Missão



Capítulo 7 - Missão


- Ei, Alvo, vejá só o que encontrei! - Alvo foi despertado pela voz de Escórpio Malfoy.


- O que? Mil feitiços para jogar na cara da Rosa? - ele perguntou entre sorrisos. O louro negou com a cabeça. Parecia não entender que foi brincadeira.


- Algo bem melhor, rapaz. A menos que não goste de animais.Alvo seriamente torceu para que não fosse um hipogrifo.


- Por que não chamou Hagrid? - o moreno indagou. Seria sua primeira ideia.


- Ele iria querer ficar com o animal só para ele... Escórpio tinha um ponto.


- E que tipo de animal é?


- Uma fênix.


Alvo sentiu seus pelos arrepiarem-se. Uma fênix em Hogwarts?


- Lógico que quero mantê-la escondida. A coitada parece bem saudável, mas bem triste também.


Eles chegaram ao local aonde Escórpio achou a criatura. Era vermelha, parecia estar pegando fogo vivo.


- Certeza de que ela não está renascendo?


Escórpio riu e negou com a cabeça.


- É a cor dela. Não é linda?


Alvo olhou em sua volta. Nenhum aluno passava por ali por ser muito perto da Floresta Proibida, a menos nas aulas de Hagrid.


- Sim, é linda. - respondeu Alvo, adiantando-se para acariciá-la. - Que tal pormos um nome? Mal espero que Roxxie e Louis vejam isso.


Roxxie e Louis ficaram a favor de Alvo na briga contra Rosa, mas a segunda  nem pareceu se importar. Estava cheia de amigos na Grifinória, que Alvo tinha certeza de serem tão superficiais e falsos que chegavam a cegar. Inclusive com o Grifinório que pusera a cabeça de Lestrange na privada ela se dava bem.


- Não se apresse. - disse Escórpio. - Temos que ganhar sua confiança primeiro. Alvo poderia ficar horas olhando a fênix acuada, tímida, mas com um brilho em seus olhos que demonstrava estar ficando mais alegre e confiante a cada minuto que passava.


- Temos aula de vôo agora. Com a Grifinória. - lembrou-lhe Escórpio.


- Pois é... - Alvo pôs as mãos ao queixo. Era sua segunda aula de vôo. A primeira foi normal, ele até mesmo se destacou. Agora que começariam a voar. O campo de Quadribol estava úmido decorrente da chuva do dia anterior. Todos os Grifinórios e Sonserinos primeiranistas estavam lá, incluindo Rosa, com uma torção na cara que Alvo sabia ser que era por vôo ser sua pior matéria.


- Muito bem! - disse o professor Wood. - Quero que subam na vassoura e voem, não apenas alguns centímetros como foi semana passada.


Os alunos, um a um, iam subindo. Alvo percebeu que uma corria mais rapidamente que os demais. Era sua prima. Segurava a vassoura de maneira totalmente equivocada e parecia ter medo a cada vez que a vassoura dava um impulso para cima. Logo ela estava mais alta do que todos.


- ME TIREM DAQUI! ME TIREM DAQUI!


Em uma tentativa de ir para baixo, ela apenas conseguiu ir para cima. Alvo se segurou na vassoura, pronto para se um desastre acontecesse ele poder ajudar. Era sua prima, afinal. Rosa chacoalhou-se, perdeu o equilíbrio e parecia ir direto ao chão. Alvo se aterrorizou. Com todo seu impulso (dado sempre no sentido contrário), Alvo foi em direção à prima e jogou-se com a vassoura para baixo, em um impulso perfeito. Rosa caiu em sua frente e ele a agarrou, trazendo-a para seu corpo. Ela estava desacordada.


- Perfeito, Senhor Potter! - Wood admirou-se. - Com a coragem que teve para salvar sua prima, não duvido que faria um ótimo apanhador para a Equipe da Sonserina. Se McGonagall autorizar...


Dito isso, que para Alvo era o menos importante, levaram Rosa par a enfermaria. O coração de Alvo batia acerelado e lágrimas começaram a cair de seus olhos. Após ele a salvar - e se aliviar por não ver a prima morta naquele instante - queria ao menos um pedido de desculpas por parte da ruiva.


- Vamos para o clube de duelo. - disse Escórpio, tirando-o antes que a multidão Grifinória chegasse a Alvo. - Devem estar nos esperando.


Alvo assentiu aturdido e deixou o campo de Quadribol. A aula de duelo acontecia aonde era a antiga A.D, com a diferença que ninguém precisava se esconder para entrar.


- Bem vindos. - disse Tiago junto aos seus amigos, todos os Zonzóbulos estavam lá. Alvo percebeu que, além de Cygnus, ele e Escórpio, não haviam Sonserinos. Apenas Louis e mais duas pessoas da Corvinal e cinco da Lufa-Lufa (contando com Roxanne). A Grifinória apareceu com tímidos três alunos.


 - Queremos, primeiramente... - começou uma Grifinória. A mesma que havia alertado Rosa do "plano", percebeu Alvo. Era a loura. - Queremos agradecer a Alvo o fato de Rosa estar vivo.


Alvo, no íntimo, se surpreendeu. Ficou feliz que as amizades da prima eram realmente sinceras mas aí lembrou-se de que para isso acontecer ela teve que dar um belo chute no rabo dele e do restante dos primos.


- É do instinto do Alvo. Se fosse qualquer um de vocês ele faria o mesmo. - disse Louis, sem querer complicar as coisas. - Estes são Bryan e Brenda, gêmeos. Do primeiro ano da Corvinal.


Bryan e Brenda eram louros, magrelos, pequeninos e usavam óculos.


- Espero que tenham muito vigor. - disse Lisandra. - Roxanne, apresente seus parceiros da Lufa-Lufa. -


Renan, Jeremy, Reyna e Pathy. - apresentou Roxxie, apontando para cada um. O primeiro era um moreno de olhos azuis cristalinos, que arrancou suspiros das quatro meninas da sala. O segundo era um menino simples de cabelos castanhos e olhos castanhos claros. As meninas que ela apresentou por último eram ambas morenas e pálidas. A diferença eram os olhos e a altura: Reyna tinha olhos pretos e era alta, Pathy tinha olhos verdes e era baixa.


- E os Sonserinos... - Tiago lembrou Alvo de apresentar. - Cygnus Lestrange. - Alvo ouviu uns gemidos e viu umas estremecidas quando disse o sobrenome do menino. - e Escórpio Malfoy. Não o julguem por suas famílias, por favor. Cygnus foi criado por trouxas e a avó de Malfoy salvou meu pai na guerra. Mas tratem-no como qualquer um de vocês.


As feições dos restantes se aliviaram e eles puderam começar a aula, que consistia em aprender uns três feitiços (afinal, estava no início). No meio, porém, Tiago interrompeu.


- Já temos uma missão para quem quer acabar com os Novos Comensais. Vou deixar a Capa de Invisibilidade com Alvo, pois os Novos Comensais querem uma profecia. Simplesmente ouvi uma conversa de que se encontrariam nos corredores perto da Sala Comunal da Lufa-Lufa a noite. Nada mais justo do que patrulhar para impedir que façam estragos.


- E quem seria encarregado do trabalho? - perguntou Roxxie para o primo.


- Alvo e mais dois alunos. De preferência de casas diferentes.


Não foi difícil decidir. Alvo, Louis e Roxxie patrulhariam.


- E os Grifinórios? - reclamou a loura.


- Fiquem cuidando de Rosa. Eles querem a azarar essa noite. Você, cara lourinha, fique na enfermaria.

O rosto de Amélia Bones se contorceu mas ela aderiu a ideia.


- Então vamos eu e o restante dos Grifinórios primeiranistas daqui.

Amélia era loura e alta, Bruno era negro e forte (além de filho de trouxas) e Heitor era um menino ruivo e sardento (mas não era um Weasley). Também era filho de trouxas. Aquela era a equipe Grifinória da aula de duelos e que tomaria conta de Rosa aquela noite.

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