Cap. II



Genteeee, por favor, ignorem o fato de que se uma pessoa ficar recebendo tantos choques,  como está acontecendo com o Draco, ela pode morrer do coração, ok?! rsrs 

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Os alunos embarcariam para casa no dia seguinte pela manhã. Draco já estava impaciente na porta do quarto de Hermione, fazia quase uma hora que estava lá, com um pergaminho e uma caixinha de veludo na mão, e nada da morena chegar. Sentou-se no chão e esperou mais alguns longos minutos, até que ela entrou no corredor. Depois de todas essas semanas, ele podia reconhecer o perfume dela à quilômetros de distância, não precisou nem se virar para ter certeza de que era ela quem estava ao seu lado.


Levantou-se e virou para Hermione, que tinha um ponto de interrogação estampado na face.


- Onde você estava, Hermione? Estou te esperando a mais de uma hora. - estava irritado.


- E desde de quando eu te devo satisfações, Draco? - esqueci de mencionar, eles já se chamavam pelo primeiro nome. - O que você quer? - perguntou olhando para o que ele tinha na mão.


- Eu quero falar com você. - os olhos dela brilharam.


- Você vai me contar, não é?! O que você queria falar, aquele dia.


- Suponho que não queira falar sobre isso aqui no corredor, não é?


- Ah, certo. Entra. - disse abrindo a porta do quarto.


Depois daquele incidente com o bicho-papão, Draco não havia mais entrado ali. Naquele dia não havia reparado em como o quarto era diferente do dele. Havia uma grande estante, que cobria quase toda parede esquerda, repleta de livros. A cama, que ficava com a cabeceira encostada no centro da parede de frente à porta, tinha uma cortinha vermelha, quase vinho, com o brasão da Grifinória estampado. Uma mesa redonda, com três cadeiras, de mogno - mesma madeira da cama, estante e do belo guarda roupa, que ficava ao lado da porta - ficava perto da parede direita, entre a cama e a porta do banheiro. Tinha o cheiro dela, madeira e... “Wild Scarlet”, o nome do único perfume que ele pode ver em cima da pia do banheiro.


Hermione sentou na beirada da cama e indicou uma cadeira para que ele fizesse o mesmo.


- Então, pode começar. - mais uma vez não conseguiu esconder a curiosidade.


- Calma, eu sei que você está curiosa, mas antes eu vou te dar isso. - esticou a mão com a caixa. Ela ergueu uma sobrancelha. - Seu presente de Natal.


- Não precisava, Draco. E... eu não comprei nada pra você. - ele deu de ombros. Sem-graça, ela pegou o presente.


Pela caixa, Hermione pode ter uma ideia do que seria, mas não imaginava o quão lindo poderia ser. Ela ficou admirando o presente: uma corrente fininha, toda trançada, em ouro branco, com o pingente mais bonito que ela já havia visto. Um livro, de mais ou menos dois centímetros, com o brasão de Hogwarts gravado. Ela não pode deixar de rir divertida, pela prepotência do garoto, quando viu que, não só o leão da Grifinória, como também a serpente da Sonserina, eram magicamente coloridos. E havia ainda um “micro” fecho, como se fosse o cadeado de um diário. Ela ficou sem palavras por alguns instantes.


- Draco, é simplesmente perfeito! - conseguiu dizer, mas sem tirar os olhos do objeto.


- Eu sei! - disse rindo. Ela o encarou, séria.


- É perfeito, mas eu não posso aceitar. Isso deve ter custado muito caro.


- Realmente, custou muito caro, mas você não pode não aceitar. - informou.


- Posso sim, você não pode me obrigar a usar isso.


- Tudo bem, suponhamos que eu não possa te obrigar a usar, ainda não acabou. Ele abre. - fez um gesto com as mãos, como se tivesse abrindo um livro.


- Abre?? Como assim “abre”? - imitou o gesto dele.


- Assim. - tirou a caixa da mão dela, pegou a corrente e murmurou um feito.


O livrinho abriu-se, dobrando de largura. Estava “lisinho”, como se aquele fosse seu formato natural. Ele esticou o braço, deixando o pingente na altura dos olhos de Hermione.


- Eu não acredito! Como você conseguiu isso? - ela quase chorou de emoção. No pingente, que agora mais parecia um micro porta-retratos, havia uma foto dos dois.


- Gina! - deu de ombros.


 


*FLASHBACK*


 


Era o último final de semana antes do Natal. Os cinco, agora amigos, estavam saindo do castelo, rumo à Hogsmead. Como sempre, depois que Draco começou a andar com os grifinórios, ouviam vários murmurinhos sobre a nova amizade. Gina estava anormalmente animada, com um sorriso maroto, começou a falar:


- Gente, eu ganhei um presente. - os outros olharam com uma cara de “desenvolve, por favor”, ela continuou – Meu pai me deu, adiantado, de Natal, sabe. Um presente trouxa. - os quatro arregalaram os olhos, ela riu – É uma câmera digital.


Harry e Hermione riram da cara que Rony e Draco fizeram.


- E que raios é isso? - o sonserino perguntou.


A ruiva tirou um retângulo preto da bolsa, esticou para Hermione e disse:


- Tira fotos, fotos trouxas, mas a gente pode ver como elas ficaram. É bem divertido.


Eles passaram o dia todos no povoado, se divertindo e tirando fotos, muitas fatos. No fim do dia, eles estavam em uma praça, perto da Casa dos Gritos – agora restaurada, e aberta a pouco mais de um mês para visitação, quase um museu. Hermione e Draco estavam rindo, sentados em um banco, bem perto um do outro. Ao fundo, um lindo pôr-do-Sol. Gina, que estava com fogo nos dedos, não resistiu, tirou uma foto do “casal”.


 


*FIM DO FLASHBACK*


 


- Vai, coloca, quero ver como fica.


Hermione foi até o banheiro, acompanhada por Draco. Parou de frente para o espelho, com o sonserino atrás de si. Um pensamento inesperado fez ela ficar olhando para a imagem deles refletida no espelho: “Até que a gente combina, formaríamos um belo cas...”


- Vamos, Granger, quero ver como fica. - tirou-a do breve devaneio.


Ela deu um sorriso tímido. O sorriso mais lindo que o loiro já recebeu em toda vida. Olhando-o pelo espelho, esticou a mão com a corrente para trás, disse:


- Coloca pra mim, por favor?


Draco não tinha como, nem queria, negar um pedido daquele. Sabia o que iria acontecer ao encostar nela, mas não estava ligando. Abriu a corrente, passou por cima da cabeça da morena, segurando uma ponta em casa mão. Prendeu o fecho e não resistiu à vontade de tocar aquela pele. Encostou, delicadamente, os dedos no pescoço de Hermione, ignorando a dor que percorria seu corpo. Tão macia, segurou-se para não beijar a pele exposta. Apesar das ondas de choque, fora uma sensação maravilhosa.


Hermione não pôde ignorar o arrepio que percorreu seu corpo com aquele toque. Olhou mais uma vez para o loiro. Nunca havia reparado como ele era bonito. Parou de admirá-lo quando o viu apontar a varinha para o fecho da corrente e murmurar alguma coisa.


- O que você pensa que está fazendo? - perguntou


- Te impedindo de não aceitar o presente. - falou como se fosse óbvio.


- Seu idiota. - ela riu – Acha mesmo que eu recusaria um presente tao lindo quanto esse? - disse pegando o pingente.


- Bom, nunca se sabe. Mas é melhor fechar isso, acho que seus amigos não ficariam muito felizes em ver essa foto. - murmurou mais uma vez o feitiço que fez o pingente se abrir – Na caixa tem as “instruções”.


- Certo. - virou-se, apoiando-se na pia, encarou o mar cinzento à sua frente, parecia nervoso – Agora você vai me falar, ou vou ter que esperar mais algumas semanas?


- Vou. Na verdade eu não vou falar, ainda não consigo. Nem sei se algum dia vou conseguir. - falou para si mesmo – Acho melhor você sentar.


Voltaram para o quarto, sentando-se nos mesmos lugares de antes. Draco esticou o pergaminho.


- O que é isso? - Hermione perguntou.


- Lê que você vai entender, ou não.


A grifinória começou a ler. Draco havia pedido para sua mãe lhe mandar a carta em que ele pedia ajuda dela, para Hermione entender melhor e ele não precisar falar muita coisa. Ela leu a primeira carta sem entender muita coisa, mas sua feição era de indiferença a não ser na parte em que ele dizia que tinha “salvado a sangue-ruim”. Começou a ler a segunda, orientada por Draco, pulou o primeiro parágrafo.


A cada linha, a expressão de incredulidade se ampliava no rosto de Hermione. Quando acabou, teve a mesma reação do sonserino, leu outra vez, para ter certeza de que não estava louca. Por fim, conseguiu dizer alguma coisa:


- Quem esse velho desgraçado pensa que é pra fazer uma coisa dessas? - os dois se assustaram com a reação dela, que estava quase gritando de raiva. - Eu.. é, desculpa. Não devia ter falado isso. - “Por Deus, desde quando eu sinto isso por ele?”, pensou, espantada com as reações que seu corpo estavam tendo àquela revelação. Coração acelerado, pernas tremulas, nervosismo...


- Não tem nada que se desculpar. Eu pensei coisas muito piores. - riu, lembrando-se do quanto havia xingado toda a família por causa daquele feitiço – Inclusive, adorei ouvir isso.


Corada, Hermione perguntou:


- Adorou? Posso saber por quê?


- Tava esperando que você me batesse, azarasse, qualquer coisa do tipo. Sou Draco Malfoy, não é? Você me odei... - ao ver que a cara dela ficou muito emburrada, mudou o que ia falar – odiava?


- Por que você não me falou dos choques? - perguntou, ignorando o que o loiro havia acabado de falar – Eu não encostaria mais em você. Isso deve ser horrível.


- Acha mesmo que eu ia perder a oportunidade de te sentir? Quem nunca levou alguns choquinhos? - debochou, colocando um lindo sorriso nos lábios.


Ficaram ali, parados por alguns minutos, apenas admirando um a beleza do outro. Naquele dia, Hermione descobriu que alimentava pelo sonserino o mesmo sentimento que ele por ela. Levantou-se e foi na direção dele, parando na frente da cadeira em que ele estava, ajoelhou-se. Fitou-o novamente, levou a mão direita na direção ao rosto do garoto, que fechou os olhos, prevendo a dor, que não veio, pois ela se lembrou o que aconteceria se o tocasse.


- Desculpa! - Hermione sussurrou.


Draco abriu os olhos e ficou mais alguns segundos olhando-a. Linda. Tão perto dele, mas ao mesmo tempo tão distante.


Eles não precisavam de palavras para se comunicar. Seus olhares diziam tudo. Paixão. Medo. Nervosismo. Compreensão. Paixão e amor. Muito amor. Haviam construído aquele sentimento sem nem perceberem isso. Hermione quebrou o silêncio, não o contato visual:


- Vamos dar um jeito nisso! “Pra tudo se tem uma solução.” - repetiu as palavras de Narcisa.


Draco meneou a cabeça afirmativamente. Não sabia o que dizer, pela primeira vez na vida, alguém o deixou sem palavras. Estava em êxtase. Sorriu, o sorriso mais sincero que já havia dado. Retribuindo o sorriso, Hermione levantou-se. Começou a andar em direção à porta, estava nervosa novamente.


- Já está tarde, amanhã temos que ir cedo...


- É, já vou indo então! - ela abriu a porta para que ele saísse.


Draco saiu e virou-se para ela, que estava apoiada no batente. Linda. Lindo. Ambos ansiavam por um contato. Hermione não queria machucá-lo. Draco, ligou o “foda-se”. Aproximou-se da grifinória e encostou seus lábios nos dela. Despediram-se com um beijo tenro, terno, casto.


 


xx


 


Na manhã seguinte, Draco acordou atrasado. Mas ele não estava se importando com o horário. Estava feliz. Não se lembrava de alguma vez ter se sentido tão bem. Estava atrasado porque havia demorado para dormir, lembrando-se de cada detalhe da noite anterior. Dos poucos, mas apaixonados toques. Lembrando-se até mesmo das correntes elétricas que percorreram seu corpo, como se aquilo não fosse nada perto das outras sensações que havia sentido.


Draco não queria ir para casa. Não gostava daquele lugar. Nunca havia se sentido muito bem lá dentro, e depois de ter visto Hermione sendo torturada pela tia, aquele lugar só lhe trazia sentimentos e lembranças ruins. Ele queria ficar ali, lembrando-se de tudo. E ao lado de Hermione. Mas não podia. Não podia ficar ali, muito menos ao lado de Hermione, que passaria o Natal na' Toca. Levantou-se, trocou de roupa, pegou a varinha e saiu do quarto.


Não precisava levar nada, tinha tudo em casa. Tudo, menos o que ele mais queria, pensou ao passar pela porta do quarto da morena. Com esse pensamento, teve uma ideia. Saiu correndo em direção à sala dos monitores, que ficava no final do corredor. Era bem grande, redonda, com uma ampla mesa onde havia as reuniões da monitoria, um belo sofá de couro preto que contornava uma parte da parede, uma porta dupla que dava acesso ao castelo, um corredor, que dava acesso aos quartos e uma lareira, por onde Draco iria para casa.


 


xx


 


As chamas da ornamentada lareira da sala de visitas da Mansão Malfoy ficaram verdes e Draco saiu de lá, limpando suas vestes. Foi recebido pelos diversos quadros que ficavam nas escuras paredes do enorme cômodo. Não deu ouvidos a o que os falecidos membros da família Malfoy lhe falavam. Saiu da sala o mais rápido possível. Desde que Harry, Rony e Hermione apareceram na casa do garoto, ele evitava entrar naquele lugar. Sempre se lembrava dos gritos de Hermione. E, agora, se arrependia por ter sido um covarde e não ter feito nada para impedir aquelas torturas.


Pelo horário, o sonserino imaginou que sua mãe estaria tomando café. Queria encontrar logo com ela, para contar-lhe a ideia que tivera. Entrou na sala de jantar. Também não gostava daquele lugar. Até hoje tinha pesadelos com a antiga professora pendurada de cabeça para baixo e com Nagini.


- Draco! - Narcisa exclamou, assim que o filho abriu a porta do aposento – Pensei que tinha se esquecido da sua mãe. Estou te esperando há mais de uma hora. - terminou de falar já abraçando o filho, que mal havia saído da porta.


- Eu dormi mais que devia. - disse com um sorriso estampado no rosto, lembrando-se do motivo de seu atraso.


- Ai meu filho, você parece tão feliz. Não sabe como é bom te ver assim. - também com um sorriso no rosto, passou a mão pelos cabelos do filho – Vem vamos tomar café logo. Eu te avisei que hoje é o almoço beneficente lá no orfanato. Daqui a pouco já temos que sair.


- É... mãe, posso te pedir uma coisa? - perguntou meio sem jeito.


- Não Draco, eu já disse que você vai comigo, não adianta nem pedir!


- Não, não era isso. Já sei que tenho que ir com você, mesmo não querendo... É outra coisa.


- Se não é isso, então o que você quer, querido?


Draco contou o que havia pensado, sabia que sua mãe aceitaria. Só não imaginava que ela fosse ficar tão animada.


- Sua tia, Andrômeda, também virá. Eu já tinha convidado. Estamos mais próximas agora Ela perdeu a filha e o marido, só tem o neto para lhe fazer companhia, que por sinal, é afilhado do Potter... - diante do olhar de tédio do filho, cortou-se - Bom, então agora eu tenho que pedir para os elfos prepararem tudo. E você tem que mandar o convite. Mas seja rápido, já disse que não quero me atrasar e... você tomou banho hoje, meu filho? Está com a cara meio amassada, não vai sair desse jeito, não é?


- Não, acordei atrasado, se lembra? Vou tomar banho antes de sair. - antes de continuar, conjurou pena, pergaminho e tinteiro – E mãe, eu queria te pedir outra coisa.


- Claro, o que é?


- Será que tem como fazermos uma reforma de ultima hora? Acho que todos iriam se sentir melhor, sabe, eles não devem ter boas recordações daqui. Nem eu. - disse a última frase em um sussurro, mais para si mesmo.


- Claro. Então, acho melhor você ficar aqui pela manhã. Organizando tudo. Vou pedir para a Frizzi chamar alguns decoradores. E escreva isso logo, pra ela levar. - disse toda animada, também não se sentia bem dentro daquela casa, algumas mudanças seriam bem vindas. Ficou séria – Draco, não se atreva a não aparecer naquele almoço. Você sabe que isso é importante pra mim.


- Pode deixar mãe, não vou faltar. - dizendo isso, começou a escrever no pergaminho.


 


xx


 


Todos os dez Weasley - quase onze, pois Fleur esperava o primeiro filho do casal -, Harry e Hermione estavam reunidos na' Toca naquela manha, véspera de Natal. Estavam todos em volta de uma grande mesa posta no jardim, tomando um delicioso café-da-manhã. Todos riam e conversavam, claramente felizes. Sem preocupações, medos. Apenas vivendo.


Todos pararam o que estavam fazendo e se assustaram quando uma elfa doméstica que, Hermione pôde notar, estava muito bem vestida e sem nenhuma sujeira, aparatou em cima da mesa, com um pergaminho na mão. Frizzi fez uma reverencia nas quatro direções da mesa e começou a falar:


- A elfa Frizzi veio entregar um convite do meu senhor para... - mas foi interrompida por Fred, que estava à sua frente, pegando o convite. Ela olhou brava para ele que a ignorou e começou a ler:


- “Para: Hermione, Potter, Weasley Um e Weasley Dois.” A Hermione não tem sobrenome, não? Mas quem mandaria uma coisa dessas?


- Malfoy! - os quatro grifinórios falaram em uníssono. Sabiam que só ele chamava o quarteto assim.


- Meu senhor mandou entregar para a senhorita Hermione, por acaso você é uma senhorita? - todos riam da careta que Fred fez para a criaturinha à sua frente. Frizzi arrancou a carta da mão do ruivo.


- Então pode me entregar, Frizzi. - disse Hermione, que também estava de frente para a elfa, com um sorriso no rosto. - Eu sou a Hermione.


- É um prazer senhorita. - disse entregando o pergaminho – A senhorita é muito bonita, deve ser por isso que meu senhor Draco estava com um sorriso enorme quando falou da senhorita. - mas antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, a elfa desaparatou, deixando Hermione da cor dos cabelos de Gina e Rony, que estavam ao seu lado. Diante dos olhares que recebia dos gêmeos, falou:


- Nem se atrevam a abrir essas bocas. - abriu o convite e começou a ler, Gina e Rony se inclinaram na direção da amiga, lendo também. Harry, que estava ao lado da namorada, fez o mesmo, mas vendo que não conseguiria ler, desistiu e esperou.


- Isso só pode ser palhaçada daquela doninha oxigenada! - esbravejou Rony – Ele acha mesmo que a gente vai querer voltar naquele lugar?


- Do que você tá falando? Me dá isso, Mione. - Harry arrancou o pergaminho da mão de Hermione.


- O que esta escrito ai, querida? - perguntou Molly, no seu costumeiro tom maternal.


- É um convite. Do Draco. - ela ainda estava muito envergonhada, arrancou o pergaminho de Harry, como ele havia feito a pouco, e começou a ler:


 


Como vocês já sabem, eu e minha mãe estamos sozinhos, então, agora que começamos a andar juntos...


 


- Como assim começaram a andar juntos? - Jorge perguntou, não acreditando no que a morena lia.


- Shiu Jorge, Fred, ah, sei lá quem é... depois a gente explica, deixa eu acabar de ler. Sem interrupções.


 


… eu achei que talvez pudessem aceitar meu convite. E pra ver também se você, Cicatriz e você, Cabeça de Fósforo, entendem de uma vez por todas que eu mudei.


Eu sei que vocês, Weasley, são muitos, mas não tem problema. Estou convidando todos vocês para virem passar o almoço de Natal aqui na Mansão. Não se preocupem que ninguém aqui morde, não. E também virá minha tia, com seu afilhado, Potter. Uma boa oportunidade para vê-lo, não acha?


É isso. Amanhã, ao meio dia, Frizzi voltará para poder aparatar com vocês . Não se atrasem. Só avisem se não forem vir.


 


Até breve, D.M.


 


- É lógico que não vamos, não é mãe? - perguntou Rony.


- Bom, pelo jeito o garoto mudou mesmo, não Hermione? - Molly perguntou ignorando o comentário do filho. Hermione assentiu, Molly continuou – Então, acho que devíamos fazer uma votação, por mim não tem problema. O que você acha, querido? - dirigiu-se ao marido.


- Por mim também não. Vocês que decidem. Quem quiser ir, levanta a mão.


- Não perdemos isso por nada! - Fred e Jorge falaram juntos, levantando a mão. Hermione e todos os outros Weasley, menos Rony, levantaram a mão. Harry também não havia levantado, mas Gina fez o trabalho pelo namorado, segurando o braço dele no alto.


- É Roniquinho, acho que você perdeu! - disse Gina, toda animada.


- O Harry também não quer ir. - respondeu emburrado.


- Mesmo assim, a maioria quer, então nós vamos. E já tá na hora de vocês pararem com essa bobeira e não implicarem mais com o coitado. Você não concorda, Mione? - Hermione concordou com um sorriso tímido, as palavras da elfa ainda ecoando em sua cabeça. Em um tom que lembrou muito a Luna, Gina continuou – E além do mais, eu quero saber como é casa dele. - os outros três trocaram olhares significativos, lembravam-se muito bem daquele lugar. E não eram lembranças nada boas.


- Agora que já está tudo resolvido, desembuchem. Que história é essa de vocês andarem com o Malfoy? - perguntou Fred, fazendo com que todos prestassem muita atenção no que os quatro começavam a falar.


O resto do dia passou sem muita emoção. Na opinião de Hermione, passou devagar demais. Ela estava ansiosa. E com medo. Não queria se lembrar do que tinha passado naquela casa.


Antes de dormir, a morena contou para Gina o que havia acontecido no dia anterior. O presente. O feitiço. O beijo. E que estava completamente apaixonada por Draco Malfoy. A amiga discordou e disse:


- Mione, vocês não estão só apaixonados. Vocês se amam. Dá pra ver. E eu tive certeza disso quando tirei aquela foto, vocês são lindos juntos. - as duas sorriram – Mas agora vamos dormir, já tá tarde e amanhã não podemos nos atrasar.


 


xx


 


Draco, ao contrário do dia anterior, acordou bem cedo naquela manhã da Natal para poder verificar as últimas mudanças que estavam fazendo na casa. Estava de muito bom humor, por isso, deixou as reclamações dos decoradores, por ser dia de Natal, sem nenhuma resposta típica do garoto.


As onze horas, já estava tudo pronto. Draco ficou muito satisfeito com o trabalho que havia feito e foi para o quarto, afim de se arrumar para o almoço. Em meia hora, o sonserino estava pronto. Foi para a sala de visitas, agora, não tinha problema algum em ficar ali.


Dez minutos depois, sua mãe apareceu. Estava, como sempre, linda. Começaram a conversar e ela lembrou de uma coisa:


- E o presente, Draco? Você entregou para Hermione?


- Entreguei. - não entrou em detalhes.


- Ficou como você queria? - ele apenas meneou a cabeça, afirmando – Não vai me falar nada? Você contou pra ela, mostrou a carta?


- Não quero falar sobre isso... - ele pensou em completar com “com você”, mas optou por outra coisa – não agora. Eles estão demorando. - levantou e começou a andar pelo amplo aposento, visivelmente nervoso.


- Draco, não são nem 11:50. como você quer que eles cheguem se marcou meio dia? Se acalma.


O sonserino ignorou o que a mãe disse, e gritou pela elfa que buscaria seus convidados.


- Me chamou, meu senhor Draco?


- Chamei. Você já pode ir buscar o pessoal.


- Mas senhor Malfoy, ainda não está na hora que o senhor disse no convite. - informou a elfa.


- E quem você pensa que é pra falar se está ou não na hora. Eu já disse, pode ir!


- Me desculpe, meu senhor! - disse, começando a bater na própria cabeça – Frizzi não quis desobedecer ao meu senhor.


- Frizzi, pare com isso. - Narcisa disse firme para a elfa, que parou na hora – E você, não vai mudar horário coisa nenhuma. Senta ai e espera. - disse para o filho, no mesmo tom que usou com a elfa.


Dez minutos depois, Frizzi aparatou na' Toca. E em menos de cinco minutos, todos os Weasley, Harry e Hermione, aparataram de mãos dadas, na frente da Mansão. A elfa, que estava entre Hermione e Gina, foi em direção à pesada porta de madeira escura, que abriu-se apenas com a presença dela.


O coração de Hermione parou uma batida quando a porta começou a abrir. Ao mesmo tempo que queria entrar, tinha vontade de sair correndo dali.


Harry, Rony e Hermione ficaram boquiabertos quando entraram no hall da casa. Estava tudo diferente do que lembravam-se. Era um ambiente bem iluminado. As paredes tinham uma tapeçaria de um cinza claro, com alguns bordados em um tom de vermelho bem escuro. Não havia mais quadros na parede e o tapete, agora cobria um chão de pedra clara. O hall, não lembrava, nem de longe, o que eles haviam conhecido a menos de um ano atrás. Os três trocaram olhares aliviados.


Frizzi seguiu para a sala de visitas, onde Draco e Narcisa estavam. Mais uma vez o coração de Hermione parou, com medo de entrar naquele lugar, onde havia sido torturada. Ao entrar, ela e os amigos se entreolharam sem acreditar que estavam na mesma casa. O cômodo também estava completamente mudado.


Nas paredes da ampla sala retangular, havia a mesma tapeçaria do hall. E também não havia mais quadros. O espelho, que havia sobre a lareira, agora estava na parede oposta a entrada, ampliando ainda mais o ambiente. Não havia porta no local, por consequência, tinha apenas três paredes, para permitir a entrada. Dois suntuosos sofás de camurça verde oliva estavam dispostos um de cada lado da mesa de centro, que estava repleta de aperitivos. Atrás da mesa , duas poltronas no mesmo tom dos sofás completavam a aconchegante sala que era aquecida pela enorme lareira.


Draco já estava em pé. No meio de tantos ruivos, foi fácil encontrar a sua morena. Estava linda. Usava roupas trouxas. Um vestido champanhe com uma fita marrom na altura dos seios, descia soltinho até um pouco acima dos joelhos. Como era inverno, vestia um sobretudo da mesma cor da fita. E um lindo sapato vinho, que a deixava vários centímetros mais alta. E para completar o visual, a corrente que ele havia dado de presente. Não conseguia desviar o olhar dela. Não sabia nem se sua mãe já havia ido receber os convidados, mas também não estava interessado.


Depois de perceber que o local estava completamente diferente, olhou para quem mais lhe interessava. Ele estava com um sorriso bobo nos lábios, como se fosse uma criança que tivesse acabado de receber o presente que tanto queria – o que não era muito diferente da realidade. Hermione não conseguia desviar seus olhos daqueles cinzas penetrantes. Não se importando se tinha ou não alguém prestando atenção nos dois. Ele estava lindo. As vestes negras contrastavam perfeitamente com a pele alva e com os fios meio desalinhados, que ele deixou pois sabia que era assim que ela gostava, dos cabelos quase brancos.


Narcisa, deixou um sorriso escapar de seus lábios enquanto ia em direção aos convidados e viu como o “casal” se olhava. Não precisava mais que seu filho lhe dissesse como a grifinória havia reagido à notícia. Podia ver nos olhos dos dois como eles se sentiam.


Draco saiu do seu estado de torpor e foi cumprimentar todos. Com apertos de mão e beijos, passou por todos os Weasley e por Harry, deixando Hermione, propositalmente, por último. Parou em frente à garota. Tinha vontade de tomá-la nos braços e beijá-la até não ter mais nenhuma molécula de ar nos pulmões. Ficaram se fitando. Cinza no castanho. Castanho no cinza. Se precisassem falar, com certeza não teriam palavras para descrever a emoção que sentiam.


O loiro abraçou a garota, sabia que uma onda de choque passaria por todo o corpo, mas precisava senti-la. Sentir o toque delicado, o delicioso cheiro, a respiração. Por ela, ele suportaria qualquer tipo de dor.


A morena não hesitou em corresponder ao abraço, também queria senti-lo. Ter certeza de que ele era real, e estava na sua frente. Mas logo se afastou, apenas o suficiente para que seus corpos não se tocassem:


- Não quero te machucar. - sussurrou, para que só ele pudesse ouvir.


- Você não me machuca, nunca. - respondeu no mesmo tom que ela – Senti sua falta, minha sabe-tudo...


- Draco, não vai me apresentar à sua amiga? - Narcisa cortou o filho.


- Ah, claro, mãe! Mãe, essa é Hermione. Hermione, essa é minha mãe. - disse apontando de uma para a outra.


- É um prazer senhora Malfoy. Já nos encontramos várias vezes, mas nunca...


- Não precisamos nos lembrar do passado, Hermione. Esse, será como o nosso primeiro encontro. O prazer é todo meu. - pegou uma das mãos da garota, que sorriu – E pode me chamar de Cissy. Agora estou entendendo porque meu filho não tira esse sorriso bobo do rosto. Você me parece uma garota muito especial. - os dois jovens trocaram um olhar tímido e constrangido, Narcisa fingiu não perceber e, soltando a mão de Hermione, emendou, em um tom que todos a ouvissem – Bom, acho que podemos nos sentar e conversar um pouco. Daqui a pouco o almoço será servido.


Draco, ia se sentar ao lado de Hermione, mas foi impedido por Rony e Harry, que sentaram-se um de cada lado da amiga. Hermione e Gina trocaram um olhar divertido. Draco sentou-se ou lado de Rony e, num quase sussurro, disse:


- Eu só não azaro vocês, porque aqui tem muita gente... e porque a Hermione me mataria também.


- Sabe, acho que tem hora que eles bem que merecem isso. - disse Gina, olhando do namorado para o irmão. Fazendo Draco e Hermione rirem, o que deixou os dois amigos, ainda mais irritados.


- Posso saber porque você deu um pingente desses pra ela? Pelo que eu saiba, ela não é da Sonserina. - perguntou Rony, mudando completamente o assunto.


- Pra ela nunca esquecer quem está ali dentro. - disse simplesmente, com uma piscadela. Hermione, ficou sem-graça e Gina, se segurou para não rir da cara do irmão.


- Como assim, “quem está ali dentro”?


- Não acha tá querendo saber demais não, Weasley? - disse Draco já irritado, voltando sua atenção para os outros presentes.


 


xx


 


Pouco depois, Andrômeda chegou com Teddy. O garoto foi paparicado por todos, até Draco que não gostava muito de crianças se rendeu aos encantos do menino. O almoço logo foi servido e todos conversavam animados, de volta à sala de visitas. Dessa vez, o sonserino havia conseguido sentar-se ao lado de Hermione. Entre as conversas que preenchiam o ambiente, sussurrou ao ouvido da grifinória:


- Tá a fim de dar uma volta? Conhecer a casa? Se livrar desses seus amigos inconvenientes?


Ela deu um sorriso. Como negar a um pedido desses? Ela queria mais do que tudo se livrar dos amigos e de todos que estavam ali. Queria ficar só ela e Draco, como há duas noites atrás. Os dois olharam em volta para ter certeza de que ninguém prestava atenção neles. Antes de se levantar, Hermione cutucou Gina, para avisar que estava saindo. A amiga apenas meneou a cabeça e deu um largo sorriso.


Malfoy levou Hermione para os jardins da Mansão. Eram enormes e esplendorosos. Uma sebe baixa acompanhava todo o caminho. E, no meio do terreno, havia uma enorme fonte que acalmava o ambiente com o barulho da água. Pássaros de várias espécies, alguns pavões alvos e alguns bancos cuidadosamente posicionados completavam a bela paisagem. A grifinória só pode admirar o que via. Não imaginava que em uma casa daquelas poderia haver um lugar que transmitisse tanta paz.


Lendo o olhar da morena, Draco quebrou o silêncio e falou, caminhando até sentarem-se em um dos bancos.


- Eu sempre vinha pra cá, quando meu pai me batia, ou quando eu precisava pensar. É meu lugar preferido da Mansão. - eles se fitaram – Não sei porque, mas me dá segurança.


Ainda sem quebrar o contato visual, Hermione falou:


- É lindo! Parece que não faz parte da mesma casa, - falou sem pensar, corando em seguida – quer dizer... agora sim. Mas não combina em nada com o lugar que eu conheci meses atrás.


Entendendo perfeitamente o que ela queria dizer, desviu o olhar, observando tudo ao redor. Por fim, falou:


- Eu concordo. Talvez seja por isso que eu gostava tanto daqui. Ainda gosto. - voltou a olhar para a figura magnifica ao seu lado – Nunca me senti bem dentro dessa casa e... e depois do que aconteceu com você, lá dentro, eu quase não conseguia mais ficar lá. Quase nunca entrava na sala. Foi por isso que eu pedi pra mudarmos as coisa. Por você. E por mim.


Hermione não pode deixar de sorrir, mas também sucumbiu as lágrimas que insistiram em descer por sua face.


Draco enxugou as lágrimas que escorriam. Não importava se estava ou não sendo atacado por dentro, suportaria aquela dor. Segurando delicadamente o rosta de morena, fez com que ela o olhasse e disse:


- Me desculpa! Eu fui um covarde, nunca devia ter permitido que fizessem aquilo com você. Eu me arrependo todos os dias por não ter feito nada. - Hermione nunca havia visto tanta sinceridade naquela mar acinzentado. Abraçou-o – Desculpa! Nunca mais vou deixar que nada aconteça com você.


Draco não havia percebido, mas a intensidade dos seus choques haviam diminuído, eram quase inexistentes.


- Não foi culpa sua. - Hermione sussurrou, ainda abraçada ao loiro. O cheiro e a proximidade estavam a deixando tonta – O que importa é o que vai acontecer daqui pra frente.


Estavam perto demais, Hermione não conseguia pensar em nada que não fosse estar ainda mais perto do sonserino. Esqueceu toda a história de feitiços, choques e dor. Draco afastou-se um pouco, apenas o suficiente para poder mergulhar nos olhos castanhos à sua frente. Esquadrinhou todo o rosta da sua amada. Era linda. A boca perfeita. Precisava dela. Senti-la.


Hermione não pode deixar de notar a corrente elétrica que passou pelo seu corpo, mas que nada tinha a ver com feitiço algum. Era apenas seu corpo reagindo. Reagindo a Draco Malfoy. Fechou os olhos, queria senti-lo. Precisava senti-lo.


Ao ver os olhos de Hermione se fechando, Draco se aproximou ainda mais. Encostando suas testas, ficou duas batidas do seu descompassado coração assim, observando-a. Aproximou-se ainda mais. Nariz com nariz...


- AI!!! - os dois rapidamente separaram-se. Gina, vendo o que estava prestes a acontecer entre o casal, deu um jeito de avisar que não estavam sozinhos.


- Que foi Weasley, não olha por onde anda não? - visivelmente irritado Malfoy perguntou pra Gina que estava se levantando do chão. A ruiva lançou um olhar de desculpas para os dois.


- Não, tem muita pedra aqui nesse lugar. Você deveria dar um jeito nisso.


Antes que alguém pudesse falar alguma coisa, Rony se intrometeu:


- O que vocês estavam fazendo aqui? Posso saber? - perguntou enquanto Harry verificava se a namorada não havia se machucado.


- Não, não pode saber, Weasley.


Rony ia dar uma resposta mal criada, mas Hermione o cortou:


- Chega. Eu sou bem grandinha e não preciso de dois guarda costas pra ficarem me vigiando. Entenderam?


O sonserino levantou uma sobrancelha e lançou um olhar debochado para os dois, que amarraram a cara e foram para mais perto da amiga.


- A mamãe mandou procurar vocês porque já estamos indo. - explicou-se Gina.


- Ah! - falou Hermione, visivelmente triste, não queria ficar longe do seu loiro.


- Mas ainda não é cedo, não, Doisinho? - perguntou Draco. Também não queria que sua morena fosse embora. Já os amigos... quanto antes melhor.


- É, mas Fred, Jorge, Percy, Carlinhos, Gui e a Fleur vão embora hoje. Então a mamãe não quer demorar muito aqui.


- Quanta gente, hein? Bom, se é assim, - Hermione conhecia aquela cara de quem ia pedir alguma coisa. Olhou-o mais atentamente. Continuou - por que vocês não ficam mais? São todos maiores de idade, podem ir embora sozinhos.


Os quatro se olharam. Hermione com um sorriso contido nos lábios. Gina segurava a gargalhada. Harry e Rony completamente confusos:


- E, por que raios, você ai querer que a gente ficasse mais aqui? - Harry perguntou, recebendo uma cotovelada da namorada.


- Porque, ué... porque... - “porque eu não quero que a Hermione vá embora”, pensou – Ah, quer saber, isso, vão embora mesmo. Eu tentei ser legal, mas já que vocês não sabem reconhecer isso, podem ir.


Harry e Rony fizeram caretas diante da resposta do sonserino. Hermione e Gina não contiveram o riso, o que deixou o loiro ainda mais irritado. Voltaram todos para a sala de visitas e minutos depois, já haviam se despedido e estavam voltando para A Toca.


 


xx


 


O almoço na Mansão Malfoy não poderia ter sido melhor. Narcisa, que há muito já havia se arrependido por ter tanto preconceito dos bruxos que não têm sangue puro, agora tinha certeza que isso era a mais completa idiotice. A Sra. Malfoy estava completamente encantada com Hermione.


Draco não cabia dentro de si de tanta emoção e alegria. Eles não haviam dito em palavras, mas seus olhares demostravam o quanto eram apaixonados. Ele sabia que talvez nunca conseguisse traduzir todo esse sentimento em palavras, mas tinha certeza se isso nunca fosse possível, não faria a menor diferença. Ele a amava e ela sabia disso.


A grifinória queria contar para todo o mundo a explosão de sentimentos que havia experimentado. Queria que todos soubessem o quanto estava apaixonada por Draco Malfoy e, que além disso, amava-o. Um amor que haviam construído sem querer, que, para ela, surgiu de uma amizade. Ela sabia o que ele sentia, mesmo nunca tendo ouvido e talvez podendo nunca ouvir, mas isso não importava para ela. Ela podia ver todos os sentimentos transbordando do loiro. Uma coisa que nunca teria acontecido com um Draco Malfoy de um ano antes.


Todos os Weasley, até mesmo Rony, ficaram muito satisfeitos com o modo como foram recebidos. Agora tinham certeza que Draco e Narcisa estavam realmente mudados. Harry e Rony não deixaram de fazer perguntas sobre o que estava acontecendo entre a amiga e o sonserino. Ela não contou, sabia que eles, pelo menos por enquanto, não aceitariam. Mas ela não se conteve e contou o motivo pelo qual a casa estava completamente mudada.


Hermione e Gina estavam eufóricas naquela noite. Gina, queria saber de tudo. Hermione, não queria esconder nada. Ficaram até altas horas conversando e ponderando todos os pontos daquele “relacionamento”. Queriam encontrar uma solução para o problema que “separava” o casal.

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Comentários (4)

  • Karol_Zimerer

    Sua história é mais do que perfeita. Só tem um problema, se a história é depois da guerra os gêmeos não podem estae juntos, já que um deles morreu na guerra. Chorei aqui quando vi os dois juntos, mas está tudo realmente perfeito! Parabéns!!

    2012-06-04
  • Luana de Ameida.

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH precisandoo de capitulos novos, daki a dois dias vou viajar e no lugar não tem net ): então eu esperoo viajar com minha mente sucegada por causa desssaaaa FANFIIIIIIC ´PERFEIIIIIIIIIIIIIITA bjss***, Luana de Almeida.

    2012-04-03
  • Sra. V Potter

    simplesmente sua fic é perfeita'..estou amando'..necessito de novos capítulos'.. kkk.. please'..parabéns'.. bjoos 

    2012-02-23
  • Mione03

    Olá,tudo bem?Estou gostando muito da sua fic e da história da mesma!Espero poder ler novos capítulos logo!Parabéns e até mais!Beijosmione03

    2012-02-21
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