Dear Diary



Hey Pessoas! Mais uma OneShot do meu casal favorito ^^
Lembrando que a fic é de minha autoria (também postada no site Nyah! Fanfiction), sendo proibido qualquer tipo de reprodução sem a minha autorização, ou seja, SEM PLÁGIO!
Enjoy!

**



Ele estava sentado em sua cama, no dormitório da Sonserina, com o semblante indeciso. Sobre suas pernas, repousava um livro de aparência quase comum, com a capa vermelha e os símbolos da casa de Grifinória bordados em ouro. Ele o tinha encontrado na noite anterior, estava esquecido no chão de mármore da biblioteca onde, provavelmente, alguém o deixou cair.


Mas o semblante confuso não era de alguém que tentava descobrir o misterioso dono do livro. As expressões do garoto loiro, que estava trancado no dormitório em uma tarde domingo ensolarada, tinham a ver com o fato de que ele conhecia muito bem o dono – ou deveria dizer dona? – daquele livro.


E, também, com o fato de que aquele livro não era um livro qualquer, a julgar pelos inscritos na contracapa que, ainda na noite anterior, fizeram Scorpius Malfoy arfar.


 


Pertencente à Rose Jean Granger Weasley.


P.S. Anotações de cunho pessoal. Se você não for eu, pare de ler imediatamente e me devolva esse caderno antes que eu descubra e o mate dolorosamente!


 


Ele não precisava ser um gênio para ter certeza de que aquilo que estava em suas mãos se tratava do diário de Rose Weasley, a garota mais irritante, prepotente, arrogante e – precisava admitir – bonita de toda Hogwarts.


Uma pessoa normal, certamente o devolveria a dona sem pestanejar. Mas ele não era alguém que podia ser adjetivado de normal. Ele era Scorpius Malfoy, e de normal, não possuía absolutamente nada.


Estava completamente indeciso. O Malfoy sabia que o correto era devolver o diário a Weasley – e, de preferência, de uma maneira que ela nem desconfiasse que ele havia, sequer, tocado naquele objeto .


O único problema, é que aquela era a chance da sua vida. Ler aquele diário seria a maneira mais fácil de entender como funcionava a mente completamente maluca e pirada da Weasley. Além disso, poderia descobrir algum segredinho inocente dela, podendo, assim, chantageá-la posteriormente.


Sorriu com o próprio pensamento. Será que estaria escrito alguma coisa sobre ele? O Malfoy se perguntou. E sobre o Potter? Será que ela escreveu algo que comprove o seu suposto relacionamento com Albus Potter? Pensou, sorrindo cada vez mais.


Ele encarou o livro vermelho mais uma vez e, finalmente tomou a decisão. Vagarosamente, como se temesse ser atingido por algum feitiço – o que seria completamente compreensível – o Malfoy virou a página, devorando seus inscritos dali por diante.


 


1º de Setembro


De volta à Hogwarts, meu inferno pessoal.


Metas para esse ano letivo:


– Ter uma boa nota nos NIEM’s


– Fazer com que Lilian e meu irmão deixem de brigar e fiquem juntos


– Ganhar do Malfoy em todas as nossas competições pessoais (óbvio)


– Humilhar Sonserina no campeonato das casas


– Me formar com louvor


– E, só se eu tiver a oportunidade, matar Scorpius (irritante) Malfoy.


P.S. Scorpius Malfoy é um idiota.


 


A surpresa o arrebatou. O Malfoy sabia que as probabilidades de a Weasley escrever algo sobre ele eram enormes, só não esperava que fosse encontrar essas anotações logo na primeira página que lesse.


Seguiu adiante, curioso para saber mais. Naquele momento, o Malfoy poderia ser comparado a uma criança que quer descobrir o mundo. A única diferença é que ele não explorava um mundo qualquer, o que ele estava explorando, descobrindo e decorando era a vida dela. E a cada mínimo detalhe, Scorpius Malfoy se sentia ainda mais fascinado por ela – algo que, obviamente, Rose Weasley não precisava saber.


Folheou o diário, procurando por algo interessante. Parou.


 


 


31 de dezembro


Último dia do ano. Dia de reflexões, dia de estar com quem se gosta.


E, aparentemente, eu estou me sentindo sozinha.


Lilian e Hugo estão namorando desde o Natal, então a minha prima e melhor amiga acabou me deixando um pouco de lado, e acho que isso potencializou o meu sentimento de solidão.


Sim, a solidão. Ela me consome e faz com que eu sinta falta de algo que eu nunca tive e nunca vou ter.


É. Por incrível que pareça, eu ainda não superei essa paixãozinha idiota que me droga e me deixa pirada desde o quarto ano. Eu ainda não o esqueci.


E nem sei se vou um dia vou conseguir.


Olhando todas aquelas pessoas, durante a festa do ministério, vendo todos aqueles casais felizes se abraçando e fazendo promessas, eu cheguei a uma conclusão.


Amar é uma droga. Eu odeio amar.


 


 


E aquela foi a primeira vez que Scorpius Malfoy admitiu estar com ciúmes de alguém.


O Malfoy leu aquela declaração e levantou as sobrancelhas em dúvida. Leu e releu aquelas linhas algumas vezes e, então, se deu conta de que Rose Weasley sofria. E sofria por garoto. E ele, estranhamente, sentiu vontade de descobrir quem era aquele infeliz, apenas para poder lhe chutar a bunda por estar fazendo a Weasley sofrer.


Sentiu um aperto no peito. A sua garota estava amando alguém. E esse alguém, obviamente, não poderia ser ele.


Ela tinha razão. Amar era uma droga. E ele também odiava amar, mas, acima de qualquer coisa, odiava estar perdidamente apaixonado por ela, por Rose Weasley.


Todos os dias o Malfoy se perguntava como havia deixado aquele absurdo acontecer. Mas ele nunca obtivera respostas. Não poderia saber o que foi que mais o encantou. Talvez tenha se apaixonado pelos seus olhos, tão azuis quanto às águas mais profundas do oceano. Ou, mais provavelmente, tenha se apaixonado pelos gritos dela. É. Rose Weasley tinha uns gritos bem potentes, capazes de fazer qualquer pessoa sentir medo. Qualquer pessoa, exceto ele.


Uma realidade de Scorpius Malfoy: ver Rose Weasley com as bochechas levemente vermelhas e com os olhos faiscando em sua direção o divertia. Definitivamente, ele achava que a Weasley ficava uma gracinha quando estava furiosa.


Seguiu adiante.


 


03 de Janeiro – 16h30min


Malfoy e eu discutimos na aula de poções. Estou em detenção.


P.S. Scorpius Malfoy é um idiota.



03 de janeiro – 22h30min


Eu odeio Scorpius Malfoy.


 


Olhou a frase solitária sem entender. Lembrava-se muito bem daquela detenção. Eles haviam discutido na aula de Slughorn, onde ele a chamou de rata de biblioteca e ela devolveu o chamando de ameba sem cérebro. Outro fato importante: os apelidos que davam um ao outro eram extremamente curiosos e criativos, porém, nada carinhosos.


Mas o que importa, é que naquela detenção ele não falou nada, pelo contrário, a ignorou completamente enquanto limpava os troféus que lhe foram designados.


Sem entender o motivo da última declaração, ele seguiu adiante.


Notou que a Weasley não escreveu mais sobre o garoto pelo qual ela se disse apaixonada há algumas páginas atrás. E também reparou que a maioria dos seus desabafos acabava com “P.S. Scorpius Malfoy é um idiota”.



20 de janeiro


Albus Potter é um babaca!


Eu não acredito que ele espalhou para a escola inteira que estamos namorando!


Mas que inferno! Será que ele poderia superar o fato de eu não querer nada com ele e parar de inventar mentiras?


Agora todos estão saindo por aí e comentando que Albus e eu temos um romance.


Ah! Tenha a santa paciência! Não sei como é que as pessoas conseguem acreditar nisso!


 


E Scorpius Malfoy nunca sentiu tanto alívio na vida.


A Weasley era apaixonada por alguém, mas, ao menos, esse alguém não era Albus Potter, seu maior desafeto pessoal.


Uma coisa importante sobre o Malfoy e o Potter: Eles se odeiam.


Albus Severus Potter é considerado o garoto perfeito, incapaz de fazer mal à um inseto, enquanto Scorpius Malfoy não passava do filho de um ex-comensal da morte, e que adorava se rebelar pela escola.


O que Scorpius pensava sobre isso? Nada demais. Apenas que Albus Potter era um bundão e que não era nem metade daquilo que as pessoas pensavam. A verdade sobre o Potter, na opinião do Malfoy, era que ele vivia na sombra do pai. E se achava o rei do pedaço só por ser filho do todo poderoso Harry Potter. É.


Mas não perderia seu tempo pensando no Potter. O que importava é que agora ele tinha certeza de que a Weasley não saía com o Santo Albus. E nada poderia o deixar mais feliz.


Seguiu adiante, lendo diversas anotações, algumas engraçadas, como “O Hugo tem o emocional do tamanho de uma colher de chá”, que ela escreveu ao relatar a briga do irmão com a namorada Lilian Potter. E o “P.S. Scorpius Malfoy é um idiota” continuou aparecendo em diversas anotações, sem que ele conseguisse entender o porquê.


Parou de folhar quando seus olhos passaram por uma data mais atual.


 


15 de fevereiro.


 Vi o Malfoy aos amassos com Alicia Zabine mais cedo.


Não me pergunte como estou ou porque estou contando isso, porque eu não sei (ou talvez saiba e não queira falar).


Alicia Zabine é uma vadia.


E Scorpius Malfoy continua sendo um idiota.




E Scorpius Malfoy, mais uma vez naquele dia, se sentiu confuso.


Ficou imóvel. Sua mente tentava processar aquelas informações, mas não obtinha sucesso.


Era verdade, ele havia saído com Alicia algumas vezes na semana passada – na vã tentativa de esquecê-la – mas não conseguia entender o porquê de aquilo ser tão importante para a Weasley escrever em seu diário.


E Alicia não era vadia. Pelo menos na opinião do Malfoy.


Ouviu passos no corredor e, rapidamente, tentou esconder o diário, sem sucesso, já que o mesmo caiu no chão. Notou que havia uma página solta pendendo para o lado de fora. Maldição, o Malfoy pensou consigo mesmo, se ele tivesse estragado qualquer coisa, tinha certeza de que Rose Weasley não sossegaria até o matar. Literalmente.


Mas quando se abaixou para pegar o diário, a porta do quarto se rompeu e por ela Anthony Zabine passou, o olhando com curiosidade.


– Hey cara! O que é que você está fazendo aí? – Ele perguntou enquanto se aproximava do Malfoy.


Scorpius Malfoy, por sua vez, rapidamente se levantou e empurrou o livro de capa vermelha com o pé para debaixo da cama.


– Nada de mais. – Ele respondeu enquanto se sentava na cama, visivelmente desconfortável. – E aí? Tudo certo?


O Zabine o olhou desconfiado, sabia que algo de muito errado estava acontecendo com o amigo, porém, também sabia que ele não ia contar o que era, então resolveu ignorar.


– Comigo tudo bem. – Ele respondeu enquanto trocava a camiseta. – Apenas a Weasley tentando enlouquecer todo mundo com sua histeria e seus gritos. Parece que ela perdeu alguma coisa. – O Zabine deu de ombros.


E aquela foi a primeira vez na vida que Scorpius Malfoy sentiu medo.


Com toda a certeza, ela tinha dado por falta do diário, e ele, um mero bruxo apaixonado, não iria se defender quando ela o encontrasse com seu precioso “guardador de segredos” e o estuporasse. Pensou um pouco. Não, definitivamente, ela não iria estuporá-lo. Ela iria arrancar todos os seus membros e órgãos sem magia. Isso, com toda a certeza, era mais a cara de Rose Weasley do que a primeira opção.


Foi tirado de seus devaneios pela voz irritada de Anthony Zabine.


– Na boa Malfoy, você ‘tá muito estranho. – ele falou enquanto se dirigia até a porta. – Estou indo jantar, você não vem?


Ele olhou para fora por reflexo. Realmente havia passado mais tempo do que o esperado com o diário. Engoliu em seco ao pensar que, se descesse para o jantar, encontraria Rose Weasley.


– Acho melhor não. – Ele conseguiu responder.


O Zabine o encarou. Em seu olhar havia admiração, preocupação e, obviamente, repreensão.


– Se foi você que pegou o não-sei-o-quê da Weasley, devolva logo. – Ele avisou enquanto abria a porta para sair. – E cuide para que ela não descubra que foi você.


O Malfoy não respondeu, apenas esperou que o Zabine se ausentasse.


Esperou alguns segundos e, notando que ninguém mais poderia chegar, se jogou embaixo da cama para pegar o diário.


Já havia descoberto o suficiente: Ela era apaixonada por alguém que não era o Potter, achava que Alicia Zabine era uma vadia e, aparentemente, o odiava de verdade. Simples assim. Nada de muito revelador.


Apressado, o Malfoy juntou o diário, conferindo se ele estava inteiro. E então viu de novo o pergaminho pendendo para fora. Desesperado, o abriu a fim de ajeitar o que quer que fosse que ele tivesse destruído e, depois, daria um jeito de colocá-lo nas coisas dela. Ele só não esperava encontrar ali, naquele momento de desespero, aquilo que procurava desde que começou a ler o diário.


Ele afastou o pergaminho, que estava preso por um clips, a fim de poder ler melhor aquilo que parecia ter sido a última anotação dela antes de o diário, acidentalmente, vir parar em suas mãos.


 


29 de fevereiro


Está vendo essa carta que coloquei em você diário?


São as palavras que eu escrevi para o garoto que, desde sempre, sou apaixonada.


É, eu escrevi, confessei todos os meus sentimentos. Mas acho que isso nunca vai chegar às mãos dele, porque eu não vou ter condições de agüentar a provável rejeição.


E é por isso que eu estou anexando esse maldito pergaminho nessa página. Para que todas as vezes eu o abra, diário, eu lembre do quão covarde eu sou.


Pois é, estou desistindo antes mesmo de lutar.


Dessa vez, não vou poder honrar o nome de minha casa. Porque eu simplesmente não tenho coragem para tentar.


 


E Scorpius Malfoy, depois de muito tempo, se sentiu tenso. Olhou para a porta mais uma vez e, relutante, segurou o pergaminho tão bem dobrado que, anteriormente, estava preso ao diário. Seu coração estava aos saltos, ao mesmo tempo em que suas mãos passaram a transpirar enquanto ele abria o pergaminho.


Era isso, enfim descobriria quem havia roubado a sua garota. Desdobrou o pergaminho devagar, sentindo o nervosismo tomar conta de seu corpo. Mas ele não estava preparado para ler aquela declaração. Sentiu o corpo amolecer e sentou-se na cama, incrédulo, assim que começou a ler.


Querido Malfoy,


O que eu estou prestes a lhe dizer provavelmente o deixará confuso e tentado a me internar no St. Mungus. Mas eu não me importo, ou pelo menos não deveria me importar.


Eu estou escrevendo porque eu tenho uma confissão a fazer, tenho algo para contar que vai contra tudo aquilo que a minha razão aceita. Eu não deveria estar contando isso, mas eu preciso. Não suporto mais o fardo de sentir o que eu sinto por você em segredo.


É. Sentimentos são chatos e irritantes. Principalmente quando você não quer senti-los.


Mas existe um em especial que me atormenta desde o quarto ano. Há um desses sentimentos que está me enlouquecendo aos poucos, me fazendo perder a razão. E a droga desse sentimento se chama amor.


Eu sei, isso parece completamente insano e sem noção. E sei que, provavelmente, você deve estar olhando em volta procurando o engraçadinho que possa ter feito uma brincadeira como essa. Mas eu não estou blefando (infelizmente). Eu gosto de você. Realmente gosto, se é que me entende.


Apesar de brigarmos o tempo inteiro, eu sinto algo diferente por você. Gritar é algo que faz meu coração se acalmar. Porque ele acelera de uma forma incrível quando estou perto de você.


Você pode achar isso completamente estranho ou, quem sabe, um clichê de contos de fadas, mas brigar com você foi a única maneira que eu encontrei de ficar próxima sem que perceba meus sentimentos.


Mas eu sou péssima em disfarçar. O ciúme me domina e faz com que as pessoas a minha volta – vulgo, Lilian e Hugo – percebam meus sentimentos. E eu fico me perguntando: “Se o Hugo, que tem uma ervilha no lugar do cérebro, já percebeu, como é que o idiota do Malfoy ainda não?”


Todas as noites, eu fico a pensar se os meus sentimentos são correspondidos.


É uma completa loucura, mas eu estou apaixonada por você Malfoy.


E não me pergunte como eu deixei essa maluquice acontecer, porque eu não sei dizer.


Talvez tenham sido seus olhos – aliás, como é que você não percebeu que olhar em seus olhos me deixa nervosa? – ou, talvez, ainda, o fato de viver me esnobando, eu realmente não sei. Só sei que esse sentimento está aqui, e está acabando comigo todos os dias, aos pouquinhos.


É. Eu amo você. E parando pra pensar, como é que você não se deu conta?


Fala sério! Eu não sou boa em disfarçar, Malfoy! Você deveria ter notado alguma coisa, sua ameba sem cérebro! ... Okay, isso não está fazendo nenhum sentido.


Enfim, faça o que quiser com a carta, a queime, jogue fora ou a esqueça no fundo de uma gaveta. Eu só peço que não ridicularize meus sentimentos, caso eles não sejam correspondidos.


Então é isso. Eu Rose Jean Granger Weasley estou apaixonada por você. Simples.


E você é um babaca por não perceber. É. Você, Scorpius Malfoy, é um idiota por não se dar conta dos meus sentimentos – tão óbvios – por você.


Com carinho,


Rose.


 
E Scorpius Malfoy nunca em toda a sua vida se sentiu tão feliz. Era como se estivesse em um mundo paralelo, em um lugar em que seus sonhos mais íntimos se tornavam realidade. Era por ele que a Weasley era apaixonada, era por ele, e não por outro qualquer.


Rose Weasley sentia a falta dele. Dele e somente dele! O Malfoy sentiu que poderia morrer naquele momento, pois morreria completamente satisfeito.


Ele releu a carta, no mínimo, três vezes, sem acreditar no que seus olhos viam. Porém, na última releitura que fez, seus olhos se demoraram na última frase. A que ela o chamava de idiota por nunca ter reparado nos sentimentos dela. E então ele entendeu. Era essa a razão de ela escrever “P.S. Scorpius Malfoy é um idiota” em, praticamente, todas as suas anotações. Apesar de discordar daquela afirmação – afinal, gritar não é o melhor método para demonstrar carinho ou amor por alguém – o Malfoy não pode deixar de sorrir. Rose Weasley era a sua garota. Sempre foi e sempre seria.


E com aqueles pensamentos, ele fechou o diário de qualquer maneira e o escondeu debaixo das vestes para, em seguida, correr em direção do salão principal. Não poderia refrear seus impulsos, não depois de ler aquela declaração.


E Scorpius Malfoy sentiu o que era, pela primeira vez na vida, o sentido da palavra completo, enquanto corria pelos corredores, desviando, eventualmente, dos obstáculos. Porque era exatamente assim que ele se sentia. E, durante aquele percurso, ele se deu conta do óbvio: não existe Rose Weasley sem Scorpius Malfoy, da mesma maneira que Scorpius Malfoy não fazia nenhum sentido sem Rose Weasley.


E naquela noite, Scorpius Malfoy roubou um beijo de Rose Weasley na saída do salão principal. E foi plenamente correspondido por ela.


Apenas foi muito inocente ao pensar que, apesar de estarem completamente felizes juntos, Rose Weasley o perdoaria por ter roubado seu diário.


É. Apesar de Rose Weasley estar completamente feliz por ele ter tomado uma atitude, não, ela não o perdoou por aquele pequeno deslize. E, sendo assim, o Malfoy levou uma surra da Weasley por ter lido seu diário. Para, logo depois, ser beijado furiosamente pela ruiva dos sentimentos insanos.


E, desde então, eles estão juntos. E deixaram de odiar o amor.


Quanto às brigas, era óbvio que elas ainda existiam, afinal, não seriam Scorpius Malfoy e Rose Weasley sem elas. Mas apesar dos desentendimentos, o amor nunca desapareceu, pelo contrário, se intensificava dia após dia.


E mesmo que os anos passassem e que o mundo acabasse, todos os gritos de Rose Weasley na direção dele trariam a mesma mensagem nas entrelinhas:


 


P.S. Scorpius Malfoy é um idiota.





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Comentários (3)

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