Prologo



Prologo.
Aqueles olhos frios, malditos olhos frios, eles me faziam querer ser má, tão má quanto ele, aquelas fendas avermelhadas me faziam querer avançar no primeiro a minha frente e abocanhá-lo como uma cobra.


Maldito homem, maldito monstro, minha vida poderia ser tão melhor do que foi, eu queria poder voltar atrás, ir para o passado e corrigir com tudo, nem que eu não existisse no futuro, mas pelo menos não teria uma passagem tão ruim por esse planeta.


Eu sempre soube que meu destino seria sombrio, mas não daquele modo, de encarar a morte assim, frente a frente, sentir o frio percorrer a espinha. Respirei fundo uma ou duas vezes, olhei novamente nos olhos daquele monstro e voei.


 

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