Capítulo Único



Os passos de Rose Weasley ecoavam pelos corredores de Hogwarts, solitários. A saia de seu vestido vermelho brilhante arrastava carinhosamente no chão. Os cabelos ruivos – que combinavam perfeitamente com seu vestido – presos em um coque solto davam a ela um ar sedutor. Ela estava atrasada, e sabia disso, mas aquela produção toda teve seu preço. Apressou um pouco mais a caminhada, as pressas de chegar à sala de Slughorn onde uma Festa de Máscaras estava ocorrendo.


 


Scorpius Malfoy estava encostado preguiçosamente em um balcão qualquer e observava as pessoas na festa. Ele realmente não entendia a liberdade que fantasiasimpingiam, porque Scorpius tinha certeza de que nem metade do que estava acontecendo ocorreria em uma festa onde todos sabiam quem era quem. Ele, mesmo estando fantasiado, sentia-se desconfortável sobre suas ações. Parecia estar sendo vigiado a cada segundo. Bebericou sua taça de Hidromel e se encostou mais confortavelmente no balcão, apenas aobservar. Ia ser realmente divertido poder chantagear James Potter dizendo-lhe o quão fofo ele (que se vangloriava por ser um grifinório e que JAMAIS sairia com uma sonserina) estava ao tentar beijar Helena Parkinson.


 


Rose Weasley chegou à porta da sala do professor e a música agitada roçava em seus ouvidos, deixando-a levemente animada. Entrou na sala e foi recepcionada por um elfo feliz que trazia uma bandeja cheia de drinks variados. Sorriu internamente ao pensar na reação da mãe – Hermione - ao ver esta cena. Escolheu uma bebida rosada que parecia promissora e se infiltrou por entre a aglomeração de pessoas, tentando achar um lugar onde pudesse observar a festa e encontrar seus amigos que a haviam abandonado quando ela demorou-se a se arrumar. Avistou um lugar, perto de um balcão, onde apenas um garoto vestindo um ternonegro com máscara de mesma cor estava sozinho.


 


O copo de Scorpius Malfoy estava vazio mais uma vez e ele esticou o pescoço à procura de uma bandeja com bebidas. Ele nunca havia sido um garoto que gostava de festas, portanto ele não fazia idéia de porque ainda estava ali. Talvez fosse a sensação de quealguma coisa iria acontecer que o prendesse naquele lugar, mas mesmo assim estava entediado. Assim que conseguiu capturar uma bebida de cor meio rosada de uma bandeja ele voltou ao seu lugar encostado ao balcão. Ao voltar sua atenção para as pessoas novamente, um vestido vermelho brilhante entrou em seu foco, mas o que chamou sua atenção não foi o vestido em si e sim o que havia dentro dele. E ela estava vindo em sua direção.


 


Assim que Rose Weasley chegou próxima ao balcão, percebeu que o garoto vestido de preto a observava e, por alguma razão desconhecida, sentiu sua pele formigar. Tentou não encará-lo muito quando se encostou – um pouco afastada dele – no balcão. Por um momento nenhum dos dois falou, apenas tomando as bebidas que, Rose notou, eram iguais. Seus olhos rápidos passeavam pelo salão, enquanto seu corpo – do lado mais próximo do garoto – sentia espasmos e calafrios muito estranhos. E então a voz dele a assustou, mais próxima do que elaesperava.


 


– Procurando por alguém? –calafrios subiram mais intensamente pela coluna dela eRose Weasley não pode deixar de reconhecer aquela voz.


– Isso realmente não é da sua conta – a rispidez da garota fez Scorpius Malfoy sorrir. Ele sabia quem ela era.


– Acho que seus amigos estão ocupados, se é a eles quem você procura – ele disse, fazendo-a querer esmurrá-lo sem nenhum motivo aparente. Malfoy sempre teve esse podersobre Rose. E ele sabia disso. – O Potter Jr. está aos beijos com sua prima e o Potter Sr. estátentando beijar uma sonserina.


 


Rose Weasley soltou um grunhido de choque ao ouvir a última frase de Malfoy. Novamente voltou seus olhos para o salão e lá estava ele, James, passando a mão pelo rosto de Helena Parkinson. Ugh! E depois o primo dizia que não gostava de sonserinas. Um sorriso maroto se formou em seu rosto.


 


– Eu posso chantageá-lo com isso – Rose expressou seus pensamentos em voz alta, mas ainda observava seu primo para ver a expressão no rosto de Malfoy.


 


Scorpius Malfoy se surpreendeu ao perceber que o pensamento sobre a ação do Potter era o mesmo entre ele e a garota. Uma coisa em comum. Mas isso é ridículo, disse ele a si mesmo, qualquer um que convivesse com James Potter teria esse tipo de pensamento em comum. Ele tomou mais um gole da bebida – que era igual a dela – e sentiu seu corpo esquentar por um momento. A bebida era forte e queimava por dentro quando descia, mas não era uma queimação ruim afinal, um gosto doce de morango ficava na boca aumentando o desejo de beber mais.


 


Rose Weasley estava ficando incomodada de ficar ao lado de Malfoy, por isso tomou o último gole da bebida e deixou o copo descansando no balcão. Ajeitou o vestido e a mascara e se preparou para interromper as tentativas de James, a fim te ter alguém com quem passar a festa.


 


– Bem, hum, acho que eu vou nessa – ela falou, xingando-se logo em seguida por dar uma desculpa a Malfoy. Rose não devia nada a ele.


 


Apenas assentindo com a cabeça como resposta à garota, Scorpius Malfoy sorriu internamente pelas palavras dela. Como se sentisse obrigação de se justificar. A garota se afastou seu vestido vermelho farfalhando levemente com seus movimentos. Sereia. O pensamento tomou conta de sua mente. Linda e sedutora como uma sereia. Scorpius se repreendeu por pensar essas coisas. Mas mesmo assim, continuou pensando. Mas tão perigosa quanto.


 


Caminhava lentamente, desviando das pessoas que dançavam, agarravam, beijavam esorriam na pista de dança, tendo em vista seu primo que havia acabado de levar um forte tapa no rosto. Rose Weasley sorriu com a cena. Mas logo em seguida o sorriso se apagou, quando a sonserina que havia dado um tapa no rosto do garoto, puxava o mesmo para um beijo meloso e molhado. James se deu bem então.


 


– Eu não acho que você vai querer interrompê-los agora – uma voz fria fez Rose dar um pulo de susto.


 


Rose Weasley voltou-se de frente para o garoto que possuía um sorriso estranho no rosto.


 


Scorpius Malfoy sentia um sentimento estranho na barriga - algo como se tivesse milhares de insetos voadores em seu estômago – e esse sentimento, estranhamente, fazia-o ter vontade de sorrir.


 


– Pensei que fosse ficar lá – Rose indicou o balcão, onde o garoto estivera, com a cabeça.


 


Scorpius Malfoy deu de ombros, sem saber o que responder. A vontade repentina de segui-la havia sido irresistível. Sereia. O pensamento continuava a atingi-lo cada vez que olhava naqueles olhos azuis por debaixo da mascara.


 


– Quer dançar? – ele disse, sabendo que a pergunta irritaria a garota ruiva.


 


Rose Weasley sentiu seu rosto esquentar, só não sabia se era de vergonha ou deirritação.


 


– O que você quer Malfoy? Porque você não volta para o balcão? – ela disse, virando-se, à procura de Albus ou Lily.


– Eu quero dançar com você. Eu já não disse isso? – ele disse, vendo-a encará-lo com uma sobrancelha erguida.


 


porquê de querer dançar com ela é que Scorpius Malfoy não sabia. Tudo o que sabia, era que aquele vestido vermelho brilhante estava o tirando do sério.


 


Rose Weasley abriu a boca para dizer-lhe que não iria dançar com ele quando um garoto alto, também vestido em negro – e ela não pode deixar de admitir a si mesma que a cor caia bem melhor em Malfoy – segurou-a pelo braço.


 


– Quer dançar comigo? – o garoto perguntou. Ela notou que o garoto era bem bonito, e sorriu para ele.


 


Scorpius Malfoy sentiu uma raiva fervente atingi-lo, e puxou Weasley pelo braço em que o garoto tolo não a estava segurando.


 


– Ela já está acompanhada – e puxou-a, ainda pelo braço, para o meio da pista de dança, enlaçando-a pela cintura e virando-a de frente para ele. Weasley estava com as sobrancelhas erguidas.


– Isso foi ciúme, Malfoy? – perguntou.


 


Malfoy grunhiu como resposta e puxou Rose Weasley para mais perto. Ela não tevenenhuma outra opção a não ser dançar com ele. Ou melhor, ela tinha, mas por algum motivo deixou-se levar por ele. Os dois dançavam em silêncio, cada um perdido em pensamentos, num ritmo lento e preciso. Ele dança bem, ela pensou.


 


Enquanto dançavam uma música calma, Scorpius Malfoy se xingava mentalmente pela cena que havia feito. O que havida dado nele? E cada vez tinha mais consciência do quão perigosa era essa garota. Um sorriso estranho perpassou por seu rosto ao imaginar a cara do pai – Draco – se visse aquela cena. Um Malfoy dançando com uma sangue-ruim. Não podia se importar menos.


 


– Então, Malfoy, o que você diz de estar dançando com uma filha de uma sangue-ruim?Seu pai não teria gostado disso – a voz da garota o tirou de seus devaneios.


– Acho que são as máscaras que fazem isso – ele disse sendo sincero. – Nos faz fazer coisas que não teríamos coragem se não estivéssemos mascarados.


– Então você está admitindo que queria dançar comigo há algum tempo, só não tinhacoragem? – ela perguntou e outro sorriso estranho se afixou nos lábios dele.


– Entenda como quiser – ele disse misterioso. Rose sorriu. – E você, porque está dançando com um Malfoy?


– Porque você me obrigou – ela disse. Scorpius fez uma careta.


– Você pode ir embora agora, não vou te impedir – ele disse e a garota se retesou.


– Mas eu não vou ir – ela disse baixinho, mas ele ouviu.


– E porque não?


– As máscaras – ela disse, dando a mesma resposta que ele.


 


Rose Weasley estranhou ser tão sincera, especialmente para ele.


 


Scorpius Malfoy gostou da resposta da garota. Eles dançaram mais uma música, desta vez um pouco mais agitada, fazendo-os se mexerem mais e o pensamento ‘sereia’ agora estava fixo na mente dele. Só uma sereia para encantá-lo daquele jeito, mesmo que ele soubesse quenão deveria. E talvez tivesse sido este pensamento que o fez ir para frente, encostar mais seucorpo ao dela e encostar seus lábios.


 


Nada na vida de Rose Weasley a havia preparado para aquela sensação. De ter os lábios dele junto os dela.


 


Scorpius Malfoy tampouco estava preparado. Rose era como aquela bebida: rosada, forte e quente. Sua língua pediu passagem e a garota entreabriu os lábios, deixando-o entrar. Ele enlaçou-a mais forte pela cintura e as mãos dela voaram para sua nuca, arrepiando cada parte de seu corpo.


 


Rose Weasley estava maravilhada com a química entre os dois, seus lábios encaixavamperfeitamente. Mas o pensamento de QUEM ela estava beijando a atingiu. E ela se separou – ofegante – do beijo.


 


Scorpius Malfoy – ofegante – a encarou sem entender o porquê da interrupção.Deixava um gosto doce, aumentando a vontade de querer mais.


 


– Você é um Malfoy – ela disse, respondendo a sua pergunta.


– E você é uma Weasley – ele indicou o óbvio.


– Porque...? – mas ele não a deixou concluir a pergunta.


– São as máscaras – ele disse e a garota encarou-o por alguns segundos. E sorriu um brilho de compreensão perpassando seus olhos.


– As máscaras – ela disse, antes de voltar para perto dele. – Apenas máscaras.


– Tudo culpa delas – Malfoy disse, sorrindo marotamente antes de voltar a enlaçar a garota pela cintura e beijá-la novamente.


 


Rose Weasley não sabia exatamente o porquê de estar fazendo aquilo, mas não se importava. Talvez fossem as máscaras mesmo. Nada mudava o fato de gostar de estar beijando Scorpius Malfoy.

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N/A: Num pequeno surto de inspiração, eu criei essa fic. 
Foi minha primeira fic sobre Rose/Scorpius, por isso peço perdão por qualquer erro da minha parte.
Ela é completamente romântica,diferente das minhas outras histórias que tem muita comédia, essa aqui tem muito pouco.
Espero que gostem e que comentem :)
Beijos 

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Comentários (2)

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