A seleção...



– CAPÍTULO 3 – A Seleção –




Assim que a porta se abriu, foi suficiente para que Antônio se maravilhasse por completo. Haviam milhares de velas suspensas, flutuando no ar, e no teto havia apenas o céu estrelado daquela noite. Ao seu lado, Antônio ouviu Hermione dizer:


- Eu li em Hogwarts: uma História que o teto é enfeitiçado para que apareça o céu do lado de fora.


- Tem muitas coisas interessantes aqui – disse Antônio, surpreso –, vou ler esse livro mesmo.


Os alunos continuaram a caminhada, e logo na frente, McGonagall vinha com mais dois bruxos, trazendo uma cadeirinha de três pernas e encima vinha um chapéu preto, remendado, velho e sujo, que no momento em que menos esperavam, começou a cantar:





Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty Hogwarts,

Nos Ensine algo por favor,

Quer sejamos velhos e calvos

Quer moços moços de pernas raladas,

Temos as cabeças precisadas

De idéias interessantes

Pois estão ocas e cheias de ar,

Moscas mortas e fio de cotão.

Nos ensine o que vale a pena

Faça lembrar o que já esquecemos

Faça o melhor, faremos o resto,

Estudaremos até o cérebro se desmanchar.




Ao fim da música houve uma explosão de aplausos, e quando cessaram, Profª McGonagall retirou um pergaminho relativamente longo e começou a anunciar os nomes, e cada aluno ia para uma mesa diferente.


- Hermione Granger! – Disse McGonagall. Hermione sentou-se na cadeirinha, o chapéu afundou em sua cabeça, contorceu-se e finalmente anunciou:


- Grifinória! – Houveram muitos aplausos na mesa da extrema direita, onde Hermione foi se sentar. Então, “Donna Bulstrode”, “Carla Perez”, “Lucy Grittih”... “Ronald Weasley”, que foi para grifinória, depois, “Harry Potter”... esse, ah, esse levou um bom tempo para ser selecionado. O chapéu ficou se contorcendo e murmurando algo por uns cinco minutos, enquanto todos falavam: “Para onde será que ele vai?”, “Deve ser mesmo especial, tá demorando tanto!” e muitas outras coisas, quando finalmente ouviu-se “GRIFINÓRIA!”, e dessa vez, o chapéu gritou mais alto e com mais convicção do que nunca, e McGonagall aplaudiu muito alto também, afinal, o FAMOSO Harry Potter entrara em sua casa. Depois chamou-se Draco Malfoy, o loiro de nariz empinado que brigara com Harry, em que mal colocaram sua cabeça no chapéu e já foi anunciado “Sonserina”. Restavam 5 garotos, entre eles, Antônio, que já estava com as pernas cansadas e assistia enquanto Lily Bones ia para Corvinal. Por fim, “Antônio Pommer”, houveram cochichos sobre o incomum nome de Antônio, e sobre a varinha a qual tinha recebido. Então Antônio sentou-se, tomado pela ansiedade e nervosismo, afundaram o chapéu Seletor em sua cabeça. Então veio uma voz dizendo:


- hmm... talento, como poucos tem, coragem, ah... sim eu vejo muita coragem, um garoto que agüentou ficar sem os pais por muito tempo...


- Por favor, não a mesa onde Malfoy foi, por favor... – Dizia Antônio, com voz de clemência. – Por favor, tudo menos Sonse-i-lá-o-quê...


- Não quer ir para Sonserina? Interessante, pois bem, então, vou mandar-lhe para onde o seu sangue me sugere ir... GRIFINÓRIA!


Antônio não notou que a conversa íntima com o Chapéu Seletor durou tanto quanto a de Harry, ou que ele também anunciara sua casa com a voz mais alta, tamanha era sua felicidade era ver dezenas de pessoas batendo palmas por ele. Sentou-se entre Hermione e Neville, de frente a Harry, sem nem olhar muito para sua cicatriz em forma de raio. Antônio ficou surpreso: nem precisou puxar assunto, foi Harry quem começou:


- Ah, que bom! Alguém que não fica olhando para minha cicatriz! Prazer, sou Harry Potter, mas você já deve saber, ouvi você falando comigo antes de entrarmos no castelo... Eu fui pego de suspresa, nunca pensei que seria um bruxo. Mas na minha infância sempre aconteceram coisas estranhas, como fazer – Harry nem notou o olhar de interesse de Antônio – vidros desaparecerem, mas jamais pensei que existisse magia.


- Então nem te conto comigo – comentou Antônio. –, minha vida foi mais esquisita! Quando pequeno sempre desaparecia e aparecia em outro lugar, levitava coisas, salvava minha mãe transformando cães em penas, mas nunca me ocorreu algo tão... fantástico. Meus pais eram nascidos trouxas, um dia eu desapareci e apareci acordado em um banco numa praça de Londres, e... – Antônio contava sua história enquanto comiam – ... e aqui estou, em Hogwarts. Foi bem estranho, mas interessante.


- Também sou nascida trouxa, mas a carta dizendo isso veio mais cedo – começou Hermione –, por isso tive tempo de estudar e aprender curiosidades de Hogwarts. Ouvi dizer, Antônio, que a escola de Magia e Bruxaria no Brasil é o ‘Instituto Logus de Magia’, estou certa?


- Já ouvi falar. – disse Antônio, num tom seco e cortante. – Mas como eu vim para cá não cheguei a conhecer. Harry, Quem mais você conhece aqui? Até agora só conheço Neville e Hermione.


- Ah... hm... Esse aqui é o Rony, Rony Weasley, ele é de uma família de bruxos. A Hermione você já conhece e acho que eu também só conheço esse pouquinhos de gente.


De repente o mesmo garoto que conversava com Harry de cabelos vermelhos virou-se para todos com uma coxa de galinha na mão:


- Alguém falou meu nome?


- Sim – disse Harry –, eu estava te apresentando para o Antônio. Antônio, esse é o Rony, Rony, esse é o Antônio.


- Você – olhou intrigado Rony – é o Antônio Pommer! A varinha de Rabo-Córneo-Húngaro foi para suas mãos, estou certo? Prazer em te conhecer. Que legal que você veio para Grifinória! Parece que é a casa dos bruxos famosos. – Pigarreio... – Não quero me gabar, mas se você analisar a situação, é mesmo!


- Eu sou Antônio Pommer, não sei se sou famoso, não sei o que é Grifinória direito, e muito prazer em te conhecer também, legal alguém com família bruxa! Deve ser melhor viver com bruxaria e uma boa família do que em um orfanato. Eu te garanto!


- Pode até ser – comentou Rony tomando seu suco de abóbora –, mas não quando você tem 6 irmãos e todos são chatos, e quando a sua mãe é muito brava, e você só pode voar numa Comet 260. Aí, nem ser bruxo adianta.


- Não acredito – disse Antônio, surpreso – que você também tem 6 irmãos! Eu também! Uma menina, mais nova que eu, e cinco irmãos mais velhos. Carlos e Cláudio, que são gêmeos, Décio que é um ano mais velho que eles, Fabrício e Gabriel, que são os mais velhos! – de repente a cara de surpresa de Antônio entristeceu-se – Mas eu nunca vou vê-los de novo, vim parar em Londres!


- Mas eu acho que quando chegarem as férias você vai vê-los de novo. Vai conversar com o Dumbledore, talvez ele tenha resposta pra tal da Fátima do Gringotes... – Disse Rony, se levantando.


- Quase me esquecendo, o que é Coment 260 – disse Antônio, com ar de dúvida.


- Uma vassoura... Você voa nela.


- Era de se esperar uma coisa dessas.


- Não é? Anda, vambora, o Percy já tá chamando.



Os novos alunos da Grifinória seguiram Percy por entre os grupos que conversavam, saíram do salão principal e subiram a escadaria de mármore. As pernas de Harry e seus amigos pareciam chumbo [...] mas só porque estavam muito cansados e saciados. Estavam casados demais para se surpreender que as pessoas nos retratos ao longo dos corredores murmurassem e apontassem quando eles passavam, ou que duas vezes Percy os tivesse conduzido por portais escondidos atrás de painéis corrediços e tapeçarias penduradas. Subiram outras tantas escadas, bocejando e arrastando os pés, e Antônio começou a se perguntar quanto ainda faltava para chegar quando finalmente pararam.


Um feixe de bengalas flutuava no ar à frente deles, e quando Percy avançou um passo em sua direção, começaram a assalta-lo.


- Pirraça – cochichou Percy para os alunos do primeiro ano. – Um Poltergeist. – E falou em voz alta:


- Pirraça, calma.


Um som alto e grosseiro, como o ar escapando de um balão respondeu:


- Quer que eu vá procurar o barão sangrento?


Ouviram um estalo e um homenzinho com olhos escuros e maus e a boca escancarada apareceu, flutuando de pernas cruzadas no ar, segurando as bengalas.


- Oooooooooh! – disse com uma risada malvada. – Calourinhos! Que divertido!


E mergulhou repentinamente contra eles. Todos se abaixaram.


- Vá embora, Pirraça, ou vou contar ao barão, e estou falando sério! – ameaçou Percy.


Pirraça estirou a língua e desapareceu, largando as bengalas na cabeça de Neville. Eles o ouviram partir zunindo, fazendo retinir os escudos de metal ao passar


- Vocês tenham cuidado com o Pirraça – recomendou Percy, quando retomaram a caminhada. – O barão Sangrento é o único que consegue controla-lo, ele não dá confiança aos monitores. Chegamos.

No finzinho do corredor havia um retrato de uma mulher muito gorda vestida de rosa.


- Senha? – pediu ela.


- Cabeça de Dragão – disse Percy, e o retrato se inclinou para frente revelando um buraco redondo na parede. Todos passaram pelo buraco. Neville precisou de um calço. E se viram no salão comunal da Grifinória, um aposento redondo cheio de poltronas fofas. “E eu, agora, estaria brincando com meu boneco de Power Rangers.”, pensou Antônio.


Percy indicou às garotas a porta do seu dormitório e, aos meninos, a porta do deles. No alto de uma escada em caracol – era óbvio que estavam em uma das torres – encontraram finalmente suas camas: cinco camas com reposteiros de veludo vermelho-escuro. As malas já haviam sido trazidas. Cansados demais para falar muito, eles enfiaram os pijamas e caíram na cama.


- Comida de primeira, não foi? – comentou Rony para Harry pelos reposteiros. – Se manda, Perebas! Ele está comendo os meus lençóis!



- Nem vou comentar, comi tanto que nem lembro o que foi, já tô dormindo, boa noite ‘procês. - disse Antônio, bocejante.


- Boa noite – anunciou Harry – também já tô vendo o sonho que eu vou ter.




N/A: E aí? Gostaram do capítulo? Ele ficou um pouco pequeno, e não deu tempo pras correções, mas qualquer coisa eu ponho aqui, Ok? Comentem e votem, por favor. Esse capítulo foi inteiramente feito por mim, e devem ter percebido as diferenças na formatação. Mas é ignorável, né? Hehehehe... xau!



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