


         A vida de todos estava voltando ao normal aos poucos. Uns estavam abalados pela morte dos entes queridos, outros estavam ainda desaparecidos, como por exemplo, o irmão do ruivo. Mesmo com a derrota de Voldemort, ele não voltara, ele não aparecera.


         As aulas do seu filho mais velho na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts já haviam começado, a mulher do ruivo deu a luz a um lindo menininho ruivo há uma semana. A família estava reunida para jantar. Um barulho na porta interrompeu a conversa animada sobre quadribol. A mulher levantou-se junto ao homem ruivo e seguiram até a porta da frente e na hora em que eles abriram, viram uma mulher de cabelos loiro-platinados de costas rapidamente sumir. Ela havia aparatado.


         O ruivo estava quase fechando a porta quando a mulher segurou seu braço fortemente.


– Olhe! Um bebê! – ela murmurou abaixando-se e pegou a cestinha onde se encontrava um bebê de aparentemente com um mês de vida. – Por que será que a deixaram aqui?


– Querida, entenda. Ele acabou de ser abandonada! Meu Merlin! Isso é terrível.


– Talvez os pais tenham morrido, ou desaparecido. – ela olhou para a cestinha – Victoria. Esse é o nome dela! Está aqui olhe! 


– Sim, talvez. – ele olhou para a bebê que dormia serena. – venha, pegue a criança, vamos entrar, está frio aqui fora.


 


 


 


 


 


 


 


 


                                                                                            


 


 

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