Acordo de Paz

          

Lily Evans

Quando eu fiz a maldita curva pra esquerda eu encontrei o Potter. Será possível que todos os lugares que eu vou eu encontro ele?

-Olá ruivinha. O que você achou do meu trabalho? – ele perguntou, estampando aquele sorriso de sempre.

- É Evans pra você. E sinceramente, eu nem vi o que você fez até agora. Além disso, eu pensei que você tinha se atrasado, ou nem viria.-  eu respondi, desviando o olhar e caminhando pra longe dele. Eu me iludi se eu pensei que o Potter ia me deixar sair sem nenhuma briga.

- Espera – ele falou, segurando meu pulso – eu preciso falar com você.

Puxei meu braço pra junto do meu corpo rapidamente, pra me livrar do aperto da mão dele.

-Fale – eu disse, sem paciência alguma.

- Eu descobri porque você me odeia tanto, e eu queria te pedir desculpas – ele falou, fitando o chão.

Impressão minha ou James Potter estava corado?

-Sabe o dia que a gente se conheceu? Que você me ajudou com a poção, e eu fui mal agradecido? – ele perguntou, ainda fitando o chão.

-Sei – eu respondi ainda seca.

-Então, você me desculpa por ter te chamado daquilo? – ele perguntou, agora olhando pra mim.

-Desculpo – eu falei, querendo sair pra terminar a ronda, e ir dormir.

-Sério? – ele perguntou incrédulo.

-Sério – eu respondi, me afastando.

-Então, você quer ir comigo pra Hogsmead?

-Não. – eu respondi, já não aguentando mais.

-Mas, eu não consigo entender – ele parou pra pensar – porque não?

-Porque não.

-“Porque não” não é resposta Lily! – ele disse

-Claro que é resposta, só não é justificativa.

-Mas porque não? – ele insistiu de novo me impedindo de sair.

-Porque eu não quero ser simplesmente mais uma na sua vida, que você leva pra Hogsmead e depois esquece o nome – depois disso eu saí dali, porque eu já não aguentava mais. Aquele menino arrogante que pensa que todas as meninas estavam aos pés dele acha que eu vou cair na armadilha dele. Espere sentado!

-Liy, peraí! Eu não terminei de falar com você! – ele disse meio que berrando.

Você acha que eu virei pra falar com ele?

Claro, que sim.

Na verdade até hoje eu não sei o que deu em mim, mas eu me virei e fui pra lá. Acredite, eu voltei pra falar com o Potter. (O.O)

Lily Evans! Pare já. Abortar missão! Volta volta volt...

- O que você quer Potter?- eu perguntei, cruzando os braços na altura do peito, e deixando minha cabeça cair por cima do ombro.

-Eu queria propor paz.

Oi? Levantei uma sobrancelha, esperando ele continuar.

-Pelo menos nas rondas. Sem discussões, sabe. Conversa civilizada.

Continuei com a sobrancelha levantada, ainda não entendendo onde ele queria chegar.

-A gente vai se ver nas rondas todas as segundas, quartas, sextas, e domingos. Por um ano. Acho que pelo menos agora você podia parar de gritar comigo toda vez que eu te chamo de ruivinha, ou anjo ruivo, ou lírio, ou...- ele falou, enumerando os apelidos no dedo.

-Pode parar– eu falei, interrompendo a contagem dele – você quer propor que a gente converse civilizadamente, sendo que o único que não é civilizado aqui é você? Veja bem, a gente não tem intimidade pra você me chamar de ruiva, ruivinha, ou sei lá mais o que.

-Olha, fazemos um acordo. Durante as rondas eu te chamo de Evans, e você não grita comigo. Assim as rondas vão ser mais agradáveis tanto pra você quanto pra mim.

-Sem apelidos idiotas? – eu perguntei, duvidando muito que fosse verdade.

-Sem apelidos. – ele assentiu, mas fez questão de dar ênfase ao “apelidos”, só pra mostrar que eles não eram idiotas.

-E só durante as rondas. Você pode continuar fazendo seus showzinhos de ódio diariamente. - ele acrescentou, fazendo um movimento com a mão de quem diz: “simples assim”.

Fiquei irritada. Showzinhos de ódio?

-Que absurdo Potter! Eu não faço showzinhos de ódio. – ele levantou as sobrancelhas, como se eu tivesse dito que a Sonserina ganhou um jogo de quadribol.

-Ah não. Imagina – ele falou, usando aquela ironia típica de James Potter.

-Claro que não. Até porque, eu não te odeio. – ele abriu um sorriso do tamanho do mundo – só reprovo tudo o que você faz, pensa, e fala.

O sorriso dele murchou. Mas mesmo assim ele não se deixou abalar.

-E eu prometo não te chamar pra sair durante as rondas.

Revirei os olhos. Eu realmente não acreditava que ele fosse realmente fazer o que ele estava fazendo, mas resolvi dar uma chance.

-Okay. Aceito esse seu acordo.

Ele abriu o sorriso “James Potter extremamente feliz”, e abriu os braços, esperando um abraço eu acho.

-Aí já é pedir demais Potter! – eu falei, deixando ele lá e indo embora.

Depois de um tempo caminhando pude ouvir um:

-Obrigado por me dar uma chance Evans!

Balancei minha cabeça negativamente, e continuei andando, já me arrependendo de ter feito aquele maldito acordo de paz.

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N/A: Esse capitulo ficou pequenininho, porque eu estava sem inspiração, então eu reconhço que está uma merda. Mas ele é importante pro desenvolvimento de história. Desculpe fazer só o POV da Lily e do James até agora, mas esses momentos são bem importantes. Daqui a pouco vem o POV da Marlene, do Sirius, Reminho, Dorcas, e Alice. 

Vamos aos agradecimentos:

Lana Sodré: Seus comments me dão vontade de escrever. Muito sério. Boa viagem pra você! Aproveita muito, e divirta-se. Aqui está um capitulo novo. Aproveite, porque eu devo demorar a postar agora, porque amanhã é o meu primeiro dia de aula na escola nova... Então, vou ficar atarefada agora! Hahahaha. Beijos

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