Capítulo único



 NOTA: Durante HPPdA, sem spoilers.


Eu infelizmente não possuo Ninfadora Tonks, Alastor Moody, Draco Malfoy, Madame Pince, Remo Lupin, Dumbledore, enfim, EU NÃO POSSUO HARRY POTTER!




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CROUCH!


E ela caiu, com os grossos livros forrados com tecido de linho caindo por cima dela. O que leva à questão X. Por quê? Bem, vamos ao FLASHBACK.



 



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- Ninfadora, preciso de um favor seu. – disse o mestre da moça de cabelo rosa-chiclete, a qual estava quase concluindo o seu treinamento para tornar-se auror. Olho-Tonto Moody podia intimidar e assustar pessoas à primeira vista, mas quem realmente o conhecia, o via como um ancião dos aurores e o tratavam com tamanho respeito. Era o caso da jovem e desastrada Ninfadora, mas não ouse chama-la assim, ou tome cuidado para que não esteja na mira da varinha dela. Ela fez uma careta ao ouvir seu nome, de acordo com ela tão... saltitante...


- Sim?


- Eu preciso que você vá para Hogwarts. – anunciou Moody.


- Hogwarts? – disse ela, cética. Por que cargas d’água Olho-Tonto quer que eu vá para Hogwarts?, ela pensou consigo mesma.


- É, eu preciso de uns livros, os quais se encontram em Hogwarts – esclareceu Olho-Tonto, rolando seu olho normal – o escuro e arisco.


- Mas não tem outros lugares que tenham esses livros? – Moody balançou sua cabeça em negação.


- Só se você se oferecer para ir à Mansão Malfoy. – Ninfadora estremeceu. Ela jurou que nunca iria por os pés naquela casa dos infernos, mesmo que fosse para uma missão, e que isso lhe custasse o cargo de auror tão desejado.


- Eu fico com Hogwarts. – Ninfadora disse, um pouco rápido demais, quase comendo as palavras, com os olhos arregalados, recuando um passo, nervosa.


- Esses são os títulos. – Olho-Tonto balançou um pedaço de pergaminho no nariz da aprendiz. O pergaminho exibia quinze títulos de livros, se não mais. – Peça a Madame Pince procura-los para você. – Ninfadora já ia começar a reclamar quando Olho-Tonto complementou a frase. – Os livros estão na sessão reservada...


- Não me diga... – resmungou Ninfadora sarcasticamente. Olho-Tonto apenas continuou, ignorando o imprudente comentário.


-... Na estante mais alta...


- Você gosta de coisas altas, não?


-... E você, com sua falta de jeito, derrubaria tudo e...


- Novidade!


-... E cada um deles tem mais de 2.000 páginas.


- O QUÊ? – rugiu Ninfadora.


- Eu sabia que deveria ter omitido esse fato.


- COMO VOCÊ QUER QUE EU TRAGA MAIS DE QUINZE LIVROS PARA CÁ,SENDO CADA UM DELES DE MAIS DE 2.000 PÁGINAS? – ela agora estava frente a frente de seu mestre, aproximadamente 50 cm distanciavam os dois. Ela sacudia o seu dedo indicador freneticamente.


- Via pó de flu, é claro.


- Flu? – disse a moça. – COMO VOCÊ PODE COGITAR A IDEIA DE MANDAR ALGUÉM TÃO DESAJEITADA COMO EU PARA FAZER UMA COISA DESSAS?


- SIMPLESMENTE SE DEDIQUE, NINFADORA! – disse Olho-Tonto, finalmente irritando-se. A moça calou-se. – E quero eles daqui à uma hora e meia. – disse ele, assim que se recuperou de seu acesso de raiva. Ninfadora ofegou.


Ótimo, agora ele me dá prazo. Pensou ela.


- Posso pelo menos saber do que eles tratam? – ela perguntou, cautelosa.


- Arte das Trevas.


- Ah... – e com isso, ela dirigiu-se à lareira, pronta para ir para Hogwarts.


- Ninfadora... – Olho-Tonto pegou seu braço assim que ela passou por ele.


- Sim?


- Peça permissão para Dumbledore antes que você vá à biblioteca de Hogwarts.


- Compreendido.


- E não se esqueça, VIGILÂNCIA CONSTANTE! – Olho-Tonto gritou na cara dela. Ela não pode deixar de dar uma risadinha nervosa.


- Vigilância constante – repetiu ela, mas num tom mais baixo.


- E tente não cair com os livros, eles são pesados...


- Não me diga!


-... E importantes.


- Eu pude perceber isso por mim mesma. – ela então parou para pensar. Olho-Tonto achava engraçado quando a testa dela franzia enquanto estava a pensar. – Mas Olho-Tonto, por que você pediu para eu pegar esses livros, e não para uma pessoa menos desajeitada?


- Simplesmente... Er... É que... SUMA DAQUI! – ele disse. A verdade é que queria se livrar dela por pelo menos meia hora. Era muito infantil e sabia como levar Olho-Tonto à loucura, mas ainda assim era querida pelo mestre.


E assim, ela adentrou na lareira e gritou bem auto “HOGWARTS”, e então, desapareceu.


 


***EM HOGWARTS***


 


Uma coisa que você PRECISA saber sobre Ninfadora, ou como ela gosta de ser chamada, Tonks: ela se perde com... bem, uma frequência... grande... E não deu outra. Mesmo depois de sete anos morando na escola durante o período escolar, ela se perdia em Hogwarts.  Ela tinha ido muitas vezes para a sala de Dumbledore antes – ela não era o que se podia chamar de certinha – mas ela insistia em se perder.


Sorte a dela que ela tinha companhia. Bem, uma companhia nem tanto agradável, mas com a provocação certa, a pessoa à sua frente iria estar na palma de sua mão. Tonks o reconheceu imediatamente.


- Ei, você! – falou Tonks num tom alto demais para a distância que estavam. O menino virou-se para ela. Fitou-a intensamente. Podia jurar que já havia visto aquela moça antes. Ou, pelo menos, o rosto. – Você poderia fazer um favor para essa desajeitada auror de cabelo rosa que está bem na sua frente?


- O quê? – o menino a examinou de cima abaixo. Era deplorável, aos seus olhos críticos e cruéis.


- Você poderia me dizer onde fica a sala de Alvo Dumbledore?


- Por que eu diria isso a você? – disse o menino com uma frieza – a qual fora herdada do pai.


- Por que você é meu primo. – disse Tonks com um brilho malicioso nos olhos.


- O QUÊ? – Draco Malfoy olhava para a suposta prima cético.


- Sim, sou sua prima.


- Mas você não está na árvore genealógica nem da família Malfoy nem da Black!


- Minha mãe é Andrômeda Tonks, Black de solteira. – disse ela divertida. – Ela foi tirada da árvore genealógica por se casar com meu pai, um trouxa.


- Se você achava que eu a ajudaria antes da revelação desse fato... horrendo... Talvez tivesse uma chance, se eu resolvesse ser bonzinho. – disse Draco sério. – Mas agora, não vou dizer mesmo!


- Ah, sim, você vai me dizer sim.


- Por quê?


- Porque senão eu irei contar para todos os seus amigos filhotes de Comensais da Morte que eu sou sua prima. – um sorriso malicioso estampou o rosto da garota.


- Meus colegas não são filhos de Comensais da Morte.


- Cínico... Como a sua mãe... – disse Tonks. – Bom, isso não vem ao caso. Ei, você não precisa mentir para mim... Eu sou uma auror em treinamento! Eu sei muito bem quem é Comensal da Morte ou não... – Draco ficou mais pálido ainda, se isso era possível. - Mas eu vou ser boazinha e não vou contar isso a Olho-Tonto... – Draco suspirou de alívio. – Se... – Draco parou de respirar. – Você me levar até a sala de Dumbledore.


Draco assentiu e voltou a respirar, a um ponto que já estava ficando roxo. A verdade era que Olho-Tonto já tinha rastreado os Comensais da Morte. Tonks abafou uma risadinha nervosa quando Draco se virou. Ele a guiou até a sala de Dumbledore em silêncio.


Assim que chegaram lá, Draco saiu correndo para longe da vista de Ninfadora. Ela então se lembrou de que para entrar na sala de Dumbledore precisava-se de uma senha. “O que Dumbledore gosta? Doces. Não... Óbvio demais, ele já usou nomes de doces muitas vezes antes. O que ele odeia? Dementadores. Ok. Vou tentar.” Ela pensou.


- Dementadores. – nada. Tentou mais uma vez. – Complô contra dementadores!


E NÃO É QUE ELA CONSEGUIU?


Ela subiu as escadas e encontrou Dumbledore sentado em sua mesa.


- Com licença... – ela disse.


- Ninfadora? – ela resistiu ao impulso de corrigi-lo quanto ao nome ou a virar os olhos. – O que você faz aqui?


- Olho-Tonto me pediu para vir aqui lhe pedir se você pode emprestar alguns livros a ele...


- Claro! – disse Dumbledore, os olhos azuis-elétricos a fitando por cima dos óculos de meia-lua. – Quais são?


- Esses. – Tonks estendeu o pedaço de pergaminho, que deve salientar-se, já estava amaçado, para Dumbledore.


- Perfeitamente. – disse Dumbledore, analisando o pergaminho. – Peça a Madame Pince pegá-los para você...


- Eu sei, Olho-Tonto já me alertou sobre isso. Obrigada!


E assim, ela saiu da sala de Dumbledore.


 


***BIBLIOTECA DE HOGWARTS***


 


Quando Madame Pince notou a presença de Tonks na biblioteca, ela se esforçou para abafar um grito. Havia derrubado os livros que estava segurando. Os estudantes que se encontravam lá olhavam espantados para a bibliotecária. Ela nunca havia derrubado livros na vida antes da chegada de Ninfadora. Isso deve-se ao “pequeno” incidente que Tonks e sua amiga Valery haviam feito apenas há poucos anos atrás. Não, eu não vou falar aqui porque vou acabar assustando vocês.


- O que você quer? – disse a bibliotecária secamente.


- Calma, vim em missão de paz. – Tonks disse, erguendo as mãos acima da cabeça. Madame Pince ergueu uma sobrancelha. – Olho-Tonto pediu para eu pegar alguns livros daqui... – Tonks mostrou-lhe o papel. A bibliotecária a olhou desconfiada. - Qual é, Madame Pince? Você sabe que agora sou uma auror em treinamento. Ganhei responsabilidade. Não vou explodir mais nenhum livro, eu prometo.


- Está bem. Venha comigo.


Tonks a seguiu, com os vários pares de olhos de diferentes cores dos alunos que a olhavam céticos a seguindo. Elas adentraram na sessão restrita. Madame Pince a guiou por muitas prateleiras cheias de livros de cima a baixo, lombadas de livros de diversos tamanhos e cores.


Na última prateleira de livros, Madame Pince parou.


- É aqui.


- Er... Você...


- Sim, eu pego para você.


E assim, Madame Pince subiu na frágil escada. Tirou um livro dela, dois, três... QUINZE... Todos eles Madame Pince transportava para o chão por meio de feitiços, fazendo cada um chegar aos pés de Ninfadora... em segurança.


- Você está maluca? O mais fino daqui tem mais de 10 cm de largura!


- Bom, eu posso ajudar você levando-os até o lado de fora da biblioteca, mas isso é o máximo que eu posso fazer. – disse Madame Pince. Sim, ela podia sim levar os livros para o Ministério para Tonks, mas ela não estava a fim de ajudar a menina que explodiu mais de meia dúzia de livros, acidentalmente.


- Bom, isso é melhor do que nada.


Então, Tonks e Madame Pince estavam saindo da biblioteca, cada uma carregando quatro livros. Elas deixaram os livros no meio do corredor, entre a porta da biblioteca e a porta de Defesa Contra as Artes das Trevas, que estava provisoriamente naquele local. Parece que Pirraça havia alagado a sala por circunstâncias misteriosas...


- Tonks, eu preciso atender os estudantes que acabaram de chegar lá. Você dá conta? – perguntou Madame Pince, quando já estavam fora da biblioteca.


- Sim, é claro. – disse Ninfadora, embora sua mente dissesse o contrário.


Ela pegou os sete restantes livros, mal conseguindo olhar sobre eles. Ela saiu da biblioteca e calculou onde os outros livros estavam, para colocar esses perto daqueles. De repente...



 



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CROUCH!


E ela tropeçou em uma das pilhas de livros e caiu. O que nos leva ao início. Sentiu os livros nos quais ela tinha tropeçado embaixo de si, machucando suas coxas e canelas. Dois dos sete livros que ela carregara jaziam também embaixo dela, mas estes embaixo de sua barriga e peito. Um deles – o mais grosso – tinha batido em sua cabeça, fazendo-a ganir de dor. Outro livro tinha caído em suas costas, e os outros três livros tinham caído ao lado do corpo dela, um deles batendo na pilha de livros intacta, desmanchando-a, fazendo os livros caíram em cima de suas pernas.


Madame Pince estava muito longe para ter ouvido a queda dos livros e de Ninfadora e a última gemendo de dor. Tonks implorou para que alguém da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas a ouvisse.


E não deu outra. A porta da sala de repente se escancarou e exibiu um homem de cabelo castanho claro com alguns fios grisalhos com uma expressão preocupada no rosto.


Quando viu Tonks estatelada no chão coberta por livros, abafou uma exclamação e correu para ajuda-la. Os alunos tinham corrido para ver o que estava acontecendo e tinham parado na soleira da porta.


O homem primeiro tirou o livro que cobria a cabeça da menina. Ela se mexeu um pouco. Ele virou o seu corpo semiconsciente de barriga para cima e o tirou de perto dos livros. Ela mantinha a respiração compassada e calma.


Calmamente ela abriu os olhos, e a primeira coisa que ela viu foram os olhos âmbar do homem sorridente a sua frente.


- Está tudo bem? – perguntou o homem.


- Sim... – disse Tonks, por mais que soubesse que não está tudo bem. Ela viu o homem erguer a sobrancelha.


- Tem certeza?


- Er... Não... – e então, ela se espreguiçou no chão. - E então? – insistiu o homem.


- Estou bem. – disse ela definitivamente. Não sentia nenhuma dor, surpreendentemente. O homem ajudou a moça sentar. Depois, ele conjurou um copo.


- Aguamenti – ele disse. Em seguida, o copo encheu-se de água. Ele estendeu o copo para a garota.


- Obrigada – disse ela, tomando o conteúdo do copo em grandes goles. Ela se pôs de pé. Ele a imitou.


- Agora, você quer dizer para mim o que aconteceu? – disse o homem, exibindo um sorriso gentil.


- Eu tropecei nesses livros e... – Tonks começou. Então, ela resolveu abusar da boa vontade do gentil homem e lhe perguntou. – Escuta, essa sala, tem uma lareira? – ela disse, rindo.


- Sim, por quê? – o homem disse, desconfiado.


- Eu posso utilizá-la? – pediu Tonks, o sorriso se alargando.


- Claro...


- ÓTIMO! – ela disse, um pouco alto demais.


Ela sacou sua varinha e com um rápido movimento ela refez as pilhas de livro. Ela as fez levitar e as levou para dentro da sala, passando por cima das cabeças dos alunos, que ainda estavam olhando confusos para ela. Pareciam ser do terceiro ano, e da... Sonserina? Então ela reconheceu Draco, que olhava assustado para ela.


- E aí, beleza, Draco? – disse Tonks, com a expressão travessa voltando ao seu rosto.


Draco corou, e recebeu alguns olhares confusos dos colegas.


Então ela entrou na sala, acompanhada do homem de olhos âmbar, e disse a ele:


- A propósito, meu nome é Ninfadora Tonks, mas ouse me chamar de Ninfadora e vai se arrepender seriamente de ter nascido. – disse Tonks, com um sorriso travesso estampado no rosto.


- O meu é Remo Lupin. – disse ele, anotando mentalmente para lembrar-se do aviso da garota.


- Prazer em conhecê-lo, Remo! – disse ela apertando sua mão.


- Igualmente, Nin... – Tonks o olhou, simulando raiva. – Tonks.


- Assim está melhor.


Ela foi até a lareira. Lutou para entrar nela, pois o resto do espaço já estava sendo ocupado por livros, pegou um punhado de pó de Flu, jogou no chão e gritou: “ESCRITÓRIO DE ALASTOR MOODY!” e desapareceu.


 


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E então, o que acharam? Comentários me fazem feliz :D




Winky Monstro

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